OS TORMENTOS DO DIVÓRCIO
INTRODUÇÃO
O texto de Gênesis 2.24 é bem contundente. Adão acabara de receber Eva das mãos de Deus, e a cena ilustra uma verdadeira cerimônia de casamento. O noivo recebe a noiva e o juiz institui a união. Este versículo revela que o Criador foi o oficiante do mais importante pacto entre os seres humanos. Esta é palavra-chave para o entendimento da indissolubilidade do casamento: Pacto.
O matrimônio é, em extremo, uma instituição sagrada, e deve ser honrado por todos (Hb 13.4). Tanto assim que o Criador Bendito passeava pelo Éden na viração da tarde, uma vez que dialogava, buscava bons momentos e mantinha comunhão com Adão e Eva — o primeiro casal, unido pelo Todo-Poderoso nos santos laços do casamento (Gn 3.8; Mc 10.6-9).
O assunto é tão sério que, na Bíblia Sagrada, o Senhor compara o Seu relacionamento com a Igreja através da analogia de um casamento (2Co 11.2; Ef 5.22-32). E neste não pode haver divórcio, tampouco o segundo casamento!...
1. MONOGAMIA
Monogamia é o estado conjugal em que cada pessoa tem um só cônjuge de uma vez. O casamento é uma instituição divina cujo abrange tanto a vida espiritual como a vida social. A monogamia foi o sistema de união instituído por Deus desde a criação: Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez. E disse: Portanto deixará o homem pai e mãe, e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto o que Deus ajuntou não o separe o homem (Mt 19.4-6; cf. Gn 2.24). Portanto, a lei da Escritura é: um homem para uma mulher!
2. POLIGAMIA
Nunca foi a vontade de Jeová aos homens. Mesmo Davi com muitas mulheres e concubinas (2Sm 5.13-17), e Salomão, possuidor de setecentas mulheres, princesas, e trezentas concubinas (1Rs 11.3) pagaram um alto preço por tal desobediência. Este recebeu o aviso do Senhor: “Não chegareis a elas, e elas não chegarão a vós; de outra maneira perverterão o vosso coração para seguirdes os seus deuses” (1Rs 11.2); por conseguinte, não deu ouvido à voz do Senhor, morrendo na prostituição e na idolatria. Aquele sentiu o juízo de Deus em sua casa através da espada, da vergonha e do incesto (2Sm 16.7-12; 12;13).
A Lei de Moisés proibia a poligamia: Tampouco para si multiplicará mulheres, para que o seu coração não se desvie (Dt 17.17). No Novo Testamento a monogamia continua em vigor: Por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido (1Co 7.2).
3. A LIBERAÇÃO DO DIVÓRCIO NO BRASIL
A Igreja Católica Romana era a mais ferrenha adversária da disponibilização do divórcio no Brasil. O quarto presidente da Ditadura Militar, protestante da Igreja Luterana, Ernesto Geisel, levou à Câmara dos Deputados em Brasília, o projeto de abertura política na autorização do divórcio, em julho de 1977. Necessitavam-se 212 votos para a aprovação do requerimento. Logo, 226 congressistas votaram e aprovaram a lei do segundo casamento, somando-se 14 votos a mais do que o necessário; enquanto 159 a reprovaram. A liberação foi oficialmente publicada em dezembro de 1977. No país, o primeiro divórcio ocorreu em Fortaleza (CE), em janeiro de 1978. O que o brasileiro conseguia no máximo era o desquite – separação judicial – mas, a jurisdição, não permitia a efetuação de união civil à pessoa que já esteve casada. Nisto, o Brasil sai na frente dos países-fronteiras: Paraguai, Chile, Bolívia e Argentina.
Os governos pensam que mudam as ordenanças de Deus, porém certa vez, Jesus bradou: Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido (Mt 5.18). A sentença dolorosa de Jeová permanece sobre os eminentes rebeldes: Ai dos que decretam leis injustas... Mas que fareis vós no dia da visitação, e na desolação, que há de vir de longe? A quem recorrereis para obter socorro, e onde deixareis a vossa glória, sem que cada um se abata entre os presos, e caia entre mortos? Com tudo isto a sua ira não cessou, mas ainda está estendida a sua mão (Is 10.1,3,4).
4. A BÍBLIA CONDENA O DIVÓRCIO E O SEGUNDO CASAMENTO, ESTANDO UM DOS CÔNJUGES VIVO
Marcos 10.9,11,12 — Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. E ele lhes disse: Qualquer que deixar a sua mulher e casar com outra, adultera contra ela. E, se a mulher deixar a seu marido, e casar com outro, adultera.
Lucas 16.17,18 — É mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til da lei. Qualquer que deixa sua mulher, e casa com outra, adultera; e aquele que casa com a repudiada pelo marido, adultera também.
Malaquias 2.14,15 — O SENHOR foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira, e a mulher da tua aliança... Portanto guardai-vos em vosso espírito, e ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade.
1Coríntios 7.10,11 — Todavia, aos casados mando, não eu mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido. Se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher.
1Coríntios 7.39 — A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo que o seu marido vive; mas, se falecer o seu marido fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor.
Romanos 7.1-3 — “Não sabeis vós, irmãos (pois que falo aos que sabem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo que vive? Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do marido. De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera se for de outro marido; mas, morto o marido, livre está da lei, e assim não será adúltera, se for de outro marido.
5. MATEUS 19.9 APROVA O DIVÓRCIO E A REALIZAÇÃO DO SEGUNDO CASAMENTO, MESMO SE UM DOS CÔNJUGES ESTIVER VIVO, CASO HAJA OCORRIDO ADULTÉRIO?
O texto supracitado, diz: Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério.
Não há aprovação de Cristo para o divórcio e o novo casamento nessa passagem. Jesus quis-nos dizer que Moisés, e não Deus, permitiu a carta de divórcio por causa “da dureza de coração” do povo (Mt 5.31,32; 19.8; Mc 10.5). Se um israelita casasse e percebesse que a parceira havia sido infiel, passando-se por virgem, era-lhe permitida a carta de divórcio, pois houve fornicação (sexo antes do casamento), quebrando a fidelidade ao futuro cônjuge: Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então será que, se não achar graça em seus olhos, por nela encontrar coisa indecente, far-lhe-á uma carta de repúdio, e lha dará na sua mão, e a despedirá da sua casa (Dt 24.1). Assim, Cristo advertiu que a pessoa tem o direito de repudiar – abandonar, separar legalmente do cônjuge, caso descubra um ato de traição por meio da prostituição, sem, contudo, casar com outro. O contexto esclarece: “... [aquele que] casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério” (Mt 19.9). Por essa razão, os discípulos se assombraram a ponto de expressar que melhor seria o homem não contrair matrimônio: Disseram-lhe seus discípulos: Se assim é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar (Mt 19.9). Jesus, porém, disse-lhes: Nem todos podem receber esta palavra, mas só aqueles a quem foi concedido (Mt 19.10). Isto, porque, mesmo após uma traição, o homem deve permanecer na mesma condição de um solteiro: sozinho! Se, num caso desses, Jesus permitisse um novo casamento, não haveria espanto da parte dos discípulos, visto que achariam normal coabitar com outra mulher. Houve perplexidade a ponto de manifestarem a continuidade da vida de solteiro, já que não poderiam casar novamente. Há texto mais claro que esse?!
Na passagem paralela de Marcos 10.11,12, Jesus assevera: Qualquer que deixar a sua mulher e casar com outra, adultera contra ela. E, se a mulher deixar a seu marido, e casar com outro, adultera. Paulo aconselha que numa situação de traição — infidelidade mediante a prostituição, igualmente explica Mateus 19.9 — “a mulher não se aparte do marido”, também, em caso de abandono, é dito: “Se o descrente se apartar, aparte-se; porque neste caso o irmão, ou irmã, não está sujeito à servidão” (1Co 7.15); entretanto, exprimiu:mas, se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie (1Co 7.10,11), pois, enquanto viverem, um está ligado ao outro (1Co 7.39). O novo casamento só é liberado com o falecimento de um dos cônjuges, logo, ficará livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor (1Co 7.39). De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera se for de outro marido (Rm 7.3), e não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos... nem os adúlteros... herdarão o reino de Deus (1Co 6.9,10).
A Bíblia interpreta a própria Bíblia: “Assim, pois, a palavra do SENHOR lhes será mandamento sobre mandamento, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali” (Is 28.13). As passagens de difícil interpretação nas Escrituras Sagradas, como Mateus 19.9, devem ser interpretadas à luz de textos bíblicos do mesmo assunto, cuja clareza iluminará e explicará as dificuldades de passagens obscuras, e não separar um texto bíblico obscuro e fazer dele um baluarte a fim de apoiar o divórcio. Mais de 12 versículos, em 5 livros do Novo Testamento, proíbem, sem rodeios, o divórcio para a feitura de uma nova união. Deus não pode mentir (Tt 1.2). Ele não mudou, “pois o Senhor Todo-Poderoso de Israel diz: — Eu odeio o divórcio; eu odeio o homem que faz uma coisa tão cruel assim. Portanto, tenham cuidado, e que ninguém seja infiel à sua mulher” (Ml 2.16 – NTLH). Portanto, a realidade de Mateus 19.9 é outra, e ponto final!
6. O DEVER DE PERDOAR
Em ocorrência de adultério, caso um deles não queira ficar sozinho, a fim de não deturpar a Palavra de Deus, porquanto não poderá casar-se novamente enquanto o consorte viver (Mc 10.9-12; Rm 7.1-3; 1Co 7.10,11,39), ainda há a chance de um perdoar o outro e tudo se normalizar (Mt 6.14,15).
Mesmo diante da infidelidade de Israel, Deus o atraiu com Seu amor eterno (Jr 31.3). Nosso Senhor, por incondicional amor, chamou Seu povo, estando este em adultério (Jr 3.1), e ainda revela Seu amor em perdoar os constantes pecados da humanidade.
A atitude do marido ou da mulher traída deve ser, antes de tudo, perdoar. O divórcio não é uma carta branca para guardar mágoa, ira, ressentimento, nem tampouco casar-se de novo, uma vez que irá contra a vontade do Altíssimo. independentemente da atitude a se tomar, o consorte traído é obrigado por Deus a perdoar (Mt 18.32-33).
7. SEGUNDO O IBGE, EIS OS NÚMEROS DE DIVÓRCIOS NO BRASIL NOS ÚLTIMOS ANOS
Ano - Divórcios no Brasil
1995 - 98.776
1996 - 95.095
1997 - 104.307
1998 - 105.252
1999 - 121.933
2000 - 121.417
2001 - 122.791
2002 - 126.503
2003 - 135.564
2004 - 130.527
2005 - 150.714
2006 - 162.244
2007 - 152.291
2008 - 153.811
2009 - 139.641
2010 - 179.866
2011 - 274.047
2012 - 341.600
8. CAUSAS PARA O DIVÓRCIO
1) Causa do divórcio: Televisão. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), atuante em 26 países e Caribe, relatou que as novelas são as principais causadoras de separações e divórcios no Brasil, pois sempre há casos de traições e infidelidades entre as protagonistas femininas encerrando com o divórcio.
Prevenção do divórcio: Não porei coisa má diante dos meus olhos. Odeio a obra daqueles que se desviam; não se me pegará a mim (Sl 101.3). Não porás, pois, abominação em tua casa, para que não sejas anátema, assim como ela; de todo a detestarás, e de todo a abominarás, porque anátema é (Dt 7.26).
2) Causa do divórcio: Infidelidade. Isto é, ato e ação de ser infiel a mulher ou ao marido. Diante da humanidade transgressora e dos manjares de Satanás, muitos não retêm a fidelidade ao cônjuge.
Prevenção do divórcio: O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido (1Co 7.3). Portanto guardai-vos em vosso espírito, e ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade (Ml 2.15).
3) Causa do divórcio: Erotização do ambiente. Ou seja, através das propagandas, revistas, jornais, comerciais, painéis, programas de televisão, internet, roupas curtas e escandalosas, vestes decotadas ou que mostram partes íntimas, etc. São coisas que incitam o sexo e faz o divórcio entrar nos lares.
Prevenção do divórcio: Fiz um concerto com os meus olhos; como, pois, os fixaria numa virgem? (Jó 31.1). Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas (Ap 3.18).
4) Causa do divórcio: Crises econômicas. Daí vem o desejo de arrumar um cônjuge supridor de todas as necessidades econômicas.
Prevenção do divórcio: No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra (Gn 3.19). O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus (Fp 4.19).
5) Causa do divórcio: Falta de comunicação.
Prevenção do divórcio: Comunicai com os santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade (Rm 12.13). Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo (Gl 6.2).
6) Causa do divórcio: Crença dos adultos de que o divórcio é melhor para a toda a família do que viver num matrimônio em crise.
Prevenção do divórcio: E serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem (Mc 10.8,9). Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também (Cl 3.13).
9. OS FRUTOS DO DIVÓRCIO
Gálatas 6.7 ressalta: Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. O apóstolo Paulo nos apresentou a Lei da Semeadura e da Sega. Os pecados cometidos pelos humanos são cognominados “sementes”. As consequências dos atos serão funestas e denominadas de “ceifas”.
Numa família em que o divórcio ocorreu, nunca mais as vidas do pai, mãe e filhos serão iguais. Rompeu-se a aliança. O segundo casamento (sendo um dos consortes vivo) não está no propósito Deus. Aquilo que o Senhor instituiu no Éden, pela falta de temor, amor e perdão, foi revogado. Segundo os psicólogos e pesquisadores:
1 - As consequências do divórcio sobre a família:
Em entrevistaconcedida a “O Estado de São Paulo”, a coordenadora do Programa da Família das Nações Unidas, Renata Kaczmarska, que esteve no Brasil para celebrar o 20.º Ano Internacional da Família, fez uma declaração interessante. Indagado a ela se considera o divórcio um problema, respondeu: É um problema na medida em que tem impacto sobre as crianças. Um dado comprovado é que os filhos de um casal que se divorciou também têm grandes chances de se divorciar, talvez por eles não terem tido um bom modelo de família. E o divórcio também afeta a estabilidade, porque há mais chances de pobreza quando há só um provedor no lar.
2 – As consequências do divórcio sobre a mulher:
a) Risco de suicídio;
b) Entrega-se aos vícios da bebida e fumo;
c) Diminuição da saúde e da perspectiva de felicidade na vida pessoal;
d) Aumento da possibilidade de sofrer transtornos mentais.
3 – As consequências do divórcio sobre o homem:
a) Seis vezes o aumento de problemas psíquicos;
b) Risco de suicídio;
c) Entrega-se ao alcoolismo;
d) Muitos se tornam usuário de drogas;
e) Morte por câncer ou enfermidades cardiovasculares;
f) Sofre mais conseqüências psicológicas e físicas do divórcio do que as mulheres;
g) Separação dos familiares;
h) Não consegue conservar a custódia dos filhos.
4 - As consequências do divórcio sobre os filhos:
a) Problemas emocionais habituais: dificuldade nas relações pessoais, baixa auto-estima, problemas de atitude, falta de maturidade, etc.;
b) Mentem com frequência, tem baixo rendimento, negam a responsabilidade por seus atos e apresentam dificuldade de concentração. Além disso, são resistentes às terapias tradicionais para curar estes problemas;
c) Menor nível educacional e, portanto, menores níveis de emprego e de perspectivas futuras;
d) Maior promiscuidade sexual;
e) Aumento de gravidezes e/ou de abortos em adolescentes;
f) Menor estabilidade no relacionamento com o outro sexo: se divorciam mais ou optam por não se casar;
g) Maior consumo de álcool e drogas;
h) Adoção de condutas de risco: violência, dirigir em alta velocidade, esportes ou passatempos perigosos, amizades violentas, etc.;
i) A despeito de os pais estarem preocupados em reconstruir suas próprias vidas (econômica, social e sexual), as crianças são abandonadas emocionalmente logo após o divórcio; conseguintemente, sofrem traumas e perdem a perspectiva de vida.
10. ESTATÍSTICAS DE DIVERSOS PAÍSES SOBRE OS EFEITOS TRÁGICOS DIVÓRCIO
1 - No Brasil:
a) Segundo o IBGE, houve, em 2007, 91.743 separações judiciais e 152.291 divórcios. Porém espantosamente, em 2012, houve 1.604 separações judiciais e 341.600 divórcios em solo brasileiro. O que isso representa? Simplesmente, o aumento do mal, da iniquidade e a falta de amor no mundo (Mt 24.12; 2Tm 3.13). As coisas caminham de modo assombroso! O espírito do Anticristo quer desmoronar o projeto de Deus: a família (1Jo 4.3; Gn 2.21-24; Ef 2.2).
b) Em maio de 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a união estável de casais homossexuais. Ao passo que houve 343.204 separações e divórcios entre heterossexuais, em 2012, no Brasil. Qual seja, enquanto os homossexuais querem casar-se, em nítido contraste à vontade de Deus: uma autêntica abominação condenada pelas Santas Escrituras, visto que atenta contra o princípio estabelecido por Deus na criação do mundo: a união do homem e da mulher (Lv 18.22; Rm 1.26-28; 1Tm 1.9-11; 1Co 6.9-11), os heterossexuais (pessoas que sentem atração sexual apenas por indivíduos do sexo oposto) querem separar-se. Dá para entender? É a verdadeira inversão de valores – o mal é chamado de bem, e o bem é chamado de mal (Is 5.20). É a desestruturação da doutrina cristã no fim dos tempos. “Havendo-se corrompido como aqueles, e indo após outra carne, foram postas por exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno” (Jd v.7).
c) Em 2009, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) relatou uma pesquisa de 115 novelas, apresentadas na televisão, entre 1965 a 1999, no horário das 19h às 21h e percebeu que, na maioria delas, apareceram cenas de traições, infidelidades e divórcios mediante as protagonistas femininas. Isto fez o número de divórcios e separações crescerem no Brasil de 0,1 a 0,2% nos lares das mulheres de 15 a 49 anos.
2 - Nos Estados Unidos:
a) 75% dos jovens delinquentes violentos foram vítimas de violência dentro da família. 50% dos encarcerados provêm de famílias sem pai ou sem mãe. 60% dos reclusos por roubo, 72% dos jovens assassinos e 70% dos condenados à prisão perpétua cresceram em famílias sem pai.
b) Cerca de um milhão de crianças sofre o trauma do divórcio de seus pais.
c) 25% dos estadunidenses (entre 18 e 44 anos de idade) provêm de "famílias divorciadas". 40% dos adultos casados nos anos 90 chegaram ao divórcio.
d) 45% de novos casamentos terminam em divórcio. 60% dos que se casaram pela segunda vez chegam ao divórcio. e) Um de cada três crianças nasce de pais não casados.
3 – No Chile:
76% dos jovens encarcerados não contam com pais casados. 44% provêm de famílias instáveis e 64% provêm de gravidezes de adolescentes.
4 – Na Austrália:
Índices de 1999 mostram que as mulheres divorciadas têm 48% de risco de morte mais que as casadas, e 27% a possibilidade de sofrer transtornos mentais.
5 – Na Suécia:
50% dos matrimônios terminam em divórcio.
6 – Na Espanha:
10 a 12% dos matrimônios terminam em divórcio, porém somente 60% das mulheres espanholas se casam.
7 – No Reino Unido (Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales):
Crianças com iguais situações econômicas, sociais e educacionais: 80% dos que apresentam condutas adequadas estão perto de seus pais biológicos e, somente, 4% dos que têm problemas de conduta vivem com seus pais.
CONCLUSÃO
Na escuridão deste mundo, o divórcio e, por consequência, a realização do segundo casamento, são vívidos sinais da vinda do Senhor Jesus (2Tm 3.1-8; Mt 24.12). E isso ninguém pode negar. Quem procura desestabilizar a família, arrancá-la dos moldes do Senhor e romper a aliança que Deus fez, sem dúvida, é Satanás — o Adversário e autor dos males e da perdição. A origem do casamento está no Altíssimo (Gn 2.18,21-23).
Os males do divórcio são notórios nas vidas das pessoas. Bem proferiu alguém: Divórcio é igual engenho, só devolve o bagaço. Por quê? Porquanto o pacto foi rompido e o Senhor — fiel testemunha do casamento, foi menosprezado ostensivamente (Ml 2.14,15; Dt 4.32). Logo, por agora, tal ação parece direita; porém, o pior está por vir (Pv 14.12).
O casamento, assim como o plano de salvação, é um pacto instituído por Deus; portanto, indissolúvel. O divórcio, o segundo casamento (a estar um dos cônjuges vivo) são obras do Maligno em grande escala neste mundo. Portanto “não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as” (Ef 5.11).
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