EVANGELIZANDO CRENTES

EVANGELIZANDO CRENTES 


“Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura...” (Marcos 16:15).
 Chegou o tempo. O fatídico tempo em que o joio cresceu no meio do trigo e esfriou o amor de muitos. Chegou o tempo em que as heresias se espalharam e criaram enorme confusão doutrinária na mente das pessoas. Chegou o tempo em que os verdadeiros cristãos precisarão não só pregar o Evangelho para os que, declaradamente, são do mundo, como também anunciar a doutrina do Reino para os que se dizem cristãos; e não são.  
Pessoas que foram criadas nos templos sem o menor alimento sólido nem a mínima consistência doutrinária; sem os três pilares fundamentais, exigidos por JESUS, para quem, um dia, deseja herdar o Seu Reino: “E chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, etome a sua cruz, e siga-me” (Marcos 8:34) (grifo meu). Esse negar-se a si mesmo, para muitos, constituiu-se apenas em uma mudança de religião ou de endereço de templo denominacional, ou abandonar alguns vícios mais visíveis. Representou apenas não rezar mais a “Ave-Maria” nem se prostrar mais diante de uma imagem de escultura. Negaram somente um dos dogmas da religião católica romana, da qual faziam parte. Nada mais. Mas JESUS e os apóstolos ensinaram que o NEGAR-SE A SI MESMO era muito mais profundo que essas coisas: a pessoa teria que abrir mão de sua vontade por inteiro para que a vontade do SENHOR reinasse dentro dela. NEGAR-SE AO NOSSO EU é a representação viva, eficaz e perfeita de um novo nascimento. JESUS enterrou a velha criatura no cemitério do esquecimento eterno e a ressuscitou um novo homem, uma nova mulher, que passariam a viver, aqui na terra, dentro do parâmetro estabelecido por ELE. E, aqui, reside o grande problema. As pessoas “aceitam” JESUS como Senhor e Salvador, mas, dentro dos templos, em sua estrondosa maioria, não são ensinadas, doutrinadas corretamente pelos líderes, que estão interessados nos aplausos, na fama, em festas, em dinheiro e na quantidade de pessoas. Se estivessem interessados apenas no Reino, tenho absoluta certeza de que ocupariam todo o tempo para edificar as vidas na Palavra. Teríamos uma igreja responsável com a Palavra, temente a DEUS, onde o “evangelho do oba-oba” passaria distante. A CRUZ significa as aflições e os sofrimentos pelos quais os verdadeiros filhos de DEUS vão passar enquanto estiverem vivos; é o deserto espiritual, onde, cada um, terá que atravessar. É essa cruz que os cristãos carregam, suportam dia e noite. E, por fim, para complementar a tríade de responsabilidade humana deixada por JESUS, ELE disse: “TEM QUE ME SEGUIR”. O que, finalmente, consiste em seguir a CRISTO? Seguir o SENHOR é procurar imitar os Seus passos, a Sua maneira de viver; conhecer e viver a doutrina do Reino; não tendo nada a ver em apenas frequentar templos. Mas aí eu pergunto: Onde está o Evangelho do NEGAR-SE A SI MESMO, da CRUZ e do SEGUIR A JESUS? Ele é ensinado e exigido em sua completude?  
Sobre salvação, JESUS e os apóstolos ainda ensinaram: “Mas aquele que perseverar até ao fim, será salvo” (Mateus 24:13). Perseverar em quê? Em frequentar os cultos de determinada denominação protestante? Não! Perseverar em santidade.  
Os protestantes saem, metodicamente, aos domingos à tarde, para evangelizar os que, na visão deles, encontram-se perdidos, nas praças, nas ruas, nas esquinas, nas praias, em todo lugar. “Aceitar JESUS” fora a estratégia mais fácil, encontrada por eles, para anunciar aos perdidos que o Céu também fora feito para os que se encontram à margem de suas religiosidades. Pregar o Evangelho virou uma coisa de interesse; não do Reino, mas de si mesmo, da sua placa, de sua denominação. Depois que muitos “aceitam” e passam a frequentar os seus lugares de culto, há um relaxamento geral, um estado espiritual letárgico, pois já foram convencidos de que já são filhos de DEUS e herdeiros do Seu Reino; de que JESUS já morreu na cruz e não se precisa fazer mais nada. JESUS levou sobre si os nossos pecados; não as nossas responsabilidades como cristãos. Responsabilidade de socorrer o necessitado; de guardar todos os Mandamentos de DEUS; de orar pelo perdido; de não desistir da vida de ninguém; de buscar a santidade dia e noite; de dar um perfeito testemunho da presença de DEUS em nós; de anunciar o Evangelho da porta estreita. Muitos protestantes saem aos domingos para anunciar um Evangelho que nem mesmo eles vivem (e a maioria nem conhece), como uma obrigação de um mero cumprimento de uma agenda preestabelecida pelo pastor. Mas o Profeta Jeremias escreveu:“Maldito aquele que fizer a obra do SENHOR fraudulosamente; e maldito aquele que retém a sua espada do sangue” (Jeremias 48:10). 
Infelizmente o Evangelho da RENÚNCIA DE SI MESMO, da CRUZ e do SEGUIR A JESUS passa muito longe da realidade de vida de muitos que se dizem cristãos, onde só querem felicidade, felicidade e felicidade. Uma vez, uma pessoa do mundo, que fora convidada a visitar, por uma semana, a uma denominação protestante, escandalizou-se com o que vira: pessoas escravas da mentira, da fofoca, da chocarrice e piadas sujas, da prostituição; jovens namorados e noivos em plena atividade sexual antes do casamento; mulheres e homens divorciados dos seus primeiros cônjuges e em adultério para DEUS (em segundo e terceiro casamento); mulheres assumindo um lugar nos templos que não fora atribuição do SENHOR para as suas vidas; insubmissas, rebeldes; e todas essas pessoas participando de ministérios de evangelização nas ruas, dizendo-se cristãs. A conclusão desse homem fora a seguinte: “estar no mundo e neste lugar, para mim, não tem quase diferença”. Tomemos para nós o conselho deixado pelo apóstolo Paulo: “Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, DIZENDO-SE IRMÃO, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; COM O TAL NEM AINDA COMAIS” (1 Coríntios 5:11) (grifos meus). Com os tais, nem comais, quanto mais se associar com eles... 
Quando publico algo sobre a doutrina do Reino em redes sociais, sou muito criticado pelos protestantes. Isso queima a minha alma e dói o meu coração. Não pelas críticas que recebo; mas pela ignorância que ainda há nesse tipo de pessoas. É notório que o tempo da ignorância ainda não passou de suas vidas. 
Por isso, quando alguém, nos tempos atuais, chegar a você, dizendo-se crente; duvide dentro de si. Duvide! Virar crente virou moda, ao invés de uma mudança radical de vida. É mais prudente duvidar do que acreditar; é mais prudente apresentar-lhe o Evangelho do NEGAR-SE A SI MESMO, DA CRUZ E DO SEGUIR A JESUS do que considerá-lo irmão; visto o mar de lama e de escândalo que se transformou a doutrina do Nosso SENHOR e SALVADOR JESUS CRISTO. 
Apesar desse tempo difícil, não deixe esfriar nem morrer o AMOR que há em você!!