“Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança” (1 Tessalonicenses 4:13).
Essa é, talvez, a passagem bíblica mais conhecida e usada sobre o tema morte. Quase sempre é recitada em funerais por pastores e outros líderes religiosos como fundo de reflexão para os presentes.
Eu, particularmente, gosto muito do texto em Eclesiastes, capítulo 7: ”Melhor é a boa fama do que o melhor unguento, e o dia da morte do que o dia do nascimento de alguém. Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os homens, e os vivos o aplicam ao seu coração”(versículos 1 e 2). O autor do livro aos Eclesiastes nos informa que o cemitério é melhor lugar que uma festa, por exemplo; porque nele é onde extraímos profundas lições para a nossa vida.
A primeira parece ser a mais óbvia de todas: todos os mortos, um dia, foram como nós vivos, tiveram a oportunidade de viver. Todos os vivos, um dia, se tornarão como os mortos. Essa é a maior certeza de que temos em vida, que um dia todos nós iremos morrer: “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, mas a sua memória fica entregue ao esquecimento” (Eclesiastes 9:5).
A segunda grande lição que o cemitério nos ensina é que, embora a vida pareça longa e demorada, ela é mais rápida do que possamos imaginar: “O homem é semelhante a um sopro; os seus dias são como a sombra que passa” (Salmo 144:4).
A terceira grande lição: que tudo o que ele investiu em vida, como expressão da vaidade, vai se tornar pó e cinza. “E o pó volte à terra, como o era (leia agora Gênesis 2:7), e o espírito volte a Deus que o deu” (Eclesiastes 12:7) (acréscimo meu). Sobre isso, JESUS bem nos ensinou: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem a tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam. Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí também estará o vosso coração” (Mateus 6:19-21).
Quarta e última lição do cemitério: aquele que morreu nunca mais terá outra vida aqui neste mundo. “Aos homens está ordenado morrerem uma vez; vindo depois disso o juízo” (Hebreus 9:27).
Não há mais esperança nem misericórdia para os mortos. Não há oração ou reza que possa modificar a situação espiritual com que uma pessoa morreu. Por isso, é vão orar ou rezar por quem morreu. Há muitas outras certezas que a Bíblia nos apresenta sobre a morte: ninguém que morre vai para o Céu ou para o inferno instantaneamente, mas fica aguardando o dia da ressurreição e o momento do terrível Juízo final para, a partir dele, DEUS julgar para quem irá para um destino ou outro.
Geralmente, quando morre um “irmão” ou uma “irmã”, a igreja se entristece, especialmente se ele ou ela fora uma pessoa exemplar, dedicada, aos olhos humanos. Mas é preciso evitar qualquer juízo precipitado, antecipado, da morte de quem quer que seja. Lembremos que, uma pessoa que morreu justa aos nossos olhos, pode ter morrido como injusta aos olhos de DEUS (DEUS não vê nem julga como o homem). Assim também uma que, ao julgamento humano, morreu perdida, pode ter se salvado no último instante para DEUS. Por isso, não nos cabe às afirmações: “Fulano fora recolhido ao Paraíso celestial” ou “Beltrano fora diretinho para o inferno”.
Elas são equivocadas por dois motivos:
1) Porque o autor da afirmação está se colocando no lugar de DEUS, garantindo que a tal pessoa morreu salva ou perdida;
2) que ninguém que morre imediatamente é elevado ao Trono do Altíssimo ou às profundezas do inferno. E nesse aspecto a morte é uma incógnita para nós, seres viventes, limitados e mortais.
JESUS certa vez contou que muitas pessoas que fizeram grandes prodígios em Seu Nome aqui na terra morreram perdidas: “Nem todo o que me diz: Senhor! Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim vós que praticais a iniquidade” (Mateus 7:21-23). Essa é uma passagem para meditarmos todos os dias. Uma forte lição entregue pelo SENHOR JESUS, provando que ELE não se deixa enganar com a condição espiritual de ninguém. Nós olhamos para aquilo que o homem exterioriza: vida nos templos, trabalho de ação social, curas, obra magnífica, multidão o seguindo e o aplaudindo. JESUS olha para o coração, para o essencial que é invisível aos olhos, como diria o escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, em seu famoso O Pequeno Príncipe. As pessoas olham para o site do nosso Ministério de restauração familiar, os textos escritos, os vídeos publicados, mas só o SENHOR conhece o coração e a vida por dentro do homem e do Pastor Fernando César. Meus livros, minhas mensagens, minha posição social, não me levarão para lugar nenhum. Meu coração, minha condição espiritual, o selo de DEUS, que está sobre mim, essas coisas, sim, me conduzirão. De nada adiantará ter um exterior glamoroso, reconhecido pelos homens, se o interior não tiver sido aprovado por DEUS. Muitos morrem e deixam grandes patrimônios e heranças para a sua família e até para uma nação inteira, mas não deixa nada de interessante e satisfatório para DEUS. Por isso, a todo instante, o rei Davi orava com muita humildade: “SENHOR, tu me sondaste e me conheces. Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. Cercas o meu andar e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos. Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó Senhor, tudo conheces. Tu me cercaste por detrás e por diante, e puseste sobre mim a tua mão” (Salmo 139:1-5). Essa é a certeza de quem coloca o coração e a vida todos os dias na presença do SENHOR.
De uma coisa a Bíblia nos deixa como lição: ser Igreja do SENHOR é bem diferente de frequentar templo religioso; que fazer parte de um sistema religioso não é serIgreja; que ser protestante não necessariamente é ser nascido da água e do Espírito Santo (pode representar apenas uma mudança de religião); que o que se apresenta aos olhos dos homens nem sempre é resultado de um coração puro e sincero diante de DEUS.
Quem morrer em CRISTO, com toda certeza irá para o Céu, viver toda Eternidade na Glória de DEUS. Quem terminar seus dias neste mundo desaprovado pelo SENHOR, no dia do Juízo, será encaminhado ao inferno, tormento eterno. É preciso considerar essa Verdade simples.
Aquele que se considera Igreja do SENHOR necessita, a todo tempo, clamar Misericórdia a DEUS, dia após dia, arrepender-se dos seus pecados e perseverar naquilo que há de mais precioso: a santidade. Agradar a DEUS e um dia ser herdeiro do Seu Reino devem ser prioridades essenciais na vida de todo o que se diz cristão. Ser santo não só compreende ser separado das coisas do mundo, como também viver neste mundo em plena sujeição e obediência a DEUS e à autoridade que ELE constituiu aqui na terra; além de guardar todos os Seus Mandamentos.
Apesar de tantos erros cometidos, Davi morreu com o Espírito do Senhor em sua alma e recebeu a linda inscrição em sua lápide no cemitério: “Aqui jaz o homem que teve em vida o coração igual ao do SENHOR”. É um privilégio, sem dúvida. Poucos terão a mesma honra que teve Davi. Eu, como diria o apóstolo Paulo, “(...) esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o Alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Filipenses 3:13-14). Que o SENHOR tenha misericórdia da minha vida e me encontre aprovadíssimo no Grande DIA!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
OBRIGADO PELA VISITA! QUE DEUS ABENÇÕE!