A ILUSÃO DOS DESIGREJADOS
Introdução
É crescente o número dos “sem-igreja”, que deturpam a passagem-chave de Hebreus 10.25: “Não abandonando a nossa congregação, como é costume de alguns”. O que antigamente chamávamos, segundo a Palavra de Deus, de “desviados” (cf. Tg 5.19) ou “ex-cristãos” — tal como Demas, cujo era cooperador e companheiro do Apóstolo quando preso em Roma; porém, desviou-se a amar o presente século (Fm v.24; 2Tm 4.10) — agora chamamos de “desigrejados”.
Essas pessoas ainda consideram que vivem a fé em Cristo, de modo que podem dar-se ao luxo de desprezarem o ato de congregar no templo. Os desigrejados defendem que a fé cristã pode ser exercida fora da comunhão eclesiástica. É uma espécie de individualismo radical, manifesto como a “comunhão sou eu” ou “eu tenho em comum comigo mesmo”.
Cansaram-se da igreja institucional e organizada, de maneira que sentem ojeriza pelas tais. Nutrem esse sentimento de repulsa pelas seguintes razões:
* o surgimento de novas denominações evangélicas;
* os escândalos de líderes e de igrejas;
* a banalização do ministério pastoral (que, para muitos, passou a ser tido como “profissão”, e não vocação);
* a secularização, o intelectualismo, a falta de renovação espiritual e o evangelho frio das denominações históricas;
* o esfriamento das igrejas tradicionais;
* o abuso na demonstração de “poder” — por meio de correntes, sacrifícios, propósitos e objetos de fé — à disposição por valores exorbitantes, dos tais “apóstolos” neopentecostais;
* as meninices nos meios pentecostais não tradicionais, chamadas de reteté (ou repreplé);
* a abundância de métodos para crescimento de igrejas;
* a procura de diplomas teológicos reconhecidos pelo estado;
* a variedade de cursos teológicos cujos estudantes, no término, já recebem a unção de pastor — e saem abrindo novas denominações.
O certo é que se nos tornarmos desigrejados, porque somente vemos imperfeições nas instituições; consequentemente, havemos de ser uma dessas coisas: 1) idealistas, já que não possuímos firmeza na Rocha, a ignorar as próprias imperfeições ou 2) aqueles que usam isso como desculpa para justificar o abandono da fé com ares de heroísmo e zelo pela suposta “verdade” — que, de forma alguma, se baseia nas Escrituras.
1 – Os desigrejados e a “igreja orgânica”
“Igreja orgânica” é um termo utilizado para opor-se à igreja institucional, que possui liturgia e templos. Chama-se “orgânica” porque os defensores dessa linha de interpretação — de fato, um “vento de doutrina” (Ef 4.14) —subentendem que não podem estar congregados num templo, sob as ordens duma instituição e dum líder, mas todos que fazem parte da igreja — como “organismo vivo” — trabalham em prol do Reino de Deus.
Logo, posto que não congreguem em nenhuma igreja — daí o porquê do vulgo “desigrejados” — alegam fazer parte da “Igreja Orgânica”, que se reúne em lares, chalés, varandas, salas ou cafeterias. Quer num lugar quer noutro, reúnem-se seus correligionários para juntos adorarem a Deus — sem um pastor ou representante legal a fim de doutrinar e conduzir o rebanho.
A Comunidade ICTHUS — “peixe”, em grego —, que se reúne como Igreja Orgânica, no artigo “Vivendo Organicamente”, ressalta:
A forma de uma igreja orgânica expressa a própria vida da igreja — tal como a forma do corpo humano expressa a vida do homem. As igrejas orgânicas não surgem a partir de estatutos, cargos e/ou de clérigos. Surgem de relacionamentos entre pessoas que amam a Jesus Cristo
Havemos de ver que essa não é a forma correta nem o modelo bíblico deixado por Jesus — o eterno fundador da Igreja. Sendo assim, “ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto — o qual é Jesus Cristo” (1Co 3.11).
2 – Os erros das ditas igrejas orgânicas
a) Igreja Orgânica: No ambiente em que todos estão buscando e adorando, nada é organizado e costumeiro — tal como nas igrejas organizadas —, mas tudo é espontâneo e novo.
No site “Igreja Orgânica Simples” — no estudo “O que é a Igreja Orgânica? Significado de Igreja nos Lares ou nas Casas” —, é dito: “[a igreja orgânica] é sentida (experimentada) e não se resume só a pregações ou ensinamentos teóricos da bíblia”.
O que a Bíblia diz? Em nítido contraste a isso, embora o Santo Consolador dirija os servos de Deus quando se reúnem (Jo 14.26), a Bíblia apresenta o modelo bíblico para os cultos: “Que fareis pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo (hinos), tem doutrina (exposição da Palavra), tem revelação, tem língua, tem interpretação (dons do Espírito). Faça-se tudo para edificação” (1Co 14.26). Por que isto? Deus não é “Deus de confusão, mas de paz, na igreja dos santos” (1Co 14.33) e “faça-se tudo com decência e ordem”, 1Co 14.40.
b) Igreja Orgânica: Não há líderes, entretanto, cada um é seu próprio líder; ou seja, “todos” trabalham como sacerdotes no Corpo de Cristo, sem ter um líder humano em geral. Jesus é Sua liderança.
O site “Igreja Orgânica Simples”, no estudo supracitado, assevera:
O modelo de igreja evangélica hoje usa o mesmo modelo que o católico, mudando apenas a ênfase (foco) da palavra para protestante, pois os evangélicos nasceram da igreja católica; É institucional, parecido com o de empresa, onde tem hierarquia, pastores chefes, poucos decidem pelo resto, etc., e até usam técnicas de empresas para realizar seu marketing e expansão. [...] São os irmãos que cuidam uns dos outros (1º Ts 5:14) e não o pastor, pois é praticando que de fato uma pessoa aprende a lição e isso leva a maturidade cristã.
O que a Bíblia diz? Em visível contraste a isso, ainda que, ante a Bíblia, na Graça, todos sejam sacerdotes (isto é, têm acesso direto a Deus, por Cristo — Ap 1.5,6; 1Pd 2.9), o Senhor Jesus colocou homens, que Ele escolheu, para administrar a Sua Igreja, a fim de admoestar o rebanho: “Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular. E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas” (1Co 12.27,28).
No Concílio de Jerusalém (Atos cap. 15), a caso de resolverem questões de judeus convertidos, que queriam impor a Lei aos cristãos, os líderes da igreja Cristã tiveram um papel fundamental, de maneira que — referente a essa Assembleia de Jerusalém — pela simples leitura de Atos 15.2,4-6,22,23, depreende-se que todos os apóstolos eram distinguidos dos demais líderes, porque foram postos como “fundamento” da Igreja de Cristo (Ef 2.20). Além de tudo, havia três apóstolos — Tiago (irmão do Senhor), Pedro e João —, que atuavam como líderes principais da Igreja Cristã, chamados pelo Apóstolo Paulo de “colunas” (Gl 2.9). Portanto, já naqueles dias, segundo o modelo deixado por Jesus, ninguém liderava a si mesmo, uma vez que havia hierarquia ministerial.
Desde o Antigo Testamento o Senhor instituiu homens para liderar (cf. Nee 8.4-6; Jr 3.15). Prestemos atenção nisto: “E escolheu Moisés homens capazes, de todo o Israel, e os pôs por cabeças sobre o povo; maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinquenta e maiorais de dez. E eles julgaram o povo em todo o tempo; o negócio árduo trouxeram a Moisés, e todo o negócio pequeno julgaram eles” (Ex 18.25,26).
A hierarquia ministerial não é com a pretensão de um irmão ser melhor que o outro, mas para o Altíssimo manter a ordem! A Bíblia diz: “Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver” (Hb 13.7).
Embora a igreja orgânica mostre-se um movimento unificado, de pessoas “desigrejadas” que vivem unidas sem frequentarem a igreja organizacional; todavia, de fato não é um movimento unificado. Isso é corretíssimo! Não será exagero dizermos que lá é “cada um por si e Deus por todos”, pois não há uma liderança que os representará.
Segundo o modelo do Novo Testamento, os pastores representam os fiéis e hão de dar conta do rebanho: “Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil” (Hb 13.17). O próprio Jesus que constitui homens para a liderança do Ministério: “E Ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus” (Ef 4.11-13). Jesus disse a Pedro que apascentassem as Suas ovelhas (Jo 21.17).
Mas os desigrejados podem objetar: “não existem muitos falsos pastores”? Sim, e contra os tais Jesus também falou (cf. Mateus 7.15; At 20.29; Ez cap. 34), de sorte que dos tais as ovelhas fugirão e irão para o local onde se prega a verdade (1Tm 6.5; Rm 16.17,18), visto que as ovelhas conhecem a voz do verdadeiro pastor, que anda segundo a Palavra de Deus (Jo 10.4,5).
A Bíblia fala-nos da unidade da fé (Ef 4.1-16), e isso a igreja orgânica não tem! Seguir ao Senhor Jesus presume-se em pertencer ao Seu rebanho. Conquanto tenhamos pastores (Ef 4.11; Hb 13.7; Jr 3.15), Ele é o Sumo Pastor (1Pd 5.4), “o grande Pastor das ovelhas” e “bispo das nossas almas” (Hb 13.20; 1Pd 2.25).
A primeira igreja local foi iniciada por Jesus (Mc 3.13-19). O sistema de congregações ligadas a uma matriz (igreja-sede) já era instituído desde os dias apostólicos; por conta disso, ninguém mandava em si mesmo e fazia o que bem entendia, mas respeitava e adequava-se às decisões dos apóstolos e dos anciãos guiados pelo Espírito do Senhor (At 15.22,23). Além do quê, os apóstolos eram os responsáveis pela separação de obreiros para os ofícios do Santo Ministério, seja diácono, seja presbítero (bispo ou ancião), seja pastor (1Tm 4.14; At 14.23; 6.1-7; 20.28; 1Tm 5.22). A hierarquia ministerial é doutrina do Novo Testamento (1Co 12.28-31; Ef 4.8-11).
A Igreja é um Organismo (todos os membros do Corpo de Cristo trabalham, uma vez que há lugar para todos os homens — 1Jo 2.2; 1Co 12.13-27), mas também é uma Organização, porque perante a lei ela é assim estabelecida; por conseguinte, devemos obedecer às autoridades superiores, desde que não vão contra os mandamentos do Todo-Poderoso Jesus Cristo (Rm 13.1-4; At 5.29).
c) Igreja Orgânica: A Comunidade ICHTUS (de Igreja Orgânica) salienta:
A ideia e visão de igreja:
As pessoas nas igrejas orgânicas não associam “igreja” a um edifício-templo. Elas não vão à igreja – elas, juntas, são a igreja. Isto não é apenas uma teologia. Os membros experimentam isto de fato.
Os locais de reuniões:
As reuniões ocorrem principalmente nos lares dos seus membros. Porém, onde estiverem dois ou três em nome de Jesus, ali é um local de reunião da igreja. Há também reuniões maiores com várias igrejas orgânicas juntas em outros locais maiores (sítios, auditórios etc.).
O que a Bíblia diz? Em agudo contraste a isso, essas reuniões em casas, sítios, cafeterias, chalés, varandas, parques, etc. — é o mesmo que pós-igrejismo, dado que é um movimento que desclassifica os templos.
Sabemos que, no Novo Testamento, nós somos o Templo de Deus (1Co 3.16,17; At 7.47-50); contudo, isso é num sentimento natural — já que possui uma gama maior de funções e exercícios da fé genuína no crente, além da ótica humana —, cujo próprio Espírito reside dentro do ser humano e faz dele o Seu santuário de devoção, santidade, adoração, louvor, intercessão, testemunho, boas obras, etc. Nada tem a ver com a comunhão dos santos nas congregações.
Sabemos, certamente, que a Igreja é um Organismo: o Corpo de Cristo na Terra (1Co 12.12-27); porém, entre os membros do Corpo, na mesma passagem, o Senhor institui líderes para cuidar deles, acompanhá-los, corrigi-los, etc. (1Co 12.28,29); deste jeito, há de ser mantida a ordem da Igreja do Senhor em todo o mundo.
O erro crasso dos desigrejados é que eles não possuem discernimento e emaranham-se referente ao termo “igreja”. Existe a “Igreja Invisível” e a “igreja visível”. Os propagadores das igrejas orgânicas misturam alhos com bugalhos!
A Igreja Invisível é o conjunto de crentes salvos em todo o mundo (Mt 16.18; Gl 1.13), de todos os que são lavados e remidos pelo sangue do Cordeiro (Hb 12.22,23; Ap 22.14). Quer dizer, é a totalidade de salvos de todos os tempos (Ef 1.20-23).
A igreja visível — assembleia ou congregação dos santos (Sl 89.5,7; Hb 2.12) — é o local onde os membros de uma igreja cristã reúnem-se, participam da comunhão, prestam cultos ao Senhor Jesus, obtêm desenvolvimento ministerial, etc.
Os estudiosos listam em torno de 29 igrejas referidas em Atos e Apocalipse. Nesse ponto, são cidades que continham igrejas no Novo Testamento, as quais eram congregações locais com pastores — lideradas e acompanhadas. Só um exemplo: a Igreja que estava em Antioquia possuía pastores e doutores que estavam na direção do rebanho e, até mesmo, enviavam missionários, etc. (At 13.1,3). Eram igreja visíveis — “assembleia de santos” — que faziam parte da Igreja Invisível: o Corpo de Cristo. Vejamos:
1) Igreja em Jerusalém (At 1.4; 2.14; 4.5,16; 5.28; 6.7; 8.1);
2) Igreja na Judeia (At 1.8);
3) Igreja em Samaria (At 1.8; 8.5; 8.14,25);
4) Igreja em Gaza (At 8.26);
5) Igreja em Azoto (At 8.40);
6) Igreja em Cesareia (At 8.40);
7) Igreja em Damasco (At 9.2,10,19,20,27);
8) Igreja em Lídia e Sarona (At 9.32,35);
9) Igreja em Jope (At 9.42,43);
10) Igreja em Antioquia (At 13.1; 11.19,26);
11) Igreja em Chipre (At 13.4);
12) Igreja em Antioquia da Psídia (At 13.14);
13) Igreja em Icônio (At 14.1);
14) Igreja em Listra e Derbe (At 14.6);
15) Igreja na Síria e na Cilícia (At 15.41);
16) Igreja em Filipos (At 16.12);
17) Igreja em Tessalônica (At 17.1);
18) Igreja em Bereia (At 17.10,13);
19) Igreja em Atenas (At 17.15);
20) Igreja em Corinto (At 18.1);
21) Igreja na Macedônia e na Grécia (At 20.1,2);
22) Igreja na Ásia (At 20.4);
23) Igreja em Éfeso (Ap 2.1; At 18.19; 19.1);
24) Igreja em Esmirna (Ap 2.8);
25) Igreja em Pérgamo (Ap 2.12);
26) Igreja em Tiatira (Ap 2.18);
27) Igreja em Sardes (Ap 3.1);
28) Igreja em Filadélfia (Ap 3.7);
(29) Igreja em Laodiceia (Ap 3.14).
A Escritura fala da comunhão dos santos (1Jo 1.7; At 2.42). Observemos isto: “À Igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos os que em todo o lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso” (1Co 1.2).
Os primeiros cristãos se “reuniam” para participarem da Ceia do Senhor (At 20.7). Também se ajuntavam para darem ofertas; tais ofertas eram levadas para Jerusalém (1Co 16.1-4), onde estavam os apóstolos, os líderes e as “colunas da Igreja” — Tiago, Pedro e João (Gl 2.9; At 8.1; At 15.5,6). Em verdade, esses irmãos esperavam a chegada do Apóstolo Paulo, que representava os apóstolos e os anciãos de Jerusalém (1Co 16.3,4). Portanto, casas, chalés, chácaras, varandas, salas não são locais apropriados para isso!
Na Igreja Primitiva, os crentes eram ensinados a não abandonar suas congregações: “Não abandonando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia” (Hb 10.25). Com certeza não havia lá os sem-igreja!
Os primeiros cristãos não desprezavam o templo. Os apóstolos oravam no templo na hora “a nona”, isto é, às três horas da tarde, em referência ao horário da morte de Cristo Jesus, pela qual se consumou o plano de salvação (At 3.1 comp. Mc 15.33,37).
Os crentes primitivos sabiam da importância da Casa de Deus, pois o próprio Jesus chamou-a de “Casa de Oração” (Lc 19.46). Além do mais, mantinham o respeito pelo templo, já que, antes de serem cristãos, professavam o Judaísmo; por conseguinte, era-lhes familiar estas passagens: “Porque vale mais um dia nos teus átrios do que em outra parte mil. Preferiria estar à porta da Casa do meu Deus, a habitar nas tendas da perversidade” (Sl 84:10); “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor” (Sl 122.1); “O Senhor está no Seu Santo templo, o trono do Senhor está nos céus; os Seus olhos estão atentos” (Sl 11.4), etc.
Quando o Senhor Jesus ascendeu aos Céus, em Sua glorificação (Lc 24.51), os apóstolos e os Seus seguidores foram para o templo aguardar a promessa do Espírito: “E, adorando-o eles, tornaram com grande júbilo para Jerusalém. E estavam sempre no templo, louvando e bendizendo a Deus” (Lc 24.52,53). Seguidamente, após receberem a Promessa do Pai — o Batismo no Espírito Santo (At 2.1-13), pregavam primeiramente no templo, e depois nas casas: “E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus Cristo” (At 5.42).
Logo, nos dias dos apóstolos, a Igreja era local e organizada, com cultos (At 2.46,47), liturgias (1Co 14.6,26,40), ministérios (At 6.1-7; Tt 1.4-6; 1Pd 5.1), lideranças (At 13.1-3; Ef 4.11,12; Hb 13.7,17), coletas (1Co 16.1; Rm 15.26), contribuições (2Co 9.1-13; Hb 7.7,8; Lc 11.42), etc.
Conclusão
Que importância tem a nossa comunhão com a Igreja local? Sermos desigrejados, devido a tantos escândalos, é a melhor opção? Conseguiremos viver a fé real dessa forma? As ovelhas — sozinhas — sem a guia, nem o amor, nem o cuidado, nem o cajado do pastor, conseguiremos viver espiritualmente bem, aquecidos pelo Espírito Santo? Responderemos essas perguntas com uma história.
Um pastor estava preocupado com a ausência de um homem que normalmente vinha aos cultos. Depois de algumas semanas, ele decidiu visitá-lo. Quando o pastor chegou à casa deste homem, ele o encontrou sozinho, sentado diante de uma lareira. O pastor puxou uma cadeira e se sentou ao lado do homem. Mas depois de sua saudação inicial, ele não disse mais nada.
Os ficaram sentados em silêncio por alguns minutos, enquanto o pastor olhava para as chamas na lareira. Então pegou as pinças e tomou cuidadosamente uma brasa acesa das chamas e a colocou de lado. Sentou-se de volta na sua cadeira, ainda em silêncio. O seu anfitrião observou em reflexão silenciosa como a brasa começou a tremular e se pagou. Pouco depois, estava fria e sem vida.
O pastor olhou no seu relógio e disse que tinha de ir embora, mas, antes disso, pegou a brasa fria e a colocou de volta no fogo. Imediatamente, por causa do calor do carvão aceso ao seu redor, ela começou aquecer-se e luzir de novo.
Quando o pastor se levantou para sair, o homem também se levantou e deu-lhe um aperto de mão. Então, com um sorriso no seu rosto, ele disse: “Obrigado pelo sermão, pastor. Eu vejo o senhor na Igreja, no domingo”.
Em meio a tantos modismos inconsequentes, decerto “doutrinas várias e estranhas (Hb 13.9), guardemos a pureza na fé e no Evangelho (1Tm 3.9).
Os sem-igreja — fatalmente — estão à deriva; por consequência, fora do trilho divino da Palavra de Deus. Estão inseridos num movimento herético erguido, no fim dos dias, para lograr (enganar com astúcia) os crentes, e arrancá-los da pureza doutrinária, da obediência, do compromisso, da reponsabilidade e da simplicidade do Evangelho. Veja 2Coríntios 11.3.
Os desigrejados “são manchas em vossas festas de amor, banqueteando-se convosco, e apascentando-se a si mesmos sem temor; são nuvens sem água, levadas pelos ventos de uma para outra parte; são como árvores murchas, infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas” (Jd v.12, grifo acrescentado).
Maranata — “Ora, vem, Senhor Jesus” (Ap 22.20).
Os pastores apóstolos os homens que pregaram E que estão lavrados nas escrituras não podem ser os mesmos para nós hoje, ha que se auto proclamarem chefes dos cristãos hoje? o nosso conhecimento da escritura Deve ser anulado pelos novos auto proclamados autoridades sobre os irmãos, colocando jugos, Ou se metendo na vida ou negócios alheios como bem ressaltou o apóstolo Pedro, vamos nos contentar com o nosso soldo, não nos cansando de fazer o bem e não perturbar os nossos irmãos, levando as cargas uns dos outros, assim cumpriremos a lei de Cristo, bom seria que parássemos de inquietar os crentes !
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