1) A definir termos
a) Línguas estranhas como “evidencia inicial e física” (o sinal) do Batismo no Espírito Santo. As línguas estranhas são a prova de que a pessoa recebeu o Batismo no Espírito. Isto chama-se glossolália: “fenômeno (neste ponto, "divino") que dá a capacidade de um crente falar línguas desconhecidas”. Jesus disse: “Esses sinais seguirão aos que creem, em meu nome falarão novas línguas” (Mc 16.17). As línguas, então, nesse ponto, provam se houve, realmente, o Batismo no Espírito Santo. Alguém pode pular, chorar, gritar de emoção, bater palmas, enfim… Mas se não falar noutras línguas não recebeu a Promessa do Pai. O batismo pentecostal recebe esse nome porque foi predito por Joel (Jl 2.28), por Isaías (Is 28.11; 44.3), por João Batista (Mt 3.11; At 11.15-17) e por Jesus Cristo (Mc 16.17; Lc 24.49; At 1.5,8), de sorte que “Deus vela sobre a Sua Palavra, para cumpri-la” (Jr 1.12).
Onde essa promessa do Alto se cumpriu as línguas serviram como “evidência física e inicial”, por exemplo: * Nos 120 crentes presentes no dia de Pentecostes (At 1.14,15; 2.1-4); * na casa de Cornélio (At 10.44-46), mediante o apóstolo Pedro; * em Éfeso (At 19.1-6), por meio do apóstolo Paulo; * Paulo passou a ser cheio do Espírito Santo e disse que falava línguas (1Co 14.18); * Em Samaria, todos receberam o sinal, pois “pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo” (At 8.18).
Logo, em todos esses casos, as línguas estranhas estiveram presentes, provando, assim, que são a evidência do Batismo no Espírito Santo, de maneira que essas as línguas são o “sinal” do batismo, e não o dom no sentido exato do termo.
b) O dom de variedade de línguas: “E a outro [pelo mesmo Espírito] a variedade de línguas [...]” (1Co 12.10) — É um dom de expressão plural, como indica seu título. É um milagre linguístico sobrenatural. Nem todos os crentes batizados com o Espírito Santo recebem este dom (1Co 12.30). Já as línguas estranhas como evidência física e inicial do batismo, todos os batizados no Espírito as falam.
As mensagens em línguas mediante este dom devem ser interpretadas para que a igreja receba edificação (1Co 14.5,27). O crente portador deste dom, ao falar em línguas perante a congregação, não havendo intérprete por Deus suscitado, deve este crente falar somente em silêncio, isto é, “consigo e Deus” (1Co 14.4,28).
c) A interpretação das línguas: “E a outro [pelo mesmo Espírito] [...] a interpretação das línguas” (1Co 12.10) — É um dom de manifestação de mensagem verbal, sobrenatural, pelo Espírito Santo. É chamado dom de “interpretar” porque tem a ver com a mensagem falada através das variedades de línguas. As línguas estranhas como dom espiritual, quando interpretadas, assemelham-se ao dom de profecia, mas não a mesma coisa. Em verdade, “equivale” à profecia. O dom de interpretação é um dom em si mesmo, e não uma duplicação do dom de profecia (1Co 12.10,30; 14.5,13,26-28).
2) Línguas estranhas — há uma diferença!
De todos os dons do Espírito, o que mais tem preocupado os homens, o que mais interesse tem despertado, que tem sido motivo de controvérsias, polêmicas, interpretações imperfeitas, e apreciações pouco sinceras, é o dom de línguas, tal como ele foi dado e utilizado pela igreja primitiva, em manifestação sobrenatural.
“Falar em línguas” tem dois significados distintos: (1) um como “sinal” (Mc 16.17) — evidência inicial e física do Batismo no Espírito Santo, e (2) outro como “dom” — isto dito assim na plena expressão do termo.
Quando as línguas manifestam-se como sinal, em elocuções extáticas (em êxtase) — tem um fim, um alvo, uma missão: prender a atenção dos incrédulos, tocar os descrentes, convencer os recalcitrantes (desobedientes, teimosos); por isso, é um “sinal” (cf. 1Co 14.22). Nesse caso, não é necessária a interpretação, pois o alvo foi atingido: os descrentes viram a manifestação, isto é, o sinal sobrenatural.
Quando, porém, se manifestam como “dom”; então, a interpretação faz-se necessária. Ela é útil e edificante; por conseguinte, temos a profecia exercendo suas funções.
3) Respostas aos argumentos dos críticos sobre as “outras línguas”
descritas em Atos 2
E, cumprindo-se o Dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; e de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem (At 2.1-4).
Um só sinal fazia parte do batismo pentecostal. Todos os que foram cheios do Espírito Santo começaram a falar em outras línguas conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem (At 2.4). Isso quer dizer que faziam uso das línguas, dos seus músculos. Falavam. Mas as palavras não brotavam de suas mentes ou do seu pensamento. O Espírito lhes concedia que falassem, e expressavam as palavras com ousadia, em alta voz, e com unção e poder.
Isso é interpretado de várias maneiras. Vamos aos argumentos dos críticos, seguidores de igrejas-túmulo, que rejeitam o sobrenatural e o mover do Espírito e Seu mistério no homem regenerado:
1) Alguns se detêm em Atos 2.8 — “Como, pois, ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?”. Com isso, supõem que todos os discípulos falaram em sua língua materna e que se tratava de um milagre de audição ao invés da fala. Porém os dois versículos anteriores são muito claros. Cada um os ouvia falar na sua própria língua, quer dizer, sem o sotaque galileu. Veja Atos 2.6,7.
2) Outros chegam ao meio-termo. Dizem que os discípulos falavam em línguas desconhecidas, e que o Espírito interpretava nos ouvidos de cada um dos ouvintes em sua própria língua. Mas Atos 2.6,7 exclui essa interpretação, também. Os 120 falavam em idiomas que foram compreendidos por pessoas de diversas nações; em verdade, mais de 12 línguas foram faladas, no entanto (At 2.9-11). Esse fato testemunhou a universalidade do dom e da unidade da Igreja (At 2.39).
3) Outro equívoco é a suposição de que essas línguas eram propícias para a pregação e ensino do Evangelho, a fim de favorecer sua rápida disseminação. Porém não há evidência de semelhante emprego de línguas. Teria sido útil para Paulo em Listra, onde ele não entendia o idioma, e tinha de pregar e ensinar em grego (At 14.11-18); de modo que, no Dia de Pentecoste, ofalar em outras línguas realmente atraiu a multidão, mas o que foi ouvido não consistia em discursos nem pregações. Tratava-se, pois, das grandezas (obras grandiosas, magníficas, sublimes) de Deus — At 2.11. É possível que houvesse exclamações de louvor, dirigidas a Deus. Certamente era adoração, e não pregação. O mesmo se deu na casa do centurião Cornélio — em que os seus familiares adoraram ao Senhor por meio das línguas (At 10.44-46), já que a pregação anteriormente fora ministrada por Pedro (At 10.36-43). Caso as línguas fossem com intuito de apregoar, ensinar e disseminar o Evangelho apenas, nos dois casos, teriam levado à salvação de pelo menos algumas pessoas (1Co 1.21); todavia, isso não ocorreu, pois ninguém se salvou por causa das línguas. Por conta disso, o intuito das línguas não é a pregação do Evangelho para a salvação.
4) Alguns alegam que as línguas somente serviram para a expansão do Evangelho onde há a presença de grupos étnicos diferentes, a saber, em Atos 2 são os judeus; em Atos 8 são os samaritanos; em Atos 10 são os gentios.
Em agudo contraste a isso, essa teoria antibíblica sofre um golpe fatal quando se chega em Atos 19.1-6, em que se fala também da vinda do Espírito Santo — com a evidência de falar em línguas — e nenhum novo grupo está em foco. Os expositores dessa teoria, sabendo dessa dificuldade, afirmam que esses homens, de Atos 19, não eram crentes; entretanto, mais uma vez esse arremedo doutrinário não escapa das dificuldades, e isso por três razões simples: 1) Se esses homens não eram crentes, então por que Lucas (escritor de Atos) chama-os de “discípulos”? (At 19.1); 2) Se não eram crentes, por que é dito que eram batizados nas águas? (At 19.3); e 3) Por fim, se não fossem convertidos a pergunta do Apóstolo Paulo deveria ser: “recebestes a Cristo?”, e não “recebestes o Espírito?”, pois, Paulo como apóstolo que era, sabia que o Espírito não pode vir sobre os descrentes (Jo 14.17); entretanto, apenas sobre os obedientes ao Senhor Jesus (At 5.32).
5) Outros antipentecostais, arrimados na sabedoria terrena (1Co 1.20), e negadores do sobrenatural divino, dizem que Evangelho de Marcos foi escrito originalmente na língua grega. Segundo eles, o grego tem duas palavras para designar novo: “neos” e “kainos”. Quando é usada a palavra “neos”, revela-se algo novo em relação ao tempo. Já quando se ressalta algo novo em relação ao conhecimento ou a qualidade, usa-se a palavra “kainos”. Em Marcos 16.17, Jesus usou o termo “kainos”, afirmando que discípulos falariam novas línguas, assim sendo, não são línguas inexistentes, mas idiomas terrenos que os discípulos não conheciam nem falavam.
Contrariamente a essa interpretação — um malabarismo falso com palavras gregas, usado a bel-prazer para negar as línguas estranhas —, o texto não diz simplesmente “falarão em línguas”; porém, “falarão em novas línguas”. Embora se possa dizer que as línguas são novas em relação a quem fala, isso parece pouco provável. Seria mais lógico que se dissesse que falariam línguas não aprendidas. “Novas línguas” parece indicar “línguas desconhecidas”. Reforça essa hipótese o texto original. Na expressão “falarão novas línguas”, “novas”, em grego, é “kainos”.
É verdade que grego usa principalmente duas palavras para “novo”. Uma delas é “neos” — usada para expressar “novo” no aspecto de tempo, indicando aquilo que é recente, mas da mesma natureza do antigo. Já “kainos” também indica aquilo que é “novo”, não, pois, em referência ao tempo; porém, a algo que é de um “tipo diferente”. O léxico grego-inglês — Louw and Nida — diz que “kainos” refere-se a algo “não conhecido previamente, inédito, novo”. Thayer diz que “kainos” indica “um tipo novo, sem precedentes, inédito”. O Theological Dictionary of the New Testament, diz que “kainos” denota “o que é novo na natureza, diferente do habitual, impressionante, melhor do que o velho, superior em valor ou atração”.
Percebemos melhor essa distinção entre “neos” e “kainos” em algumas passagens do Novo Testamento. Em Mateus 9.17, onde aparece ambos os termos, “kainos” tem o sentido de “ainda não utilizado”. Em Atos 17.21, “kainos” tem o sentido de “incomum”. Finalmente, em Mateus 13.52; Efésios 2.15; 2João 2.5 e Hebreus 8.13 — “novo tipo” é o sentido dado. Assim como um Novo Céu e uma Nova Terra — Ap 21.1 e 2Pe 3.13; a Nova Jerusalém — Ap 3.12 e 21.2; a canção nova — Ap 5.9; a nova criação — Ap 21.15, referem-se a algo de uma outra e melhor natureza, as “novas línguas” (Mc 16.17) também não são os já existentes idiomas. O fato de que o antigo e o novo não poderem ser misturados (Mc 2.21,22) acentua o elemento distintivo entre o comum e o novo.
Portanto, as novas línguas não são a mesma coisa que idiomas terrenos que os que cressem iriam passar a falar, mas, sim, “línguas novas” no sentido que são distintas e mais elevadas em natureza.
6) Outros têm a posição de que as “outras línguas”, em Atos 2, eram somente “línguas estrangeiras”, “idiomas existentes” — e não “línguas estranhas”. Querem confirmar essa posição citando os versículos 8 e 11.
Na verdade, no Dia de Pentecostes, os seguidores do Senhor Jesus receberam a bênção do Batismo no Espírito Santo, tendo como evidência as línguas repartidas como que de fogo, que pousaram sobre cada um deles (At 2.1-4). Elas não foram produzidas pelos próprios seguidores de Jesus. Elas vieram sobre aqueles, de modo sobrenatural: “E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles” (At 2.3). O livro de Atos dos Apóstolos não deixa dúvidas quanto ao fato de as línguas estranhas serem a evidência inicial do revestimento de poder em análise. Em três passagens, pelo menos, é mencionada, textualmente, essa verdade: “começaram a falar em outras línguas” (2.4); “os ouviam falar em línguas e magnificar a Deus” (10.46); “e falavam em línguas e profetizavam” (19.6). As línguas estranhas não são apenas um sinal do batismo em apreço.
É importante dizer que o termo “línguas estranhas” é usado no meio pentecostal para denotar que essas línguas são estranhas (desconhecidas) para quem as pronuncia, e não — necessariamente — aos que as ouvem, visto que elas também são apresentadas no Novo Testamento como um dos dons do Espírito Santo, pelo qual Deus fala com o seu povo por meio duma mensagem (1 Co 12.10,30).
O dom de variedade de línguas é usado pelo Espírito em conexão com o dom de interpretação das línguas (cf. 1 Co 12.10,28,30; 14.5,13,26-28). Há pessoas batizadas com o Espírito que falam em línguas — apenas como “sinal” do Batismo no Espírito (Mc 16.17), mas não são portadoras de mensagens proféticas (1Co 12.30), já que essas são provenientes da variedade de línguas, em consonância com a interpretação (1Co 12.30). E é aqui que reside muita confusão. Todavia, em Atos 2.16,17 e 19.6, vemos que as línguas ocorreram inicialmente como sinal do batismo e, logo depois, quase ao mesmo tempo, houve a manifestação do dom de variedade de línguas.
É preciso ter em mente, então, que as línguas estranhas são multiformes, multifacetadas em sua manifestação. Elas inicialmente são o “sinal” do batismo com o Espírito. Mas também podem conter mensagens proféticas, que precisam — geralmente — de interpretação, a menos que elas sejam conhecidas do público, como ocorreu no dia de Pentecostes (cf. At 2.11,12). Nesse caso, a mensagem que a língua quis passar foi suprida por eles mesmos, conhecedores de seus idiomas; por isso, não houve a manifestação do dom de interpretação. As mensagens passadas pelas línguas — embora elas não tenham a função de pregar e ensinar — foi a demonstração das grandezas de Deus nas vidas daqueles seguidores de Jesus Cristo, que se depreende que adoravam e glorificavam (At 2.11). Por conta disso, “se maravilharam e estavam perplexos” (At 2.13). Veja 1Coríntios 14.22.
7) Bastantes teólogos, tradicionais e cessacionistas ensinam que Paulo afirma, em 1 Coríntios 13.8 que, se não houver o amor, “havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá” (1 Co 13.8). Com isso, têm suporte para crerem que os dons cessaram, uma vez que não são para os dias atuais; no entanto, apenas para os dias dos apóstolos. Todavia, observemos que, no versículo 1, ele menciona “línguas dos homens e língua dos anjos”, numa alusão às línguas faladas na terra e às línguas faladas no céu. Perguntamos: As línguas dos homens cessaram? Evidentemente, não. E mais: o texto, que muitos usam para dizer que as línguas estranhas cessaram (1 Co 13.8), também diz que a ciência desapareceria, caso não houvesse amor. Por que as línguas teriam cessado e a ciência não?
Deus deu os dons ministeriais à Igreja “querendo o aperfeiçoamento dos santos, [...] para edificação do Corpo de Cristo, até que todos cheguemos [...] a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo” (Ef 4.12,13). A operação do Espírito é para aquele que for útil (1Co 12.7) e para todos os chamados, de todos os tempos, pela Graça de Deus (cf. At 2.39). Em 1Coríntios 13.12 explica que tal cessação será quando nós O virmos face a face; por conseguinte, somente quando alcançarmos a estatura completa de Cristo, em outra dimensão, quando vier o que é perfeito (1 Co 13.10), é que profecias, línguas, ciência, etc., serão aniquilados.
4) Línguas estranhas — diferenças entre “sinal” e “dom”
Ambas as formas de línguas, isto é, a que é recebida como sinal do Batismo no Espírito e como dom de variedade de línguas, são milagres de Deus, ou seja, as pessoas que falam, fazem-no num tipo de linguagem que não conhecem, nem aprenderam, nem compreendem. Trata-se de uma “língua dos homens ou dos anjos” (1Co 13.1), conforme o Espírito de Deus lhes concede que falem (At 2.4).
O dom de variedade de línguas (1Co 12.10) sempre deve ser acompanhado pelo dom de interpretação de línguas (1Co 14.27), este também é uma expressão do milagre de Deus. O que, pelo dom, interpreta a mensagem falada por meio das línguas, não conhece a língua que está sendo interpretada; entretanto, a interpretação é correta — a não ser que as variedades de línguas sejma conhecidas do público, como ocorreu no dia de Pentecostes, cujos presentes interpretaram as línguas (At 2.8-13).
Quando o dom de variedade de línguas, acompanhado do dom de interpretação de línguas, são usados na igreja, ela então recebe a mensagem equivalente à profecia (1Co 14.5), cujo o conteúdo é para “edificação, consolação e exortação” (1Co 14.3).
A seguir há algumas diferenças entre as línguas como “sinal” do Batismo no Espírito Santo e como “dom de variedade de línguas”
a) Diferença no recebimento. Enquanto a língua recebida como sinal e evidência do Batismo no Santo Espírito é recebida por todos os que foram batizados (Mt 3.11; At 2.4; 10.46; 19.6), o dom de variedade de línguas não é. Assim como os outros dons, ele é dado somente aos que o Espírito determinar, pois Ele o outorga conforme a Sua vontade (1Co 12.11). “Falam todos diversas línguas? Interpretam todos” (1Co 12.30).
b) Diferença no uso. O que fala língua estranha, recebida como sinal, não fala aos homens, senão a Deus (1Co 14.2). Quer dizer, o que ele fala não é dirigido à igreja, mas somente ao Senhor. Já a mensagem transmitida através do dom de várias línguas é, no entanto, dirigida à igreja. Por esse motivo deve sempre ser interpretada pelo de interpretação de línguas, de sorte que a igreja receberá a edificação: “E se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por sua vez, e haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus” (1Co 14.27,28).
c) Diferença na finalidade. A língua estranha como sinal do batismo é para o crente dirigir-se a Deus em mistérios (1Co 14.2), para a sua própria edificação (1Co 14.4). O uso do dom de variedade de línguas edifica a Igreja: o Corpo de Cristo (1Co 12.27). Por conta disso, Paulo falava mais língua do que todos, mas preferia falar cinco palavras com seu entendimento do que dez mil palavras em línguas. Ele falava, nessa última parte, acerca do dom de variedade de línguas, já que a igreja precisa entender a mensagem para ser edificada (1Co 14.12).
d) Diferença na limitação do uso. A língua estranha como evidência inicial e física do Batismo com o Espírito Santo (o sinal, Mc 16.17) pode ser usada sem limitação, ou sozinha com Deus em oração, ou junto com outros no culto, consoante o Espírito determinar (At 2.4; 1Co 14.39; Ef 6.18). O que devemos ter em mente é que jamais alguns falantes podem tirar a ordem do culto ao Senhor, a atrair "holofotes" para si (1Co 13.11; 14.26). O uso do dom de variedade de línguas é limitado. A Bíblia diz: “E se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por sua vez, e haja intérprete” (1Co 14.27). Como isso é possível? Através disto: “Os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas” (1Co 14.32). Quem deseja obedecer a Palavra do Senhor não encontra problema nisso.
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