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APOSTILAS PARA PREGADORES LEIGOS

APOSTILAS PARA PREGADORES LEIGOS


CURSO BREVE PARA PREGADORES LEIGOS

“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar,
que MANEJA BEM a palavra da verdade”. II Timóteo 2:15
Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a
paz, que anuncia cousas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!” -
Isaías 52:7
“...prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a
longanimidade e doutrina.” - II Timóteo 4:2
INTRODUÇÃO
Nosso objetivo é passar a todos os interessados noções básicas de Homilética,
Hermenêutica, Exegese e Retórica, a fim de ajudar a preparar obreiros para a pregação do
Evangelho de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Aqueles que desejarem se aprofundar em seus estudos e pesquisas sobre a arte de
pregar, devem procurar estudar também um pouco sobre “Dialética” (= a arte de raciocinar;
lógica; arte de argumentar ou discutir ) e também cursos práticos de Português com
abordagem de “Técnicas de Redação”. Cursos de técnicas de impostação de voz também
poderão ser muito úteis. Aqueles que tiverem dificuldades na “fala” ou problemas relacionados
à “dicção” devem recorrer ainda aos serviços profissionais de um “Fonoaudiólogo”.
Finalmente, é recomendável que todos os pregadores passem por um Curso
Teológico básico (equivalente ao segundo grau - secundário) ou Bacharel (equivalente ao
terceiro grau - superior), para aprimorar os seus conhecimentos em muitas outras matérias
que não serão aqui abordadas, tais com: - Dialética, Grego, Hebraico, Inglês, Teologia
Sistemática, Psicologia ( Geral, da Religião, Pastoral ), Música, Filosofia, Heresiologia,
Geografia Bíblica, História da Religião, História da Igreja, Introdução à Teologia do Velho e do
novo Testamentos, Administração Eclesiástica, etc.
I - DEFINIÇÕES
Segundo alguns dicionários, “exegese, hermenêutica e homilética” significam a mesma
cousa, porém, para nós, evangélicos, costumamos fazer as seguintes distinções:
a) HERMENÊUTICA - É a arte de interpretar textos inseridos no seu contexto;
b) EXEGESE - É a arte da interpretação minuciosa de um texto;
c) HOMILÉTICA - É a arte de se preparar, organizar e apresentar o sermão, palestra, discurso
ou estudo;
d) RETÓRICA - É a arte de falar e argumentar em público, através de sermõs, palestras,
discursos e estudos.
II - O “PREGAR” O EVANGELHO
“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar,
que MANEJA BEM a palavra da verdade”. II Timóteo 2:15
O conceito bíblico de pregação é um anúncio, uma proclamação de boas novas, o
kerygma (mensagem) revelado pelo Espírito de Deus.
Assim sendo, o pregador não pode e não deve falar qualquer coisa, e também não
deve escolher preciptadamente este ou aquele assunto... É preciso buscar a direção de Deus
para saber qual o assunto a ser abordado em cada ocasião. É preciso saber o que o Espírito
Santo quer dizer à Igreja! A definição de tema ou assunto, e/ou do texto, devem ser obtidos no
Espírito, através de oração e de comunhão com Deus. O pregador precisa ter a certeza da
direção divina para a palavra que proferirá.
A única pregação eficaz é a que é feita “em demonstração de espírito e de poder” - I
Cor 2:4-5
A pregação ocupava boa parte do ministério pessoal de Jesus - Mt 4.23; 9.35. E Jesus
disse: “Eu vos envio como o Pai me enviou” - Lucas 4.18-21
III - OUTROS CUIDADOS QUE O PREGADOR DEVE TER
a) Na área espiritual - o pregador precisa preocupar-se e ter zêlo em relação a:
- sua piedade pessoal - é preciso estar disponível para ser usado por Deus;
- estar sempre estudando a Palavra, pois é a Palavra que ele interpretará;
- ter fé espontânea e corajosa, porém serena e tranquila que demonstre a sua real confiança
em Deus;
- a convicção de chamada e de envio, aliada a uma reconhecida vocação cristã;
- ser humilde, despido de qualquer vaidade;
- ter espírito de oração, de forma a ser sempre um canal livre para a comunicação do Alto;
- ter uma boa visão e discernimento da obra, em suas diferentes nuances;
- ter sensibilidade espiritual e unção do Espírito;
- ter profundo amor e paixão pelas almas perdidas e pelas ovelhas do rebanho.
b) a nível físico/natural - o pregador precisa cuidar:
- da sua aparência e higiene pessoal;
- do desenvolvimento sóbrio e fecundo da sua inteligência;
- do exercício frequente e sábio da sua memória;
- do adestramento frequente da sua dicção;
- do cuidado com a sua saúde pessoal e com a sua alimentação;
- do aprimoramento incansável dos seus conhecimentos do idioma;
- de ter boa cultura geral e estar sempre bem informado;
- da sua preparação psicológica.
IV - A TOTAL DEPENDÊNCIA DO ESPÍRITO SANTO
Feita a sua parte, que consiste em se preparar da melhor forma possível, em todos os
aspectos, o pregador precisa estar consciente de que, em todo o tempo, deverá caminhar na
total depenência do Espírito Santo; nunca confiar nos seus próprios méritos ou suposta
capacidade. A pregação é a semeadura, e isto o homem deve fazer da melhor forma
possível; contudo, o crescimento da semente e o fruto são obra do Espírito Santo. O
pregador poderá até fazer um convite para que as pessoas se posicionem ou se manifestem,
de alguma forma, em relação a palavra ouvida. Contudo, o verdadeiro apêlo é aquele que o
Espírito Santo faz, de forma silenciosa, invisível, diretamente ao coração do ouvinte! É até
possível através de uma boa oratória persuadir a platéia, porém, o verdadeiro convencimento,
a verdadeira conversão, o verdadeiro arrependimento para a vida, somente o Espírito Santo
poderá operar no coração do pecador. A perícia se adquire com dedicação e denodo, porém a
unção somente Deus no-la pode dar! Pregação sem unção é mera falácia!
V - RELAÇÃO DA HOMILÉTICA COM A RETÓRICA
Juntamente com a língua grega, veio a retórica grega. No final do século IV a retórica grega
havia alcançado o seu maior desenvolvimento na oratória de Demóstenes e no famoso
tratado de Aristóteles sobre a retórica. Posteriormente vieram contribuições de oradores
romanos, notadamente Cícero e Quintiliano. A retórica ensinava o estudante na arte de se
expressar com facilidade, com frases apropriadas e irresistíveis, levando-o a obter o melhor
resultado possível, especialmente na tribuna e no senado.
A prédica cristã começara na palestina. Os primeiros pregadores, auditórios, formação e
afinidades espirituais eram judaicas. A maneira de se pregar contudo, seguia o estilo dos
Profetas do Velho Testamento e o padrão rabínico, porque a retórica perdera o crédito para
os judeus, em razão de advogados inescrupulosos e falsos mestres dela se utilizarem
vergonhosamente com sofismas para fazer com que o pior parecesse o melhor, dando a
mentira um ar de verdade! Assim pois, se fez a prédica primitiva à maneira e cultura judaica e
não da gentílica. E ao sermão de dava o nome de homília.
Entretanto, com a disseminação do Evangelho entre as nações gentílicas, em cujo seio as
tradições e formas judaicas eram pouco conhecidas, e com a conversão de homens que já
tinha sido treinados na retórica, os quais, dia-a-dia se tornavam pregadores, e, naturalmente,
usavam os seus dotes retóricos na proclamação do Evangelho. Assim, gradativamente, a
homília (em voga até o século III) cedeu lugar ao sermão mais elaborado. Homens piedosos
como Gregório, Crisóstomo, Ambrósio e Agostinho, elevaram a prédica cristã a níveis nunca
antes alcançados pelos gregos, e a transformaram em um instrumento de poder espiritual,
entre pessoas de todos os níveis, cultas e incultas. Assim foi que surgiu a Homilética, que
nada mais é do que a adaptação da retórica às finalidades especiais e aos reclamos da
prédica cristã.
VI - PERIGOS RELACIONADOS A RETÓRICA
Uma cousa é adesão, outra bem diferente é conversão. Os métodos retóricos são e serão
sempre limitados. Só há conversão quando o Espírito Santo convence o pecador do seu
pecado. O convencimento intelectivo poderá produzir apenas “adesão”. O Apóstolo Paulo
temia que com “palavras persuasivas” viessem a insinceridade e o orgulho ao coração do
semeador, estando ele vazio. Muitos recursos de retórica, sem humildade, unção, e
dependência da ação do Espírito Santo, podem fazer do orador um dominador de
assembléias ao invés de uma testemunha ou companheiro de adoração.
Os recursos da homilética e da retórica devem ser utilizados com temor e reverência, na
dosagem certa e com humildade, na total dependência do Espírito Santo, para que se o
auditório sentir o desejo de aplaudir, oplauda o Criador, pela grandeza do Seu Amor, pela
verdade ouvida, e não o pregador pelo seu desempenho! E, em havendo aplausos,
aclamações, elogios, que o pregador seja humilde e transfira os louros para Deus,
reconhecido de que, se a bênção fluiu é porque o Espírito Santo esteve presente e
trabalhando em todos e sobre todos, inclusive no seu próprio desempenho na tribuna.
a) Demasiada ênfase a regras e fórmulas - O pregador precisa dar sempre maior atenção a
princípios do que a regras e regulamentos. O pregador deve lembrar sempre que o objetivo da
prédica é elevar o ânimo do ouvinte, despertar a sua imaginação, mexer com os seus
sentimentos e impelir poderosamente a sua vontade na direção daquilo que a verdade impõe,
que em relação a prédica cristã será sempre o crer e confiar em Deus, em toda e qualquer
circunstância. Em certas circunstâncias, o pregador poderá até o violar as boas regras da
homilética e da retórica, mas nunca quebrar ou contrariar princípios bíblicos! Lembre-se: “A
melhor qualidade dum sermão não é o fato de ele ser bastante homilético, e sim o de mover e
comover as almas para aceitarem o Reino de Deus e a sua justiça” - John A. Broadus.
b) Imitação e plágio - Existe a imitação consciente e a inconsciente. As duas são prejudiciais,
conquanto a última seja menos censurável. Podemos apreciar e procurar até assimilar as
boas qualidades observadas em outros pregadores, nunca porém devemos imitá-los!
Lembremo-nos sempre de que Aquele que Chama, é o mesmo que Capacita, e dá dons aos
homens! Deus usa cada um de uma forma, e, certamente, poderá se utilizar de você dentro
do seu próprio estilo. É lícito utilizar expressões e ilustrações originárias de outros
pregadores, desde que se cite a fonte! Procure exercitar sempre a prática de preparar os seus
próprios sermões, pois isto levará você a crescer na arte da prédica. Inspirar-se com a prédica
de outros oradores é até natural, agora imitá-los conscientemente é algo que se deve evitar.
O plagio ou imitação conduzem sempre o orador à superficialidade, uma vez que ele nunca
será original! Quando o pregador desenvolve o seu próprio raciocínio e segue o caminho
traçado pelo seu próprio pensamento, o seu desempenho é muito mais satisfatório. Seja
sempre você mesmo, evite imitações!
c) Artificialismo - “Em toda a fala, especialmente na pregação, a naturalidade e a genuinidade,
ainda que embaraçadas, são realmente mais eficientes do que o mais elegante artificialismo.”
- John A. Broadus. O perigo do artificialismo é muito grande, a pessoa se sente embaraçada,
dentro de uma situação nova e estranha. Deve-se evitar todo e qualquer artificialismo
intencional, e mesmo aqueles involuntários e inconscientes. O pregador deve visar sempre
uma pregação genuína, de boa fé, original, ser o mais natural possível, dominar bem o
assunto, inspirar confiança, nunca pregar baseado apenas na prática, o seu compromisso
maior é enfatizar aos ouvintes as verdades contidas na Palavra de Deus!
VII - COMO AVANÇAR NO ESTUDO DA HOMILÉTICA E DA RETÓRICA
Além dos inúmeros tratados sobre prédica disponíveis hoje no mercado literário, você pode
recorrer ainda às seguintes fontes:-
a) procure ouvir bons pregadores - os sermões que ouvimos, quando escutados em espírito
de oração, e com o intuíto de aprendizado, muito podem nos ajudar;
b) procure sempre ter à mão papel e caneta para suas anotações pessoais enquanto ouve
ouros pregadores - além de montar um esboço, do seu jeito e com as suas palavras, das
verdades que se sobressaem em sua mente, em algumas oportunidades a partir do sermão
que ouvimos poderemos ter a inspiração para criar outros sermões derivativos ou até mesmo
sobre temas diferentes - é bom anotar, porque a inspiração vem e passa! E depois você
poderá não se lembrar mais!
c) adquira livros de sermões publicados (ou de esboços) de renomados pregadores - leia-os
e examine-os à luz da Bíblia - e se resolver utilizá-los, procure reescrevê-los segundo a suas
próprias idéias e inspirações;
d) leia a biografia de grandes pregadores do passado, certamente serão de grande inspiração
e muito lhe motivarão;
e) solicite ao seu pastor, professores, e companheiros da seara, comentários sobre o seu
sermão, ouça o que eles têm a dizer - tais críticas serão sempre úteis e proveitosas;
f) INTERNET - Através da Internet você poderá ter acesso a muitos materiais, estudos
bíblicos, livros, apostilas, confissões de fé, e às mais diversas versões da bíblia (Bíblia on-line)
- versão NVI, Bíblia em Grego e em Hebraico, além de informações diversas de cunho
teológico, e até mesmo cursos bíblicos on-line.

VIII - O ESBOÇO DO SERMÃO
“Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção,
para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e pefeitamente
habilitado para toda boa obra.” - II Timóteo 3:16-17
“sabendo, primeiramente isto, que nenhuma profecia da Escritura provém de particular
elucidação; porque nunca, jamais, qualquer profecia foi dada por vontade humana, entretanto
homens [santos] falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo.” - II Pedro 1:20-21
I - O TEXTO
Significado do termo: é a porção bíblica das Escrituras que servirá de inspiração ou base para
o sermão.
Nos primórdios da igreja cristã era comum a pregação expositiva ou explanativa. Os primeiros
pregadores discorriam sobre passagens longas, ocupando-se em explicá-las ou explaná-las.
Com o tempo a tendência propendeu para textos curtos. Já no Século XVII, na Inglaterra,
eram comuns sermões baseados em passagens breves.
Com o passar dos anos, o tempo foi se tornando cada vez mais escasso, e,
consequentemente, o horário reservado para o culto e a pregação foi sendo reduzido. Ao final
do Século XIX, o culto girava em torno de uma hora, gastando-se com a pregação apenas
quinze ou vinte minutos! Nestas circunstâncias era impraticável se utilizar textos longos,
continuando a prevalecer o uso de textos pequenos. No século XX, com surgimento do
movimento carismático e os cultos pentecostais com maior duração, as pregações voltaram a
consumir mais tempo havendo hoje a tendência a textos mais longos e, novamente, ao uso de
sermão textual ou explanativo.
A pregação é a parte central do culto. É o momento em que Deus fala ao Seu povo, através
do seu servo profeta (pregador). O conteúdo da pregação e os ensinos emanados do púlpito
devem estar sempre em perfeita harmonia e estrita sintonia com a Palavra de Deus. O
pregador é o intérprete das Escrituras. Desta forma, a pregação sempre deve se basear em
algum texto das Escrituras Sagradas, até mesmo em caso de sermão temático.
Em se tratanto de Palestra ou Estudo Bíblico o apresentador tem a liberdade de utilizar ou não
um texto base.
Dicas sobre a escolha de um texto:-
1) Textos obscuros - só devem ser utilizado se o pregador tiver plena convicção e certeza de
que será capaz de explicá-lo corretamente. É verdade que atrai as expectativas, porém é
necessário torná-lo instrutivo e útil;
2) Textos espúrios ou apócrifos
a) espúrios - são textos adulterados, falsificados, degenerados, em relação aos manuscritos
originais (grego e hebraico);
b) apócrifos - textos sem autenticidade, ou cuja autenticidade não está provada - textos não
incluídos no Cânom das Escrituras autênticas e divinamente inspirados. Os livros apócrifos
não fazem parte das versões bíblicas manuseadas pelo cristão evangélico ou protestante.
Aparecem, contudo, na versão de Figueiredo, normalmente utilizada pelos católicos romanos,
e são:- 3o e 4o Esdras, Judite, Tobias, Ester (acréscimos a partir do cap. 10 até o 16);
Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, Baruque, Daniel (acréscimos ao livro inspirado), Oração
de Manassés e 1o e 2o Macabeus.
c) exemplos de textos espúrios:-
- na conversão de Saulo - Atos 9:6 e 22:10 as expressões: “Senhor, que queres que eu faça?”
e “Senhor, que farei?”; ainda na versão bíblica ARC, no verso “5”: “duro é para ti recalcitrar
contra os aguilhões” - estas expressões não constam dos melhores manuscritos;
- a famosa passagem de I João 5:7-8: “o v.7 deveria terminar na palavra testemunho. O
restante do v.7 e parte do v.8 não estão em nenhum manuscrito grego antigo, mas apenas em
manuscritos latinos posteriores.” - Comentários transcritos das notas de rodapé da Bíblia
Anotada, Editora Mundo Cristão;
- o texto de Marcos 16:9-20 - “Estes versículos não aparecem em dois dos principais
manuscritos do Novo /testamento, embora estejam presentes num grande número de outros
manuscritos e versões. Se eles não forem parte genuína do texto de Marcos, o final abrupto
do v.8 deve-se, provavelmente, à parda dos versículos que formavam a conclusão original. A
discutível genuinidade dos vv. 9-20 torna pouco sábio construir uma doutrina ou basear uma
experiência sobre eles (especialmente os vv. 16-18).” - Comentários transcritos das notas de
rodapé da Bíblia Anotada, Editora Mundo Cristão;
3) palavras de pessoas não inspiradas, registradas na Bíblia - devemos tomar muito cuidado e
observar bem em que circunstâncias vamos utilizar palavras ditas por pessoas não inspiradas.
Exemplos: Atos 5:38-39 - as palavras de Gamaliel foram adequadas e instrutivas, naquelas
circunstâncias; porém o princípio alí inserido não é totalmente verdadeiro. É preciso tomar
bastante cuidado ao utilizar textos dos livros de Jó, Eclesiastes, Cantares e também o Livro de
Ozéias. É preciso analizar muito bem os textos que se pretende utilizar, sendo recomendável
sempre a consulta a bons comentários.
Sobre o uso e a interpretação de textos:-
1) interpretações literais e figurativas - é preciso muita acuidade na arte de interpretar textos,
para não incorrer no erro de dar sentido literal àquilo que é figurado, e vice-versa;
2) cuidado no uso de textos do velho testamento - o V.T. não foi revogado, entretanto, muitas
das práticas e ensinos alí exarados foram modificados no N.T. Ao se utilizar textos do V.T.
deve-se procurar sempre correlacioná-lo a algum outro texto do N.T., e, na medida do
possível, levar o ouvinte a entender que a salvação veio a todos os homens através da morte
de Jesus Cristo na cruz do calvário;
3) o dever de uma interpretação cuidadosa e exata - o pregador tem o compromisso com
Deus, e com a verdade! Tem o compromisso de interpretar corretamente o texto a fazer a
aplicação de acordo com o seu sentido real. “Nunca dê a um texto o sentido que você sabe
que ele não tem...” - Filipe Brooks. É preciso tomar cuidado para não ir além daquilo que o
texto diz, e dizer cousas que o autor não disse! O texto precisa ser examinado sempre à luz
do seu contexto bíblico, cultural e histórico. Alguém já disse com sabedoria: “texto fóra do
contexto é mero pretexto”!
4) a harmonia dos quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) - Alguns relatos se
repetem nos evangelhos com ligeiras diferenças. Sempre que se utiliza algum texto de um
dos Evangelhos, é preciso verificar se o relato se repete nos demais Evangelhos, e verificar
bem o que diz cada um. É indispensável ter à mão, para consulta, uma obra intitulada: “A
Harmonia dos Quatro Evangelhos” - existem várias, de diversos autores, disponíveis na praça.
5) em relação a ètica e a doutrina - o doutrinamento de uma igreja compete ao pastor, ou
pastores efetivos. O pregador leigo deve sempre evitar abordagens de conteúdo doutrinário
em suas prédicas, especialmente quando estiver pregando em outras igrejas que não a sua. É
antiético, deselegante, e falta de sabedoria, o pregador visitante enveredar pelo caminho da
doutrina, a não ser que tenha sido previamente convidado e/ou autorizado pelo pastor da
igreja a fazê-lo. Em relação a doutrina, deve observar ainda o seguinte:-
a) nenhuma profecia é de particular elucidação - “sabendo, primeiramente isto, que nenhuma
profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca, jamais, qualquer
profecia foi dada por vontade humana, entretanto homens [santos] falaram da parte de Deus
movidos pelo Espírito Santo.” - II Pedro 1:20-21;
b) não se deve estabelecer dourinas em cima de textos isolados, sobretudo em cima de textos
extraídos do seu contexto;
c) não se deve estabelecer doutrinas com base em textos alegóricos ou parabólicos.
6) ferramentas necessárias para ajuda na interpretação de textos e no preparo de sermões:
a) diversas versões da Bíblia - Sugestões de versões da Bíblia:-
- Almeida, revista e corrigida (ARC)
- Almeida, revista e atualizada (ARA)
- Bíblia Sagrada - NTLH (Nova Tradução na Linguagem de Hoje)
- Nova Versão Internacional - NVI
- Para quem domina o inglês - Holy Bible, versão de King James;
- Velho Testamento em hebraico e Novo Testamento em Grego, para os conhecedores destes
idiomas.
b) Bíblia de Estudos - Há hoje muitas Bíblias de estudos, como: De Genebra, de Taylor,
Anotada, Vida Nova, Pentecostal, Bíblia de Estudo Profético, etc. De todas estas eu
recomendo a BÍBLIA ANOTADA, a qual contém ótimos comentários de rodapé. Esta Bíblia
vem na versão ARA, e é editada pela Editora Mundo Cristão.
c) Chave Bíblica - Existem diversas, de diversos autores;
d) Enciclopédia Bíblica - O.S. Boyer
e) Manual Bíblico - Henry H. Halley
f) Dicionário Bíblico - de Davis;
g) a Harmonia dos Quatro Evangelhos - existem diversos, de diversos autores;
h) Comentários bíblicos dos livros do Velho e do Novo Testamento. Recomendo: O NOVO
TESTAMENTO INTERPRETADO e o VELHO TESTAMENTO INTERPRETADO, Versículo por
Versículo - Russell Norman Champlin, Ph.D. - Editora e Distribuidora Candeias;
i) Livro “Textos De Difícil Interpretação” ( Editora Vida? )
j) Livros de Ilustrações - Existem diversos;
l) Livros de Esboços - Recomendo: Guia do Pregador, de S.E. McNair (04 volumes);
m) Teologia Sistemática - de Berkhof;
n) O Sermão e Seu Preparo - John A. Broadus
IX - Esboço do Sermão
Assunto:
Título ou Tema:
Proposição:
Objetivo:
Introdução ou Exórdio
I)Tópico
I.1 - Sub-tópico
I.2 - Sub-tópico
I.3 - Sub-Tópico
II) Tópico
II.1 - Sub-tópico
II.2 - Sub-tópico
II.3 - Sub-Tópico
III) Tópico
III.1 - Sub-tópico
III.2 - Sub-tópico
III.3 - Sub-Tópico
Conclusão (ou Peroração)
IX.1 - Assunto: O sermão deve sempre ter um assunto. Deve tratar sempre de alguma cousa,
de alguma verdade importante relacionada à vida religiosa. Pode-se iniciar um sermão a
partir do assunto, procurando-se um texto adequado, ou pode-se iniciar pelo texto,
identificando-se alí o assunto principal a ser abordado. Para identificar o assunto, faça a sí
mesmo a seguinte pergunta: - De que trata o sermão?
Relação do Assunto para com o Texto - a relação do assunto para com o texto precisa ser
clara. Tem que haver relação estreita entre ambos. Não raras vezes se percebe por parte de
pregadores, a utilização de textos que não têm muito ou nada a ver com o assunto que está
sendo abordado. O risco maior ainda é quando se dá o entendimento errôneo de um texto, e a
sua utilização em aplicações descabidas.
Enunciação do Assunto - “Há sermões que são como navios sem leme em bravo mar, levados
dum lado para outro, sem avançar firme para um ancoradouro.” - Ibid. - Estabelecer uma idéia
central como âmago do sermão nem sempre é fácil, principalmente em sermões textuais ou
expositivos, mas é necessário!
IX.2 - O Título ou tema: O objetivo do título é atrair e interessar o ouvinte. Um bom título
vende um livro! Deve-se tomar cuidado, porque um título mau escolhido ou inoportuno poderá
desisteressar a platéia! A escolha de um bom título é uma arte que se deve cultivar.
IX.3 - A Proposição: Vimos que o “assunto” responde à pergunta: - De que trata o sermão? Já
a “proposição” responde à pergunta adicional: -- Que sermão?. A proposição deve conter uma
enunciação do assunto que o pregador se propõe a desenvolver. “A proposição deve estar na
forma duma sentença afirmativa completa, simples, bem clara e convincente, ou irresistível.” -
John A. Broadus. “O discurso é a proposição desenvolvida, e a proposição é o discurso
condensado” - Fénelon. É uma espécie de “tese”, que exije argumentos para ser provada. É
uma verdade a ser explicada! Muito ajuda na preparação do sermão. Exemplos:-
No sermão “A Vida de Cada Homem é um Plano de Deus”, Horácio Bushnell apresentou a
seguinte proposição:- “A verdade que agora nos propomos considerar convosco é esta: Deus
tem um definido plano de vida para cada criatura humana, dotando-a, visível ou
invisivelmente, para levar a cabo isso que será a verdadeira significação e glória de sua vida.”
O sermão de Bushnell sobre “A Influência Incosciente” tem por proposição: “Assim por certo
os homens estão sempre inconscientemente tocando as molas que movimentam outras
pessoas, (de modo que) um homem sem o pensar e intencionalmente, e mesmo sem ter
consciência disso, está sempre arrastando após si algum outro.” Proposição de Filipe Brooks
no seu sermão sobre “A Luz do Mundo”: “A alma humana traz consigo as mais elevadas
possibilidades, e o que Cristo faz por ela é justamente isto -- atear e provocar essas
possibilidades para uma existência real.” GG Atkins, no sermão tendo por texto o Salmo
119:109; título - Artífices da Alma - proposição: “Num sentido real temos nossas almas em
nossas mãos, como o artífice tem nas suas o material com que trabalha; e a nossa tarefa
principal é amoldá-las de maneira criadora para elevado uso e finalidades duradouras.” H. E.
Fosdick - texto Filem. 4:22; título - Cristão a Despeito de Tudo; proposição: “O cristianismo
significa essencialmente vitória espiritual em face de circunstâncias hostís.”
IX.4 - O Objetivo: Tem a ver com as desejadas finalidades do sermão, e com o caráter e
conduta dos ouvintes. Vimos que o “assunto” responde a pergunta: - De que trata o sermão?
A “proposição” responde à pergunta adicional: -- Que sermão?. Já o “objeto ou objetivo”
responde a pergunta: -- O que se pretende com este sermão? O objetivo define a aplicação
que se pretende fazer. O alvo que se quer atingir. Descreve a finalidade do sermão e a reação
que se espera dos ouvintes. Ao nos falar Deus uma Palavra, Ele tem um propósito, um alvo! A
Palavra produzirá no ouvinte reações relacionadas a: salvação, reconciliação, obediência,
fidelidade, despertamento, serviço, etc. Da mesma forma os sermões, precisam ser claros e
bem definidos quanto aos objetivos que se pretende atingir, quanto aos resultados que se
espera.
IX.5 - Introdução ou Exórdio: Tem dois objetivos capitais: (1) interessar nossos ouvintes no
assunto e (2) prepará-los para que o entendam. A introdução é a passagem gradual e serena
para o sermão propriamente dito, para a argumentação, para a mensagem. Não deve ser
longa demais e deve ser proporcional ao tempo total do sermão. Deve-se tomar cuidado para
não se antecipar na introdução algo que pertence ao corpo do sermão. Uma boa ilustração
poderá ter lugar na introdução e ajudar muito na passagem para o assunto da pregação. A
introdução deverá ter um único tópico, não cabendo divisões ou subdivisões, e incluir uma
única idéia. Não deve incluir uma idéia muito larga, abrangente demais... Também não deve
prometer demais! Também não deve conter argumentação nem matéria emotiva. Se o
pregador antes mesmo de pregar já está emocionado, deve conter-se, pois pode ser que o
auditório ainda não esteja. Finalmente, deve-se evitar na introdução qualquer cousa que
cheire à exibição. Deve iniciar o seu sermão de maneira bastante simples e modesta. Sugiro
que antes de começar a preparar o seu sermão, você escreva e coloque diante de você as
seguintes sentenças: - (1) PRECISO ESTAR BEM SEGURO DE COMO VOU INICIAR; (2)
PRECISO ESTAR SEGURO E CERTO DE COMO VOU TERMINAR!
- fontes de inspiração para a introdução
o texto - sempre que o significado do texto exija explanação, esta pode vir a se constituir na
introdução; pode-se inserir na introdução: - informações históricas ou geográficas, ou detalhes
culturais sobre hábitos e costumes da época; dados sobre o autor do texto; informações sobre
o público original a quem as palavras do texto foram dirigidas, etc.;
examinando o assunto a ser tratado - qual foi a sua definição para o assunto? Leia novamente
e pense em como introduzí-lo, de forma suave a fim de interessar a platéia e preparar ou
ouvintes para o que você vai dizer.
a ocasião (ou tema geral da reunião, culto, seminário ou congresso) - se o sermão será
pregado em uma ocasião especial pode-se na introdução citar aquele evento como uma ótima
oportunidade para se refletir sobre... e então passa-se a mensagem. Cerimônias como:
aniversários, bodas, formaturas, etc. fornecem sempre boa inspiração para a introdução.
Pode-se também aproveitar na introdução aludir a algum hino que acabou de ser cantado ou
a algum outro texto bíblico lido ocasionalmente. Deve-se evitar: escusas ou defesas, porque
podem induzir a suspeitas e julgamentos sobre a sinceridade do pregador, prejudicando assim
a boa receptividade à sua prédica. O pregador deve evitar dizer que “foi apanhado de
surpresa...”; “que não estava preparado...”; “que não se sente a altura para tamanha
responsabilidade...”, ou que se “sente embaraçado” por tais e tais motivos... A impressão que
poderá passar para a platéia poderá ser desastrosa. Procure transformar cousas negativas
em fatos positivos... Procure mostrar sempre que você está alí pela vontade de Deus e que
tem algo muito importante para dizer-lhes!
IX.6 - Os Tópicos do Sermão (=Discussão, Tratamento, ou Corpo do Sermão): O sermão
precisa ter Princípio, meio e fim. É preciso haver uma concatenação lógica das idéias e que
os tópicos estejam co-relacionados entre sí, e que se mantenham dentro do tema do sermão.
O uso das divisões visa aclarar a argumentação para os ouvintes, mas também ajuda o
pregador no preparo e apresentação do seu discurso. É sempre recomendável que haja
diviões no sermão, e que estas sejam preparadas previamente. Quando não há divisões, o
pregador corre o risco de “desviar” do assunto da mensagem, de ficar dando “voltas”, e sem
saber como concluir a sua pregação.
- quanto ao número de Divisões(Tópicos) e de Sub-Divisões (Sub-Tópicos): - dependerá
sempre da inspiração e da sensibilidade de cada um. Julgo recomendável ao pregador
principiante trabalhar sempre que possível com sermões de dois ou três tópicos, tendo ou não
sub-tópicos. Em havendo sub-tópicos, trabalhar com dois ou três sub-tópicos no máximo. O
uso de numerosas divisões e sub-divisões dificultará a memorização por parte do público
ouvinte. A tendência maior sempre foi para o sermão de três tópicos, por proporcionarem ao
sermão boa variedade, não desviarem a atenção e nem sobrecarregarem a memória. O
número três nos dá a idéia de cousa completa - início, meio e fim. Nas Escrituras, como
ênfase e para provocar maior impressão, usa-se muito expressões tríplas: “santo, santo,
santo”; “ao que era, que é, e que será...”; “pedí, buscai, batei...”; “boa, agradável e perfeita
vontade de Deus.” Alguns exemplos de sermões de três tópicos: texto: “E não vos conformeis
com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que
experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” - Romanos 12:2 - Título:
A vontade de Deus: 1) é boa 2) é agradável 3) é perfeita; texto: “Respondeu-lhes Jesus: Eu
sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” - João 14:6 -
título: Só Jesus Nos Pode Conduzir a Deus - Ele é: 1) O Caminho; 2) A Verdade; 3) A Vida.
- O que devem tratar as Divisões(Tópicos) e Sub-Divisões (Sub-Tópicos): - devem tratar
exaustivamente da proposição, ou do assunto proposto. Devem ser distintas e simétricas.
Horácio recomenda: “...as divisões devem todas manter a mesma qualidade de relação para
com o assunto proposto.” As considerações negativas devem sempre preceder às positivas.
E, na distribuição do tempo, deve-se gastar menos tempo com os aspectos negativos e mais
com os positivos, com a verdade que se quer enfatizar. Quanto à citação ou não dos títulos
das divisões, fica à critério da sensibilidade do pregador. Há ocasiões em que é recomendável
citar, outras em que é plenamente dispensável. É recomendável a citação: 1) quando a linha
de pensamento é pesada, ou difícil, e o anúncio das divisões ajudará o ouvinte a seguí-la; 2)
quando se quiser que os ouvintes lembrem os sucessisvos passos da exposição ou
argumentação; 3) quando entendermos que a enunciação delas despertará interesse e
atenção ao invés de diminuí-los. Há ocasiões em que ao invés do anúncio prévio das divisões
é melhor recapitulá-las ao final, para maior memorização. Ou até mesmo empregar os dois
métodos.
IX.7 - A Conclusão (ou Peroração) - Todas as partes do sermão são importantes e merecem
total atenção e cuidados, especialmente a conclusão! É a hora de se fazer a aplicação da
mensagem, cujo objetivo é o de produzir no coração do ouvinte uma reação positiva à palavra
ouvida. A conclusão é como a batalha final que decidirá a guerra, exige o máximo de atenção,
empenho e esforço! Muitas vezes se constitue no melhor momento da pregação, porisso é
importante que antes de começar o sermão o pregador já tenha muito bem elaborado plano
da sua conclusão. Me permita comparar o sermão e a conclusão com a minha primeira
viagem turística à Israel. Ao iniciar o roteiro daquele dia, a nossa líder espiritual falou pelo
microfone do ônibus, mais ou menos o seguinte: - nosso roteiro para hoje é o seguinte:-
vamos ao Monte Carmelo, local provável onde Elias derrotou os 450 profetas de baal, vamos
conhecer o Vale do Armagedon onde se travará a grande batalha final prevista no Apocalipse,
vamos a Cafarnaum local provável onde Jesus curou o paralítico descido pelo telhado (Mc 2),
visitaremos uma antiga sinagoga do tempo de Jesus e teremos uma preleção no Monte das
Bem-Aventuranças, local provável da multiplicação dos pães e peixes; atravessaremos de
barco o mar da Galiléia rumo a outra margem na cidade de Tiberíades; e, já à tardinha,
partiremos rumo à Jerusalém, a Cidade Santa, a Cidade do Grande Rei - iremos ao alto do
Monte Scopus, do lado de fóra dos muros, local que possibilita a melhor vista da cidade, e de
onde veremos a linda cidade antes de adentrar pelos seus portais... Então seguiu-se o
roteiro... A bênção fluia abundantemente em cada local e muito nos sentíamos edificados, até
que de repente, em meio à estrada a nossa líder pediu silêncio a todos, e disse: - prepare o
seu coração porque dentro de alguns minutos já começaremos a visualizar a cidade de
Jerusalém! E, daí a pouco, chegamos ao local referido, cantando “Jerusalém”, saltamos do
ônibus e numa grande unção e quebrantamento não tínhamos palavras para expressar o que
nossos olhos viam e nem o que podíamos sentir em nossos corações... Alí encerrou-se,
naquele dia, o nosso roteiro! Não poderia ter sido melhor, e também não seria recomendável
que fosse feito ao inverso! É claro que eu me lembro de todo o roteiro, mas não me
esquecerei jamais da conclusão! Lembro que eu olhava para nossa líder e podia vê-la lá num
cantinho apreciando aquela belíssima cena de ver todo o povo se deleitando na presença do
Senhor. Assim deve ser a peroração, deve reunir as várias idéias e impressões da mensagem
para um impacto final sobre o espírito e a emoção dos ouvintes. A conclusão oferece ao
orador a oportunidade suprema. Se bem estudada, elaborada e aplicada, poderá se constituir
no climax do sermão. Quando a conclusão se evidencia na mente do pregador, já na hora em
que está iniciando o preparo do seu sermão, sem dúvida a conclusão ajudará muito na
composição e elaboração dos tópicos. A inspiração para a elaboração da conclusão poderá
vir de diversas fontes:- do tema; do assunto; da introdução; dos tópicos; do exame do texto
básico ou dos textos paralelos; ou até mesmo a ocasião ou tema da reunião. O objetivo da
conclusão é levar o tratamento do assunto a um final adequado, relacionando de forma
esperançosa e permanente a verdade à vida deles, e lançando abertamente sobre os ouvintes
a responsabilidade no “agir”. A conclusão deve ser a finalização natural e apropriada do
tratamento, ou discussão do assunto. Deverá parecer aos ouvintes a cousa inevitável a ser
dita, o fim lógico dos argumentos apresentados, uma proposta digna à luz dos argumentos da
Palavra de Deus. Deve haver verdadeira ligação e harmonia entre a discussão e a conclusão,
de forma que a conclusão surja de forma espontânea e natural como complemento às
expressões:- “portanto...”; “assim sendo...”; “consequentemente...”; “então...”; “por certo...”;
“desta forma...”; “urge portanto...”; etc. Não se deve terminar de forma abrupta o sermão; a
conclusão é a forma elegante e educada de se terminar um sermão.
- espécies de peroração (ou sugestões): - Um dos métodos largamente utilizados é o da
recapitulação, principalmente quando a pregação tem por proposta apresentar “princípios”,
“fundamentos”, “passos” ou “caminhos” para...
Exemplo: naquela passagem do Homem da Mão Ressequida, poderíamos apresentar o
seguinte sermão:
Assunto: evangelização e livramento
Título: “Os Passos Para a Vitória” - Proposição: levar o ouvinte a crer que se der os mesmos
passos de fé que aquele homem, poderá hoje obter a salvação para a sua alma e a vitória em
Cristo.
Introdução: a situação de incapacidade daquele homem era triste e dolorosa... Jesus ordenou
que ele desse três passos de fé que lhe propiciaram a cura maravilhosa e a sua vitória.
Vejamos quais são estes passos que também hoje você deve dar para obter em Cristo a
Salvação e a sua vitória:- Jesus disse ao paralítico:-
1) “Levanta-Te”
2) “...vem para o meio”
3) “Estende a mão”
Conclusão: - Da mesma forma que Jesus entrou alí na sinagoga para curar aquele homem,
Ele está hoje aqui para salvar a sua alma, te dar livramento e vitória. A tua vitória é hoje
possível em Cristo, basta que você dê os três passos de fé: - 1) Levanta-te (saia do lugar e
venha a Cristo agora! Não fique indiferente! 2) Vem para o meio (isto é, vem a Cristo - não
tenha vergonha); 3) Estende a mão ( a salvação é pela fé - tome posse da tua vitória pela fé).
Cuidado, a recapitulação visa levar o ouvinte a “reviver” as partes e não a repetir todo o
discurso!
A conclusão pode conter: recapitulação, resumo, conselhos práticos, aplicação
(contextualização) ou apelo. Muitas vezes a aplicação é feita em cada parte ou tópico do
sermão, cabendo na conclusão apenas uma ênfase, ou exortação final. Os sermões dos
apóstolos e dos profetas terminavam em fortes e vibrantes apelos. A conclusão é sempre uma
ótima oportunidade para se convidar pessoas não evangélicas a confessarem publicamente a
sua fé em Cristo; também para que os “desviados” se reconciliem com o Senhor e com a
Igreja; para que os crentes em Cristo “consagraem” mais suas vidas à serviços do Senhor e
do seu reino; e para se chamar à frente os enfermos e problemáticos a fim de que recebam do
corpo de obreiros da igreja orações e ministrações para livramento e vitória.

 

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A RENOVAÇÃO DA ÁGUIA QUANDO AS COISAS VÃO MAL COMO PRATA NO FOGO RECONHECENDO A VOZ DE DEUS DORMINDO NO GETSÊMANI A SEMENTE DA PALAVRA DE DEUSPONTO DE VISTA DA FÉ ORAÇÃO DA FAMÍLIA COMO VENCER UM GIGANTE VENCENDO OBSTÁCULOS A PROVISÃO DO SENHOR INIMIGOS DA FAMÍLIA SACERDÓCIO FAMILIAR COMO ENTENDER A BÍBLIA? PROMESSAS DO SENHOR O SONHO DE DEUS É MELHOR POBRE DE ESPÍRITO O NASCIDO DO ESPÍRITOHONRAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS CARÁTER DE SATANÁS MULHER VIRTUOSA SEXUALIDADE CRISTÃ PUREZA SEXUAL AMOR INTEGRAL AMOR E TALHERES O CAMINHO DO AMOR DIFERENÇA ENTRE PAIXÃO E AMOR É IMPORTANTE ORAR JUNTO COM OS IRMÃOS? A ESTRELA DE DAVID O QUE A BÍBLIA QUER DIZER COM LIGAR E DESLIGAR?ARRANCANDO A CAPA A PARÁBOLA DO RICO E LÁZARO E A RETRATAÇÃO DA VIDA APÓS A MORTE ESPERIÊNCIAS COM DEUS TEXTOS BÍBLICOS SOBRE POLÍTICA O CONSELHO DE AITOFEL PARA QUE A UNÇÃO? 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