Vinho nas Escrituras é símbolo do deleite, do prazer. O Senhor mesmo é a Videira verdadeira e nós somos os ramos. Olhando para o nosso texto, percebemos que quando o versículo diz que “as nossas vinhas estão em flor”, Deus está mostrando para nós um grande principio espiritual. Aqui há uma grande necessidade do amor, ou seja, o amor clama por pureza. Vamos analisar os detalhes. Veja que a “vinha está em flor”. Isso significa que não existe fruto ainda, pois quando olhamos para a vinha, só vemos as florezinhas, aqueles brotinhos. Aliás, é muito lindo quando você chega perto da videira em flor, porque o que vamos ver ali é simplesmente um projeto de cacho de uvas. Logo podemos ver um pequeno cacho de uvas que vai crescendo até a maturidade. Também o nosso crescimento e produção de fruto, não será possível se não permanecermos em Cristo. permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. João 15:4.
O livro de Cantares é um livro de progresso espiritual e, nós estamos no capítulo dois ainda. A vinha ainda está em flor, e qual é o perigo? O grande perigo são as raposinhas que devastam os vinhedos. Essas raposinhas são pequenas coisas, pequenos princípios quebrados, coisas negligenciadas, coisas relevadas. O que é interessante, é que o Senhor deseja permear as nossas vidas relacionais em todos os níveis. Quero mostrar como a Palavra de Deus é delicada em revelar esse assunto para nós. Vamos ler emColossenses 3:19 Maridos, amai vossa esposa e não a trateis com amargura.
Paulo está falando da vida relacional entre maridos e mulheres. De alguma maneira nós já nos vimos dentro desse versículo, e acho que isso é de uma forma muito especial a dificuldade do homem em geral. Nesse versículo observamos que o Espírito Santo se preocupa com amargura, e amargura é uma raiz. Atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados. Hebreus 12:15.
Olha o processo decadente que o desgosto produz: “Raiz de amargura, brotando, perturbação”. É por isso que o Espírito Santo se preocupa com as raposinhas, porque elas devastam os vinhedos. Quão atentos precisamos ser com a nossa vida relacional com o Senhor e com o nosso cônjuge. Aquilo que toca a nós mesmos, aquilo que toca o nosso cônjuge, quão delicados precisamos ser, sensíveis espiritualmente, para que o Senhor nos ajude a guardar essa vinha. Porque o resultado dessa vinha em primeiro lugar é a glória do Senhor, e em segundo lugar imediata consequência, o nosso gozo, nossa alegria, nosso prazer. Esse ninho exclusivo que o Senhor nos concedeu dentro do relacionamento conjugal, está sendo cultivado, e isso são prazer, alegria e desfrute. É por isso que o amor clama por pureza, ou seja, purificação. Efésios 5:25-26 Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra.
O amor não vai se contentar com menos que purificação. E o primeiro instrumento que nós precisamos aprender usar na vida conjugal para nos ajudar a nos purificar é a Palavra. João 15:3 Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado.
A Palavra de Deus é o instrumento por excelência de purificação. Quão maravilhoso seria se nós fossemos maridos depositários, despenseiros da Palavra. Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração. Colossenses 3:16.
Que nós possamos pastorear nossas esposas com a Palavra e não sendo uma Bíblia ambulante ao lado dela, ou seja, ela dá uma vacilada, você solta um versículo nela. Agindo assim é o mesmo que dar relhada. E que coisa maravilhosa a esposa ajudar assim ao marido.
A esposa vai ajudar o marido com essa sensatez espiritual, e não com o que ela acha, sente e pensa. Nós somos tão vulneráveis nesse terreno. E de modo especial às mulheres que são tão vulneráveis nesse terreno do achismo. Nós devemos aprender a viver aos pés do Senhor e a exercer sensibilidade espiritual, e para isto, nós precisamos ser cheios da Palavra de Deus. Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito. João 15:7.
É estando cheios da Palavra de Deus que podemos tratar as nossas esposas sem amargura. Outra versão de amargura é mau humor, portanto, não a trateis com mau humor. Interessante que esse mau humor está latente nos homens, porque os homens de modo geral são mais introvertidos, mais reservados. É claro que há exceções a regra. Essa marca de amargura e mal humorado, é do homem não regenerado. Todo homem não regenerado ele sempre se irrita com os contornos emocionais de sua mulher, por isso a amargura é uma tendência. O que o Espírito Santo quer nos mostrar é o seguinte: “Quando você olhar para a sua esposa, lembre-se que você não casou com outro homem, você casou com uma mulher, e mulher é assim”. Então como devemos tratar nossas esposas? As Escrituras respondem em 1 Pedro 3:7 Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações.
Deus criou o homem para ser um retrato da masculinidade heroica de Cristo. Ele não quer menos para você. Não importa o que a cultura diz, Ele está lhe pedindo para não segui-la. E como isso é possível em nossos dias, onde o casamento e a união conjugal já perderam o seu valor relacional de santidade? Isto é possível somente para aqueles que foram crucificados e mortos com Cristo e vive hoje uma vida de ressurreição. Pela nossa ressurreição com Cristo podemos viver a nova vida, de esperança viva. Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos. 1 Pedro 1:3.
Um casamento sem cruz está fadado ao fracasso. O segredo da pureza e alegria no casamento é preciso negar a si mesmo, tomar a sua cruz e seguir a Cristo. Desta maneira, ele já não vive para agradar a seus próprios desejos egoístas, ele vive para agradar a seu Senhor. Ele não procura chamar a atenção para si mesmo, mas para atrair todos os olhos para Jesus. Assim como João Batista disse: Convém que ele cresça e que eu diminua. João 3:30.
Irmãos, o amor clama por pureza e isto também significa exclusividade relacional reclusa. Diferentemente das famílias ocidentais, as famílias orientais formam o jardim no fundo de suas casas e não na frente. E eles estão certos, porque jardim é lugar de privacidade. Jardim não é para desfrute para os outros, mas do casal. Jardim não é para apreciação publica, jardim é para apreciação particular. Assim é a nossa vida com o Senhor. Assim é a nossa vida com nosso cônjuge. Jardim fechado és tu, minha irmã, noiva minha, manancial recluso, fonte selada. Cantares 4:12. Amém.
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