O Fluir de Deus.
Texto básico: Gênesis 2: 8-14. E plantou o SENHOR Deus um jardim no Éden, na direção do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado. Do solo fez o SENHOR Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal. E saía um rio do Éden para regar o jardim e dali se dividia, repartindo-se em quatro braços. O primeiro chama-se Pisom; é o que rodeia a terra de Havilá, onde há ouro. O ouro dessa terra é bom; também se encontram lá o bdélio e a pedra de ônix. O segundo rio chama-se Giom; é o que circunda a terra de Cuxe. O nome do terceiro rio é Tigre; é o que corre pelo oriente da Assíria. E o quarto é o Eufrates. (Genesis 2:8-14 RA)
No princípio havia um único rio e por fim teremos também esse único rio. O Rio que flui do trono de Deus.
Então, me mostrou o rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro. No meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos. (Apocalipse 22:1-2 RA).
O rio lá do Éden (Gênesis 2: 10), foi contaminado pelo pecado do homem, por isso Deus providenciou que ele se transformasse em quatro rios. Sabemos que esse rio é uma figura do próprio Senhor Jesus, fonte de água pura e cristalina, o rio da água da vida.
Replicou-lhe Jesus: Se conheceras o dom de Deus e quem é o que te pede: dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva. Respondeu-lhe ela: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva? És tu, porventura, maior do que Jacó, o nosso pai, que nos deu o poço, do qual ele mesmo bebeu, e, bem assim, seus filhos, e seu gado? Afirmou-lhe Jesus: Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna. (João 4: 10-14 RA).
No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. (João 7: 37-38 RA).
Os quatro rios representam as quatro naturezas de Cristo, como o único e verdadeiro Deus, Pai, Filho, Espírito Santo e o Verbo que se fez carne, a natureza humana de Jesus Cristo.
Na Bíblia encontramos várias passagens que falam de águas, que saram, limpam, transformam, conduzem e também que trazem juízo.
Em Gênesis 2: 10-11 vemos que o rio que sai no Éden para regar o jardim se divide em quatro rios: Pisom, Giom, Tigre (Hidequél) e Eufrates.
Estes rios simbolizam também os estágios em nossa caminhada do Éden até a Jerusalém celestial.
O primeiro rio é Pisom cujo significado é fluir gratuitamente, expandir, espalhar.
Representa Cristo fluindo em nós através do Espírito Santo quando O aceitamos e O recebemos em nosso espírito.
Ele rodeia (circunda) a terra de Havilá, que quer dizer círculo, Jesus nos envolve com seu amor, e se expande em nosso espírito e nos transforma. É Partir desse momento que começamos a nossa jornada rumo ao Coração de Deus.O ouro de Havilá representa a natureza divina de Cristo, é um ouro puro. Jesus aconselha a Igreja de Laodicéia que compre esse ouro para que sejam ricos de verdade.
O bdélio é uma resina aromática, usada para fazer incenso. Essa resina é obtida através da incisão de uma lâmina no tronco da árvore, é uma espécie de pérola vegetal. Cristo também precisou ser ferido por nós para que pudéssemos exalar o bom perfume de Cristo.
Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem. Para com estes, cheiro de morte para morte; para com aqueles, aroma de vida para vida. Quem, porém, é suficiente para estas coisas? (2 Coríntios 2: 15-16 RA).
A pedra sardônica (ou ônix) é uma pedra porosa de tons castanha avermelhada ou alaranjada, ou até mesmo preta. A porosidade faz com que absorva líquidos, o que noz faz lembrar que o Senhor Jesus absorveu todos os nossos pecados. Em Apocalipse 4: 3 - João fala do aspecto daquele que se assentava no trono.
e esse que se acha assentado é semelhante, no aspecto, a pedra de jaspe e de sardônio, e, ao redor do trono, há um arco-íris semelhante, no aspecto, a esmeralda. (Apocalipse 4:3 RA).
O segundo rio é o Giom que significa turbulência de águas, irromper, corrente que arrebata ou plenitude. Aqui diz também rodeia a terra de Cuxe que significa rosto escuro, ou descendentes de Cam, neto de Noé e pai de Ninrode, progenitor dos povos do extremo Sul da África (Etiópia) cujo significado é pecado.
A segunda etapa de nossa salvação é a luta contra a nossa carne ou pecado, é a ação desse rio que jorra em plenitude para destruir tudo aquilo que tínhamos como “margens” em nossas vidas. Ele nos arrebata para novas margens. Tudo aquilo que são trevas, que são escuridão dentro de nós, um caráter construído segundo os padrões da Babilônia será gradativamente arrancado, à medida que o segundo rio de Deus for passando. Ninrode representa a Babilônia e os padrões de ajuntamento do mundo, que apontam para a exaltação do homem, a edificação de Babel que foi uma tentativa de chegar a Deus através da construção de templos, dogmas e doutrinas que levam seus construtores e suas estratégias humanas acima do Deus verdadeiro, de Seus fundamentos e de Sua reta justiça. Esse rio nos leva de volta a Etiópia no sentido de enfrentarmos os nossos próprios lados escuros, para que só depois disso Deus possa trabalhar em nós. Mas, Ele só pode agir em nossas vidas a partir do momento que o deixamos fluir como uma fonte a jorrar para a vida eterna.
O terceiro é o rio Tigre (Hidequél) que corre pelo oriente da Assíria. O Significa é rápido, poderoso, fluente.Assíria quer dizer avançar, progredir, ir direto.
Essa é a terceira etapa do agir de Deus em nossas vidas, o poder de transformar-nos pela renovação do Espírito Santo.
e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder; o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, (Efésios 1:19-20 RA)
para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte; (Filipenses 3:10 RA)
Notamos que há uma sequência de fatos ocorrendo aqui quando deixamos o terceiro rio de Deus fluir em nossas vidas, só assim podemos experimentar um avanço no caminhar em direção ao Alvo.
Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. (Filipenses 3: 13-14 RA)
Avançamos no entendimento da revelação de Jesus cristo, como aconteceu com Daniel.
No dia vinte e quatro do primeiro mês, estando eu à borda do grande rio Tigre, levantei os olhos e olhei, e eis um homem vestido de linho, cujos ombros estavam cingidos de ouro puro de Ufaz; o seu corpo era como o berilo, o seu rosto, como um relâmpago, os seus olhos, como tochas de fogo, os seus braços e os seus pés brilhavam como bronze polido; e a voz das suas palavras era como o estrondo de muita gente. Só eu, Daniel, tive aquela visão; os homens que estavam comigo nada viram; não obstante, caiu sobre eles grande temor, e fugiram e se esconderam.(Daniel 10:4-7 RA).
O quarto rio é o Eufrates que significa frutífero, doce, bom e abundante. Observe que o Eufrates não é dito para onde ele vai, ele simplesmente segue. Este é o ponto onde nos tornamos frutíferos ou férteis, pois já estamos enraizados em Cristo, a videira verdadeira e Nele podemos produzir frutos.
Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. (João 15:5 RA). Quantas vezes tentamos nadar contra a correnteza, mas nossos esforços são vãos. Precisamos aprender a nos deixar levar pelas águas de descanso.
Depois disto, o homem me fez voltar à entrada do templo, e eis que saíam águas de debaixo do limiar do templo, para o oriente; porque a face da casa dava para o oriente, e as águas vinham de baixo, do lado direito da casa, do lado sul do altar. Ele me levou pela porta do norte e me fez dar uma volta por fora, até à porta exterior, que olha para o oriente; e eis que corriam as águas ao lado direito. Saiu aquele homem para o oriente, tendo na mão um cordel de medir; mediu mil côvados e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos tornozelos. Mediu mais mil e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos joelhos; mediu mais mil e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos lombos. Mediu ainda outros mil, e era já um rio que eu não podia atravessar, porque as águas tinham crescido, águas que se deviam passar a nado, rio pelo qual não se podia passar. E me disse: Viste isto, filho do homem? Então, me levou e me tornou a trazer à margem do rio. Tendo eu voltado, eis que à margem do rio havia grande abundância de árvores, de um e de outro lado. Então, me disse: Estas águas saem para a região oriental, e descem à campina, e entram no mar Morto, cujas águas ficarão saudáveis. Toda criatura vivente que vive em enxames viverá por onde quer que passe este rio, e haverá muitíssimo peixe, e, aonde chegarem estas águas, tornarão saudáveis as do mar, e tudo viverá por onde quer que passe este rio. Junto a ele se acharão pescadores; desde En-Gedi até En-Eglaim haverá lugar para se estenderem redes; o seu peixe, segundo as suas espécies, será como o peixe do mar Grande, em multidão excessiva. Mas os seus charcos e os seus pântanos não serão feitos saudáveis; serão deixados para o sal. Junto ao rio, às ribanceiras, de um e de outro lado, nascerá toda sorte de árvore que dá fruto para se comer; não fenecerá a sua folha, nem faltará o seu fruto; nos seus meses, produzirá novos frutos, porque as suas águas saem do santuário; o seu fruto servirá de alimento, e a sua folha, de remédio. (Ezequiel 47:1-12 RA).
Não devemos impedir as águas de fluírem, são elas que levam vida, que fazem multiplicar a vida e gerar frutos. Precisamos deixar fluir de nós “rios de águas vivas” que são a Palavra de Deus.
Assim podemos cumprir o nosso comissionamento de ir e pregar o Evangelho a toda criatura, sabendo de onde viemos e não para onde vamos, pois para onde vamos pertence a Deus e a Seu tempo Ele nos mostrará. Então, fazemos discípulos em todas as nações, gerando frutos bons e abundantes para todas as nações da terra.
Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento. (2 Coríntios 2: 14 RA)
Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.(Gálatas 5: 22-23 RA)
Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude, pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis coparticipantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo, por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento; com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade; com a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o amor. Porque estas coisas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem com que não sejais nem inativos, nem infrutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. (2 Pedro 1:3-8 RA).
Assim, finalmente poderemos afirmar como Paulo:
Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda. (2 Timóteo 4:7-8 RA)
Maranata! Ora vem Senhor Jesus!
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