HERMENEUTICA E HOMILÉTICA
Como Estudar e interpretar a Bíblia.
Erros a se evitar ao interpretar a Bíblia
O Pregador e o Sermão
Hermenêutica
Conhecimentos de Homilética
Homilética – A arte de preparar e pregar sermões
Homilética - A arte de preparar e pregar sermões fiéis e poderosos
Apelando por decisões
1001 Referências Bíblicas
Como Estudar e interpretar a Bíblia.
0. Sempre tenha em sua mente as regras da sã Hermenêutica
(interpretação literal-gramatical-histórica, dentro da dispensação e dentro do contexto textual e histórico).
Em última instância, todas as diferenças teológicas entre os crentes recaem em “Como interpretar a Palavra de Deus?”
Basicamente, há apenas 2 métodos de interpretação da Bíblia:
- Método alegórico: Cada pessoa atribui o sentido que preferir às palavras de Deus, de modo que a autoridade final fica sendo o homem, e não Deus!
- Método literal-gramatical-histórico: " Quando o sentido simples da Escritura faz senso comum, não procure nenhum outro sentido; portanto, tome cada palavra no seu significado literal - usual - ordinário - primário, a não ser que os fatos do contexto imediato, estudados à luz de passagens relacionadas e de verdades axiomáticas e fundamentais, claramente indiquem o contrário." (D. L. Cooper). Obviamente, a interpretação literal-gramatical-histórica tem espaço para linguagem figurada-poética ("Eu sou a porta", "os montes ... romperão em cântico ... as árvores ... baterão palmas", etc.), de significado óbvio e indiscutível, só não tem espaço para alegorismo (associar leão à Inglaterra, confundir Israel e a Igreja, etc.).
Algumas chaves para o entendimento das Escrituras:
- Ser salvo 1 Co 2:14;Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.
- Ler (estudar, conferir) diariamente At 17:11;Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalónica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim.
- Interpretar literalmente (em harmonia com contexto e passagens correlatas) 2Pd 1:20; Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.
- Saber dividir as Escrituras (que dispensação? dirigido a quem? dito por quem? etc.) 2Tm 2:15;Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.
- Comparar Escritura com Escritura 1Co 2:13; As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais.
- Aplicar (por em prática); e pregar At 8:35. Então Filipe, abrindo a sua boca, e começando nesta Escritura, lhe anunciou a Jesus.
Sempre lembre as 10 regras básicas abaixo:
- Algumas profecias foram condicionais (eg: Jonas, para Nínive);
- Profetas falam do futuro como se fosse presente ou passado;
- “Lei dos Picos”: um trecho pode dar a visão de 2 picos e esconder 1 vale entre eles (eg: Is 61:1-2; Jl 2:28-32);
O espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; A apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes;
E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito. E mostrarei prodígios no céu, e na terra, sangue e fogo, e colunas de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR. E há de ser que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como disse o SENHOR, e entre os sobreviventes, aqueles que o SENHOR chamar.
“Lei do Duplo Cumprimento”: profecias podem ser cumpridas duplamente, a 1a. vez num sentido “menor” e incompleto (eg: a destruição de Jerusalém no ano 70) e a 2a. vez num sentido “maior” e completo (eg: a Grande Tribulação);
- “Lei da 1a. Referência”: o sentido símbolo, na Bíblia, é constantemente o da sua 1a. ocorrência (eg: fermento é sempre mal, pecado, hipocrisia, e isto explica a parábola do fermento, em Mt 13);
- “Lei da Recapitulação”: passagens sucessivas podem ser recapitulações, repetições de um mesmo fato sob diferentes ênfases e pontos de vista (eg: os 4 evangelhos; os sonhos de faraó; Gn 1:1 e os outros relatos da criação Gn 1:2-31 e 2:4-25; os 7 selos + 7 trombetas + 7 taças de Apocalipse., etc.);
- Nunca alicerce uma doutrina apenas sobre símbolos, tipos, parábolas, etc. E não procure explicar todos os seus detalhes, mas só os principais. E use-os não para inventar, mas sim para ilustrar doutrinas, já bem estabelecidas em trechos claros, literais, explícitos
- Sempre use os textos explícitos-claros-ordem para explicar os implícitos-escuros-exemplo. Não use estes para torcer e anular aqueles;
- Tudo o que foi cumprido até hoje o foi literalmente. Por que supor que não mais o será?
- Siga estas regras e siga o princípio de “Sola Scriptura”, sem se curvar demais aos comentários aos grandões (do passado e, ainda mais, de hoje).
1. Sempre Tenha as Perguntas Chave em Sua Mente
Eis algumas perguntas que se deve ter em mente ao ler cada parágrafo da Bíblia:
A. Quem está falando estas palavras neste verso? É Deus Pai/Filho/Espírito Santo? É um profeta de Deus profetizando em nome de Deus? É um anjo de Deus? É um crente, sincero mas não inspirado? É um descrente? É um demônio?
B. Para quem as palavras deste parágrafo foram ditas? Para judeus na Dispensação da Lei? Para crentes da dispensação da Igreja? Para a Tribulação? Para o Milênio?
C. No capítulo de hoje, qual versículo mais tocou meu coração, minha vida? Sublinhe-o.
D. Qual é a idéia principal do capítulo?
E. O que o capítulo ensina a respeito de CRISTO? (Ele sempre será o centro de tudo).
F. Há um exemplo que devo seguir?
G. Há um erro que devo evitar?
H. Há alguma tarefa que devo realizar?
I. Há alguma promessa da qual me devo apropriar (isto é, crer)?
J. Há algum pecado que devo confessar?
2. Sempre Tenha um Plano de Estudo Definido
A. Estude uma palavra, o mais profundamente que puder. Usando um concordância, procure uma palavra e veja as várias maneiras como é usada na Bíblia. Por exemplo: a palavra coração dá um estudo muito interessante. Podemos notar dez tipos de corações. Leia estes versículos e diga os tipos de corações que achar:
Referência Texto Tipo de coração Mat 5:8 Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; limpo Tia 4:8 Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações. purificado Mar 10:5 E Jesus, respondendo, disse-lhes: Pela dureza dos vossos corações vos deixou ele escrito esse mandamento; duro Luc 24:25 E ele lhes disse: O néscios, e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! tardo Sal 57:7 Preparado está o meu coração, ó Deus, preparado está o meu coração; cantarei, e darei louvores. preparado (para servir e louvar) Jer 17:9 Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? enganoso Jer 20:9 Então disse eu: Não me lembrarei dele, e não falarei mais no seu nome; mas isso foi no meu coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos; e estou fatigado de sofrer, e não posso mais. ardente Eze 18:31 Lançai de vós todas as vossas transgressões com que transgredistes, e fazei-vos um coração novo e um espírito novo; pois, por que razão morreríeis, ó casa de Israel? novo
Observação: Acima de tudo, o Espírito Santo será seu professor, você pondo muito tempo, muito esforço, muita oração, e muita submissão no estudo da Palavra. Depois disto, uma boa CONCORDÂNCIA é a melhor coisa que pode usar (se quiser e tiver uns rudimentos de Grego e Hebraico, use uma concordância nestes idiomas, como Strong`s [faz parte da Online Bible], mas isto não é realmente necessário se você tiver uma concordância exaustiva de uma fiel tradução da Palavra de Deus (Textos Massorético + Receptus)). Não dê muito crédito aos “Pais da Igreja” (geralmente foram hereges em muitas áreas!), nem a comentários, nem aos “super-intelectuais”.
B. Estude uma doutrina, o mais profundamente que puder. Descubra tudo o que puder sobre doutrinas tais como; oração, inspiração, salvação, santificação e assim por diante.
C. Estude capítulos e livros da Bíblia, o mais intensamente que puder (seqüencialmente, capítulo por capítulo e verso por verso; Este é o melhor, mais equilibrado método, que lhe trará maiores benefícios espirituais a você e à igreja onde você prega ou ensina, é o método que deve ser preferido a maior parte do tempo). Comece escolhendo um livro curto, tal como Gálatas. Use o seguinte plano com cada capítulo:
* Descubra a idéia principal do capítulo. Dê ao capítulo um título, usando suas próprias palavras.
* Faça um esboço do capítulo, da maneira que achar que ele se desenvolve em torno da idéia principal.
* Descubra e sublinhe o versículo-chave do capítulo.
* Faça uma lista do que o capítulo ensina sobre CRISTO.
* Faça uma lista das maneiras em que o capítulo se aplica à sua vida.
Como dever de casa, leia o livro de Filipenses e prepare um estudo, usando o plano dado acima. Escreva suas respostas numa folha à parte, uma folha por capítulo.
D. Só use estes 3 métodos. Nunca leia e estude aleatoriamente (“onde a minha mão abrir”), ou só assuntos sensacionalistas, ou só “devocionais água com açúcar”, ou só “para poder defender a fé”, etc. Pior, não deixe de estudar com todo coração; Pior ainda, não deixe de estudar regularmente, a cada dia.
Erros a se evitar ao interpretar a Bíblia
Os cristãos devem estar comprometidos no conhecer e obedecer à Palavra de Deus. É essencial, então, que saibamos como interpretar a Bíblia corretamente, e evitar aqueles erros que poderiam nos conduzir a conclusões incorretas. O que se segue são alguns princípios que te ajudarão a interpretar a Bíblia no que ela realmente diz e alguns exemplos do que tem ocorrido quando esses princípios são violados.
1. Não espiritualize o texto
Espiritualizar (ou alegorizar) é ir além do plano semântico da passagem em busca de um significado mais profundo ou oculto. O perigo com esse método é que não há como se checar uma interpretação extravagante. O único padrão torna-se a mente do intérprete. Prende-se ao pretenso sentido do texto.
a.. Isaías e futebol americano?
O pastor [da Igreja] de Vineyard e diretor dos Cumpridores da Promessa, James Ryle, faz conexões entre o time de futebol americano Colorado Buffaloes e o livro de Isaías. Ele alega que o Espírito Santo lhe disse para aplicar Isaías 21:6 ao seu time, Colorado, derrotado no campeonato nacional quando eles foram batidos pelo Notre Dame por 21 a 6 no Orange Bowl em 1990. Depois da violenta derrota do Colorado, o Espírito Santo revelou também a ele que Deus iria "estender Sua mão uma segunda vez", de acordo com Isaías 11:1. Isso talvez foi cumprido quando o Colorado, na temporada seguinte, bateu o Notre Dame e venceu o campeonato nacional. De acordo com Ryle, Isaías 11:11 também foi relacionado à vitória do Colorado por 11-1-1, recorde de empate e de fracasso (veja James Ryle, Hippo in the Garden (Hipopótamo no Jardim). Orlando, Flórida, Creation House, 1993. Págs. 77, 182-83).
a.. Joel 2:23 Chuvas Temporã e Serôdia
Joel 2:23 e sua referência às chuvas "temporã" e "serôdia" têm sido usadas como base para o Movimento da Chuva Serôdia. Supostamente, a "chuva temporã" nesse versículo refere-se ao fluir do Espírito Santo no Pentecostes e a "chuva serôdia" refere-se ao derramamento do Espírito no século vinte. Entretanto, Joel 2:23 é endereçada à nação de Israel, não à igreja. Essa passagem enfoca o futuro de Israel no reino de mil anos. Ademais, as chuvas temporã e serôdia mencionadas se referem literalmente às chuvas sazonais e não ao derramamento do Espírito Santo. Qual é o sentido real de Joel 2:23? Quando Israel for restaurada para sua terra no milênio, Deus mandará a devida chuva de outono e da primavera para suas lavouras.
a.. Ex.: Cantares de Salomão
Alguns têm considerado Cantares de Salomão como uma referência do amor de Cristo por Sua igreja. Esta é uma interpretação injustificável. O Cantares de Salomão fala sobre a grandiosidade do amor conjugal. Não há nada nesses cânticos que fale de Cristo ou da Igreja, nem que há alguma evidência no NT que indique que essas canções deveriam ser consideradas em outro sentido que não o amor conjugal.
a.. Ex.: Rosa de Sarom e o Lírio dos Vales (Ct 2:1)
Esses [títulos] não têm nada a ver com Cristo. Ao invés disso, essa passagem se refere à jovem Sulamita, que se compara com flores delicadas.
a.. Ex.: Seu estandarte sobre mim é o amor (2:4)
Essa frase, freqüentemente usada em canções infantis e refeitórios, não se refere a Cristo mas aos cuidados e proteções de Salomão por sua noiva.
2- Não demonstrar sem contexto
Demonstrar sem contexto é amarrar uma série não apropriada ou inadequada de versículos bíblicos para provar nossa teologia. "Pôr em outra forma - é sedutor, mas errôneo - para se compor um fragmento teológico de um completo estudo indutivo das Escrituras. É errado, tendo feito isso, começar procurando textos bíblicos que parecem sustentar nossas conclusões, todas sem a cuidadosa interpretação do texto para o que nós apelamos" (Richard Mayhue, How to Interpret the Bible for Yourself (Como Interpretar a Bíblia Por Você Mesmo), BMH Books, p. 75)
a.. Ex.: "Chame pelo nome e clame"
Alguns líderes da Teologia da Prosperidade adoram citar João 14:14, "Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei". Eles interpretam esse versículo para dizer que podemos clamar pela fé o que quer que desejarmos (ex.: carro, riquezas etc.) enquanto afixamos "em nome de Jesus" no final de nossas orações. Eles não salientam que orar "em nome de Jesus" significa orar de acordo com o que Jesus deseja, não com o que almejamos por nós mesmos. Diversos outros textos revelam que a oração respondida é baseada na oração de acordo com a vontade de Deus (1 João 5:14-15); orando com um coração obediente (1 João 3:22) e orando com razões corretas e não com motivos egoísticos (Tiago 4:1-3).
a.. Ex.: Homossexualidade
"O modo de vida pecaminoso (não alternativo) da comunidade gay de demonstrar sem o contexto da Bíblia firma outro erro mais grave. Eles interpretam incorretamente textos selecionados para sustentarem suas posições (ex., a amizade de Davi e Jônatas em 1 Samuel 19:1; 20:41). Ignoram evidentemente, então, que as Escrituras proíbem inquestionavelmente a homossexualidade, como em Levítico 20:13; Romanos 1:24-32; 1 Coríntios 6:9-11 e 1 Timóteo 1:9-10." (Mayhue, pág. 78)
3- Não isolar textos de seus contextos
Interpretar um texto fora de seu contexto pode conduzir a erro. A Escritura não pode ser divorciada de sua circunvizinhança imediata.
a.. Ex.: Mateus 18:19-20
"Quantas vezes você ouviu alguém mencionar [que obteve] uma resposta à oração por lembrar de Mateus 18:19-20? 'Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-à concedida por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles.' Se você olhar cuidadosamente para esses versículos, notará que eles estão ligados de modo inseparável a Mateus 18:15-18. Os dois ou três citados não se ajuntaram para orar mas para, de certa forma, cumprir a disciplina da igreja." (Mayhue, pág. 80)
a.. Ex.: Tiago 1:5 e a Revelação Divina
As raízes Mórmon remontam a 1820 quando Joseph Smith, o fundador do mormonismo, recebeu supostamente uma revelação direta depois de ler Tiago 1:5, "Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-à concedida." Smith alega que foi visitado por Deus, que disse-lhe para não se unir a qualquer das igrejas existentes, "que para eles estavam todas erradas" (Pérolas do Grande Preço, Joseph Smith, 2:15-19). De Joseph Smith e da igreja que ele fundou viriam várias crenças como a negação da Trindade, a que Deus tem um corpo humano, a existência de Jesus como o irmão espiritual de satanás, salvação pelas obras e outras doutrinas heréticas. Tiago 1:5, pensava ele, não valida as experiências subjetivas e revelações recebidas que contradigam outras porções da Bíblia. Tiago 1:5 fala sobre pedir a Deus para nos ajudar a viver em santidade enquanto enfrentamos provações.
a.. Ex.: 2 Coríntios 3:6 condena a interpretação literal?
"A letra mata, mas o Espírito vivifica". Esse versículo adverte contra o ter a Bíblia de modo muito sério ou literal? Não. Paulo nem sempre dirigiu o assunto da interpretação literal versus a espiritual. O contexto revela que a "letra" é a Antiga Aliança - a Lei de Moisés (isto é, "as letras gravadas nas pedras" - versículo 7). Assim, o contraste está entre a Antiga Aliança, que revela o pecado humano e por isso mata, e a Nova Aliança, que dá vida.
a.. Ex.: 2 Pedro 2:20 e a perda da salvação
Algumas pessoas usam esse versículo para ensinar que o crente pode perder sua salvação: "Portanto, se [eles], depois de terem escapado das contaminações do mundo mediante o conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, se deixam enredar de novo e são vencidos, tornou-se o seu último estado pior que o primeiro." O "eles" nessa passagem, entretanto, está se referindo aos falsos profetas tal como mencionado em 2:1. Essa passagem está se referindo a falsos profetas e não a crentes verdadeiros.
4- Não aplique promessas específicas, feitas a Israel, à outras nações
Evite pegar promessas específicas a Israel e aplicá-las a outros países como os Estados Unidos.
a.. Ex.: 2 Crônicas 7:14 e os Estados Unidos
Alguns cristãos gostam de reivindicar essa passagem para os Estados Unidos: "se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra." Esse versículo, entretanto, não tem nada a ver com os Estados Unidos. Como diz Mayhue, "Não esqueçam disso! As promessas de Deus à Salomão e Israel não tem nada a ver com a América ou outro país aonde os cristãos vivem hoje em dia. Não importa quão espiritual ou humana a América se tornou, o efeito da nossa história natural não descansará na condição de 2 Crônicas 7:14, mas de preferência na soberania de Deus." (Mayhue, págs. 91-92)
5- Não substitua Israel pela igreja. (Teologia da Substituição)
A Bíblia nunca confunde Israel com a igreja. Ainda que haja similaridades entre a nação de Israel e a igreja, a promessa incondicional e eterna à nação de Israel não deve ser espiritualizada e transferida à igreja.
a.. Ex.: Gênesis 13:14-17 ("toda essa terra que vês, eu ta darei, a ti e à tua descendência, para sempre")
Deus prometeu uma terra determinada (Canaã) a um povo determinado (Os filhos de Abraão - os judeus). A terra não pode ser espiritualizada para significar salvação ou paraíso, nem a igreja herdar essas promessas às custas da pátria de Israel.
a.. Ex.: Romanos 11:25-26 ("E, assim, todo o Israel será salvo")
Alguns amilenialistas, incluindo-se João Calvino, pegaram "Israel" no versículo 26 para ser uma referência à igreja composta por judeus e gentios. O contexto específico de Romanos 9-11, ao invés disso, mostra que no capítulo 11 [a palavra] "Israel", usada nessa seção, sempre se refere aos judeus de sangue e nunca aos gentios.
6- Não injete pensamentos correntes dentro do texto bíblico
Filosofias modernas ou atuais não devem ser usadas como base para reinterpretação do texto bíblico.
a.. Ex.: A criação em seis dias (Gênesis 1-2)
Uma interpretação corrente e literal de Gênesis 1-2 mostra que Deus criou o mundo em seis dias de vinte e quatro horas. A palavra hebraica para "dia" (yom), quando acompanhada por um adjetivo numérico (ex.: quinto dia), nunca é usada de maneira figurada. Isso é sempre entendido de modo normal. Entretanto, com a crença crescente no evolucionismo e numa terra antiga, alguns têm tentado reinterpretar os dias da criação não como literalmente dias de vinte e quatro horas, mas como longos períodos de tempo. Assim, "seis dias" é apenas figurativo para um longo período de tempo, que pode incluir milhões de anos.
a.. Ex.: Precisamos amar a nós mesmos primeiro para amar a outros? (Mt 22:39)
Alguns na psicologia cristã têm deturpado essa passagem, tencionando dizer que devemos aprender a amar nós mesmos para amar a outros. Ainda nessa passagem, o amor próprio não é encorajado, mas presumido ("Porque nunca ninguém odiou sua própria carne..." - Ef 5:29). O ponto é que precisamos mostrar o mesmo interesse a outros tal qual naturalmente mostramos a nós mesmos. Como diz Mayhue, "Em Mateus 22 Jesus fala de dois mandamentos - amar a Deus e amar ao nosso próximo. Não há um terceiro mandamento para amarmos a nós mesmos. Por uma questão de registro bíblico, não há mandamento nas Escrituras para amarmos a nós mesmos. Por vezes, isso aparece: que a base do amor próprio vem mais da hierarquia de necessidades [do psicólogo] Abraham Maslow do que da Bíblia." (Mayhue, págs. 100/01)
a.. Ex.: Psicologia e a redefinição de termos
A influência da psicologia na igreja têm conduzido freqüentemente para uma deturpação de termos bíblicos e seus significados.
Pecado
Por exemplo, note a redefinição de Robert Schuller para o pecado: "Pecado é qualquer ato ou pensamento que rouba de mim ou de outro ser humano sua auto-estima" (Robert Schuller, Auto-estima: A Nova Reforma, pág. 14)
Inferno
Observe também a redefinição de Schuller para inferno: "E o que é inferno? É a perda do orgulho que naturalmente segue em separação de Deus - a determinante e infalível fonte de nosso sentido de auto-respeito da alma... Um indivíduo está no inferno quando ele perdeu toda sua auto-estima" (págs. 14-15)
Ser nascido de novo
O que significa para Schuller ser nascido de novo? "Ser nascido de novo significa que devemos ser transformados de uma auto-imagem negativa para uma positiva - da inferioridade para a auto-estima, do medo para o amor, da dúvida para a confiança".
7- Evite fazer dos fenômenos e experiências na Bíblia regras para os dias de hoje
Nem toda experiência que aconteceu na Bíblia é regra para hoje em dia. "Precisamos ver se o princípio na passagem é ensinado em outra parte. Se o que aconteceu para alguém nos tempos bíblicos é considerado regra para todos os crentes, isso deve estar em harmonia com o que é ensinado em outras partes nas Escrituras." (Roy B. Zuck, Interpretação Bíblica Básica. Victor Books, pág. 285)
a.. Experiências de Moisés, dos profetas e dos apóstolos
Martyn Lloyd-Jones, em seu livro Renovação, diz que a revelação da glória de Deus a Moisés em Êxodo 33:18-23 é algo que todos os crentes devem buscar:
"Moisés já conhecia a glória de Deus. Ele não a havia visto, mas ele acreditou [em] Deus. Ele aceitou a revelação e tinha havido estranhas manifestações aqui e acolá. E no poder delas ele disse: 'Rogo-te que me mostres a tua glória, deixe-a ser manifesta'. E essa deve ser nossa posição... Sabemos que Deus está lá em toda sua glória, e a necessidade é que devemos ser movidos, tal qual foi Moisés, a desejar a manifestação dessa glória. É quase inconcebível, ou não, que algum cristão não devesse ofertar essa oração de Moisés?" (Lloyd-Jones, Renovação, págs. 216-18).
Lloyd-Jones nos oferece também outros exemplos de experiências na Bíblia que os crentes deveriam experimentar hoje em dia: A visão de Isaías, do Senhor assentado em Seu trono (Is 6:1-7); a visão de João, de Cristo em Patmos (Ap 1); o encontro de Saulo com Cristo na estrada de Damasco (At 9); e a visão dos apóstolos, de Cristo transformado diante deles no Monte da Transfiguração (Mt 17). No que diz respeito a experiências como essas Lloyd-Jones diz que "nós nunca devemos esquecer que todas elas são possíveis ao indivíduo a qualquer tempo". ENTRETANTO, homens como Moisés (veja Dt 34:10-22), Isaías e os apóstolos são homens ímpares com ministérios ímpares. A Bíblia não sugere que as experiências deles são normas para hoje. Em nenhum lugar a Bíblia nos ensina a buscar as experiências desses homens sem par.
a.. Ressuscitando os mortos
O fato de Eliseu e Pedro terem sido capazes de ressuscitar mortos (I Rs 17 e At 9:36-43) não significa que Deus pretende que todos os crentes ressuscitem pessoas da morte. A Bíblia nunca diz que esse ato é regra para os crentes de hoje.
a.. Expulsar demônios
Expulsar demônios foi feito por Cristo e os apóstolos para validar suas proclamações de que o Reino está próximo (Mt 10:5-8; 12:28). Em nenhum lugar na instrução à igreja é dito para os crentes expulsarem demônios.
a.. Poligamia
"Abraão, Jacó, Davi e outros tinham mais de uma esposa. Isso significa que a poligamia é aceitável, como alguns crêem? Não, não é uma prática aceitável. Muito embora Deus não os tenha condenado individualmente por tais práticas, até onde os registros das Escrituras dizem a respeito, sabemos que a poligamia está errada porque Deus deu a Adão uma mulher e disse: "Por essa razão o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne" (Gn 2:24) e porque numerosas passagens no Novo Testamento falam da fidelidade conjugal a uma só esposa (p. ex., Mt. 5:27, 31-32; I Co 7:2-3; Ef 5:22-23, Cl 3:18-19; ITs 4:3-7)." (Zuck, pág. 286)
8- Não despreze um texto dito como cultural simplesmente porque ele não parece se ajustar com o pensamento da sociedade atual
a.. Ex.: A liderança do marido em casa (Ef 5:22-23)
A sociedade moderna rejeita com freqüência as diferenças de papéis entre homens e mulheres. Assim sendo, o pensamento de que o marido seja o líder e a mulher seja submissa ao seu marido é rejeitada com freqüência como sendo uma limitação cultural dos tempos de Paulo. Não há nada no contexto que limite esses mandamentos aos tempos de Paulo. De fato, a instrução para os maridos é baseada no exemplo do amor de Cristo por sua igreja.
a.. Ex.: Anciãos (I Tm 2:11-15)
As Escrituras deixam claro que a mulher não deve sustentar posições de autoridade acima do homem na igreja. Muitas igrejas cristãs, contudo, permitem que as mulheres sejam anciãs e pastoras. Passagens como I Tm 2:11-15, que expressamente proíbem posições de liderança para mulheres, são rejeitadas tais como um produto de uma sociedade machista. Nada, entretanto, em I Tm 2:11-15 indica que seus mandamentos são limitados àquele tempo e cultura. De fato, a liderança masculina é fundamentada na ordem da criação (2:13) e na queda (2:14).
O PREGADOR E O SERMÃO
1. QUALIDADES DO PREGADOR DO EVANGELHO
Naturalmente para que alguém obtenha êxito como mensageiro de Deus deve possuir certas qualidades, ou satisfazer a determinadas condições.
O fator essencial, a característica de maior importância, é a piedade, que, no dizer do apóstolo, "para tudo é proveitosa", I Timóteo 4:8. Só o crente consagrado, verdadeiramente espiritual, alcançará grandes vitórias por Deus e para Deus. O homem leviano, superficial, poderá ser notável orador político e obterá, talvez o aplauso e admiração de muitos, porém jamais conseguirá tornar-se um eficiente pregador ou um instrumento poderoso usado pelo Senhor.
No mínimo três elementos são essenciais à eficiência do seu trabalho:
humildade, para alcançar graça; oração, a fim de conseguir poder; estudo da Bíblia, para obter sabedoria.
2. PREPARO INDIVIDUAL DO PREGADOR
Antes mesmo de preocupar-se com a mensagem, deve o pregador cuidar de si. É princípio inegável que aquilo que ele faz depende do que ele é. Daí as recomendações de Paulo a Timóteo: "Tem cuidado de ti mesmo (a pessoa) e da doutrina" (o trabalho); e mais adiante: "Procura apresentar-te aprovado perante Deus, como obreiro que não tem de que se envergonhar (o indivíduo) e que maneja bem a palavra da verdade", (a ação) (I Timóteo 3:16 e II
Timóteo 2:15).
Para que o pregador seja bem sucedido em seu trabalho, é indispensável uma preparação completa, a qual abrange três aspectos: físico, intelectual e espiritual.
Preparação física: boa condição do organismo; saúde equilibrada. A Bíblia fala muito a respeito do equilíbrio das refeições. Nunca devemos exagerar na alimentação. Só recentemente que a ciência descobriu que a comida em excesso, pode ser prejudicial. Porém, a Bíblia Sagrada ensinava essa verdade há 3.500 anos atrás. "Depois disse o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de Israel, dizendo: Nenhuma gordura de boi, nem de carneiro, nem de cabra comereis. Todavia pode-se usar a gordura do animal que morre por si mesmo, e a gordura do que é dilacerado por feras, para qualquer outro fim; mas de maneira alguma comereis dela" (Levítico 7:22-24). Temos conhecimento no dia de hoje, quão pernicioso é o colesterol em nosso sangue. O exercício também é muito importante para quem quer servir ao Senhor. Longas caminhadas e outras atividades que "desemperram" os músculos são indispensáveis na vida do servo do Senhor. Acredito que o fator que pesou na longevidade de anos na vida dos servos do Senhor, foi sem dúvida alguma, as longas caminhadas que eles eram obrigados a fazer no cotidiano de suas vidas. Abraão, Isaque, Jacó e muitos outros patriarcas eram caminhantes inveterados.
O próprio Moisés caminhou no deserto, conduzindo o rebelde povo de Israel, pelo menos quarenta anos. Não é de admirar que Moisé morreu com 120 anos de idade (Deuteronômio 34:7). Se Moisés tivesse algum problema sério de saúde, naturalmente não seria usado por Deus para estar à frente do povo hebreu por longos quarenta anos.
Vamos imaginar se Moisés fosse um cardíaco. Como resistiria ele as longas caminhadas naquele deserto abrasador? É necessário, portanto, que o servo do Senhor cuide de sua saúde. O apóstolo João, o ancião, desejou saúde ao seu amigo Gaio (III João 2).
Preparação intelectual: É natural que o pregador seja amante dos livros. Indispensável, pois, se torna que vá, aos poucos, formando a sua biblioteca. Devido ao elevado custo atual dos livros, deve o pregador selecionar os volumes que precisa adquirir, evitando gastar tempo e dinheiro com obras que poderia dispensar. O pregador compreensivo se dedicará às matérias essenciais, ao tipo de estudo mais proveitoso para o seu ministério. Não perderá os seus momentos preciosos com leituras supérfluas ou que nada edificam.
Além da Bíblia, que é o primordial, e da Arte de Pregar, a língua materna deve merecer sua atenção perene. Como é lamentável o pregador, e quanto é prejudicial à mensagem, cometer graves erros de português. Não se fala de ser um erudito, mas de evitar erros primários. Quanto mais cultura ele tiver, mais fácil e mais eficiente será o seu ministério. O pregador
precisa conhecer bem o homem e a cultura de seu tempo: suas idéias, seus costumes, seus problemas, seus recursos, sua personalidade e sua psicologia. Por isso, o pregador não pode contentar-se em estudar apenas sua Bíblia. O pregador não deve ser "homem de um livro só". Mas, há muita gente que se ufana disso. Quem afirma que o pregador deve estudar só a Bíblia revela ignorância ou preguiça mental.
O pregador precisa estar em dia com o seu tempo, com a cultura de seu povo ou do povo a quem ele vai ministrar. Se ele está no Brasil, precisa conhecer a psicologia do povo brasileiro, o grau de cultura deste povo, suas aspirações, suas frustrações, o que faz, como o faz, o que pensa e o que pretende. Se ele dirigir a outro país, terá que conhecer o mesmo a
respeito do povo daquele país. Precisará não só conhecer essa cultura, mas assimilá-la e integrar-se nela.
Por isso, o pregador terá que ler muito (ser leitor inveterado e insaciável de informações). Ler jornais, revistas, livros; ouvir rádio, ver televisão (menos o que não presta); estar se informando dos mais diversos noticiários do mundo. Ele precisa ver, ouvir e sentir o seu povo. Paulo, o apóstolo aos gentios, não esquecia do seu preparo intelectual, e isto se nota quando ele pediu ao seu colega Timóteo, os livros e pergaminhos (II Timóteo 4:13). Concluimos, pois, que Paulo valorizava o preparo intelectual.
Além da Bíblia, que é o primordial, e da Arte de Pregar, a língua materna deve merecer sua atenção perene. Como é lamentável o pregador, e quanto é prejudicial à mensagem, cometer graves erros de português. Não se fala de ser um erudito, mas de evitar erros primários. Quanto mais cultura ele tiver, mais fácil e mais eficiente será o seu ministério. O pregador precisa conhecer bem o homem e a cultura de seu tempo: suas idéias, seus costumes, seus problemas, seus recursos, sua personalidade e sua psicologia. Por isso, o pregador não pode contetar-se em estudar apenas sua Bíblia. O pregador não deve ser "homem de um livro só". Mas, há muita gente que se ufana disso. Quem afirma que o pregador deve estudar só a Bíblia revela ignorância ou preguiça mental.
O pregador precisa estar em dia com o seu tempo, com a cultura de seu povo ou do povo a quem ele vai ministrar. Se ele está no Brasil, precisa conhecer a psicologia do povo brasileiro, o grau de cultura deste povo, suas aspirações, suas frustrações, o que faz, como o faz, o que pensa e o que pretende. Se ele dirigir a outro país, terá que conhecer o mesmo a respeito do povo daquele país. Precisará não só conhecer essa cultura, mas assimilá-la e integrar-se nela.
Por isso, o pregador terá que ler muito (ser leitor inveterado e insaciável de informações). Ler jornais, revistas, livros; ouvir rádio, ver televisão (menos o que não presta); estar se informando dos mais diversos noticiários do mundo. Ele precisa ver, ouvir e sentir o seu povo.
Paulo, o apóstolo aos gentios, não esquecia do seu preparo intelectual, e isto se nota quando ele pediu ao seu colega Timóteo, os livros e pergaminhos (II Timóteo 4:13). Concluímos, pois, que Paulo valorizava o preparo intelectual.
3. PREPARO ESPIRITUAL DO PREGADOR
O pregador deve, prioritariamente, buscar a qualidade espiritual. O bom condicionamento físico e o preparo intelectual são bons, e até necessários, mas nada disso adianta, se o pregador não empenhar-se na busca da santidade, (I Timóteo 4:13).
a) - Estudo da Bíblia. O pregador deve levar a sério o estudo das Sagradas Escrituras. Para obter sucesso em sua labuta no dia a dia, o pregador ou pastor precisa desenvolver o hábito de estudar com afinco o Santo Livro.
"Não se aparte de sua boca o livro desta lei, antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido" (Josué 1:8). Neste pequeno e excelente versículo, temos uma receita divina. Deus, aqui, mostra o que futuro sucesso de Josué, seria observar e pôr em prática o Santo Livro. Paulo também sabia do valor das Escrituras Sagradas na vida de Timóteo, seu filho na fé. Eis o conselho que Paulo deu ao Jovem Timóteo: "Procure apresentar-te diante de Deus aprovado, como obreiro que maneja bem a palavra da verdade" (II Timóteo 2:15).
As Santas Escrituras são instrumentos poderosíssimos na vida de quem quer dedicar na causa do Evangelho. Paulo, o maior pregador de todos os tempos, abaixo de Cristo, disse: "Porque não me envergonho do Evangelho, pois o é poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego" (Romanos 1:16).
b) - Oração: Devido a grande importância do assunto, dedicaremos alguns parágrafos à oração, como fator sem igual para o progresso espiritual do obreiro.
Alguém, numa certa ocasião, disse acertadamente: "A oração é a primeira, a segunda e a terceira coisa necessária ao pregador". O pregador que não se dedica à oração, não pode ser bem sucedido em seu ministério.
Todas as Escrituras estão cheias de exemplos de homens de oração profunda e piedosa. Os heróis do Antigo Testamento a usavam como arma eficiente nas suas grandes vitórias. Um dos grandes exemplos de oração é o do patriarca Jó. Jó sofreu as mais terríveis pressões que a vida reserva; porém, a Bíblia diz que Jó continuou imbatível em sua jornada de fé. Jó perdeu todos os seus bens materiais, perdeu todos os seus dez filhos, e, por fim, perdeu a saúde, mas não perdeu a sua esperança no Todo-Poderoso. Este valoroso homem continuava orando a Deus, apesar dos dissabores que sofreu. Vejamos o que a Bíblia diz a respeito de Jó e sua oração: "O Senhor, pois, virou o cativeiro de Jó, quando este orava pelos seus amigos; e o Senhor deu a Jó o dobro do que antes possuía" (Jó 42:10).
Davi, o segundo rei da nação de Israel, também era um homem de oração. Este homem foi notável em seus momentos de devoção a Deus. São dele essas palavras que nos estimulam às orações: "De tarde, de manhã e ao meio-dia me queixarei e me lamentarei (oração); e Ele ouvirá a minha voz" (Salmos 55:17).
Quando estudamos o Evangelho de Lucas, que apresenta Jesus com homem perfeito, e dá ênfase à sua dependência de Deus na realização do ministério na terra, aprendemos que o Senhor vivia em constante comunhão com Deus; no batismo, "orando Ele, o céu se abriu" (Lucas 3:21); após a efetuação de prodígios, retirava-se para o deserto e ali orava (Lucas 5:16); antes de escolher os doze, "subiu ao monte a fim de orar, e passou a noite em oração a Deus" (Lucas 6:12); esteve sozinho, orando pouco antes de interrogar aos seus discípulos: "Quem dizem o homem que eu sou?" (Lucas 9:18); noutra ocasião levou três dos mais íntimos companheiros "e subiu ao monte a orar e ali se transfigurou" (Lucas 9:29); exultante, orou ao Pai com ação de graças pelas revelações aos humildes seguidores (Lucas 10:21); "estando Ele a orar em certo lugar" os seus discípulos suplicaram que lhes ensinasse a orar (Lucas 11"1); na cruz orou, pedindo perdão para os inimigos (Lucas 23:34). E conforme o testemunho do autor da carta aos hebreus, ainda hoje "vive para interceder por nós" (Hebreus 7:25).
Paulo é outro exemplo magnífico: não obstante as múltiplas responsabilidades do apóstolo, suas contínuas viagens, as perseguições que enfrentava, as lutas do ministério e os labores constantes, encontramo-lo sempre em oração intercessória, conforme aprendemos dos seus escritos: "Incessantemente faço menção de vós, pedindo nas minhas orações..." (Romanos 1:9-10). "Sempre dou graças ao meu Deus por vós pela graça de Deus que vos foi dada"
(I Coríntios 1:4). "Fazendo sempre, em todas as minhas orações, súplicas por todos vós com alegria" (Filipenses 1:4). "Graças damos a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, orando sempre por vós" (Colossenses 1:3).
Por falta de espaço e tempo, não podemos transcrever aqui muitas outras passagens que revelam a importância da oração.
4. PREPARO ESPIRITUAL DO PREGADOR
O pregador deve, prioritariamente, buscar a qualidade espiritual. O bom condicionamento físico e o preparo intelectual são bons, e até necessários, mas nada disso adianta, se o pregador não empenhar-se na busca da santidade, (I Timóteo 4:13).
a) - Estudo da Bíblia. O pregador deve levar a sério o estudo das Sagradas Escrituras. Para obter sucesso em sua labuta no dia a dia, o pregador ou pastor precisa desenvolver o hábito de estudar com afinco o Santo Livro.
"Não se aparte de sua boca o livro desta lei, antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido" (Josué 1:8). Neste pequeno e excelente versículo, temos uma receita divina. Deus, aqui, mostra o que futuro sucesso de Josué, seria observar e pôr em prática o Santo Livro. Paulo também sabia do valor das Escrituras Sagradas na vida de Timóteo, seu filho na fé. Eis o conselho que Paulo deu ao Jovem Timóteo: "Procure apresentar-te diante de Deus aprovado, como obreiro que maneja bem a palavra da verdade" (II Timóteo 2:15).
As Santas Escrituras são instrumentos poderosíssimos na vida de quem quer dedicar na causa do Evangelho. Paulo, o maior pregador de todos os tempos, abaixo de Cristo, disse: "Porque não me envergonho do Evangelho, pois o é poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego" (Romanos 1:16).
b) - Oração: Devido a grande importância do assunto, dedicaremos alguns parágrafos à oração, como fator sem igual para o progresso espiritual do obreiro.
Alguém, numa certa ocasião, disse acertadamente: "A oração é a primeira, a segunda e a terceira coisa necessária ao pregador". O pregador que não se dedica à oração, não pode ser bem sucedido em seu ministério.
Todas as Escrituras estão cheias de exemplos de homens de oração profunda e piedosa. Os heróis do Antigo Testamento a usavam como arma eficiente nas suas grandes vitórias. Um dos grandes exemplos de oração é o do patrairca Jó. Jó sofreu as mais terríveis pressões que a vida reserva; porém, a Bíblia diz que Jó continuou imbatível em sua jornada de fé. Jó perdeu todos os seus bens materiais, perdeu todos os seus dez filhos, e, por fim, perdeu a saúde, mas não perdeu a sua esperança no Todo-Poderoso. Este valoroso homem continuava orando a Deus, apesar dos dissabores que sofreu. Vejamos o que a Bíblia diz a respeito de Jó e sua oração: "O Senhor, pois, virou o cativeiro de Jó, quando este orava pelos seus amigos; e o Senhor deu a Jó o dobro do que antes possuía" (Jó 42:10).
Davi, o segundo rei da nação de Israel, também era um homem de oração. Este homem foi notável em seus momentos de devoção a Deus. São dele essas palavras que nos estimulam às orações: "De tarde, de manhã e ao meio-dia me queixarei e me lamentarei (oração); e Ele ouvirá a minha voz" (Salmos 55:17).
Quando estudamos o Evangelho de Lucas, que apresenta Jesus com homem perfeito, e dá ênfase à sua dependência de Deus na realização do ministério na terra, aprendemos que o Senhor vivia em constante comunhão com Deus; no batismo, "orando Ele, o céu se abriu" (Lucas 3:21); após a efetuação de prodígios, retirava-se para o deserto e ali orava (Lucas 5:16); antes de escolher os doze, "subiu ao monte a fim de orar, e passou a noite em oração a Deus" (Lucas 6:12); esteve sozinho, orando pouco antes de interrogar aos seus discípulos: "Quem dizem o homem que eu sou?" (Lucas 9:18); noutra ocasião levou três dos mais íntimos companheiros "e subiu ao monte a orar e ali se transfigurou" (Lucas 9:29); exultante, orou ao Pai com ação de graças pelas revelações aos humildes seguidores (Lucas 10:21); "estando Ele a orar em certo lugar" os seus discípulos suplicaram que lhes ensinasse a orar (Lucas 11"1); na cruz orou, pedindo perdão para os inimigos (Lucas 23:34). E conforme o testemunho do autor da carta aos hebreus, ainda hoje "vive para interceder por nós" (Hebreus 7:25).
Paulo é outro exemplo magnífico: não obstante as múltiplas responsabilidades do apóstolo, suas contínuas viagens, as perseguições que enfrentava, as lutas do ministério e os labores constantes, encontramo-lo sempre em oração intercessória, conforme aprendemos dos seus escritos: "Incessantemente faço menção de vós, pedindo nas minhas orações..." (Romanos 1:9-10). "Sempre dou graças ao meu Deus por vós pela graça de Deus que vos foi dada"
(I Coríntios 1:4). "Fazendo sempre, em todas as minhas orações, súplicas por todos vós com alegria" (Filipenses 1:4). "Graças damos a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, orando sempre por vós" (Colossenses 1:3).
Por falta de espaço e tempo, não podemos transcrever aqui muitas outras passagens que revelam a importância da oração.
5. AQUELES QUE O SENHOR CHAMA
Consideremos então a importância do crente redimido por Jesus Cristo ser o arauto das verdades eternas do Evangelho. Como crente em Cristo, muitos privilégios tenho tido em minha vida. Porém, nenhum outro privilégio pode se comparar com a oportunidade de servir o meu Criador. Lembro-me do apóstolo Paulo que considerava o grande privilegiado de ser escolhido para "...anunciar as inescrutáveis riquezas de Cristo" (Efésios 3:8). Pregar o Evangelho de Cristo, sem dúvida alguma, é pregar a maior riqueza de todo o universo. Estou certo de que Deus concede a todos os convertidos, seja homem ou mulher, seja moço ou moça, menino ou menina, essa grande bênção de falar de Cristo aos seus semelhantes que necessitam de salvação. Todos os regenerados pelo poder do Espírito Santo de Deus, podem e devem falar de Jesus como sendo a única esperança ao perdido pecador.
Pregar o Evangelho de Cristo, não quer dizer com isso, que todos devem ocupar a direção ou liderança de uma determinada igreja. Aprendemos nas Escrituras Sagradas que nem todos são chamados para ocuparem o pastorado da igreja. Deus, que conhece os corações, escolhe e capacita àqueles que por Ele são chamados para este grandioso serviço. Paulo mesmo disse que nem todos têm um mesmo dom na Igreja de Cristo. "E uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. Porventura são todos apóstolos? São todos profetas: são todos mestres? são todos operadores de milagres? todos têm dom de curar? Falam todos línguas? Interpretam todos? Mas procurai com melhor zelo os maiores dons. Ademais, eu vos mostrarei um caminho sobremodo excelente" (I Coríntios 12:28-31).
Sabemos que, no caso da mulher, Deus proíbe terminantemente ocupar uma posição de liderança na igreja. Apesar deste ensino produzir muita polêmica entre igrejas e pastores, ele continua firme nas páginas das Escrituras Sagradas. Veja as seguintes passagens: (I Coríntios 14:34; I Timóteo 2:11-13). Quando uma mulher se levanta para fazer uma pregação, exercendo assim, a liderança sobre os homens, ela está frontalmente desobedecendo a palavra do Senhor.
Porém, com isso, não quer dizer que a mulher não pode fazer nada pela causa de Cristo. Muito pelo contrário, a mulher pode e deve ser uma ferramenta útil nas mãos do Senhor. O mesmo apóstolo que ordenou que as mulheres aprendessem em silêncio nas igrejas, mais tarde disse: "E peço a ti, meu verdadeiro companheiro, que as ajudes, porque trabalharam comigo no Evangelho..." (Filipenses 4:3). Paulo está se referindo às duas mulheres (Evódia e Síntique) que aparentemente estavam tendo alguns problemas pessoais. Mas o que nos chama a atenção é Paulo (chamado por muitos de machista) dizendo que essas duas mulheres trabalharam com ele no Evangelho.
A mulher Samaritana também serve como exemplo de que a mulher pode ser muito útil na causa do Senhor. A mulher Samaritana, a mando de Cristo, foi à cidade e convidou (não pregou) aos homens e disse: "Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito; será este, porventura, o Cristo?" (João 4:29-30). Sim, esta mulher fez algo muito importante, pois ela foi convidar os homens da cidade a virem até onde Cristo estava. Isto as mulheres podem fazer nos dias de hojem também. As convertidas, na semelhança da mulher Samaritana, podem convidar homens, seus conhecidos e amigos, a virem à Igreja para ouvir a pregação do Evangelho.
Algumas mulheres que foram milagrosamente curadas por Cristo, acompanhavam-no e o serviam com as suas posses (Lucas 8:1-3). Aprendemos, então, que as mulheres podem fazer muito em prol do Evangelho. Hoje em dias, em nossas igrejas, as irmãs têm contribuído muito, principalmente quando usam os seus dons musicais, ajudando com suas vozes e, mesmo nos intrumentos musicais, como pianos, teclados, acordeons etc. Elas colaboram desta maneira sem exercer nenhuma liderança sobre os homens. Quantas irmãs têm sido úteis no Evangelho como educadoras de crianças, encaminhando-as a Cristo como Salvador.
6. O QUE É CHAMADO DEVE OBEDECER IMEDIATAMENTE
Quando alguém se sente chamado para o ser pastor, evangelista ou pregador, não deve hesitar, mas sem delongas aceitar a chamada de Deus. Temos o exemplo do apóstolo Paulo, que quando chamado, não questionou com Deus, mas imediatamente aceitou o grande desafio de ser usado pelo Senhor. Veja Gálatas 1:16-17. Também o profeta Isaías, no Antigo Testamento, é um exemplo de obediência imediata quando sentiu que Deus o estava chamando para o ministério: "Depois disso ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem irá por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim". (Isaías 6:8).
O chamado por Deus para pregar o Evangelho não deve esquecer que os anjos também desejariam desempenhar este glorioso serviço. "...para as quais coisas os anjos bem desejariam atentar" (I Pedro 1:12). Os anjos são numerosíssimos, pertencentes a muitas ordens diferentes, dotados de grande inteligência, poder e autoridade, e alguns deles são dirigentes de vastas regiões dos mundos celestiais. Veja Efésios 1:21 e Apocalipse 19:17.
Aceitar a chamada de Deus para o trabalho de anunciar o Santo Evangelho, é o que de mais honroso se poderia almejar. Muitos se enchem de orgulho pelo simples fato de ser aprovados num concurso do Banco do Estado, do Banco do Brasil, do Banco Central etc. Outros se acham agraciados por ocuparem altos cargos nas mais altas hierarquia do Governo ou de uma grande empresa de prestígio internacional. Mas digo com toda a convicção, que nenhum cargo na terra, por mais importante que seja entre os mortais, se eqüivale ser chamado por Deus para o seu santo serviço.
Há vária maneiras de pregar o Evangelho de Cristo. Você pode falar com um amigo ou amiga. Podemos ir a um hospital ou presidiário e, então expor com humildade, a mensagem aos doente ou presos.
7. EXEMPLOS DE ALGUNS HOMENS CHAMADOS E USADOS POR DEUS
Gostaria de relacionar alguns homens, que apesar de serem fracos e vulneráveis ao pecado, Deus os usou poderosamente para desempenhar alguns trabalhos especiais:
- Moisés foi chamado especialmente para tirar o povo da escravidão do Egito (Êxodo 3:10). - Deus chamou Josué para liderar o povo de Israel em direção da terra prometida (Josué 1:1-2). - Samuel foi usado para ser o último grande Juiz da nação Hebraica e ajudar o povo a escolher o primeiro rei de sua história (I Samuel 3:1-14; 8:6-7; 10:1). - Davi, o segundo rei da história de Israel, foi chamado pelo Senhor para substituir Saul que deixara Israel com moral baixa (I Samuel 16:11-13). - Salomão foi chamado por Deus para dar continuidade ao reinado de seu pai, o rei Davi (I Reis 1:37 e 2:1-4). - Jonas foi chamado para pregar a um povo estranho às alianças de Deus, o povo de Nínive (Jonas 1:1-2). - Jesus chamou os doze apóstolos para estarem ao seu lado e, também, para serem os primeiros fundamentos de sua Igreja (Lucas 9:1-6; I Coríntios 12:28). - Paulo, o apóstolo aos gentios, foi chamado pelo Senhor para sofrer pelo seu nome (Atos 9:15-16). - Timóteo, o jovem companheiro do apóstolo Paulo, foi chamado para trabalhar na causa do Evangelho (I Timóteo 4:14-15). - Alguns são chamados para exercerem o pastorado da igreja e outros são chamados para o honrado trabalho diaconato (Atos 6:1-6 e I Timóteo 3:1-10).
É bom lembrar novamente, que, quando alguém é chamado por Deus para pregar o Evangelho, não se deve questionar o Todo-Poderoso. Lembremos de Moisés e como ele queria fugir, mas não pôde (Êxodo 4:10-17). Outro homem que procurou "tirar o corpo fora" foi Gideão, mas também não pôde (Juízes 6:14-15).
Poderíamos ainda falar do profeta Jonas, que ao ser chamado para pregar aos ninivitas, ele procurou fugir desta grande responsabilidade (Jonas 1:1-4).
8. AS DIFICULDADES NA VIDA DO PREGADOR
A vida de quem prega o Evangelho de Jesus Cristo é marcada de muitos obstáculos e dificuldades. É lamentável que a maioria não compreende a vida daquele que se entrega para o serviço de Deus. Aqueles que acham que a vida do pregador, evangelista ou pastor é "moleza", são os que menos cooperam na causa do Evangelho.
Todo pregador do Evangelho, mais cedo ou mais tarde, será criticado. Porém, a crítica mais dolorida não é tanto dos descrentes, pois deles é de se esperar qualquer tipo de crítica, mas as que mais ferem o pregador são aquelas que vêm de pessoas que estão no rol da membros da igreja. Paulo sofreu este ataque de alguns membros da Igreja de Corinto (I Coríntios 4:3; II Corintios 10:10-13; II Coríntios 11:6). Outro exemplo de crítica ferina que abala o pregador ou dirigente encontra-se no livro de Números quando Arão e Míriam criticaram a Moisés devido o seu casamento com a mulher cuhita (Números 12:1-15). Deus, entretanto, tomou as dores de Moisés e deu uma dura reprimenda em Arão e Míriam por terem falado contra Moisés. Não sei o porquê, mas Deus foi muito mais severo com Míriam, irmã de Moisés, deixando-a leprosa (Números 12:10).
Outra dificuldade que o pregador, evangelista, pastor ou qualquer dirigente de igreja depara em seu caminho, é quando algumas pessoas o considera como um "superstar" ou "super-espiritual". Há pessoas, por incrível que pareça, que consideram o pastor ou dirigente de igreja um "semi-deus". É claro que o pastor ou pregador deve ser exemplo em tudo, mas considerá-lo como alguém que tem a solução para todos os tipos de problemas, é o cúmulo do absurdo. Creio que todo pregador mais cedo ou mais tarde terá de enfrentar esse tipo de problema. A nação de Israel caiu grave neste erro quando achou que seu líder era um "super-homem". Moisés não agüentou a pressão de tanta "choradeira" do povo e disse a Deus: "Concebi eu porventura todo este povo? Dei-o eu à luz, para que me dissesses: Leva-o ao teu colo, como a ama leva a criança de peito, para a terra que com juramento prometeste a seus pais? Donde teria eu carne para dar a todo este povo? Porquanto choram diante de mim, dizendo: Dá-nos carne a comer. Eu só não posso levar a todo este povo, porque me é pesado demais. Se tu me hás de tratar assim, mata-me, peço-te, se tenho achado graça aos teus olhos; e não me deixes ver a minha miséria" (Número 11:12-15). Quando o pregador é pressionado desta maneira, a sua reação é semelhante à de Moisés. Mas com o tempo o pastor ou dirigente de uma igreja aprende a se esquivar de tais problemas, mas naturalmente, isto se aprende depois de muitos anos no "batente". Antigamente eu perdia noites de sono com alguns problemas que membros de minha igreja me traziam. Eram problemas que estavam além de minha capacidade. Eram questões familiares, tais como: brigas de esposo e esposa; pais que vinham reclamar de um determinado filho rebelde; alguns dizendo que precisavam de emprego; outros que diziam que estavam com falta de dinheiro etc. Ora, esses tipos de questões o pastor ou dirigente de igreja não pode solucionar. Podemos e devemos orar a Deus, e esperar que Ele dê a solução ao problema. Se o pastor ou dirigente de igrejas forem ajudar financeiramente os irmãos pobres, então precisaria de uma fortuna tal como a do Bill Gates ou de qualquer outro bilionário deste mundo. Porém, como é o caso de muitos pastores e dirigentes, eles estão na lista dos mais pobres de suas igrejas. O pastor ou pregador do Evangelho deve aprender que sua principal ocupação é cuidar do rebanho de Deus e procurar ganhar almas para Cristo. Que nós, pastores e pregadores, aprendamos agir como Cristo: "Homem, quem me constituiu a mim como juiz ou repartidor entre vós?" (Lucas 12:14). As dificuldades financeiras e as diferenças sociais são uma realidade, porém, o pastor ou dirigente não pode fazer nada para resolver esta questão. As Sagradas Escrituras dizem que os pobres sempre existirão na terra. Veja Deuteronômio 15:11 e Mateus 26:11.
9. A PREGAÇÃO
Vamos agora falar da pregação. Pregar significa anunciar, divulgar, proclamar em alta voz uma determinada mensagem. Qual é a mensagem que o pregador deve proclamar? A mensagem da Bíblia. A Bíblia e somente a Bíblia que o pregador deve anunciar.
As Sagradas Escrituras é a fonte inesgotável da mensagem de Deus. Suas páginas inspiradas contêm tudo o que precisa o servo de Deus para o desempenho eficiente da missão de pregar. Este maravilhoso Livro apresenta variado material para o abastecimento perene do obreiro: poesia, história, biografia, doutrina, profecia... A Bíblia tem uma palavra adequada para cada ouvinte, em todo o tempo e em qualquer circunstância: é pão para o faminto, água para o sedento, alívio para o amargurado, conforto para o perseguido e luz para o duvidoso.
Não podemos negar o valor da psicologia, da filosofia e da antropologia, mas recorrer a esses valores para convencer o homem de seu estado pecaminoso, é atingir as raias do absurdo!!!
O apóstolo Paulo reconheceu o valor das Escrituras Sagradas, quando disse: "Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente preparado para toda boa obra" (II Timóteo 3:16-17). Jeremias, o profeta do Antigo Testamento, também reconheceu o valor da Palavra do Senhor, quando ouviu de Deus as seguintes palavras: "Não é a minha Palavra como fogo, diz o Senhor; e como martelo que esmiúça a pedra?" (Jeremias 23:29). O famoso rei Davi disse: "Os preceitos do Senhor são retos, e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, e alumia os olhos" (Salmos 19:8).
Portanto, não podemos deixar de reconhecer que o Livro Divino contém tudo quanto o pregador ou pastor precisa em seu trabalho.
É muito importante que o pregador examine a sua Bíblia de diferentes modos, evitando assim o enfado ou monotonia e tornando o estudo mais atraente e proveitoso. Deve considerá-la como um todo, procurando vê-la de maneira ampla ou geral, como alguém que, de avião, contempla panoramicamente determinada cidade. A seguir, procure estudar livro por livro, a fim de compreender os ensinos principais, os fatos salientes de cada um deles, inclusive o autor, a data, as circunstâncias históricas, a quem foi dirigida a sua mensagem e com que intento. Depois estude os seus capítulos mais notáveis, os quais apresenta verdades profundas e essenciais. Então procure os textos que se destacam pelo seu valor e profundeza, buscando sempre entender o seu verdadeiro sentido.
10. TIPOS DE PREGAÇÃO
Todos apreciam a variedade. Em razão disso, o pregador deve esforçar-se para não se escravizar a um só tipo de mensagem, o que prejudicaria o seu trabalho. Porém, ele tem que expor ao povo do Senhor "...todo o conselho de Deus" (Atos 20:27). Nunca esquecer que em determinadas ocasiões, o pregador deve trazer uma mensagem apropriada. EXEMPLO: Num velório, a pregação deve ser mais séria; o pregador deve trazer uma mensagem de esperança às pessoas que assistem. O servo de Deus deve ter sempre em mente que numa ocasião desta, as pessoas estão mais receptivas do que, quando assistem culto em uma festa de aniversário ou de casamento. No livro de Eclesiastes encontramos as sábias palavras do rei Salomão: "Melhor é ir à casa de luto (velório) do que ir à casa onde há banquete (festa); porque naquela (no velório) se vê o fim de todos os homens, e os vivos (que estão no velório) o aplicam ao seu coração" (Eclesiastes 7:2).
Há vários tipos de sermões, e naturalmente todos eles são úteis, mas aquele que prega o Evangelho deve aprimorar-se no tipo de sermão que mais lhe agrada. Porém, os tipos de sermões mais usados e conhecidos são estes três: TÓPICOS, TEXTUAL E EXPOSITIVO. Vejamos então, através de exemplos, como se desenvolve estes três tipos de sermões:
10.1 Sermão Tópico:
quando um assunto se desenvolve através de comparação de diversos trechos da Bíblia. Muitos pregadores usam este tipo de sermão, pois a vantagem de ser usado facilita com que o pregador apresente um assunto mais completo. Jesus e seus apóstolos fizeram uso largamente deste tipo de sermão. Vamos ilustrar aqui alguns sermões deste tipo:
I - Palavra da Cruz - I Coríntios 1:18-31.
1) Mensagem do amor divino; 2) Mensagem da dor ou do sofrimento; 3) Mensagem do perdão; 4) Mensagem da vitória.
II - "Vinde" - Lucas 14:15-24.
1) Uma necessidade (do homem); 2) um apelo (de Deus); 3) Uma oportunidade (para todos); 4) uma responsabilidade (dos que escutam o convite)
III - Símbolo e Realidade - Números 21:1-9.
A serpente de metal como um perfeito tipo de Cristo: 1) Providenciada por Deus; 2) Para socorrer a um povo aflito; 3) Semelhante, mas distinta; 4) Levantada; 5) O alvo da fé; 6) O suficiente.
9.2 Sermão Textual:
quando não apenas o assunto, mas de igual modo os pontos ou divisões são extraídos do próprio versículo. Assim, o pregador analisa mais minuciosamente o conteúdo do texto, explicando as suas verdades, ou salientando as suas frases. As divisões da mensagem correspondem exatamente às cláusulas do versículo sobre o qual está baseada. É de grande utilidade este método, pois consiste na interpretação do texto da maneira mais completa.
Vejamos alguns exemplos de sermões textuais:
I - A Mensagem do Evangelho - Atos 17:30-31
1) Divina: "Deus"; 2) Perdoadora: "Não tendo em conta os tempos da ignorância; 3) Urgente: "Agora"; 4) Universal: "A todos os homens, em todo o lugar"; 5) Definida: "Que se arrependam"; 6) Responsabilidade dos que a ouvem ou perigo de desprezá-la: "Há de julgar o mundo com justiça".
II - Os verdadeiros seguidores de Cristo - João 10:27-28.
1) Obedientes: "ouvem a minha voz"; 2) Dedicados: "me seguem"; 3) Salvos: "dou-lhes a vida eterna"; 4) Seguros: "nunca perecerão"; 5) Protegidos: "Ninguém as arrebatará da minhas mãos"
Ou, ainda, estes outros:
Sal 9:17
Baseando-nos no Salmo 9:17, usamos o seguinte esboço: l) Uma classe: os ímpios; 2) uma punição: serão lançados; 3) U lugar: o inferno; 4) Uma atitude: esquecimento de Deus.
Mat 8:11
Usando Mateus 8:11, pregamos um sermão com as seguintes divisões: 1) A maior garantia - "EU vos digo"; (a palavra infalível de Cristo); 2) A mais sábia escolha: "virão"; 3) A mais ampla oportunidade: "do Oriente e do Ocidente" (isto é, todos, a humanidade inteira); 4) O melhor descanso: "sentarão"; 5) A mais doce companhia: "Abraão, Isaque e Jacó" (todos os remidos); 6) A mais feliz habitação: "o reino de Deus", o céu. Concluindo, analisamos, por contraste: 7) A mais lamentável tragédia: ser lançado fora (por desprezar o Evangelho).
3º) Sermão Expositivo:
é uma exegese da Escritura, a análise de um trecho da Bíblia, com maior número de pormenores. Tem sido, por certo, o tipo menos popular. Sem dúvida alguma, esse tipo de sermão exige um estudo sério, uma meditação profunda. A essência do sermão expositivo é a explicação detalhada de um trecho das Escrituras Sagradas escolhido pelo pregador. Para este tipo de sermão, exige-se da parte do pregador um cuidado especial, pois, se a exposição do trecho não for bem claro em sua explanação, haverá da parte dos ouvintes uma interrogação ("no ar") pelo fato de não te entendidos a mensagem.
O sermão expositivo possibilita maior conhecimento bíblico tanto para o pregador, como para os ouvintes. É um método rápido e eficaz para o fortalecimento ou edificação da igreja; dá mais honra à Palavra inspirada; a interpretação é mais exata, mais fiel, pois o mensageiro não tem oportunidade de afastar-se do texto sob o impulso da imaginação, e, enfim, a persistência ou hábito no seu uso torna-se uma grande bênção para o obreiro.
Vamos mostrar alguns sermões bíblicos desta categoria:
I - A Mulher Cananéia - No trecho de Mateus 15:21-28.
1) Sua posicão - estrangeira; 2) Sua necessidade - a filha enferma; 3) - Seu embaraço - aparente indiferença de Jesus e repreensão do povo; 4) - Sua humildade, perseverança e fé; 5) - Resultado: a cura.
II - A história do cego de nascença - No capítulo 9 de João.
1) - Sua condição - cego, mendigo; 2) - Sua oportunidade: encontrar-se com Jesus; 3) - Sua atitude - obediência, fé, persistência; 4) - Sua cura - imediata, completa; 5) - Sua prova- as oposições; 6) - Seu testemunho corajoso - vs. 16, 33 e sobretudo o 25.
III - A parábola do Filho Pródigo (Lucas 15:11-24)
Podemos considerar as diferentes atitudes do moço ou as suas várias situações. 1) - Arrogância - "da-me"; 2) - Dissipação - "gastou tudo"; 3) - Ruína total - padecendo necessidade; 4) - Humilhação - procurando emprego; Despertamento - "caiu em si"; 6) - Decisão - voltando ao lar; 7) - Recompensa - a recepção festiva.
IV - Uma série de condições para se ser salvo, encontramos no trecho clássico de Isaías 55:1-8.
1) - Ter sede; 2) - Vir a Cristo; 3) - Receber de graça; 4) - Não demorar; 5) - Abandonar a vida pecaminosa.
Creio que os exemplos destes três tipos de pregação são mais do que suficientes para aqueles que porventura podem aproveitar este estudo.
HERMENÊUTICA
"Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra." (II Tm. 3.16,17)
"Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo." (2 Pd 1.20,21)
"Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição. Vós, portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que, pelo engano dos homens abomináveis, sejais juntamente arrebatados, e decaiais da vossa firmeza." (2 Pd 3.16,17)
Introdução
De muitas maneiras os homens se diferem entre si e esse fato, naturalmente, faz com que eles distanciem mentalmente uns dos outros na capacidade intelectual, no gosto estético, na qualidade moral e etc.
Alguns foram instruídos em conhecimentos intelectuais e outros não tiveram estas oportunidades e isto provoca divergências de interpretação.
Apesar destas divergências entre os homens, Deus tem um plano para os mesmos e este está revelado na Bíblia Sagrada.
Este plano de Deus traça um mesmo caminho para reunir uma grande família em Cristo Jesus, com a unificação dos povos sem distinção de cor, raça, sexo, nacionalidades, condições social e econômica. (Gl 3.28; Cl 3.11)
Diante deste quadro a aplicação da hermenêutica será imprescindível a unificação do conhecimento do Plano da Salvação para com todos os homens da terra.
Origem
A palavra HERMENÊUTICA é derivada do termo grego HERMENEUTIKE e o primeiro homem a empregá-la como termo técnico foi o filósofo Platão.
Definição
A hermenêutica é a ciência que estabelece os princípios, leis e métodos de interpretação. Em sua abrangência trata da teoria da interpretação de sinais, símbolos de uma cultura e leis.
Divisão
A divisão da hermenêutica é reconhecida como geral e específica. A geral é aquela que se aplica à interpretação de qualquer obra escrita. A específica é aquela que se aplica a determinados tipos de produção literais tais como: Leis, histórias, profecias, poesias, etc e que será tratada neste estudo por estar dentro do campo de aplicação a literatura sacra – A BÍBLIA como inspirada Palavra de Deus. (II Tm 3.16)
I – A NECESSIDADE DA HERMENÊUTICA
O pecado obscureceu o entendimento do homem e exerce influência perniciosa em sua mente e torna necessário o esforço especial para evitar erros. (II Pd 3.16 e De 7.10)
A aplicação e a conservação do caráter teológico da hermenêutica estão vinculadas ao recolhimento do princípio da inspiração divina da Bíblia Sagrada.
II – DISPOSIÇÕES NECESSÁRIAS PARA O ESTUDO DAS ESCRITURAS
Assim como para apreciar devidamente a poesia se necessita possuir um sentido especial para o belo e poético, e para o estudo da filosofia é necessário um espírito filosófico, assim é da maior importância uma disposição especial para o estudo proveitoso da Sagrada Escritura.
1. Necessita-se de um espírito respeitoso.
Um filho que não respeita, que caso fará dos conselhos, avisos e palavras de seu pai? A Bíblia é a revelação do Onipotente. "O homem para quem olharei é este: o aflito e abatido de espírito, e que treme da minha palavra." (Is 66.2)
2. Necessita-se de um espírito dócil.
Isto significa ausência de obstinação e teimosia diante da revelação divina. É preciso receber a Palavra de Deus com mansidão. (Tg 1.21)
3. Necessita-se de um espírito amante da verdade.
Um coração desejoso de conhecer a verdade (Jo 3.19-21)
4. Necessita-se de um espírito paciente.
Como o garimpeiro que cava e revolve a terra, buscando com diligência o metal precioso, da mesma maneira o estudioso das Escrituras deve pacientemente, buscar as revelações que Deus propôs e que em algumas partes é bastante profunda e de difícil interpretação.
5. Necessita-se de um espírito prudente.
Iniciando a leitura pelo mais simples e prosseguir para o mais difícil. "Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus... e ser-lhe-á concedida." (Tg 1.5)
III – MÉTODOS DA HERMENÊUTICA
Método é a maneira ordenada de fazer alguma coisa. É um procedimento seguido passo a passo com o objetivo de alcançar um resultado.
Durante séculos os eruditos religiosos procuraram todos os métodos possíveis para desvendar os tesouros da Bíblia e arquitetar meios de descobrir os seus segredos.
1. Método Analítico
É o método utilizado nos estudos pormenorizados com anotações de detalhes, por insignificantes que pareçam com a finalidade de descrevê-los e estudá-los em todas as suas formas. Os passos básicos deste método são:
a) Observação – É o passo que nos leva a extrair do texto o que realmente descreve os fatos, levando também em conta a importância das declarações e o contexto;
b) Interpretação – É o passo que nos leva a buscar a explicação e o significado (tanto para o autor quanto para o leitor) para entender a mensagem central do texto lido. A interpretação deverá ser conduzida dentro do contexto textual e histórico com oração e dependência total do Espírito Santo, analisando o significado das palavras e frases chaves, avaliando os fatos, investigando os pontos difíceis ou incertos, resumindo a mensagem do autor a seus leitores originais e fazer a contextualização (trazer a mensagem a nossa época ou ao nosso contexto);
c) Correlação – É o passo que nos leva a comparar narrativas ou mensagem de um fato escrito por vários autores, em épocas distintas em que cada um narra o fato, em ângulos não coincidentes como por exemplo a mesma narrativa descrita em Mc 10.46 e Lc 18.35, onde o primeiro descreve "saindo de Jericó" e o segundo "chegando em Jericó";
d) Aplicação – É o passo que nos leva a buscar mudanças de atitudes e de ações em função da verdade descoberta. É a resposta através da ação prática daquilo que se aprendeu.
Um exemplo de aplicação é o de pedir perdão e reconciliar-se com alguém ou mesmo o de adoração à Deus.
2. Método Sintético.
É o método utilizado nos estudos que abordam cada livro como uma unidade inteira e procura o seu sentido como um todo, de forma global. Neste caso determina-se as ênfases principais do livro ou seja, as palavras repetidas em todo o livro, mesmo em sinônimo e com isto a palavra-chave desenvolve o tema do livro estudado. Outra maneira de determinar a ênfase ou característica de um livro é observar o espaço dedicado a certo assunto. Como por exemplo, o capítulo 11 da Epístola aos Hebreus enfatiza a fé e em todos os demais capítulos ela enfatiza a palavra SUPERIOR. (De acordo com a versão Almeida Revista e Atualizada – ARA).
SUPERIOR:
a) Aos anjos – 1.4; f) Ao sacrifício – 9.23; l) Ao sacerdócio – 5 a 7;
b) A aliança – 7.22; g) Ao patrimônio – 10.34;
c) A bênção – 7.7.; h) A ressurreição – 11.35;
d) A esperança – 7.19; i) A pátria – 11.16;
e) A promessa – 8.6; j) A Moisés – 3.1 a 4;
3. Método Temático
É o método utilizado para estudar um livro com um assunto específico, ou seja, no estudo do livro terá um tema específico definido. Como exemplo temos a FÉ:
a) Salvadora – Ef. 2.8; d) Grande – Mt 15.21 a 28;
b) Comum – Tt 1.4; Jd 3; e) Vencedora – I Jo 5.4;
c) Pequena – Mt 14.28 a 31; f) Crescente – II Ts 1.3.
4. Método Biográfico de Estudo da Bíblia
Esta espécie de estudo bíblico é divertida, pois você tem a oportunidade de sondar o caráter das pessoas que o Espírito Santo colocou na Bíblia, e de aprender de suas vidas. Paulo, escrevendo aos Coríntios, disse: "Estas cousas lhes sobrevieram como exemplo, e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado." (I Cor. 10.11)
Sobre alguns personagens bíblicos muito foi escrito. Quando você estuda pessoas como Jesus, Abraão e Moisés, pode precisar restringir o estudo a áreas como, "A vida de Jesus como nos é revelada no Evangelho de João", "Moisés durante o Êxodo", ou "Que diz o Novo Testamento sobre Abraão". Lute sempre para manter os seus estudos bíblicos em tamanho manejável.
Estudo Biográfico Básico.
PASSO UM – Escolha a pessoa que você quer estudar e estabeleça os limites do estudo (por exemplo, "Vida de Davi, antes de tornar-se rei"). Usando uma concordância ou um índice enciclopédico, localize as referências que têm relação com a pessoa do estudo. Leia-as várias vezes e faça resumo de cada uma delas.
1) – Observações – Anote todo e qualquer pormenor que notar sobre essa pessoa. Quem era? O que fazia? Onde morava? Quando viveu? Por que fez o que fez? Como levou a efeito? Anote minúcias sobre ela e seu caráter.
2) – Dificuldades – Escreva o que você não entende acerca dessa pessoa e de acontecimentos de sua vida.
3) – Aplicações possíveis – Anote várias destas durante o transcurso do seu estudo, e escreva um "A" na margem. Ao concluir o seu estudo, você voltará a estas aplicações possíveis e escolherá aquela que o Espírito Santo destacar.
PASSO DOIS – Com divisão em parágrafos, escreva um breve esboço da vida da pessoa. Inclua os acontecimentos e características importantes, declarando os fatos, sem interpretação. Quando possível, mantenha o material em ordem cronológica.
b) Estudo Biográfico Avançado.
Os seguintes passos podem ser acrescentados quando você achar que o ajudarão em seus estudos biográficos. São facultativos e só devem ser incluídos progressivamente, à medida que você ganhe confiança e prática.
Trace o fundo histórico da pessoa. Use um dicionário bíblico para ampliar este passo somente quando necessário. As seguintes perguntas haverão de estimular o seu pensamento.
1) – Quando viveu a pessoa? Quais eram as condições políticas, sociais, religiosas e econômicas da sua época?
2) – Onde a pessoa nasceu? Quem foram seus pais? Houve alguma coisa de incomum em torno do seu nascimento e da sua infância?
3) – Qual a sua vocação? Era mestre, agricultor, ou tinha alguma outra ocupação? Isto influenciou o seu ministério posterior? Como?
4) – Quem foi seu cônjuge? Tiveram filhos? Como eram eles? Ajudaram ou estorvaram a sua vida e o seu ministério?
5) – Faça um gráfico das viagens da pessoa. Aonde ela foi? Por que? Que fez?
6) – Como a pessoa morreu? Houve alguma coisa extraordinária em sua vida?
5. Método de Estudo Indutivo.
a) O método indutivo se baseia na convicção de que o Espírito Santo ilumina a quem examina as escrituras com sinceridade, e que a maior parte da Bíblia não é tão complicada que quem saiba ler não possa entendê-la. Os Judeus da Bereia foram elogiados por examinarem cada dia as escrituras "se estas coisas eram assim". (At 17.10,11)
b) É óbvio que obras literárias tem "partes" que se formam no "todo". Existe uma ordem crescente de partes, de unidades simples e complexas, até se formarem na obra completa.
c) A unidade literária menor, que o Estudo Bíblico Indutivo (EBI) emprega, é a palavra. Organizam-se palavras em frases, frases em períodos, períodos em parágrafos, parágrafos em seções, seções em divisões, e por fim, a obra completa.
PALAVRA – Unidade menor;
FRASES – Reunião de palavras que formam um sentido completo;
PERÍODO – Reunião de frases ou orações que formam sentido completo;
PARÁGRAFOS – Um discurso ou capítulo que forma sentido completo, e que usualmente se inicia com mudança de linha.
SEÇÃO – Parte de um todo, divisão ou subdivisão de uma obra, tratado, estudo.
IV – EXEGESE
Exegese é o estudo cuidadoso e sistemático de um texto para comentários, visando o esclarecimento ou interpretação do mesmo. É o estudo objetivando subsidiar o passo da interpretação do método analítico da hermenêutica. Este estudo é desenvolvido sob as indagações de um contexto histórico e literário.
1. Pré-requisitos para uma boa exegese.
a) Tenha uma vida afinada com o Espírito Santo, pois Ele é o melhor interprete da Bíblia – (Jo 16.13; 14.26; I Cor 2.9 e 10; I Jo 2.20 e 27);
b) Vá você mesmo diretamente ao texto não permitindo que alguém pense por você, evitando assim a dependência de outra pessoa para que você desenvolva ao máximo o seu potencial próprio.
c) Procure o significado de cada palavra dentro do seu contexto. Deve ser tomado conforme o sentido da frase nas Escrituras, porque as palavras variam muito em suas significações.
2. Aplicação da exegese.
A aplicação da exegese é realizada a partir das indagações básicas sobre o contexto e o conteúdo do texto em exame.
a) Texto – O capítulo, parágrafo ou porção bíblica que encerra uma idéia completa, que se pretende estudar. Ex.: Mateus 5.1-12; I Coríntios 11.1-3; João 14,6, etc.
b) Contexto – A parte que antecede o texto e a parte que é precedida pelo texto. Ex.: Texto João 14.6, Contexto Gênesis 1.1 a João 14.5 e João 14.7 a Apocalipse 22.21.
Obs.: As vezes tomando-se o contexto próximo do texto, é o suficiente para uma interpretação correta. Outras vezes será necessário lançar mão do capítulo inteiro, ou do livro inteiro, ou ainda da Bíblia toda.
V – REGRAS FUNDAMENTAIS DE INTERPRETAÇÃO
Não devemos nos esquecer que a primeira pessoa a interpretar as Escrituras, de forma distorcida, foi o diabo. Ele deu à palavra divina um sentido que ela não tinha, falseando astutamente a verdade. (Gn 3.1)
Os seus imitadores, conscientes e inconscientes, têm perpetuado este procedimento enganando à humanidade com falsas interpretações das Escrituras Sagradas.
A maior de todas as regras é: A ESCRITURA É EXPLICADA PELA PRÓPRIA ESCRITURA, ou seja, A BÍBLIA, SUA PRÓPRIA INTERPRETE.
1. Primeira Regra – É preciso, o quanto seja possível, tomar as palavras em seu sentido usual e comum.
Porém, tenha-se sempre presente a verdade de que o sentido usual e comum não eqüivale sempre ao sentido literal.
Exemplo: Gn 6.12 = A palavra CARNE (no sentido usual e comum significa pessoa)
A palavra CARNE (no sentido literal significa tecido muscular)
2. Segunda Regra – É de todo necessário tomar as palavras no sentido que indica o conjunto da frase.
Exemplos:
a) FÉ em Gl 1.23 = significa crença, ou seja, doutrina do Evangelho.
FÉ em Rm 14.23 = significa convicção.
b) GRAÇA em Ef 2.8 = significa misericórdia, bondade de Deus.
GRAÇA em At. 14.3 = significa pregação do Evangelho.
c) CARNE em Ef. 2.3 = significa desejos sensuais.
CARNE em I Tm 3.16 = significa forma humana.
CARNE em Gn 6.12 = significa pessoas.
3. Terceira Regra – É necessário tomar as palavras no sentido indicado no contexto, a saber, os versículos que estão antes e os que estão depois do texto que se está estudando.
No contexto achamos expressões, versículos ou exemplos que nos esclarecem e definem o significado da palavra obscura no texto que estamos estudando.
4. Quarta Regra – É preciso levar em consideração o objetivo ou desígnio do livro ou passagem em que ocorrem as palavras ou expressões obscuras.
O objetivo ou desígnio de um livro ou passagem se adquire, sobretudo, lendo-o e estudando-o com atenção e repetidas vezes, tendo em conta em que ocasião e a quais pessoas originalmente foi escrito. Alguns livros da Bíblia já trazem estas informações. Ex.: Provérbios 1.1-4.
5. Quinta Regra – É necessário consultar as passagens paralelas, "explicando cousas espirituais pelas espirituais". (I Cor. 2.13)
Passagens paralelas são as que fazem referência uma à outra, que tem entre si alguma relação, ou tratam de um modo ou outro de um mesmo assunto.
Existe paralelos de palavras, paralelos de idéias e paralelos de ensinos gerais.
a) Paralelos de palavras – Quando lemos um texto e encontramos nele uma palavra duvidosa, recorremos a outro texto que contenha palavra idêntica e assim, entendemos o seu significado. Ex.: "Trago no corpo as marcas de Jesus." (Gl 6.17). Fica mais fácil o seu entendimento quando lemos a passagem paralela: "Trazendo sempre no corpo o morrer de Jesus (I Cor. 4.10).
b) Paralelos de Idéias – Para conseguir idéia completa e exata do que ensina determinado texto, talvez obscuro ou discutível, consulta-se não somente as palavras paralelas, mas os ensinos, as narrativas e fatos contidos em textos ou passagens que se relacionem com o dito texto obscuro ou discutível. Tais textos ou passagens chamam-se paralelos de idéias.
Ex.: "Sobre esta pedra edificarei a minha igreja". (Mt 16.16) Quem é esta pedra? Se pegarmos em I Pd 2.4, a idéia paralela: "E, chegando-vos para ele, (Jesus) pedra viva..." entenderemos que a pedra é Cristo.
Outro exemplo: Em Gl 6.15, o que é de valor para Cristo é a nova criatura. Que significa esta expressão figurada? Consultando o paralelo de 2 Cor. 5.17, verificamos que a nova criatura é a pessoa que "esta em Cristo", para a qual "as cousas antigas passaram", e "se fizeram novas".
c) Paralelos de ensinos gerais – Para a correta interpretação de determinadas passagens não são suficientes os paralelos de palavras e de idéias, é preciso recorrer ao teor geral, ou seja, aos ensinos gerais das Escrituras.
Exemplos: - O ensino de que "o homem é justificado pela fé sem as obras da lei", só será bem compreendido, com a ajuda dos ensinos gerais na Bíblia toda.
- Segundo o teor ou ensino geral das Escrituras, Deus é um espírito onipotente, puríssimo, santíssimo, conhecedor de todas as cousas e em todas as partes presente. Porém há textos que, aparentemente, nos apresentam um Deus como o ser humano, limitando-o a tempo ou lugar, diminuindo em algum sentido sua pureza ou santidade, seu poder ou sabedoria; tais textos devem ser interpretados à luz dos ensinos gerais das Escrituras.
VI – FIGURAS DE RETÓRICA
Exporemos em seguida uma série de figuras com seus correspondentes exemplos, que precisam ser estudados detidamente e repetidas vezes.
1. Metáfora.
Esta figura tem por base alguma semelhança entre dois objetos ou fatos, caracterizando-se um com o que é próprio do outro.
Exemplo: Ao dizer Jesus: "Eu Sou a Videira Verdadeira", Jesus se caracterizou com o que é próprio e essencial da videira (pé de uva); e ao dizer aos discípulos: "Vós sois as varas", caracterizou-os com o que é próprio das varas.
Outros exemplos: "Eu Sou o Caminho", "Eu Sou o Pão Vivo", "Judá é Leãozinho", "Tu és minha Rocha", etc.
2. Sinédoque.
Faz-se uso desta figura quando se toma a parte pelo todo ou o todo pela parte, o plural pelo singular, o gênero pela espécie, ou vice-versa.
Exemplos: Toma a parte pelo todo: "Minha carne repousará segura", em vez de dizer: meu corpo. (Sl 16.9)
Toma o todo pela parte: "...beberdes o cálice", em lugar de dizer: do cálice, ou seja, parte do que há no cálice.
3. Metonímia.
Emprega-se esta figura quando se emprega a causa pelo efeito, ou o sinal ou símbolo pela realidade que indica o símbolo.
Exemplos: Jesus emprega a causa pelo efeito: "Eles têm Moisés e os profetas; ouçam-nos", em lugar de dizer que têm os escritos de Moisés e dos profetas. (Lc 16.29)
Jesus emprega o símbolo pela realidade que o mesmo indica: "Se eu não te lavar, não tem parte comigo." Lavar é o símbolo da regeneração.
4. Prosopopéia.
Esta figura é usada quando se personificam as cousas inanimadas, atribuindo-se-lhes os feitos e ações das pessoas.
Exemplos: "Onde está, ó morte, o teu aguilhão?" (I Cor 15.55) Paulo trata a morte como se fosse uma pessoa.
"Os montes e os outeiros romperão em cânticos diante de vós, e todas as árvores do campo baterão palmas." (Is 55.12)
"Encontraram-se a graça e a verdade, a justiça e a paz se beijaram. Da terra brota a verdade, dos céus a justiça baixa o seu olhar." (Sl 85.10,11)
5. Ironia.
Faz-se uso desta figura quando se expressa o contrário do que se quer dizer, porém sempre de tal modo que se faz ressaltar o sentido verdadeiro.
Exemplo: "Clamai em altas vozes... e despertará." Elias dá a entender que chamar por Baal é completamente inútil. (1 Rs 18.27)
6. Hipérbole.
É a figura pela qual se representa uma cousa como muito maior ou menor do que em realidade é, para apresentá-la viva à imaginação. É um exagero.
Exemplos: "Vimos ali gigantes... e éramos aos nossos próprios olhos como gafanhotos... as cidades são grandes e fortificadas até aos céus." (Num. 13.33)
"Nem no mundo inteiro caberiam os livros que seria, escritos". (Jo. 21.25)
"Rios de águas correm dos meus olhos, porque não guardam a tua lei". (Sl 119.136)
7. Alegoria.
É uma figura retórica que geralmente consta de várias metáforas unidas, representando cada uma delas realidades correspondentes.
Exemplo: "Eu Sou o Pão Vivo que desceu do céu, se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo, é a minha carne... Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna", etc. Esta alegoria tem sua interpretação nesta mesma passagem das Escrituras. (Jo 6.51-65)
8. Fábula.
É uma alegoria histórica, na qual um fato ou alguma circunstância se expõe em forma de narração mediante a personificação de cousas ou de animais.
Exemplo: "O cardo que está no Líbano, mandou dizer ao cedro que lá está: Dá tua filha por mulher a meu filho; mas os animais do campo, que estavam no Líbano, passaram e pisaram o cardo." (2 Rs 14.9) Com esta fábula Jeoás, rei de Israel, responde a proposta de guerra feita por Amazias, rei de Judá.
9. Enigma.
Exemplo: "Do comedor saiu comida e do forte saiu doçura." (Jz 14.14)
10. Tipo.
Exemplos: A serpente de metal levantada no deserto foi mencionada por Jesus como um tipo para representar sua morte na cruz. (Jo 3.14)
Jonas no ventre do grande peixe, foi usado como tipo por Jesus para representar a sua morte e ressurreição. (Mt 12.40)
O primeiro Adão é um tipo para Cristo o último Adão. (I Cor 15.45)
11. Símbolo.
Representa alguma cousa ou algum fato por meio de outra cousa ou fato familiar que se considera a propósito para servir de semelhança ou representação.
Exemplos: Representa-se: A majestade pelo leão, a força pelo cavalo, a astúcia pela serpente, o corpo de Cristo pelo pão, o sangue de Cristo pelo cálice, etc.
12. Parábola.
Apresentada sob a forma de narração, relatando fatos naturais ou acontecimentos possíveis, sempre com o objetivo de ilustrar uma ou várias verdades importantes.
Exemplos: O Semeador (Mt 13.3-8); Ovelha perdida, dracma perdida e filho pródigo (Lc. 15), etc.
13. Símile.
Procede da palavra latina "similis" que significa semelhante ou parecido a outro. É uma analogia. Comparação de cousas semelhantes.
Exemplos: "Pois quanto o céu se alteia acima da terra, assim (do mesmo modo) é grande a sua misericórdia para com os que o temem". (Sl 103.11);
"Como o pai se compadece de seus filhos, assim (do mesmo modo) o Senhor se compadece dos que o temem". (Sl 103.13)
14. Interrogação.
Somente quando a pergunta encerra uma conclusão evidente é que é uma figura literária.
"Interrogação é uma figura pela qual o orador se dirige ao seu interlocutor, ou adversário, ou ao público, em tom de pergunta, sabendo de antemão que ninguém vai responder."
Exemplos: "Não fará justiça o Juiz de toda a terra?" (Gn 18.25)
"Não são todos eles espíritos ministradores enviados para serviço, a favor dos que hão de herdar a salvação?" (Hb 1.14)
"Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus?" (Rm 8.33)
"Com um beijo trais o Filho do homem?" (Lc 22.48)
15. Apóstrofe.
O vocábulo indica que o orador se volve de seus ouvintes imediatos para dirigir-se a uma pessoa ou cousa ausente ou imaginária.
Exemplos: "Ah, Espada do Senhor, até quando deixarás de repousar?" (Jr 47.6)
"Meu filho Absalão, meu filho, meu filho Absalão!" (2 Sm 18.33).
16. Antítese.
"Inclusão, na mesma frase, de duas palavras, ou dois pensamentos, que fazem contraste um com o outro."
Exemplos: "Vê que proponho hoje a vida e o bem, a morte e o mal." (Dt 30.15)
"Entrai pela porta estreita (larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz a perdição e são muitos os que entram por ela) porque estreita é a porta e apertado o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela." (Mt 7.13,14)
17. Provérbio.
Trata-se de um ditado comum. Exemplos: "Médico cura-te a ti mesmo" (Lc 4.23); "Nenhum profeta é bem recebido em sua própria terra." (Mt 6.4; Mt 13.57)
18. Paradoxo.
Denomina-se paradoxo a uma preposição ou declaração oposta à opinião comum.
Exemplos: "Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos". (Mt 8.22)
"Coais o mosquito e engolis o camelo". (Mt 23.24)
" Porque quando sou fraco, então é que sou forte". (2 Cor 12.10)
Conclusão.
O que temos estudado aqui é apenas subsídios para uma interpretação mais segura. De maneira nenhuma queremos com isto substituir o método mais antigo e eficaz que existe: A leitura humilde regada de oração, jejum, e na total dependência do maior interprete das Escrituras Sagradas – O Espírito Santo.
CONHECIMENTOS DE HOMILÉTICA
LEITURAS: Mt 28:18; Mc 16:15-20; 11Tm 4:1-5.
INTRODUÇÃO: O que é Homilética?
A arte de bem falar em público (especialmente em púlpito); teoria da eloquência.
Homilia: Prática sobre assuntos religiosos; seria discurso fastidioso sobre moral.
Como discurso religioso, falamos sobre a arte de bem falar no púlpito da igreja.
A igreja e a pregação do evangelho.
A suprema tarefa da igreja do Senhor Jesus Cristo, no mundo, é a evangelização, Mc. 16:15; Mt. 28:19; Jo. 20:21; At. 1:8. " Evangelizar significa proclamar a verdade "; boas novas.
Pregar: anunciar; ensinar sob forma de doutrina; aconselhar; inculcar; fazer sermões.
Sermão: discurso religioso, pronunciando no púlpito ; prédica.
Púlpito: tribuna de onde pregam os sacerdotes; eloquência sagrada.
A evangelização praticada pela igreja no período do novo testamento continua como modelo da igreja hoje, a modernidade não mudou a mensagem que Jesus, Pedro, Paulo e outros pregam.
Havia 2 pontos básicos na igreja inicial; At 5:42; 2:40-41; 4:4.
praticava evangelismo pessoal, nas casas; de casa em casa; de pessoa em pessoa .
Praticava evangelismo em massa ( campanhas ), no templo e para multidão, "com anzol e com rede".
É importante reconhecer que o evangelismo pessoal é o método tradicional mais eficiente para obter resultados positivos e profundos. Sempre tem decisões mais consciente, Jo. 3:4-5.
Cada cristão deve ser uma testemunha ardente, do poder regenerador do evangelho e proclamá-lo.
A igreja tem muito a perder por se esquecer do evangelismo pessoal.
evangelismo de massas é proveitoso e rápido, Mt. 24:14; com sinais, At. 3:5-6; 14:7-11.
Exige-se um bom conhecimento de cada proclamador, At 18:26; 1 Co. 3:9, é necessário preparação, pois você é um representante do rei dos reis e Senhor dos Senhores.
A preparação
É indispensável estar preparado em duas áreas: espiritual e natural.
Na área espiritual temos que se preocupar com:
a) sua piedade pessoal; disponibilidade para Deus.
Piedade: respeito e amor, devoção às coisas religiosas.
b) Seu conhecimento da palavra, pois vai interpretar a palavra.
c) Sua fé e coragem.
d) Sua convicção de chamada junto com a reconhecida vocação cristã.
e) Sua humildade.
f) Seu espírito de oração, canal livre para a comunhão com o alto.
g) Sua visão da obra.
h. Sua sensibilidade espiritual e uma unção plena do Espírito Santo.
Na área natural deve tomar cuidado com:
a) Seu desenvolvimento sóbrio e fecundo de sua inteligência.
b) Seu exercício continuo e sábio de sua memória.
c) Seu adestramento constante de dicção.
d) Seu cuidado dia e noite com saúde pessoal.
e) Aperfeiçoamento do idioma.
f) Sua expansão honesta, humilde e inteligente da cultura.
g. Sua preparação psicológica.
Pregar o evangelho não é somente fazer discursos ou sermões, é falar em nome de Deus, 1Co. 1:21; Is. 52:7; Rm. 10:15. "Vamos dar a pregação o prestígio que o Senhor lhe deu e ele nos dará o êxito que ele mesmo conquistou.
Definições de Homilética
"Homilética é a arte de pregar sermões religiosos".
"Estudo das maneiras de se preparar e apresentar a mensagem cristã".
II Tm. 2:15- Nós devemos nos preparar.
Gn. 49:21-"Formosos segundo o espírito de Deus".
Todo pregador é um edificador, Hb.3:4; 1Co.3:10. O pregador é o que anuncia a palavra certa no tempo certo, Pv. 25:11, Maçã significa alimento, ouro significa metal por excelência, prata significa redenção.
Características da pregação
Deve ser bíblica.
É um crime utilizar o púlpito e não pregar a bíblia. "Os pentecostais são acusados de incluir demasiadamente textos bíblicos em suas mensagens". Certamente aí está o segredo do crescimento, II Tm. 4:2a, nunca irá faltar na bíblia o pregador deve faltar de verdade contida no livro Santo.
Deve ser reduzida a uma expansão bíblica. Os ouvintes jamais irão reter na memória todas as verdades que escutam do pregador, então é necessário ter cuidado para centralizar a mensagem em Cristo Jesus e sua palavra.
A pregação deve conter mensagem
Deve produzir efeitos positivos.
A pregação não deve ser como um conto vulgar, é uma forma de comunicação sublime, o pregador recebe de Deus uma mensagem, que então transformará aos homens. "Ele é veículo que levará". Exige-se dedicação para se ter frutos na colheita.
O Pregador deve pregar somente a verdade. O mundo necessita de uma transformação, mudança de vida, de natureza, de costumes, que somente a verdade de Deus pode produzir.
A pregação deve ser com convicção
Todas as verdades que estão nas páginas da Bíblia são indiscutíveis, 11Pe 1:20-21; Jo 17:17.
Ninguém pode ter sucesso como pregador se não tiver convicção naquilo que prega.
O pregador tem que crer no fruto de sua semente. É melhor não pregar, do que pregar e não crer na própria pregação, Rm 10:8.
"Toda pregação de fé, tem sucesso".
Cristo deve ser o centro da pregação
A plataforma evangélica existe para que se pregue a Cristo.
Existe muitas maneiras de se começar uma pregação, porém há uma só maneira de se terminar: Apresentando a Cristo.
Nada, nem ninguém pode tirar-lhe o lugar na pregação.
Inicia-se a pregação partindo de um texto bíblico
Uma mensagem sem um texto Bíblico que a respalde, é como um trem sem os trilhos.
"Um texto sem contexto pode ser mero pretexto".
O pregador deve ser sábio ao escolher e utilizar o texto. O melhor comentário da bíblia continua sendo ela mesma.
É aconselhável pregar somente textos curtos e conhecidos do pregador.
"Aquele que não ordena seus pensamentos, não pode ser senhor de suas palavras".
"Ordene bem suas palavras e serás ouvido".
Não grite como louco: "O grito é a manifestação cabal de quem não tem o argumento".
Pregador e pregação simples tem bom resultado
Simplicidade não é desleixo nem falta de conhecimento. Não é ignorância.
Ritualismo, formalismo e artificialismo são os grandes inimigos do pregador,
11Co 11:3b. "A autoridade de Jesus não foi posta em dúvida por sua simplicidade".
Os gestos devem ser simples. A atenção do povo deve estar na palavra e
não no orador. No final eles devem falar bem da pregação e não do pregador. (Fora com aquelas perguntas: Como você acha que eu fui? O povo gostou de mim?)
Deve-se evitar dois extremos: A imobilidade e a dramatização.
pregador não é uma estátua, nem tampouco palhaço, artista.
Linguagem simples e não linguagem "chão".
Coração simples, como pombas, Mt 10:16. Nessa simplicidade evitará você de pregar por pão.
"Pregue para 5 como se estivesse pregando para mil; pregue para mil como se fosse 5; com a mesma simplicidade e entusiasmo".
A pregação tem três métodos:
Pode ser:
Textual. Examina um texto Bíblico literalmente e detidamente.
Expositiva. Exige muito conhecimento do pregador, pois vai fazer uma exposição lógica e objetiva do texto apresentado.
Por tópicos. Se divide um texto em várias partes lógicas que exige argumentação progressiva até a aplicação final que é o clímax da mensagem.
Qualquer que seja o método, é necessário ter-se um texto.
a. O texto desperta interesse na Palavra de Deus.
b. Inspira confiança na Palavra.
c. Outorga autoridade ao pregador.
d. Orienta o público baseado na Palavra.
Composição da mensagem (sermão)
São três partes que compõem um sermão:
Integrantes, não integrantes e auxiliares.
Integrantes:
a. Introdução – começo "Sempre curto e objetivo".
b. Corpo – a parte central.
c. Conclusão – curta, simples e objetiva. "Não fique dizendo: "Já estou terminando"; pois acabará por mentiroso e tirando a atenção dos sinceros ouvintes.
Não integrantes:
a. O texto das escrituras lido diante dos ouvintes.
b. Tema – ligado ao texto, e o que irá conduzir a mensagem em perfeita unidade.
Há muitos temas:
Temas gerais: Fé, Salvação, Trindade....
Temas específicos; temas doutrinários; tema prático; tema evangelístico; tema ocasional.
c. Duração – É necessário saber quanto tempo se tem para pregar. Hoje geralmente o tempo é muito curto, talvez por que muitos dirigentes não dão prioridade a santa Palavra , ou pensa que o povo não quer ouvir a Palavra.
Outros pensam que o povo os quer ouvir pelo resto da vida, e desandam a falar até o "raiar do dia"; quando se têm o que dar sempre terá gente para ouvir, duro é ficar 1 ou 2 horas ouvido "ladainha".
d. Tipo de ouvintes – Fazer identificação dos ouvintes:
Idade, posição, lugar, temperatura, conhecimento do evangelho, sistema de som...
Elementos auxiliares: - São ao que dão corpo a mensagem, subsídio: Referências, história, ilustrações...
Pregar o evangelho não pode ser considerado uma aventura, uma profissão, um negócio. É um privilégio.
O conhecimento que o pregador deve ter da Bíblia
Quem deseja ser um bom pregador do Evangelho, deverá identificar-se com a Bíblia, conhecer sua origem, sua composição, estrutura, seu propósito, seu caráter e seus efeitos.
A Bíblia:
Escrita por mais ou menos 40 autores, durante um período de 16 séculos, é um verdadeiro milagre.
a. É um livro para ser buscado, Jo 5:39, "Examinai-o".
b. Crido, Jo 2:22.
c. Lido, 1Tm 4:13. "Existe pregadores que nunca leram a Bíblia". Só copiam sermões, parecem papagaios: Só repetem o que ouviram outros pregarem.
d. Recebido, 1Ts 2:13.
e. Confirmado e aceito, At 17:11.
A inspiração da Bíblia é divina, obra do Espírito Santo, At 1:16; 11Tm 3:16; Hb 3:17; 11Pe 1:21; 11Pe 1:23-25; 11Sm 23:2; Êx 4:12...
66 livros em duas partes:
39 no Velho Testamento e 27 no Novo Testamento.
A pessoa central é Cristo, Lc 24:25-27; Jo 5:39; At 10:43.
O Velho Testamento foi escrito para nosso exemplo, 1Co 10:6,11.
Para compreender é preciso buscar ajuda do Espírito Santo, Lc 24:45; Sl 119:18.
Há muitos objetivos:
a. Avisar aos crentes, 1Co 10:11.
b. Manifestar o cuidado de Deus, 1Co 9:9-10.
c. Ensinar e instruir, Rm 15:4.
d. Aperfeiçoar o cristão para toda boa obra, 11Tm 3:16-17.
e. Fazer o homem sábio para salvação, 11Tm 3:15.
f. Produzir fé na divindade de Cristo, Jo 2):31.
g. Produzir vida eterna, Jo 5:24.
Contém:
História, poesia, profecia biografia, arqueologia, mineralogia, oceania, astronomia...
Nela está o boiadeiro, o rei, o profeta, o médico, o pescador, mestres...
"A Bíblia é o único livro que foi escrito por todos os materiais e em todos os métodos inventados pelo homem, pedra, bronze, prata, couro, ferro, barro...
Alguns testemunhos de que a Bíblia é a Palavra de Deus:
a. Sua unidade.
b. Sua divina inspiração. Expressões como: "Assim diz o Senhor", "E veio a mim a Palavra do Senhor". Há como 2:500 vezes.
c. As profecias sobre a pessoa de Jesus.
d. Informações científicas, Is 40:20-22; Jó 38:35; Ap 11:9; Na 2:34.
e. Preservação maravilhosa.
f. Seus nomes e títulos, Hb 4:14; 11Tm 2:15; Lc 24:32; Sl 1:2; Is 34:16.
g. Experiências transformadoras daqueles que a tem lido.
A Bíblia é o único livro que tem a natureza de Deus em si mesma: Eternidade,
santidade, pureza, perfeição e verdade.
É o livro texto do pregador:
a. A convicção do pecado pela pregação, At 2:14-37.
b. A fé que possui o cristão, Rm 10:17.
c. A pureza interior pela Palavra, 11Co 7:1.
d. Segurança do cristão provém da Palavra, 1Jo 5:13.
e. As raízes de nossa consolação, 1Ts 4:18.
Como estudar a Bíblia
Primeiro tem que se conhecer a Cristo pessoalmente em experiência, filiação e interiormente.
a. É necessário depender do Espírito Santo, Ele é o mestre, revelador de segredos e o glorificador de Cristo.
b. Amar o conhecimento. Conhecimento com humildade, sinceridade e com perfeito amor.
c. É necessário cuidar da vida de oração. Orando falamos com Deus, o inspirador da Bíblia; então fazemos uso das chaves que abre as portas.
d. É necessário um espírito obediente, ao que a Bíblia diz, ordena e proíbe.
e. É necessário ser perseverante: Na leitura, meditação e na retenção do conhecimento; sem preguiça. "O diabo tenta todo mundo, mas, o preguiçoso tenta o diabo".
f. É necessário ter fé. Fé para aceitar tudo o que a Bíblia afirma, para entender tudo o que ela ensina, e fé para descansar em tudo o que a Bíblia promete.
Dicas que podem ajudar
a. Ao contar um testemunho não detalhe muito, ou então escreva um livro.
b. Nunca olhe para uma só pessoa, ainda que sinta algo diferente (de Deus) ao olhar para essa pessoa. Lembre-se que você está pregando para todos.
c. Nunca "vença" o povo pelo cansaço. Não obrigue o povo a dar glória ou aleluia só para satisfazer teu ego, ou para ter sensação que a tua prédica tem resultado.
d. Não grite. Não confunda grito com eloquência. Do tipo: (receba, receba, recebaaaaaaaaaaaa!). ( Dá glória, Dá glória, Dá glória, Dá glóriaaaaaaaa!) ( Olhe o anjo, Olhe o anjo, Olhe o anjooooooooo!) ( Shiiiiiiiiiiiii, escuta o poder, escuta o poder shiiiiiiiiiii). "OGRITO É A MANIFESTAÇÃO CABAL DE QUEM NÃO TEM O ARGUMENTO".
e. Não desrespeite os companheiros de púlpito, ou o pastor da igreja em que estás. (Aparentemente falar mal dos obreiros trás alegria aos descontentes).
f. Faça o que te foi pedido para fazer, não invente nada.
g. Não fique estático, você não é uma múmia; não fique pulando tanto, pois não és um palhaço. A comédia tem sua hora e se for bem colocada pode até ajudar a compreensão dos ouvintes e evitar o cansaço. Dizem que o pregador pode dar alguns passos para os lados e para trás, 4 vezes em 40 minutos. Imagine aqueles que gostam de pegar o microfone só para ficarem saracoteando no púlpito, exigindo "espaço" como se fossem dançar ou pular corda. A boa regra de Homilética diz que não se deve pegar o microfone na mão, a não ser se for necessário.(Toda regra tem exeção) Se você tiver boas palavras todos irão te ouvir.
h. Observe se estás sendo ouvido; ser ouvido é uma coisa sendo entendido é outra. (Observe que você pode não estar agradando, mas, sendo ouvido, pois a Palavra de Deus sempre será perseguida, não querem ouvir). Mas não confunda. Um prego bem batido vale por dez torto. O muito falar faz tropeçar.
i. Nunca preencha lacunas com "amém" , "né", ou coisa assim.
j. Não pronuncie palavras feias, de baixo calão, ridículas ou indecorosas. Treine seu vocabulário; as palavras ditas no quintal de sua casa não deve ser a mesma que você dirá no púlpito.
k. Não cruze ,os braços ou debruce em cima do púlpito; púlpito não é cama.
l. Antes de iniciar, enquanto assentado no púlpito, não fique conversando com os colegas de lado e nem escorando de um lado para o outro ou pernas abertas e, nem limpar as narinas (isso deve ser feito em oculto, no banheiro ou secretaria). Púlpito é exemplo de elegância e comportamento social, além de ser um lugar santo e de reverência.
m. Púlpito é lugar de se pregar a Palavra de Deus, então pregue como se Deus estivesse em teu lugar.
n. O teu próximo pode ser o teu espelho. É observando que se aprende. Tenha um espírito de crítica construtiva, e permita que te critiquem.
o. Cuidado com as ondas e modismo de outros pregadores, antes de copiá-las, analise-as pela Palavra de Deus e os costumes gerais. A arte está em não copiar nada na integra, ou se tira algo , ou acrescenta-se algo.
p. Aprenda ética ministerial para que saibas o teu limite.
q. Cuidado com aqueles que gostam de dizer: "Deus falou para mim...."
r. Cuidado para não dizer algo que machuque seus companheiros que estão na sua retaguarda, afinal o pastor local, seus obreiros, é que ficam anos e anos ali enchendo o templo para você ir lá pregar; portanto não estrague com 45 minutos o trabalho de meses ou anos. (ousadia não é estupidez)
s. Não pense que porque está ali no púlpito você é melhor que todos os obreiros locais ou da região. (Quando saem dizendo: "Em tal região ou em tal campo não se tem pregadores.") Senão tivesse você não encontraria ali igreja ou templo para pregar.
t. Por ultimo, não pregue por oferta, ou quantia estipulada que as vezes são absurdas. Lembre-se: "Se exijo o que mereço, sou medido pelo que sou; se confio na graça de Deus sou medido pelo o que Deus é."
Pregar é falar em lugar de Deus, é o próprio Deus falando. Não torne pouco as coisas de Deus. Somos apenas um canal. Que esta pequena obra lhe ajude a melhor fazer a obra do Mestre.
HOMILÉTICA
A arte de preparar e pregar sermões
DEFINIÇÃO DO TERMO
O termo Homilética é derivado do Grego "HOMILOS" o que significa, multidão assembléia do povo, derivando assim outro termo, "HOMILIA" ou pequeno discurso do verbo "OMILEU" conversar.
O termo Grego "HOMILIA" significa um discurso com a finalidade de Convencer e agradar. Portanto, Homilética significa "A arte de pregar".
A arte de falar em público nasceu na Grécia antiga com o nome de Retórica. O cristianismo passou a usar esta arte como meio da pregação, que no século 17 passou a ser chamada de Homilética.
Vejamos algumas definições que envolve essa matéria:
Discurso - Conjunto de frases ordenada faladas em público.
Homilética - É a ciência ou a arte de elaborar e expor o sermão.
Oratória - Arte de falar ao público.
Pregação - Ato de pregar, sermão, ato de anunciar uma notícia.
Retórica - Conjunto de regras relativas a eloquência; arte de falar bem.
Sermão - Discurso cristão falado no púlpito.
FINALIDADE
O estudo da Homilética abrange tudo o que tem a ver com a pregação e apresentação de práticas religiosas: como preparar e apresentar sermões de maneira mais eficaz.
IMPORTÂNCIA DA MATÉRIA
Sendo a HOMILÉTICA a "Arte de Pregar", deve ser considerada a mais nobre tarefa existente na terra. O próprio Jesus Cristo em Lucas 16 : 16 disse: Ide pregai o evangelho...
Quando a Homilética é observada e aplicada, proporciona-se ao ouvinte uma melhor compreensão do texto.
A observação da Homilética traz orientação ao orador.
A ELOQUÊNCIA
ELOQUÊNCIA é um termo derivado Latim Eloquentia que significa: Elegância no falar, Falar bem, ou seja, garantir o sucesso de sua comunicação, capacidade de convencer. É a soma das qualidades do pregador.
Não é gritaria, pularia ou pancadaria no púlpito. A elocução é o meio mais comum para a comunicação; portanto deve observar o seguinte:
1. Voz - A voz, é o principal aspecto de um discurso.
Audível Todos possam ouvir.
Entendível Todos possam entender. Pronunciar claramente as palavras. Leitura incorreta, não observa as pontuações e acentuações.
2. Vocabulário - Quantidade de palavras que conhecemos.
Fácil de falar - comum a todos, de fácil compreensão - saber o significado
Evitar as gírias, Linguagem incorreta, Ilustrações impróprias.
ALGUMAS REGRAS DE ELOQUÊNCIA
- Procurar ler o mais que puder sobre o assunto a ser exposto.
- Conhecimento do publico ouvinte.
- Procurar saber o tipo de reunião e o nível dos ouvintes.
- Seriedade pois o orador não é um animador de platéia.
- Ser objetivo, claro para não causar nos ouvintes o desinteresse.
- Utilizar uma linguagem bíblica.
- Evitar usar o pronome EU e sim o pronome NÓS.
A POSTURA DO ORADOR
É muito importante que o orador saiba como comportar-se em um púlpito ou tribuna. A sua postura pode ajudar ou atrapalhar sua exposição.
A fisionomia é muito importe pois transmite os nossos sentimentos, Vejamos :
- Ficar em posição de nobre atitude.
- Olhar para os ouvintes.
- Não demonstrar rigidez e nervosismo.
- Evitar exageros nos gestos.
- Não demonstrar indisposição.
- Evitar as leituras prolongadas.
- Sempre preocupado com a indumentária. ( Cores, Gravata, Meias )
- Cabelos penteados melhora muito a aparência.
- O assentar também é muito importante.
Lembre-se que existem muitos ouvintes, e estão atentos, esperando receber alguma coisa boa da parte de Deus através de você.
CARACTERÍSTICAS DE UM BOM SERMÃO
O sermão é caracterizado como um bom sermão não pela sua extensão e nem mesmo pelas virtudes do pregador, sejam intelectuais ou morais, mas pelas qualidade do sermão:
1. UNÇÃO
Todo sermão deve ter inspiração divina. Um sermão sem unção, ainda que tenha uma excelente estrutura, não apresentará poder para conversão, consolação e edificação.
Devemos lembrar que ao transmitir um sermão estamos não estamos transmitindo conhecimento humano mas a Palavra de Deus e esta é a única que penetra até a divisão da Alma e Espírito, portanto é fundamental a unção.
2. FIDELIDADE TEXTUAL
Fidelidade textual é importante, visto que os ouvintes estão atentos ao texto de referência ou ao tema escolhido. Há muitos pregadores que tomam um texto como referência e depois esquecem dele.
3. UNIDADE
Todo sermão tem um objetivo a ser alcançado. O seu conteúdo deve convergir para um único alvo.
"Há sermões que são uma colcha de retalho, uma verdadeira miscelânea de assuntos, idéias e ensinos".
4. FINAL
Tudo tem um começo e um final. O Pregador deve ter em mente que o ouvinte está se alimentando espiritualmente.
Um sermão bem terminado será muito produtivo ao ponto de despertar o desejo de querer ouvir mais.
RECOLHENDO MATERIAL
Quase toda pesquisa serve como base para sermões. Todavia, é verdade incontestável que, quanto mais instrução tem uma pessoa, tanto mais condições terá para preparar e apresentar sermões.
Toda pessoa que deseja ocupar-se na obra do Senhor, e especialmente falar diante do público, deve formar paulatinamente uma biblioteca segundo suas capacidades mentais e financeiras.
Os quatro primeiros livros a serem adquiridos e que dever servir como base da sua biblioteca são: Bíblia de estudo; Dicionário bíblico; Concordância; Um comentário bíblico. Depois pode ir adquirindo outros, de acordo com as necessidades.
COMO PREPARAR UM SERMÃO
1. DESCOBRIR O PENSAMENTO CENTRAL
O pensamento central é a mensagem, ou seja, é o Tema. Sempre procurar definir o tema no sentido positivo. Será que existe Deus ? é um tema indesejado pois suscitam mais dúvida do que fé. Como ser curado ? é um tema sugestivo pois fortifica a fé.
Em alguns casos o pregador fala o título (Tema ) da pregação outras vezes não é necessário porém no esboço é aconselhável colocar.
O orador deve ser um homem de Deus e que possui a mensagem de Deus e esta deve ter com fonte as Sagradas Escrituras.
O Título pode ser:
Imperativo Quando sugere uma ordem. ( Ide Marcos 16:15 )
Interrogativo Quando sugere uma pergunta. (Que farei de Jesus? Mt.27:22)
Enfático Quando é reduzido. ( Amor, Fé )
A mensagem pode Ter várias origens :
Através da leitura da Bíblia.
A Bíblia contém argumentos, respostas, exemplos, e ensinamentos para todos os seres humanos.
Cristo usou a Palavra de Deus ( Bíblia ) para combater a Satanás. A Palavra de Deus é a primeira fonte do pregador. Como fonte de inspiração para nossos sermões devemos observar os recursos internos e os externos.
As literaturas religiosas e não religiosas.
Todas as literaturas podem ser fontes de inspiração para o pregador desde que esteja sob a orientação do Espírito Santo.
As fontes podem ser: jornais, revistas etc. Os livros religiosos são boas fontes de inspiração pois constitui também na Palavra de Deus.
Em uma observação.
É uma rica fonte de inspiração, desde que o pregador esteja atento, pois Deus pode transmitir uma mensagem de várias maneiras.
Mateus 6:28 E pelo que haveis de vestir, por que andais ansiosos? Olhai para os lírios do campo, como crescem; não trabalham nem fiam; o pregador deve observar : Rios, pedras , árvores, animais, etc.
Através da oração;
Na letra de um hino;
Em obras literárias (religiosa ou não ).
2. PREPARAR A INTRODUÇÃO
É o início da pregação.
O ideal é que a introdução seja algo que prenda logo a atenção dos ouvintes, despertando-lhes o interesse para o restante da mensagem.
Pode até começar com uma ilustração, um relato interessante, porém sempre ligado ao tema do sermão.
Um outro recurso muito bom é começar com uma pergunta para o auditório, cuja resposta será dada pelo pregador durante a mensagem. Se for uma pergunta interessante, a atenção do povo esta garantida até o final do sermão.
A introdução produz a primeira impressão aos ouvintes e esta deve ser boa.
Não é aconselhável ultrapassar os cinco minutos.
Nunca ( em hipótese alguma ) dizer que não está preparado ou foi surpreendido.
3. ESCOLHA DO TEXTO
É imprescindível a escolha de um texto que se relacione com o tema do sermão porém adequado. Vejamos o tipo de textos que devemos evitar:
Textos longo Cansam os ouvintes. ( Salmo 119 )
Textos obscuro Causam polêmicas no auditório. ( I Cor. 11:10 Véu)
Textos difíceis Os ouvintes não entendem. ( Ef. 1:3 Predestinação )
Textos duvidosos " E Deus não ouve pecadores" ( João 9:31 )
Texto é importante porque ?
- O texto chama a atenção dos ouvintes.
- O texto desperta o interesse em conhecer a Palavra de Deus.
- O texto ajuda na exposição do sermão.
- O texto facilita ao ouvinte entender o assunto exposto.
Devemos escolher o texto em toda a Bíblia e não somente no Novo Testamento.
4. ESCOLHER O MÉTODO APROPRIADO
De posse do pensamento central e o texto escolhido, deve-se determinar o método a ser utilizado. Existem muitos textos e temas que permitem a escolha de qualquer um dos métodos, porém há temas que não permitem.
CLASSIFICAÇÃO DO SERMÃO
O sermão é classificado por duas formas, a saber : pelo assunto ou pelo método, podendo ser discursivo ou expositivo.
1. Pelo assunto
- Doutrinário. É aquele que expõe uma doutrina. ( Ensinamento )
- Histórico. É aquele que narra uma história.
- Ocasional. É aquele destinados a ocasiões especiais.
- Apologético. Tem a finalidade de fazer apologia. ( defender )
- Ético. É quando exalta a conduta e a vida moral e ética.
- Narrativo Quando narra um fato, um milagre.
- Controvérsia tem por finalidade atacar erros e heresias.
2. Pela método
- Topical ou Temático.
É aquele onde a divisão faz-se pelo tema. Todas as divisões devem derivar do tema.
A melhor forma é fazer perguntas ao tema escolhido, tais como: Por que? Como? Quando? O Que? Onde?
- Textual.
São aqueles onde a sua divisão encontra-se no próprio texto. É um método muito bom, pois oferece aos ouvintes a oportunidade de acompanhar, passo a passo a exposição do sermão.
- Expositivo.
Quando os textos são longos. Este pode expor uma história ou uma doutrina. ( Parábola, Milagre, Peregrinação, Pecado)
Em certo sentido todo sermão é expositivo, mas aqui indica a extensão do texto.
DIVISÃO DO SERMÃO
O Sermão deve possuir divisões, que permitem um bom aproveitamento do assunto que vai ser apresentado:
1. Introdução ( Exórdio )
Tem por finalidade chamar a atenção dos ouvintes para o assunto que vai ser apresentado e também para o pregador.
Tem que ser apropriado e deve estar relacionado com o tema, mas cuidado para não antecipar o sermão.
Neste momento o pregador vai se familiarizar com o auditório, cuidado especial teve ser tomado quanto ao entusiasmo, pois o povo pode ainda estar frio.
Deve ser breve, é muito importante pois é a primeira impressão produzida nos ouvintes. Pode conter : o anúncio do tema, texto a ser lido.
2. Texto
É trecho lido pelo orador, podendo ser um capítulo, uma história, uma frase ou até mesmo uma palavra.
Quando o texto é bem escolhido o pregador desperta nos ouvintes o desejo de conhecer mais a Palavra de Deus. Não devemos escolher textos proferidos por homens ímpios ou por Satanás. Escolha textos que tragam estímulo, lição etc. Evite textos que provoquem repugnância, gracejos ou que descrevem cenas da vida sexual.
3. O corpo
É a parte mais linda porque aqui se revela a Mensagem como Deus que dar.
É o mesmo que desenvolvimento do sermão.
O corpo é a seqüência das divisões do sermão e pode ter de 2 a 5 divisões (quanto mais divisões mais complexo ficará o sermão) e ainda conter subdivisões.
Deve chamar à consciência dos ouvinte para colocar em prática os argumentos expostos.
O pregador deve saber colocar em ordem as divisões ou seja os pontos que vão ser incluídos na mensagem; geralmente, convém ordenar os pontos a fim de que aumentem em força até terminar com o mais forte.
Esta é uma regra geral que pode ser aplicada a todos os pontos de ensinamento.
4. Conclusão
A conclusão é o fechamento do sermão e deve ser bem feita, um sermão com encerramento abrupto é desaconselhável.
A conclusão deve ser breve e objetiva. É um resumo do sermão, uma recapitulação e reafirmação dos argumentos apresentados.
Durante a conclusão pode efetuar um convite de acordo com a mensagem transmitida.
ILUSTRAÇÃO
A ilustração ajuda na exposição tornando claro e evidente as verdades da Palavra de Deus.
A ilustração atrai a atenção, quebrando assim a monotonia, e faz com que a mensagem seja gravada nos corações com mais facilidade.
As ilustrações também ajuda na ornamentação do sermão tornando-o mais atraente, porém o pregador deve ter o cuidado de não ficar o tempo todo contando "histórias".
Vamos comparar dois pregadores que estarão explicando o que é Ter fé.
Primeiro Pregador.
Ter fé é uma atitude da mente, da vontade, das emoções, em que todo o ser humano, conscientemente e inconscientemente, resolve comportar-se de acordo com certas verdades, percebidas primeiramente pela mente, depois sentidas...
Segundo Pregador.
Um homem está se afogando. Ele grita desesperadamente e de repente vê a bóia que alguém lhe jogou. Com toda a força a agarra. Imediatamente se apóia nela. Está salvo! Isso é Ter fé.
Existem basicamente dois tipos de ilustrações.
Comparação da verdade que se deseja ilustrar com outra coisa ou situação bem conhecida, que seja semelhante, ex. " Eu sou o pão da vida ".
Caso concreto da idéia geral que se quer ilustrar, ex. " Paciência de Jó ".
APLICAÇÃO
É a arte de persuadir e induzir os ouvintes a entender e colocar em prática em sua vida. Pode ser feita ao final de cada divisão ou de acordo com a oportunidade.
Deve ser dirigida a todos, com muito entusiasmo apelando à consciência e aos sentimentos dos ouvintes
ENTREGANDO O SERMÃO
Para os que não estão acostumados a pregar, um dos problemas mais críticos é o nervosismo, sentem-se amedrontados, começam a tremer e transpirar, pensam que não vão achar o que dizer, ou vão esquecer-se e etc.
Não são apenas os novatos que sentem medo, ainda existem muitos com experiência que se sentem assim.
Apresentaremos 3 passos importante que o pregador deve dar para amenizar o nervosismo durante a pregação:
1. Respirar forte e relaxar,
2. Orar e crer no Senhor,
3. Estudar bem a mensagem.
Existem pregadores que cansam os ouvintes, pelo tempo, pelo despreparo ou até pela imprudência.
Há também aqueles que se movimentam como fantoches ou ficam estáticos como múmias.
Se puder não ultrapasse aos 45 minutos, procure evitar ultrapassar os limites, observe o auditório, não julgue que todos estão gostando pois o "Amém, Amém" talvez seja para parar.
Procure olhar nos olhos das pessoas e nunca ficar olhando somente para uma única pessoa, nem mesmo para o relógio, parede, janelas, pés, teto ou ficar com os olhos fechados.
MÉTODO DE PREPARAR E PREGAR SERMÕES
Existem três métodos pelos quais os pregadores podem preparar e pregar:
1- Escrever e ler o sermão
Traz habilidade ao pregador em escrever, ter um estilo sempre correto, perfeito e atraente, visto que emprega as palavras com bastante cuidado e segurança.
Conserva melhor a unidade do sermão, evitando assim que o pregador vá para o púlpito nervoso e preocupado com vai falar.
Pode citar os textos bíblicos com bastante precisão, e gasta menos tempo em dizer o que tem a transmitir.
O pregador deve ter cuidado pois este método traz alguma desvantagem tais como:
Muito tempo para escrever, fica preso a leitura e pode perder o contato com os ouvintes, não é simpático ao povo e nem todo pregador sabe ler de maneira que impressione.
2- Escrever, decorar e recitar o sermão
Possui muitas vantagens como exposto no método anterior, tem mais vantagem porque exercita a desenvolver a memória, e deixa o pregador livre para gesticular, parece mais natural.
Cuidado deve ser tomado pois o pregador pode esquecer uma palavra ou frase, pondo assim em perigo todo o sermão é cair em descrédito.
3- Preparar um esboço e pregar
O pregador gasta menos tempo em preparar o sermão, habitua-se a desenvolver o pensamento e fica-se livre para gesticular.
O pregador fica livre para usar sua imaginação, criatividade e usar ilustrações que se lembrar no momento, também pode expandir seu temperamento emocional.
Este é o método mais utilizado na oratória.
Cuidados também devem ser tomados pois o pregador perde o hábito de escrever, pode se empolgar com a mensagem e esquecer o tema e o estilo não é tão apurado e elegante como os escrito.
ESTUDO BÍBLICO
Consistem os estudos bíblicos em escolher uma idéia central e depois, através da Bíblia, fazer um estudo das passagens que se relacionam com a idéia central. Para se conseguir isso, geralmente se necessita de uma concordância.
O segundo passo é escolher e determinar os pensamentos que vão ser usado como divisões do tema.
Depois escolher, dentre os muitos textos relacionados com o assunto, quais vão ser usados no desenvolvimento da exposição.
Geralmente se usa um ou dois textos, dos mais importantes e claros, no desenvolvimento de cada divisão.
Para desenvolver de maneira contínua a mensagem, e não ter que parar para procurar as passagens na Bíblia, convém copiá-las no esboço.
Essa forma de exposição tem muito valor, porque apresenta o ensinamento global da Bíblia referente a um assunto, e é fácil de se desenvolver.
PREPARANDO SERMÕES
1. Sermão Topical ou Temático.
Como já estudamos, o sermão Topical é aquele cuja as divisões e derivada do Tema. Uma forma lógica e prática para o desenvolvimento de um sermão Topical é a utilização das perguntas básicas ?
Porque ? Quando ? Como ? Onde? O que ?
Confissão
I João 1:9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.
I - O que devemos confessar ?
A ) Nossos pecados
B ) O Nome de Jesus
C ) O poder de Deus
II - Como confessar ?
A ) Com sinceridade
B ) Com fé
III - Quando devemos confessar ?
A ) Agora mesmo
B ) Ao ouvir a Palavra de Deus
IV - Qual o resultado da confissão ?
A ) Paz
B ) Perdão
C ) Comunhão
Desenvolver o sermão abaixo com as divisões já definidos, em grupo de 3 alunos .
Tema: O Cristo que não muda
Texto: Hebreus 13:8 Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente.
I - O que não muda em Cristo ?
II - Por que não há mudança em Cristo ?
Desenvolver o sermão abaixo com o tema e texto definido, em grupo de 3 alunos
Tema : O Cristo Maravilhosos
Texto : Isaias 9:6 E o seu nome será Maravilhos.
2. Sermão Textual
Como já estudamos, o sermão textual é aquele cuja as divisões e derivada do texto.
Uma forma lógica e prática para o desenvolvimento é utilizar as divisões do próprio texto.
A entrada
João 10:9 Eu sou a porta, se alguém entrar por mim, salvar-se-á
I - Eu sou a porta.
A ) Da Salvação
B ) Da felicidade
C ) Estreita
II - Se alguém entrar por Mim
A ) Não há acepção de pessoas
B ) A única entrada
III - Salvar-se-á
A ) Uma decisão própria
B ) Da perdição eterna
Desenvolver o sermão abaixo com as divisões já definidos, em grupo de 3 alunos .
A postura do cristão
Salmo 1:1 Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.
I - Bem-aventurado
II - O varão que não anda segundo o conselho dos ímpios
III - Nem se detém no caminho dos pecadores
IV - Nem se assenta na roda dos escarnecedores
Desenvolver o sermão abaixo com o tema e texto definido, em grupo de 3 alunos
Tema : Olhar para Jesus
Texto: Hebreus 12:2 Olhando para Jesus, autor e consumador da fé...
3. Sermão Expositivo
Como já estudamos, o sermão expositivo é aquele cuja as divisões estão inseridas no fato narrado. Uma forma lógica e prática para o desenvolvimento de um sermão é a descrição do episódio.
O encontro com a vida
Lucas 7:11-17
I - A multidão que seguia a Jesus
A ) Pessoas desejosas
B ) Pessoas com esperanças
C ) Pessoas alegres
II - A multidão que seguia a viúva
A ) Pessoas entristecidas
B ) Pessoas sem esperanças
C ) Pessoas inconformadas
III - O encontro da vida com a morte
A ) A vida é uma autoridade
B ) A morte se curva ante a vida
IV - O resultado do encontro
A ) A ressurreição do jovem
B ) A alegria da multidão entristecida
C ) A edificação da multidão que seguia Jesus
D ) A conversão de muitos
Desenvolver o sermão abaixo com as divisões já definidos, em grupo de 3 alunos .
A mulher Samaritana
Texto: João 4:1-42
I - O encontro com a mulher
II - O diálogo
III - O testemunho da mulher
IV - O resultado do testemunho
Desenvolver o sermão abaixo com o tema e texto definido, em grupo de 3 alunos
Tema : A cura de Naamã
Texto : II Reis 5:1-14
HOMILÉTICA
A arte de preparar e pregar sermões fiéis e poderosos
INTRODUÇÃO
O obreiro precisa saber comunicar a Palavra de Deus com eficiência e de maneira clara. Surge então, a necessidade da homilética.
I – PORQUE PREPARAR SERMÕES?
"Sermão é Deus quem dá". Por que há níveis diferentes de sermões? Por que há pregadores melhores que outros? Todos os sermões e todos os pregadores deveriam ser uniformes. Há culto narcisismo nos púlpitos. Quase todos os pregadores se acham bons e não gostam de ser corrigidos. Corrigir um pregador não significa duvidar de sua vocação. Há pregadores que encaram o preparo do sermão como descrença no poder espiritual deles.
1. O valor da pregação
Helmut Thielicke, famoso pregador alemão, disse: "Onde quer que encontremos, hoje em dia, uma congregação cheia de vida, encontraremos no centro uma pregação cheia de vida". Com isto podemos entender que a pregação é a principal tarefa do pastor.
2. Definição de pregação
Brook – "É a comunicação da verdade por um homem a outros homens."
Pattison – "É a comunicação verbal da verdade divina com o propósito de persuadir."
3. Definição de Homilética
"É a arte de pregar sermões", "a ciência da pregação", "arte de fala religiosa". Do grego: "Homileo" (conversa, fala, em espírito de camaradagem).
4. Objetivo da homilética
Ajudar na confecção de sermões para uma pregação mais eficiente. Isto porque beneficia o pregador (torna mais fácil a pregação do sermão) e beneficia o auditório (um sermão homileticamente preparado é mais assimilável). Muitos sermões falham por ser absolutamente sem ordem. As idéias são confusas e a pregação perde o sentido, por completo. Talvez chegue o tempo em que poderá dizer-se: "Felizmente a vida não é como o sermão do pastor, porque a vida, apesar de tudo, tem algum sentido, enquanto o sermão do pastor não tem nenhum".
5. A homilética não é:
a) Substituta da vida espiritual;
b) Substituta do Espírito Santo;
c) Uma garantia de ministério eficiente.
6. A homilética é:
a) Um auxiliar no estudo e análise do texto;
b) Um auxiliar na exposição de idéias;
c) Uma compreensão de que o sermão tem muito a ver com o pregador. O pregador é o sermão.
d) Uma compreensão de que Deus colocou no mundo recursos que devemos aproveitar. Inclusive os da ciência da comunicação verbal.
II – OBJETIVO GERAL DO SERMÃO
O objetivo geral é o propósito geral do sermão, a categoria a que ele se encaixa em termos de fim último. O que se pretende com um sermão? Ocupar o espaço no culto? Dar algum material para o povo pensar? Os ouvintes de um pregador ou são salvos ou são perdidos. A quem se destina o sermão? A ênfase no seu conteúdo se para os salvos, se para os perdidos, é o que determina o seu objetivo geral. São seis os objetivos gerais do sermão, conforme Crane. (El sermon eficaz pg. 57-75): evangelístico, doutrinário, devocional, consagração, ética (ou moral) e alento (pastoral). Destina-se a crentes e não crentes.
1. Sermão evangelístico.
Sua finalidade é persuadir os perdidos a aceitarem Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Infelizmente, os sermões evangelísticos são, hoje, repletos de frases feitas: "Deus te ama", "Você pode morrer esta noite", "Vem agora", etc. No entanto, um sermão evangelístico pode ter um bom conteúdo (O evangelista não necessita de pobreza de idéias no cumprimento de sua missão). Quatro verdades devem se delinear no sermão evangelístico:
a) O homem natural está perdido;
b) A obra redentora é de Cristo;
c) As condições pelas quais o homem se apropria da obra redentora de Cristo;
d) A necessidade de uma decisão, se não pública, pelo menos no íntimo.
2. O sermão doutrinário.
Sua finalidade é instruir os crentes sobre as grandes verdades da fé e como aplicá-las, portanto, é didático. O dom de ensino era muito difundido no cristianismo nascente. Jesus era intitulado de "Mestre" e os seus seguidores de "discípulos". O sermão doutrinário atende quatro funções na vida da igreja:
a) Atende o desejo de aprender que existe na vida do crente;
b) Previne contra as heresias;
c) Dá embasamento à ação;
d) Contribui para o crescimento dos ouvintes e do próprio pregador.
3. O sermão devocional
Sua finalidade é desenvolver nos crentes um sentimento de amorosa devoção para com Deus, despertando sentimento de louvor.
4. O sermão de consagração
Sua finalidade é estimular os crentes a dedicarem talentos, tempo, bens, influência, vida, etc, ao serviço de Deus. Estimula a igreja para vocação, abertura de novos trabalhos, ofertas missionárias, etc.
5. O sermão ético ou moral
Sua finalidade é orientar os crentes para pautarem suas condutas diárias e relações sociais de acordo com os princípios cristãos. Assuntos que cabem aqui: Matrimônio, adultério, divórcio, justiça social, racismo, dignidade da pessoa.
6. O sermão de alento (ou pastoral)
Sua finalidade é fortalecer e alertar os crentes no meio de crises pessoais ou comunitárias. Focalizam o cuidado de Deus para com o seu povo e o livramento que o Senhor opera.
III - OBJETIVO ESPECÍFICO DO SERMÃO
É a aplicação do objetivo geral a uma determinada congregação. (Primeiro se encontra o objetivo geral e depois o objetivo específico). Há duas considerações aqui:
a) Para formular o objetivo específico é necessário compreender as necessidades da congregação;
b) A formulação do objetivo específico delimita o assunto do pregador, define o rumo em que ele vai seguir.
IV - CLASSIFICAÇÃO DOS SERMÕES QUANTO A ESTRUTURA
Geralmente os sermões pertencem a uma dessas três categorias:
. Sermão tópico ou temático.
Trata de um tópico e não de um texto bíblico em particular. As divisões derivam-se do tópico (ou tema).
. Sermão textual.
Trata do desenvolvimento de um texto bíblico, um ou dois versículos. As divisões derivam-se do texto.
. Sermão expositivo
Trata do desenvolvimento de um texto bíblico, geralmente longo. As divisões também derivam-se do texto.
1. Sermões Tópicos ou Temáticos
O que caracteriza o sermão tópico ou temático é o seu tema derivado do texto, mas as divisões são aleatórias.
Exemplo 1: "A palavra divina é a verdade" (João 17.17).
Na introdução o pregador mostrou como podemos crer na bíblia. Ela tem sido comprovada pelos séculos. A argumentação seguiu a partir daqui: A palavra de Deus é a verdade e isto está provado. Surgiram as três divisões:
I – PELA HISTÓRIA HUMANA
II – PELA CIÊNCIA
III – PELO SEU PODER
Observe cinco coisas:
1. Acertadamente, a idéia mais forte é a do último tópico. Grave bem isto.
2. As divisões nada têm a ver com o texto.
3. As divisões nada têm a ver com exposição.
4. As divisões derivam-se do tema ou tópicos.
5. As divisões são aleatórias, acidentais, arranjadas.
Exemplo 2: "Coisas a esquecer" (Filipenses 3.13)
I - VITÓRIAS
II - DERROTAS
III - PECADOS
IV - RIXAS
V - SOFRIMENTOS.
1.1 - Vantagens do sermão tópico ou temático.
a) Possibilita o aperfeiçoamento da retórica. É o sermão típico dos grandes oradores;
b) É fácil de se elaborar, porque a unidade é construída conforme o desejo do pregador;
c) Agrada a muitos ouvintes "preguiçosos mentais", porque não exige reflexão;
d) Possibilita que se esgote o assunto ou que se o encerre de modo completo;
e) Permite a discussão de qualquer assunto, pois as idéias vêm de fora do texto.
1.2 - Perigos no uso do sermão temático ou tópico.
a) Negligenciar a exegese da palavra de Deus não aplicando-a;
b) Atrair a atenção para o pregador. É a inteligência, argumentação e oratória dele que funciona;
c) Pode levar a alegorização.
1.3 - Cuidados na confecção do sermão temático ou tópico
a) O tema deve ser claro, específico e expressivo, pois tudo dependerá dele;
b) Os argumentos devem vir em ordem progressiva. Inverta as divisões I e III do exemplo 1 e veja o que acontece;
c) Esquematize as divisões em uma das seguintes maneiras: explanação, prova, argumentação, aplicação. Esta é a melhor progressão.
2. Textuais Literais.
É quando as divisões são literalmente as palavras do texto. Podendo haver ligeira variação dos termos.
Exemplo 1: "Às graças permanentes" (I Coríntios 13.13)
I - A FÉ
II - A ESPERANÇA
III – O AMOR
Exemplo 2: "Às expressões do mundanismo" (I João 2.16)
I - A CONCUPSCÊNCIA DA CARNE
II - A CONCUPSCÊNCIA DOS OLHOS
III – A SOBERBA DA VIDA
Exemplo 3: "Cristo, o único mediador entre Deus e o Homem" (João 14.6)
I - O CAMINHO
II - A VERDADE
III – A VIDA
Na confecção do sermão pode se fazer perguntas ao texto: Quem? Que? Como? Por que? Para que?
Exemplo 1: "A busca do reino de Deus" (Mateus 6.33)
O que? (buscar) I – O REINO E A SUA JUSTIÇA
Quem? (deve buscar) II - VÓS, OS CRENTES
Quando? (buscar) III – EM PRIMEIRO LUGAR
Por que? (buscar) IV - TODAS AS COISAS VOS SERÃO ACRESCENTADAS.
Exemplo 2: "Dai graças" (Efésios 5.20)
A quem? I - A DEUS, O PAI
Como? II - EM NOME DE NOSSO SENHOR JESUS
Quando? III - SEMPRE
Em que circunstâncias? IV - POR TUDO
3. Textuais Livres
É quando as divisões expressam os sentidos das palavras do texto em termos diferentes.
Exemplo 1: "A purificação dos pecados" (I João 1.7)
I - É OBRA DIVINA (de Jesus Cristo)
II - É OBRA PRESENTE (nos purifica)
III – É OBRA PESSOAL (nos purifica)
IV - É OBRA PERFEITA (de todo o pecado)
Há uma expressão chave nas quatro divisões, qual é?
Exemplo 2: "As Escrituras Sagradas" (Oséias 8.12)
I - SEU AUTOR (Eu lhes escrevi)
II - SEU CONTEÚDO (As grandes coisas da lei)
III – SUA REJEIÇÃO (Coisas estranhas)
Observe: a) O título é muito geral
b) Há uma palavra chave nas divisões
c) O sermão é negativo, deve exigir grande esforço do pregador para dizer algo construtivo.
4. Sermões Expositivos
Sermão expositivo consiste na explicação ou explanação de um trecho das escrituras. Não o confunda com homilia.
4.1 - Suas limitações
a) É difícil manter a unidade e a concatenação das idéias
b) Os assuntos não são tratados de um modo lógico e completo.
4.2 - Suas vantagens:
a) Foi o método dos tempos apostólicos
b) Exige estudo sério da palavra de Deus (é benção para o pregador e é bênção para a igreja – é a melhor maneira de edificar a igreja)
c) Obriga-se a tratar de assuntos que de outra forma ficariam esquecidos.
d) Presta-se a uma série de sermões bíblicos. Aplica-se uma série de passagens doutrinárias, devocionais, evangélicas, parábolas, milagres, incidentes históricos e séries de sermões.
4.3 - Suas exigências:
a) É necessário determinar o texto. O texto precede o sermão. Diferença de um sermão temático e um expositivo, neste sentido.
b) É necessário a exegese do texto. Dá mais trabalho
c) É preciso descobrir o assunto principal ou a lição principal
d) As divisões devem se relacionar com o tema principal
e) Deve-se evitar a multiplicação de minúcias, de detalhes desnecessários
f) Não gastar tempo demasiado explicando pontos difíceis
g) Não multiplicar a citação de passagens paralelas.
Exemplo : "O remédio para a condição humana" - ( Ef 2.1-10)
I - A condição espiritual do homem natural está descrita em nosso texto sob três figuras:
1. O homem natural está morto - "morto em delitos e pecados"
2. O homem natural está preso por uma trindade infernal:
a) Segue o curso deste mundo
b) Vive nos desejos da carne
c) Obedece ao príncipe das potestades do ar
3. O homem natural é um réu condenado - "filho da ira"
II - Para esta terrível condição Deus proveu um remédio adequado que nosso texto descreve em três maneiras:
1. É um remédio de amor – "pelo seu muito amor com que nos amou."
2. É um remédio de poder – "nos ressuscitou juntamente com Ele."
3. É um remédio de graça – "porque pela graça sois salvos."
Conclusão
a) Este remédio nos é oferecido somente em Cristo
b) Este remédio pode ser nosso pela fé.
c) Os resultados da aplicação deste remédio serão motivo de contemplação e de louvor a Deus por toda a eternidade (Veja v. 7)
d) Deve por isso, ser aceito agora mesmo.
Observe:
a) Bom título (que pode ser melhorado)
b) Nas sub-divisões, as palavras chaves
c) A boa estrutura da conclusão
V - O ASSUNTO E O TÍTULO DO SERMÃO
1. Fontes para o assunto do sermão
a) As Escrituras - Durante o estudo pessoal ou assunto devocional, textos procurados para servir de base a assuntos previamente escolhidos.
b) A experiência do povo e do pregador. Problemas humanos concretos.
c) Calendário da igreja, da denominação, do país.
d) Momento histórico: - Fatos relevantes acontecidos no mundo. " em quem votar? " (Js 24.15) . "A eleição do rei" ( Dt. 17.14-20) do Pr Éber Vasconcelos.
2. O título do sermão
É o nome do sermão. É o condensado de um título, numa expressão.
3. A necessidade de um título
a) Auxilia o pensamento do pregador na preparação do sermão
b) Auxilia a congregação a entender o que o pregador quer dizer. É bom que o povo saiba para onde vai andar.
4. Qualidades de um bom título
a) Clareza - Deve permitir que o ouvinte saiba o que vai ser tratado. O que significa "Prolegômenos pneumatológicos " ?
b) Específico - Não deve ser genérico. Salvação, Deus, universo, etc.
c) Brevidade - De duas a sete palavras
d) Adequado ao púlpito - Considere-se o que é a pregação o que é o púlpito e qual o ambiente em que se prega.
e) Relevância - Deve ter relação com a vida do povo. Qual é o melhor "A vida de José" ou "A fidelidade de um jovem crente?" O que nos diz mais respeito "como Abraão se portou" ou "Porque devemos obedecer a Deus" ?
f) Originalidade - Um bom: "O direito de rejeitar a Cristo" (Tiago Lima). Não confunda com sensacionalismo, irreverência ou vulgaridade.
5. Exemplos de títulos negativos:
a) "O homem que perdeu a cabeça num baile" (João Batista)
b) "Raposas com lanterna traseiras acesas" (Sansão)
c) "O pecador está frito" (o rico Lázaro)
d) "O homem que caiu do cavalo" (a conversão de Saulo)
6. Como redigir o título
a) Ter em mente que o título vai ser "dividido". Deve haver um elemento "divisível" no título.
b) Tornar o título em uma preposição.
Exemplo: Sermão em Lc 9.23 (é preciso morrer), um sermão sobre o discipulado.
7. Como formular o titulo
a) Quais métodos podem ser usados para conseguir um título agradável?
b) Usando o sistema de palavras-chaves. Uma palavra que dá rumo à discussão. Em cada divisão, a palavra-chave deve aparecer.
Exemplo 1
"O poder do evangelho" - Rm 1.16 (Crane 131)
I - O evangelho é poder divino
II - O evangelho é poder salvador
III - O evangelho é poder universal
Exemplo 2
"Os efeitos do companheirismo de Jesus" At 4.13 (Crane)
I - O companheirismo com Jesus humilha
II - O companheirismo com Jesus transforma
III - O companheirismo com Jesus capacita
IV - O companheirismo com Jesus ilumina
V - O companheirismo com Jesus imortaliza
7.1 Formulando o título em uma interligação - Uma pergunta expressa o título. As divisões irão respondê-la.
Exemplo 1
"Por que amamos a Deus"? Sl 116.1-8 (Carne)
I - Porque nos escuta quando clamamos por Ele
II - Porque nos tem livrado da morte
III - Porque nos consola nas tribulações
IV - Porque nos guarda do tentador
7.2 Formulado o título de forma imperativa. O título é uma ordem. Um mandamento. Esta ordem vai estabelecer o rumo da discussão. Há quatro caminhos a seguir quando se usa um título imperativo.
1º) O que significa a ordem. Veja o exemplo de Crane: (p. 134)
"Tem cuidado da doutrina" – (I Tm 4.16)
I - Ter cuidado da doutrina significa defendê-la
II - Ter cuidado da doutrina significa ensiná-la
. Observe: a ordem, se invertida, melhorará a argumentação.
2º) As razões pela quais se deve obedecer à ordem dada. Veja o exemplo de crane: (p.135)
"Sede Santos" – (I Pe 1.13-21)
I - Devemos ser santos por lealdade ao nosso Pai
II - Devemos ser santos por temer o juízo
III - Devemos ser santos por amor ao salvador
3º) Como Cumprir a ordem. Veja-se o exemplo de crane ( p. 135)
" Fazei discípulos de todas as nações" Mt 28.19
I - Podemos faze-lo se somos fiéis no testemunho pessoal no lugar em que o Senhor nos colocou.
II - Podemos faze-lo se somos fiéis em orarmos por avivamento mundial.
III - Podemos faze-lo se somos fiéis em contribuição para o sustento da obra missionária.
4º) O sermão como o título imperativo pode ter uma combinação dos métodos descritos. Veja-se o exemplo de Crane ( p. 135)
"Crescei na estatura espiritual" - II Pe 3.18
(abreviado sem sub-divisões)
I - O que significa crescer espiritualmente ?
II - Porque devemos crescer espiritualmente ?
III - Como devemos crescer espiritualmente ?
7.3 Formulando o título em forma de proposição. O título é uma declaração. Há caminhos pelos quais o pregador pode enveredar.
1º) O que a proposição significa. Veja-se este esboço de Spurgeon (citado por Crane, p. 136)
"Ao Senhor pertence a salvação" - Jn 2.9
I - A origem da salvação pertence ao Senhor
II - A execução da salvação pertence ao Senhor
III - A aplicação da salvação pertence ao Senhor
IV - A sustentação da salvação pertence ao Senhor
V - O aperfeiçoamento da salvação pertence ao Senhor
2º) Provar que a proposição é certa. Veja-se o exemplo de Crane ( p.136)
" A ordem constante do povo do Senhor é: adiante !" Ex 14.15
I - Ir adiante na obra do Senhor e um dever iniludível
II - Ir adiante na obra do Senhor é uma necessidade imperiosa
III - Ir adiante na obra do Senhor é possibilidade gloriosa
3º) Uma combinação dos dois métodos anteriores. Veja-se o exemplo de Crane (p. 137-8)
" Nada há perigoso como cristianismo falso" - Hb 5.1-11
I - Vejamos o que é o cristianismo falso ( seguem-se 3 sub-divisões )
II - Vejamos o que faz o cristianismo falso ( idem)
8. Como enunciar o título
a) Antes da leitura bíblica
b) Após a leitura bíblica
c) Após a introdução.
VI - O TEXTO DO SERMÃO
Definição: Texto é a passagem bíblica que serve de base para o sermão.
1. Necessidade e vantagens do uso do texto
a) Está de acordo com a natureza da pregação: ensinar a palavra.
b) É vantajoso para o povo: ouvir a palavra.
c) Dá autoridade ao pregador: vai falar da Bíblia
d) Valoriza o pregador: é conhecedor da Bíblia.
e) Auxilia na variação de assuntos : "garantia de estoque inesgotável de assuntos"
f) Auxilia na determinação da estrutura do sermão
g) Leva o povo a crescer no conhecimento da Bíblia
2. Escolhendo o texto
2.1 Quatro regras negativas:
a) Evite o uso de texto de autenticidade duvidosa : Jo 8.1-11, At 9.6, I Jo5.7
b) Cuidado com textos obscuros ou contravertidos: Rm 7.10-11, I Pe 3.18-20. Escolha textos claros e simples sobre os quais você pode falar. Se usar texto obscuro e contravertido, estude-o muito e fale claramente. Explique e aplique. Sua função é esclarecer e não obscurecer.
c) Cuidado com textos repugnantes : Jz 3.24, II Pe 2.22 e Ap 3.16
d) Cuidado com textos cuja tradução seja disputada: Jo 5.39, no caso de usar o verbo no imperativo.
2.2 Seis regras positivas:
a) Escolha um texto que tenha falado ao coração do pregador
b) Delimitar o texto de tal forma que contenha um unidade completa de pensamento
c) Ter em mente as necessidade dos ouvintes
d) Seguir o calendário cristão na medida do possível
e) Usar textos de todos os livros da Bíblia
f) Via de regra, limitar-se a um só texto para cada sermão. Em caso excepcional, mais de um. Manter a unidade de pensamento.
3. O texto e a idéia do sermão
O texto bem escolhido é aquele que apresenta a idéia central do sermão em uma sentença clara e definida.
A idéia do sermão pode ser tirada diretamente do texto. Por exemplo: Em João 3, "A necessidade do novo nascimento". Que idéia você tiraria para o Salmo 23 e em João 20?
A idéia do sermão pode ser achada por referência. Quando Paulo fala sobre carne sacrificada aos ídolos. "A importância da influência cristã".
Pode ser analogia. Mt 18.15-17 é uma passagem sobre relacionamento pessoal, mas pode ser usada para falar sobre "Como evitar a guerra?".
4. O texto e o planejamento da pregação
Deve haver oração e dependência do Espírito Santo. Estabelecer um programa de ensino. A pregação eclesiástica contemporânea é dispersiva quanto aos temas. O plano pode ser mensal, trimestral ou anual. Pode-se usar o calendário cristão, da igreja ou denominação. Deve-se ter em mente a situação da comunidade e do mundo. Pode relacioná-los com assuntos da Escola Bíblica Dominical. Estabelecer uma série de sermões sobre um assunto, uma vez por ano. Pode ser sobre um livro da Bíblia, uma série de passagens, etc... (Crane 263)
5. A interpretação do texto
Definição : " Interpretação é o esforço de uma mente em seguir as processos mentais de outra mente por meio de símbolos que nós chamamos linguagem".
5.1 - Passos na interpretação do texto
a) Conhecer o autor e sua situação - Salmos 32 e 51, de Davi.
b) Usar dicionário bíblico.
c) Os leitores e o meio ambiente - Cartas às igrejas do Apocalipse, o gnosticismo.
d) A ocasião e o propósito do autor - Tiago e Pedro sobre Abraão.
e) As condições geográficas, políticas, econômicas e sociais - Maria era noiva de José mas chamada de esposa.
6. O texto e seu contexto
a) Próximo - O imediato, antes ou depois
b) Remoto - O livro, a Bíblia sobre o assunto.
c) Principio da revelação progressiva. (do pouco claro ao muito claro)
7. O texto e sua análise
a) É preciso conhecer os sentidos das palavras. É poesia? Linguagem figurada ? O uso de dicionários e léxicos. Fee & Stuart, Entendes o que lês?
b) É preciso recriar, tanto quanto possível, a vivência da passagem. Conhecer aquela cultura.
d) É preciso entender a relação entre as palavras. Graça e fé, por exemplo.
8. O texto e suas verdades
a) Enunciar a verdade central em uma proposição clara e correta
b) Fazer uma lista das verdades significativas do texto
c) Ordenar as verdade em grupos comuns
d) Aplicar essas verdades às necessidades dos ouvintes. (Ver Robison, em A Pregação Bíblica, p. 19.)
9. O texto e seu estudo
a) Estudar o texto em várias traduções em português (VR, BLH, ERAB, BJ, BV, BL)
b) Examinar outras traduções
c) Examinar o texto grego ou hebraico
d) Dar sua própria interpretação
e) Examinar outros recursos na biblioteca, inclusive comentários
f) Relacionar com a vida de hoje
VII - A ESTRUTURA DO SERMÃO
Como organizar a matéria: Estrutura = esboço = plano. O material do sermão deve ser disposto em ordem. Isto exige talento e treino. É necessário a imaginação construtiva. Mas, uma estrutura é indispensável.
1. A importância da estrutura
a) Para o pregador: Por os pensamento nos lugares devidos. A falta de ordem leva à digressão, a repetição e à falta de clareza.
b) Para os ouvintes: Uma boa estrutura ajuda: A compreensão - o que foi mesmo que o pastor pregou?
c) A aceitação - é convincente
d) A retenção - é fácil de lembrar.
2. As características de uma boa estrutura
a) Unidade: Uma só mensagem de cada vez. Geralmente é preciso decidir o que omitir.
b) Ordem: As idéias devem ter uma seqüência. Devem caminhar para um clímax.
c) Equilíbrio: Deve haver proporção ou simetria entre as partes. As vezes, não dá tempo para concluir.
d) Progresso: O caminho para o clímax é linear cíclico.
3. Elemento componente da boa estrutura
Dependendo do estilo do sermão, os componentes sofrem variações. Em regra geral, são:
a) Introdução (exórdio) - apresentar o assunto e também a linha de raciocínio.
b) Proposição ou tema: O que vai ser discutido. KEI: sentença de transição.
c) Divisões.
d) Conclusão (preparação, desafio)
e) Apelo
4. A introdução
Tudo neste mundo tem uma introdução: entrada, pórtico em casa, peça musical, o prefácio de um livro.
4.1 – Objetivos da introdução
a) Preparar o ouvinte para receber a mensagem. Os ouvintes estão frios e despreparados.
b) Preparar o ouvinte para entender o assunto e o propósito do sermão. A "introdução introduz" o assunto do sermão.
4.2 – Características de uma boa introdução
a) Interessante, porém não estapafúrdia nem sensacional nem exagerada
b) Breve, porém não abrupta
c) Apropriada à ocasião, à mensagem. Deve ter estreita relação com o texto e o tema do sermão
d) Cordial, porém não bajuladora
e) Clara, sem antecipar os fatos. Não dizer demais logo no início
f) Modesta, não prometer demais. Não adornar demais
4.3 – Tipos de introdução
a) Introdução textual. Pode preceder a leitura do texto. Se é um sermão textual, pode e deve ser repetido o texto. Explicação de fatores de importância relacionados com o texto.
b) Introdução contextual. Os antecedentes, por exemplo. O caso da parábola do filho pródigo: são três parábolas sobre a alegria de Deus
Introdução descritiva. A descrição dramática. Sermão sobre Bartimeu.
Introdução do tópico ou assunto. Anúncio do assunto e talvez definição de palavras do texto.
c) Introdução de problema. todo sermão deve Ter como objetivo a solução de um problema humano, vital e importante.
d) Introdução de objetivo. Sermão sobre "Regresso à disciplina": "O nosso mundo hoje nos confronta com pelo menos uma necessidade elementar: A necessidade de disciplina"
e) Introdução de citação. Citação notável da bíblia, dos jornais, de conversas, da literatura, de poesia, etc.
f) Introdução de ilustração. Leonardo da Vinci: O quadro da ceia do senhor
Introdução de manchetes. As manchetes de jornais.
g) Introdução de experiência. Experiência pessoal do pregador, de outrem. Carta ou entrevista.
h) Introdução de perguntas. "O que querem vocês aqui?"
i) Introdução de ocasião especial referência a ocasião especificada.
j) Introdução de estatística. (Cuidado com "chutes")
Obs.: Nunca usar introdução com declaração geral, generalidade. "O mundo está em crise". Evite a banalidade.
4.4 – Orientação prática
a) Ao iniciar, não peça desculpas.
b) Não procure ser engraçado. "Sabem porque Pedro traiu a Jesus?"
c) Não "rasgue ceda" Agradecimentos e salamaleques à parte
d) Não comece com tom fortíssimo
e) Não comece sempre da mesma forma. Gaste tempo no preparo de uma boa introdução. Seja caprichoso. Fuja da frases feitas
f) Seja breve ao referir-se "ao prazer de estar aqui"
g) Evite a introdução "tamanho único" (serve para qualquer sermão)
h) Cuide bem das primeiras frases. Ou se ganha ou se perde a atenção aqui
i) Concluída sua introdução, mencione claramente o tema ou proposição do sermão.
j) Não discuta, na introdução, o assunto do sermão. Introduza o assunto.
k) Deixe a forma final da introdução para a parte final da preparação do sermão.
5. As divisões do sermão
5.1 A vantagem das divisões
A divisão do tema assegura a unidade do sermão. As idéias são colocadas em ordem. Um tema pode ter várias idéias.
5.2 Efeitos (Crane 144)
"O que a incredulidade ocasiona?" Nm 14. 1-11
5.2.1 - A incredulidade denigre o caráter de Deus
5.2.2 - A incredulidade envilece o caráter do homem
5.2.3 - A incredulidade prejudica a obra de Deus
5.2.4 - A incredulidade provoca a ira de Deus
5.3 Razões que apoiam uma tese (Crane 145)
5.3.1 - Somos ricos porque recebemos o perdão de nossos pecados
5.3.2 - Somos ricos porque os recursos de Deus estão a nosso favor
5.3.3 - Somos ricos porque as glórias dos céus nos estão reservadas
5.4 Meios para alcançar um fim (Crane 146)
"Os requisitos do crescimento espiritual" – II Pe 3.18
5.4.1 - Primeiro requisito do crescimento espiritual é o de uma alimentação adequada.
5.4.2 - Segundo requisito do crescimento espiritual é o de uma atividade apropriada.
5.5 Significado de algo (Crane 147)
"Uma vida digna do evangelho" Fp 1.27-30
5.5.1 - Uma vida digna do evangelho é uma vida de paz
5.5.2 - Uma vida digna do evangelho é uma vida de combate
5.5.3 - Uma vida digna do evangelho é uma vida de fé
5.5.4 - Uma vida digna do evangelho é uma vida de amor.
5.6 Perguntas: Que, Quem, Como, Quando, Onde, Por que?
Exemplo: "Nossa ordem de marchar" Ex 14.15 (Crane pg. 147)
5.6.1 - Por que devemos marchar?
5.6.2 - Como devemos marchar?
5.6.3 – O que nos espera em nossa marcha?
5.7 Justaposição de dois conceitos: contrastes ou complementação (Crane 149)
"Uma pergunta importante e uma resposta certa" At 16. 25-34
5.7.1 - A pergunta importante foi "que devo fazer para ser salvo?"
5.7.2 - A resposta certa foi: "crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo"
5.8 Aspectos do texto. "Ao fato central da história do mundo" Gl 4. 4-5 (Crane 152)
5.8.1 - Ele nos diz que o tempo escolhido por Deus para enviar Seu Filho ao mundo foi um tempo propício.
5.8.2 - Ele nos diz que o método adotado por Deus para enviar Seu Filho ao mundo foi um método apropriado.
5.8.3 - Ele nos diz que o propósito com que Deus enviou Seu Filho ao mundo foi um propósito adequado.
5.9 Desenvolvimento cronológico. "Deus, o nosso libertador" Rm 11.26.
5.9.1 - No passado
5.9.2 - No presente
5.9.3 - No futuro.
5.10 Problemas = Solução. Uma divisão é a resposta da outra "A busca humana por Deus" Jo 6.68.
5.10.1 - Para quem iremos nós?
5.10.2 - Tu tens palavra de vida eterna.
5.11 Conteúdo das divisões. O que se deve dizer em cada divisão? Como encher cada uma?
5.11.1 - Fazer perguntas à divisão
5.11.2 - Expor ou explicar termos: Definições, narrações, descrição, provar a tese da divisão, etc.
5.11.3 - Argumentar, responder objeções, levantar e responder objeções
5.11.4 - Ilustrações Bíblicas e seculares: Exemplo a imitar e evitar.
5.11.5 - Citações Bíblicas
5.11.6 - Experiências
5.11.7 - Aplicar e exortar
Obs.: Cuidado para não explicar demais, entrando em minúcias desnecessárias que não coadunam com o propósito do sermão. Quando citar grego e hebraico, faça-o com jeito para não ser pernóstico. Não seja pedante não faça citação em outros idiomas.
VIII - ILUSTRAÇÕES
1. Necessidade.
1.1 - São um meio pedagógico eficiente.
1.2 - Auxiliam a memória. O povo se lembra mais das ilustrações do que das argumentações. Um pastor pediu a vinte pessoas que escrevessem sobre o que se lembravam do sermão que pregara. Um ou dois se lembraram do esboço; quase todos se lembraram da história final.
1.3 - Foi o método usado por Jesus para ensinar. A projeção da parábola do filho pródigo
1.4 - Ajudam a convencer
1.5 - Despertam reação emotiva. Há histórias que convém evitar "apelações".
2. Tipos de ilustrações
2.1 - Linguagem pictórica, Metafórica, Alegorias. Exemplo Jr 2.12-17
2.2 - Histórias ou narrativas. Um fato histórico. Um incidente, uma experiência, uma parábola, etc
2.3 – Poemas.
3. Fontes de ilustrações
3.1 - A Bíblia. Material abundante, familiar, de autoridade, de valor permanente
3.2 - A literatura, Biografias, Autobiografias, Ficções, Drama, Poesia, Fábula, Mitos e Lendas
3.3 - Experiência pessoal do pregador
3.4 - A história secular, a história eclesiástica, a história da teologia, a história contemporânea, os jornais e as revistas
3.5 - A ciência
3.6 - As artes. Histórias de hinos, citações de livros, versos, estrofes, pinturas, etc
3.7 - Imaginação do pregador
3.8 - Arquivos de ilustrações.
4. Código de ética para ilustração. Robert Butler, em "Administração Eclesiástica", V 10, nº 10, nº 2, pág. 19,20.
4.1 - "Eu resolvi nunca usar uma ilustração do gabinete de aconselhamento"
4.2 - "Eu resolvi usar ilustrações que envolvam minha família com muita cautela e consideração"
4.3 - "Eu resolvi evitar a ilustração muito usada"
4.4 - "Eu resolvi evitar piadas e histórias que são irreais"
4.5 - "Eu resolvi fugir de engrandecer a mim mesmo nas minhas pregações"
4.6 - "Eu resolvi nunca pregar muitas ilustrações"
4.7 - "Eu resolvi apresentar ilustrações honestas"
4.8 - "Eu resolvi me esforçar para dar o devido crédito a uma ilustração"
5. Qualidades de uma boa ilustração.
5.1 - Facilmente entendida, compreensível
5.2 - Pertinente ou apropriada. Ilustra o ponto em questão ou não?
5.3 – Atual, o mais possível
5.4 - Digna de crédito
5.5 - Breve, geralmente o máximo de 100 palavras
6. Sugestões práticas
6.1 - Não usar número excessivo de ilustrações. Qualidade, não quantidade
6.2 - Variar a natureza das ilustrações
6.3 - Cultivar a arte de contar histórias
6.4 - Ser preciso. Cuidado com nomes, fatos e datas
6.5 - Não exagerar. Não "aumentar" a ilustração
6.6 - Preparar a ilustração com cuidado
6.7 - Não abusar das ilustrações do Toninho, da Mariazinha, da Menininha, etc
IX - A CONCLUSÃO
De grande importância. Põe abaixo ou salva o sermão. É onde se chega a uma decisão. Muitas vezes o auditório vê o sermão se esfumaçar no fim. Não deve ser um amontoado de frases, mas o clímax do sermão. O ponto alto.
1. Cuidados a tomar
1.1 - Prepare-se, não neglicencie. Esboço visto! "conclusão: O que vier na hora". Pode se esperar algo do pregador preguiçoso?
1.2 - Evite a pobreza mental e fuja do medo de levar os ouvintes à decisão
1.3 - Evite a "conclusão de afogado": "batendo no ar", para todos os lados
1.4 - O tempo: Não mais de 10% do sermão
1.5 - Não acrescente matérias novas, idéias diferentes
1.6 - Não peça desculpas. É ruim no início e pior no fim
1.7 - Não conte piadas. É o momento mais sério do sermão
1.8 - Cuidado com gestos que distraem: olhar o relógio, fechar a Bíblia, recolher o esboço, falar enquanto folheia o hinário, buscar um hino a ser cantado, etc
1.9 - Varie as conclusões, evite monotonia
2. Qualidades de uma boa conclusão.
2.1 - Ter unidade. Não ser múltipla
2.2 - Deve ser clara e breve
2.3 - Deve ser pessoal, personalize o sermão. Cada ouvinte deve saber que está se falando para ele. Deve o ouvinte se perguntar: "Muito bem, à luz disto, que devo fazer?". Evite o festival de banalidades: "que possamos ser crentes melhores", "que Deus nos abençoe". Isto não quer dizer nada.
2.4 - Deve ser positiva
2.5 - Deve ser vigorosa (Não quer dizer violenta, agressiva). Deve ter vida, mas deve ser amorosa.
3. Estrutura da conclusão
A conclusão, normalmente, deve conter um dos três elementos, como estrutura: recapitulação, aplicação, apelo.
3.1 - Recapitulação – A introdução mostra "onde vamos". A conclusão "onde fomos". É um sumário das divisões do sermão.
3.2 - Aplicação – Outra maneira de se elaborar a estrutura da conclusão é aplicando a mensagem ao ouvinte. O sermão deve vir todo ele, em seu desenvolvimento sendo aplicado. Aqui a aplicação estaria fortemente colocada na mensagem.
3.3 - Apelo – Para decisão íntima ou pública. Toda a conclusão giraria ao redor do apelo, que pode ser para decisões, consagração, prática das virtudes cristãs, dedicação à obra, etc.
4. Tipos de conclusão
O pregador caprichoso variará as maneiras de concluir seus sermões. Eis alguns tipos de conclusão:
4.1 - Com poesia ou hino – Que se encaixe ao conteúdo da mensagem.
4.2 - Com contrate – Sermão sobre a volta de Cristo: "você será levado ou será deixado?"
4.3 - Com apelo à imaginação – Sermão sobre o natal: "O último natal"
4.5 - Com final abrupto
4.6 - Com oração
4.7 - Com demonstração – Mostrando como praticar a verdade pregada
4.8 - Com perguntas – Mas evite a generalidade ou banalidade de "Será que estamos fazendo isso?"
4.9 - Com a repetição do texto – Mas levando em conta a necessidade do desafio. Que deve ter em toda conclusão.
X - BONS HÁBITOS NA PREGAÇÃO
A pregação não é apenas o sermão: é também o pregador. Alguns maus hábitos podem comprometer o sermão. O pregador deve tomar cuidado para evitar tais costumes e maneirismo.
1. Postura ereta. Não se deite sobre o púlpito nem se acorcunde.
2. Cuidado com a aparência: O uso de óculos escuros em recinto fechado e à noite, é triste. O pregador descabelado, com barba por fazer, colarinho virado, sapatos enlamiados, meia verde?
3. Cultive o idioma: A pregação é comunicação oral. Conheça pelo menos o seu idioma. É sua ferramenta
4. Cuidado com regionalismo: "Botão, mucidade, cruis de Jesuis, dolze, irrael, etc" etc.
5. Use seu próprio estilo: Seja você mesmo. Não copie. O uniforme de Saul não coube em Davi.
6. Fale toda a palavra: Não engula os "r" e os "s" não engula as sílabas finais. Evite as sujeições "eles tão" ao invés de "eles estão".
7. Aprenda a ler: Pratique a pontuação correta, dê entonação, viva os diálogos do texto.
8. Fale às pessoas: Olhe para elas. Paredes, bancos, teto e chão não se convertem nem aprendem.
9. Fale com o corpo: Use expressão facial condizente. Evite a "cara de mau". Use ambas as mãos. Não oscile o corpo para trás e para a frente. Tão pouco se levante constantemente na ponta dos pés. Evite o dedo indicador apontando para o ouvinte.
10. Module a voz: Deve ser de acordo com o ambiente. Não é o grito. É a consistência e convicção.
11. Evite os vícios de linguagem: - "né", "intão", "é interessante notar", "aí", etc
12. Evite chavões: Como acompanhar um sermão de 30 minutos com mais de 60 "aleluias" e "glórias a Deus?"
XI - PRECIOSOS PERTINENETES A PREGADORES
1. Descanse bem todas as noites e barbei-se todas as manhãs.
2. Mantenha um coração puro e renove o colarinho limpo.
3. Em sua vida brilhe a luz do evangelho e em seus pés sempre brilhe os sapatos.
4. Não deixe passar oportunidades, mas mande passar seu terno.
5. O mar Cáspio fica bem entre a Europa e Ásia, mas a caspa fica mau na gola do seu paletó.
6. Seja pobre de espírito, mas não de vocabulário.
7. Procure a casa dos homens para que os homens procurem a casa de Deus.
8. Contente-se com o que tem, mas não com o que é.
9. Perdoe as dívidas dos seus devedores, mas não se endivide e ganhe os seus credores.
10. Unhas esmaltadas podem ser criticadas, mas sujas são sempre apontadas.
11. Ir à frente é melhor do que empurrar para frente.
12. A consistência é mais forte do que a eloquência.
13. Busque a Deus antes, para estar vivo diante dos homens.
NOTA: Os primeiros sete preceitos foram traduzidos e adaptados pelo Pr. Alberto Blanco de Oliveira da publicação "word and way", de Missouri, EUA. Os demais são de sua autoria, publicado em "O jornal de oração" de março de 1881.
APELANDO POR DECISÕES
D.M. Lloyd-Jones
Capítulo do livro "Pregação e Pregadores" - Editora FIEL
Visando ao propósito de sermos satisfatoriamente práticos e contemporâneos, nesta altura me convém levantar a questão se devemos envidar qualquer esforço para condicionar a reunião e as pessoas, para que estas recepcionem a nossa mensagem. É neste ponto que se encaixa a questão da música. Afinal, o pregador é quem segura o leme do culto, e está dentro de sua alçada, por conseguinte, controlar esse aspecto. Nos nossos dias, essa pode ser uma questão extremamente penosa, e já conheci muitos ministros que se viram envolvidos em grandes dificuldades por causa da questão de coros, de cântico de hinos e talvez de quartetos. Sucede que há templos que contam com cantores coristas ou solistas pagos, os quais talvez nem sejam membros da Igreja, e nem mesmo se consideram crentes. Além disso, há o problema dos organistas. E, passando a um tipo mais popular de música, em algumas congregações há intermináveis cânticos de corinhos. E finalmente, em alguns países, existem indivíduos cuja função especial consiste em conduzir os cânticos, esforçando-se por fazer as pessoas entrarem na correta atitude e condição mental para acolherem a mensagem que ouvirão.
Como poderíamos avaliar todas essas coisas? Qual deveria ser a nossa atitude diante delas? Meu comentário inicial é que, uma vez mais, temos à frente algo que cabe dentro da mesma categoria de algumas das coisas que já estivemos considerando. Trata-se de algo que foi herdado da era vitoriana. Nada se faz mais urgentemente necessário do que uma análise das inovações que surgiram no campo da adoração religiosa durante o século XIX - o qual para mim, quanto a esse particular, foi devastador. Quanto mais prontamente nos esquecermos do século XIX e retrocedermos até ao século XVIII, e mesmo mais, até aos séculos XVII e XVI, tanto melhor. O século XIX. com sua mentalidade e perspectiva, é o responsável pela grande maioria de nossas dificuldades e problemas atuais. Foi naquele tempo que se verificaram alterações fatais em tantos quadrantes, conforme podemos averiguar. E ocupando posição mui proeminente, entre as modificações que tiveram lugar, citamos a música em seus variegados estilos. Com freqüência, e especialmente nas igrejas fora da tradição episcopal, as congregações nem mesmo dispunham de órgão, antes daquela época Muitos dos lideres evangélicos eram contrários ao uso do órgão. e procuravam justificar sua atitude com o respaldo das Escrituras; e assim muitos deles eram contrários ao cântico de qualquer coisa exceto dos salmos. Não vou avaliar as várias interpretações contrárias das Escrituras pertinentes ao assunto, e nem debater quanto à antigüidade do cântico de hinos; o que desejo frisar é que se por um lado o cântico de hinos tornou-se muito popular nos últimos anos do século XVII, e, mais particularmente. durante o século XVIII, por outro lado, a nova ênfase emprestada à música, que ocorreu em cerca dos meados do século passado, fazia parte daquela atitude de respeitabilidade, de pseudo-intelectualismo, que já estive descrevendo.
Mais particularmente ainda, com freqüência se verifica uma ameaça bem real, uma espécie de "tirania do organista". Isso se dá porque o organista encontra-se numa posição em que ele ou ela pode exercer considerável controle. Munido de um instrumento poderoso, o organista pode controlar o ritmo em que um hino é entoado, e o efeito varia de um a outro extremo, se ele o toca em ritmo apressado ou em ritmo lento. No ministério muitos pregadores têm tido problemas com organistas difíceis e especialmente com o tipo que está muito mais interessado pela música do que pela Verdade. Por conseguinte, o pastor deve usar de muito critério ao nomear um organista, assegurando-se de antemão que se trate de um verdadeiro crente. E se você tiver um coral em sua Igreja, então deverá insistir sobre esse mesmo ponto, no tocante a cada membro. O primeiro desiderato não é que os coristas tenham boa voz, e, sim, que possuam caráter cristão, amem à Verdade e se deleitem em cantá-la. É desse modo que podemos evitar a tirania do organista, bem como sua irmã gêmea, a tirania do coral. No Pais de Gales, minha terra de origem, havia uma expressão usada com freqüência. Aludia não tanto ao coral, mas ao cântico por parte da congregação. Este era conhecido como "o demônio dos cânticos". O que isso queria dizer é que essa prática causava mais querelas e cismas nas Igrejas do que praticamente qualquer outra questão, e que os cânticos ofereciam ao diabo mais freqüentes oportunidades de entravar e produzir roturas na obra do que qualquer das outras atividades na vida da Igreja. Porém, independente disso, a música, em suas variadas formas, faz surgir no horizonte o problema todo do elemento de entretenimento, o qual consegue insinuar-se e pode levar as pessoas a virem ás reuniões para ouvir música, e não com o propósito de adorar.
Meu argumento é que podemos estipular como regra bastante geral que quanto maior for a atenção que se tenha dado a esse aspecto da adoração - a saber, o tipo de edifício, o cerimonial, os cânticos, menor será a espiritualidade provável; e disso só se pode esperar menor calor, entendimento e interesses espirituais. Todavia, eu não estacaria aqui, mas faria uma pergunta, pois sinto que é tempo de começarmos a fazer essa indagação. Conforme eu já dissera noutra conexão, precisamos interromper determinados maus hábitos que têm penetrado na vida das nossas Igrejas, transformando-se numa tirania. Já me havia referido à forma fixa e preestabelecida, bem como às pessoas que se dispõem a brincar com a Verdade e tentam modificá-la, mas que resistem a qualquer tentativa de alteração na ordem do culto e nessa rígida forma preestabelecida. Portanto, sugiro que é chegado o tempo de fazermos as seguintes perguntas: Por que se faz necessária toda essa ênfase sobre a música? Por que isso tem qualquer importância, afinal? Enfrentemos essa questão; e por certo, quando fazemos assim, chegamos forçosamente à conclusão de que aquilo que deveríamos buscar e ter como alvo é uma congregação de pessoas que entoam juntas louvores a Deus; e que a verdadeira função de um órgão é acompanhá-las. Compete-lhe servir de acompanhamento; e não de ditador. Nunca deveríamos permitir-lhe ocupar tal posição. Sempre deve ser subserviente. Eu diria mesmo que o pregador, de modo geral, deveria escolher tanto as melodias quanto os hinos, porquanto às vezes verifica-se contradição entre as duas coisas. Algumas melodias virtualmente contradizem a mensagem do hino, embora a métrica seja correta. Por conseguinte, o pregador tem o direito de dirigir essas questões; e não podemos desistir desse direito.
Talvez você não esteja disposto a concordar comigo quando sugiro que deveríamos abolir de uma vez por todas os corais; mas por certo todos devem concordar que o ideal seria que todas as pessoas elevassem suas vozes em louvor, adoração e veneração, regozijando-se enquanto assim o fazem. Confio em que você também concordará que as tentativas deliberadas para "condicionar" as pessoas são decididamente prejudiciais. Espero poder tratar disso na próxima seção, razão por que, por enquanto, contento-me em dizer que essa tentativa de "condicionar" as pessoas, suavizando-as, por assim dizer, realmente milita contra a verdadeira pregação do Evangelho. Não se trata de mera imaginação ou teoria. Lembro-me de ter estado em mui famosa conferência religiosa onde a rotina invariável, em cada reunião, e também no caso de cada orador, era a seguinte. Pedia-se de cada orador que estivesse presente na plataforma a certa hora. Então seguiam-se literalmente quarenta minutos de cânticos, dirigidos por um artista, tudo salpicado com observações supostamente humorísticas, pelo citado cavalheiro. Não havia qualquer leitura das Escrituras, havia uma oração extremamente breve; e então ordenavam ao orador que falasse.
Esse é um exemplo do que quero dizer por elemento de entretenimento. Recordo-me que havia um solo de órgão, um solo de xilofone, e em seguida um grupo vocal - lembro-me até do nome deles - Os Cantores do Jubileu Eureca, os quais ficavam mais ou menos simulando aquilo sobre o que cantavam. Tudo isso se prolongava por quarenta minutos. Confesso que senti imensa dificuldade para pregar depois disso. Também me senti compelido a modificar a minha mensagem, a fim de enfrentar aquela situação com que me defrontava. Eu sentia que o "programa", a forma fixa, dominava a situação, e que cada indivíduo ali tornava-se parte integrante do entretenimento. Por essa razão é que temos de ser tão cuidadosos. Portanto, eu diria como uma regra geral: Conserve a música em seu devido lugar. Ela é uma criada, uma serva, e não lhe devemos permitir que domine ou controle as coisas, em nenhum sentido.
Menciono uma outra questão que pode parecer trivial - a despeito do que algumas pessoas lhe têm dado imensa atenção. É a questão se deveríamos manipular as luzes do edifício em que estamos pregando, a fim de tomar mais eficaz a pregação. Alguns lugares contam com lâmpadas de diferentes cores instaladas em lugares estratégicos e, conforme o sermão vai prosseguindo, as luzes vão sendo gradualmente apagadas, até que, no fim, em certo caso particular, sobre o qual estou pensando, não há mais qualquer lâmpada acesa, exceto uma cruz vermelha iluminada, suspensa por cima da cabeça do pregador. Tudo é apenas condicionamento psicológico; mas tais práticas estão sendo justificadas em termos de que elas facilitam a aceitação da Verdade por parte das pessoas. Todavia, poderíamos deixar a questão nessa altura, dizendo simplesmente que a questão que realmente se levanta aqui é o ponto de vista de alguém acerca da obra e do poder do Espírito Santo. Quão difícil é fazer tudo isso adaptar-se á Igreja do Novo Testamento e à sua adoração de natureza espiritual.
Porém, isso conduz, mui naturalmente, a uma outra questão importantíssima, a qual envolve a pergunta se, no término dum sermão preparado segundo os moldes que estamos considerando, o pregador deveria fazer apelos para que as pessoas se decidissem ali mesmo. Várias expressões têm sido utilizadas, como "vir á frente", "vir ao altar", "ritual do arrependido", "assento dos ansiosos", etc., para descrever esse modo de proceder.
Esse é um assunto que nestes últimos anos tem ganhado considerável proeminência, razão pela qual precisamos tratar do mesmo. Seja como for, trata-se de um problema que todo pregador precisa arrostar. Eu mesmo por muitas vezes já tive de enfrentá-lo. Algumas pessoas, em diversas ocasiões, ao encerrar-se alguma reunião, têm-se aproximado de mim a fim de me chamarem a atenção, passando-me ás vezes uma verdadeira reprimenda, porque eu não fizera um apelo imediato para que as pessoas se decidissem. Algumas dessas pessoas chegam mesmo ao extremo de afirmar que com isso eu cometo um pecado, que fora criada uma oportunidade excelente pela minha própria pregação, mas eu não me aproveitara da mesma. E então costumam dizer: "Tenho certeza de que se o senhor ao menos tivesse feito um apelo, teria conseguido um grande número de decisões" - ou algo similar a esse argumento.
Em adição a isso, certo número de ministros me tem dito, nos últimos dez anos mais ou menos, que no fim do culto certas pessoas vêm dizer-lhes que eles não pregaram o Evangelho, simplesmente por não terem feito um apelo. Isso lhes havia acontecido tanto em cultos matinais como em cultos noturnos. E já havia sucedido não somente durante cultos de evangelização, mas igualmente em outras reuniões, cujo intuito não é primariamente evangelístico. Não obstante, por não ter havido qualquer "apelo", haviam sido acusados de não terem pregado o Evangelho. De certa feita conheci três homens, três pastores, que virtualmente já tinham sido contratados para pastorear em determinadas Igrejas, e que estavam a ponto de serem aceitos quando alguém, de repente, lhes fizera a pergunta: Eles costumavam fazer um "apelo" no fim de cada sermão? E posto que aqueles três homens em particular haviam respondido na negativa, não foram aceitos, afinal, ficando cancelada a decisão daquelas Igrejas. Isso se tem tomado problema dos mais incisivos, como resultado de determinadas coisas que vêm acontecendo desde os fins da Segunda Guerra Mundial.
Novamente, é importante que tenhamos os pensamentos claros acerca da história dessa questão. A abordagem histórica será sempre proveitosa. Há muitos que não parecem ter consciência do fato que tudo isso, à semelhança de muitas outras coisas que penetraram na vida da Igreja, só o fizeram durante os últimos cem anos. Esse costume foi introduzido bastante cedo no século passado, mais cedo que outras coisas que tenho mencionado. Realmente foi introduzido por Charles G. Finney na década de 1820. Foi ele quem deu início ao chamado "assento dos ansiosos", aquela "nova medida" através da qual se apelava ás pessoas que se decidissem no mesmo instante. Tudo fazia parte essencial de seu método, abordagem e maneira de pensar; e naqueles dias a questão provocou muitas controvérsias. Trata-se de controvérsia das mais importantes, além de ser interessante e fascinante em extremo, Recomendo que os pregadores façam disso matéria de leitura. Os dois maiores protagonistas desse debate foram W. H. Nettleton e Finney. Nettleton foi um pregador muitíssimo usado em reuniões de pregação. Viajava muito e era constantemente convidado a pregar nos templos de outros ministros. Jamais efetuara um "apelo" para que as pessoas se decidissem imediatamente, mas era grandemente usado, e numerosas pessoas se convertiam sob seu ministério agregando-se às Igrejas locais. Seguia a doutrina calvinista, e punha em prática as suas crenças nesse particular. Mas então surgiu Finney em cena, com o seu apelo direto à vontade para que as pessoas se decidissem ali mesmo. Isso provocou grande controvérsia entre os dois pontos de vista, e muitos ministros se viram envoltos em imensas dificuldades, entre os dois conceitos. Há uma fascinante narrativa sobre o episódio na autobiografia do Dr. Lyman Beecher, pai do Dr. Henrv Ward Beecher. Ele fora grande amigo de Nettleton, e, a princípio, pôs-se ao lado deste. Eventualmente, entretanto, bandeou-se para a causa de Finney. O Dr. Charles Hodge e outros dentre as grandes figuras de Princeton estiveram ativamente engajados nessa discussão, como também J. W. Nevin, fundador da Teologia Mercersberg.
Essa é a história da origem dessa prática, e importa que nos tornemos informados da mesma. Não foi por acidente que tenha sido introduzida por Finney, porquanto, em última análise, é uma questão teológica. Ao mesmo tempo, sem embargo, não é somente uma questão teológica; e nunca nos deveríamos esquecer que um arminiano como João Wesley, além de outros, jamais empregou esse método.
É possível que a melhor maneira pela qual eu possa estimular outros a pensar, conferindo-lhes alguma ajuda quanto a isso, é declarar francamente que não tenho seguido essa prática em meu ministério. E permita-me dar-lhe alguns dos motivos que me têm influenciado quanto a essa matéria. Não procurarei declará-los em qualquer ordem sistemática e precisa, mas dou aqui uma ordem geral. O primeiro motivo é que, sem dúvida, é um erro exercer pressão direta sobre a vontade. Desejo esclarecer o que digo. O homem constitui-se de mente, afetos e vontade: e meu argumento é que ninguém deve fazer pressão direta sobre a vontade. Sempre deveríamos avizinhar-nos da vontade por intermédio da mente, do intelecto, e então, através das afeições. A ação da vontade deveria ser determinada por essas influências A minha base bíblica para assim asseverar é a epístola de Paulo aos Romanos 6:11, onde o apóstolo declara: "Mas graças a Deus porque, outrora escravos do pecado, contudo viestes a obedecer de coração à forma de doutrina a que fostes entregues".
Observemos a ordem dessas sentenças. Eles haviam "obedecido", é verdade; mas, de que maneira? "... de coração ..." Porém, o que foi que os levara a fazer isso, o que movera os seus corações? Foi essa "forma de doutrina", que lhes fora anunciada. Ora, o que lhes fora anunciado ou pregado fora a Verdade, e Verdade dirigida primariamente à mente. Na medida em que a mente apreende ou compreende a Verdade, os afetos são acesos e movidos; e, dessa maneira, a vontade é persuadida, daí resultando a obediência. Noutras palavras, a obediência não resulta de alguma pressão direta sobre a vontade, mas é conseqüência de uma mente iluminada e de um coração enternecido. Para mim, esse é um ponto crucial.
Deixe-me desdobrar mais ainda a importância dessa idéia. Em preleção anterior, aventurei-me a sugerir que o próprio grande Whitefield, ocasionalmente, caia no erro de desfechar um ataque direto sobre as emoções ou a imaginação; mas lamentamos qualquer tentativa para fazer-se isso deliberadamente. Encontramos aqui um outro aspecto exato desse mesmo princípio. Da mesma maneira que é errado lançar um ataque contra as emoções, é também errado desfechar um ataque contra a vontade.
Na pregação, cabe-nos expor a Verdade; e, como é óbvio, isso ocupa lugar proeminente e primacial para a mente. No momento em que nos desviamos dessa ordem de coisas, dessa norma, e nos aproximamos diretamente de qualquer dos outros elementos, estamos convidando dificuldades; e o mais provável é que as arranjaremos.
Em segundo lugar, argumento que pressão demasiada sobre a vontade inevitavelmente há algum deste elemento em toda a pregação, mas refiro-me aqui à pressão em excesso - ou pressão por demais direta, é algo perigoso, porquanto, no fim, poderá produzir uma condição na qual aquilo que determinou a reação favorável de um indivíduo que "veio à frente", não foi tanto a própria Verdade, mas, talvez, a personalidade do evangelista, ou então algum vago temor geral, ou alguma outra forma de influência psicológica qualquer. Isso faz-nos relembrar, uma vez mais, o papel da música nos cultos de pregação. Podemos ficar embriagados de música - não há como duvidar sobre isso. A música pode ter o efeito de criar um estado emocional tal que a mente não mais funciona como deveria, não mais fazendo discriminações. Já vi pessoas cantarem até atingirem um estado de embriaguez no qual não mais tinham consciência do que estavam fazendo. O ponto importante é que deveríamos dar-nos conta de que os efeitos produzidos dessa maneira não são produzidos pela Verdade, e, sim, por um outro dentre esses diversos fatores.
Há alguns poucos anos passados, sucedeu deparar-me com uma extraordinária ilustração exatamente desse particular. Meramente repetirei algo que foi divulgado pela imprensa, razão pela qual não estarei revelando segredo algum, e nem traindo qualquer confiança. Certa vez pediram a um evangelista da Inglaterra que dirigisse um programa de cântico de hinos no domingo à noite pelo rádio. Tal programa era levado ao ar, regularmente, por meia hora, todos os domingos. Diferentes Igrejas eram solicitadas a cuidar desse programa, de semana em semana. Ora, naquela ocasião particular, esse bem conhecido evangelista estava realizando esse programa no Albert Haíl, de Londres. Tudo fora planejado conforme era costumeiro, com meses de antecedência. Cerca de uma semana, mais ou menos, antes do programa ser levado a efeito, chegou em Londres um outro evangelista; e, ao ouvir falar do fato o evangelista britânico convidou este Outro para pregar antes da meia hora de hinos ser levada ao ar. Assim fez o evangelista. E este foi avisado que teria de parar sua pregação a certa hora, porquanto naquele momento estariam "no ar" para a radiodifusão dos hinos cantados. Portanto, o evangelista pregou e terminou sua pregação exatamente na hora marcada; e de imediato os hinos foram postos "no ar" por meia hora. Quando tudo terminara, e não estavam mais no ar", o evangelista visitante fez seu usual "apelo", convidando as pessoas para que se adiantassem à frente. No dia seguinte esse evangelista foi entrevistado por repórteres. e, entre outras perguntas, foi-lhe indagado se estava satisfeito com o resultado de seu apelo. Imediatamente ele retrucou que não estava, que estava desapontado, e que o número de pessoas que atendera ao convite fora muito menor do que estava acostumado a obter em Londres, bem como em outras localidades. Então foi-lhe feita a próxima pergunta óbvia, por um dos jornalistas: "E ao que se pode atribuir o fato de que a reação foi comparativamente pequena nesta ocasião?' Sem a menor hesitação, o evangelista respondeu que isto era bastante simples, pois infelizmente houvera uma interrupção de meia hora, para o cântico de hinos, entre o fim do seu sermão e a realização do apelo. Isso, declarou ele, era a explicação. Se ao menos lhe houvesse sido permitido que fizesse seu apelo imediatamente no fim de seu sermão, então o resultado teria sido muitíssimo maior.
Não é, realmente, um episódio iluminador e instrutivo? Não comprova ele que algumas vezes, afinal, o que produz os resultados, como ficou claro, não é a Verdade, e nem a atuação do Espírito? Pois eis que aquele pregador, pessoalmente, admitia que os "resultados" não podiam resistir ao teste de meia hora de cântico de hinos, admitia que meia hora de cântico de hinos pode anular os efeitos de um sermão, sem importar quais tenham sido esses efeitos, pelo que os resultados obtidos haviam sido desapontadores. Esse episódio serve de ótima ilustração do fato que a pressão direta sobre a vontade pode produzir "resultados", embora isso não tenha nenhum relacionamento com a Verdade.
O meu terceiro argumento é que a pregação da Palavra e os apelos para que as pessoas se decidam são coisas que não deveriam ser separadas em nossa mente. Isso requer mais algum esclarecimento. Foi um grande princípio, enfatizado dentro do ensino reformado, que teve início no século XVI, que as ordenanças jamais deveriam ser separadas da pregação da Palavra. Os católicos romanos foram os culpados de tal separação, com o resultado que as ordenanças foram divorciadas da Palavra e se tornaram entidades autônomas. De acordo com tal doutrina, o efeito e os resultados nas pessoas seriam produzidos, não por intermédio da pregação da Verdade, e, sim, através da ação das ordenanças, que agiriam ex opere operato. O ensinamento protestante, entretanto, condenou tal doutrina, ressaltando que as ordenanças sob hipótese alguma deveriam ser separadas da pregação, por ser essa a única maneira de evitar noções semi-mágicas e experiências espúrias.
Meu argumento é que o mesmo princípio se aplica a essa questão de convites para que as pessoas se decidam, e também que a tendência crescente vem sendo de pôr-se cada vez mais ênfase sobre o "apelo" e sobre as decisões, considerando isso como algo que subsiste por si mesmo. Lembro-me de ter estado em uma reunião evangelística na qual eu, além de outros, sentimos que o Evangelho não fora pregado, verdadeiramente. O Evangelho fora mencionado, mas certamente não fora comunicado, não fora pregado; para minha admiração, entretanto, grande número de pessoas se dirigiu à frente em resposta ao apelo feito no fim. E a pergunta que imediatamente se levantou foi: o que poderia explicar uma coisa assim? No dia seguinte eu discutia sobre essa questão com um amigo meu. Disse ele: "Nada há de difícil a respeito desse fenômeno: esses resultados nada têm a ver com a pregação". Então insisti: "Bem, nesse caso, o que é que acontece?" Replicou ele: "É Deus quem está respondendo às orações de milhares de pessoas que oram, pedindo tais resultados, ao redor do mundo; não é a pregação". Minha contenção é que não deveria haver tal disjunção entre o "apelo" e a pregação, da mesma maneira que não deve haver separação entre as ordenanças e a pregação.
Meu quarto ponto é que esse método certamente envolve, implicitamente, a idéia de que os pecadores possuem um poder inerente de decisão e de auto-conversão. Entretanto, isso não pode ser conciliado com o ensinamento escriturístico, segundo se vê em 1 Coríntios 2:14: "Ora, o homem natural não aceita as cousas do Espirito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las porque elas se discernem espiritualmente". Ou como Efésios 2:1, que assevera: "Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados". E ainda existem muitos trechos semelhantes.
Como meu quinto ponto, sugiro que nisso fica implícito que o evangelista, de alguma maneira, se encontra em posição de manipular o Espírito Santo e as Suas operações. O evangelista precisa meramente aparecer e fazer o seu apelo, e inevitavelmente seguir-se-ão resultados. Se houvesse algum fracasso ocasional, ou uma ou outra reunião com pouca ou nenhuma reação positiva, então não existiria tal problema; mas tão freqüentemente, hoje em dia, os organizadores são capazes de predizer o número dos "resultados".
A maioria concordaria com o meu sexto ponto, o qual assegura que esse método tende por produzir uma superficial convicção de pecado, se é que a produz. As pessoas com freqüência reagem positivamente por terem a impressão de que, fazendo assim, receberão certos benefícios. Lembro-me de ter ouvido falar a respeito de um homem importante que era considerado como um dos convertidos de determinada campanha. Entrevistaram-no e perguntaram por que viera à frente na campanha evangelística do ano anterior. Sua resposta foi que o evangelista dissera: "Se alguém não quiser 'perder o barco', é melhor que venha à frente". E, como ele não queria "perder o barco", viera à frente; e tudo quanto o entrevistador pôde arrancar dele é que agora ele estava "no barco". Não tinha certeza sobre o significado dessas palavras, nem do que se tratava realmente, e nem parecia ter-lhe acontecido qualquer transformação real durante o ano que se passara desde então. Mas lá estava ele. Um ato de decisão pode ser tão superficial assim.
Ou consideremos uma outra ilustração, extraída dentre as minhas próprias experiências. Na Igreja que pastoreei, no sul do Pais de Gales, eu costumava ficar na porta principal do templo ao encerramento do culto de domingo à noite para cumprimentar as pessoas com um aperto de mão. O incidente a que me reporto envolve um homem que costumava vir às nossas reuniões todos os domingos à noite. Era um operário, e também era alcoólatra quase inveterado. Embebedava-se regularmente todos os sábados à noite, mas também vinha regularmente ocupar um assento na galeria de nosso templo, todos os domingos á noite. Naquela noite específica a que me refiro, aconteceu-me observar que, enquanto eu pregava, aquele homem estava sendo obviamente tocado pela Palavra. Eu podia ver que ele chorava copiosamente, e desejei muito saber o que estava acontecendo com ele. Terminada a reunião, fui postar-me à porta. Passados uns momentos, vi que aquele homem se aproximava, e imediatamente me vi a braços com um tremendo conflito mental. Deveria eu em face do que tinha visto, dizer lhe uma palavra e convidá-lo a tomar uma decisão naquela mesma noite, ou não deveria? Estaria eu interferindo com a obra do Espírito se assim agisse? Apressadamente resolvi que não pediria a ele que ficasse mais um pouco, mas tão-somente me despedi dele como era de hábito, e ele saiu. Seu rosto revelava que estivera chorando muito. Ele quase nem podia olhar- me no rosto. Na noite seguinte, quando eu me encaminhava para uma reunião de oração que teria lugar na igreja, ao atravessar uma passarela por cima de uma linha de trem, notei que aquele homem vinha na minha direção para falar comigo. Ele atravessou a rua a fim de vir dizer-me: "Sabe de uma coisa, doutor? Se o senhor me tivesse convidado para demorar-me mais um pouco, na noite passada, eu lhe teria atendido". "Pois, bem", retruquei, "agora eu estou lhe fazendo um convite. Venha comigo". "Não, não", ele se apressou a dizer, "mas se o senhor me tivesse convidado na noite passada, eu teria atendido". Então eu lhe disse: "Meu caro amigo, se aquilo que lhe aconteceu na noite passada não perdurou por vinte e quatro horas, então não me interessa. Se você não está pronto a vir comigo agora, conforme estava na noite passada, então você ainda não tem a coisa certa e verdadeira. Não importando o que lhe tenha afetado na noite passada, era algo apenas temporário e passageiro, e você ainda não conseguiu, de fato, perceber sua necessidade de Cristo".
São coisas dessa ordem que podem suceder, mesmo quando não se faz apelo nenhum. Porém, quando o costume é fazer apelos, então esse fenômeno é grandemente exagerado, e obtemos muitas conversões espúrias. Conforme eu tenho lembrado a você, o próprio João Wesley, o grande arminiano, não apelava às pessoas para que "viessem à frente". O que se pode encontrar com grande freqüência em seus diários, é algo parecido com o que aqui é transcrito: "Preguei em tal lugar. Muitos pareceram estar profundamente tocados, mas só Deus sabe quão profundamente". Sem dúvida, essas palavras são muito significativas e importantes. Wesley era possuidor de entendimento espiritual, e sabia que muitos fatores são capazes de afetar-nos. Mas, aquilo em que ele realmente se interessava não era resultados imediatos e visíveis, e sim, a obra regeneradora do Espírito Santo. O conhecimento do coração humano, da psicologia humana, deveria ensinar-nos a evitar qualquer coisa que incremente a possibilidade de alcançarmos resultados espúrios.
Um outro argumento - o sétimo - é que assim fazendo estaremos encorajando as pessoas a pensar que seu ato de vir á frente, de alguma maneira, as salva. É como se fora um ato que precisa ser feito imediatamente, como se fora uma ação capaz de salvar as pessoas. Foi isso que aconteceu no caso daquele homem que sentia que agora estava "no barco", por ter vindo à frente, embora não entendesse coisa alguma do que estava fazendo.
Porém, conforme já tenho sugerido, não será essa uma prática baseada, em última análise, na desconfiança acerca do Espírito Santo, de Seu poder e de Sua obra? Não deixa ela subentendido que o Espírito Santo precisa ser ajudado, auxiliado e suplementado, a fim de que a obra seja apressada, não podendo tudo ser deixado nas mãos do Espírito? Não posso ver como poderíamos escapar dessa conclusão.
Ou então, colocando o problema sob outra luz - um nono ponto - não se levanta toda essa questão da doutrina da regeneração? Para mim, essa é a questão mais séria de todas. O que quero dar a entender é o seguinte (e o que aqui digo cobre este ponto tanto quanto o anterior), que em face de ser essa uma obra do Espírito Santo, e dEle somente, então ninguém mais pode concretizá-la no Seu lugar. A obra verdadeira da convicção de pecado, da regeneração, da dádiva do dom da fé e da nova vida cabe, unicamente, ao Espírito Santo. E posto ser uma obra Sua, ela sempre será uma obra completa; e sempre será uma obra que se fará visível. Sempre foi assim. Pode-se ver isso, da maneira mais dramática, no dia de Pentecostes, em Jerusalém, conforme Atos 2. Enquanto Pedro ainda proferia o seu sermão, os ouvintes começaram a clamar, sob convicção de pecado: "Que faremos, irmãos?" Ora, Pedro estava pregando sob o poder do Espírito Santo. Ele estava expondo e aplicando as Escrituras. E não se utilizou de qualquer técnica, e nem deixou escoar-se qualquer intervalo entre o sermão e o apelo. De fato, nem ao menos Pedro teve a possibilidade de terminar o seu sermão. A poderosa obra de convicção prosseguia, e fez-se visível da maneira como invariavelmente se faz.
Lembro-me de ter lido a narrativa de certo reavivamento que ocorreu no Congo, em um livro intitulado This is That (Isso é Aquilo), particularizando um dos capítulos escrito por um homem a quem conheci pessoalmente. Ele já vinha atuando como missionário evangélico, no coração da África, por vinte anos, e a cada reunião, virtualmente, fizera apelos ao povo para que viesse à frente e se decidisse pelo Evangelho, em resposta à sua mensagem. Pouquíssimos haviam atendido, e ele estava de coração partido de tristeza. Ele pressionava os ouvintes e lhes fazia rogos, e fazia tudo quanto é habitual entre os evangelistas; e, no entanto, não obtinha resposta favorável. Então, de certa feita, ele teve de afastar-se para uma parte distante do distrito do qual estava encarregado. Enquanto estava ausente, irrompeu um reavivamento na área central de seu distrito. A sua esposa lhe enviou uma mensagem, relatando o que estava sucedendo. A princípio ele não gostou do que acontecia. Não o alegrava ouvir falar acerca daquilo, porque tudo sucedera enquanto ele não estava presente - todos nos inclinamos a sermos culpados de tal orgulho. Não obstante, precipitou-se de volta, no intuito de controlar o que sentia ser uma explosão de emocionalismo ou alguma espécie de "fogo fátuo". Tendo regressado, reuniu o povo no templo, e começou a pregar. Para seu completo espanto, e antes de estar a meio caminho de seu sermão, as pessoas começaram a vir á frente, sob profunda convicção de pecado. Aquilo que ele tentara levá-los a fazer por vinte anos e não conseguira, agora faziam-no espontaneamente. Por quê? Porque o Espírito Santo estava realizando a obra. Sua atuação sempre se torna manifesta. Assim deve suceder, necessariamente, e assim sempre sucederá. Certamente isso não requer demonstração e nem argumento em seu favor. A obra de Deus sempre se patenteia, quer na natureza, na criação ou nas almas dos homens.
Já passei por muitas experiências no que tange a esse aspecto da questão. Mais adiante, direi alguma coisa sobre o romance da obra do pregador e do ministro do Evangelho; e isso focaliza um dos aspectos da mesma. Lembro-me de como, durante os negros dias da Segunda Guerra Mundial, quando tudo era desencorajador em extremo - os bombardeios haviam dispersado a nossa congregação, e assim por diante - eu estava passando por um período de grande desencorajamento. De repente, recebi uma carta das Índias Orientais Holandesas, que agora têm por nome Indonésia. Fora enviada por um soldado holandês que me dizia que sua consciência o havia espicaçado de tal maneira que, finalmente, resolvera escrever-me para narrar o que lhe havia sucedido dezoito meses antes. Esclarecia-me que viera à Inglaterra, com o Exército Livre Holandês. E enquanto estava aquartelado em Londres, viera aos nossos cultos por diversas vezes. Naqueles dias, ficara convencido sobre o fato de que jamais fora um crente verdadeiro, embora tivesse pensado que o era. Depois disso, passou por um negro período de convicção de pecado e de desamparo espiritual; mas, eventualmente, pudera ver com clareza a Verdade e desde então muito se regozijava. Nunca viera contar-me o que se passara consigo, por diversas razões; mas agora me participava de tudo em sua carta.
Minha reação a essas coisas é a seguinte. Que importa se eu vier a saber ou não do resultado da pregação? Naturalmente, isso tem seu valor, do ângulo que serve de encorajamento para o obreiro cristão. Mas não têm valor algum, do ponto de vista da própria obra. A obra foi realizada, e ela se patenteou, e continuava a manifestar-se na vida daquele soldado antes mesmo dele haver-me escrito. E é isso que realmente importa.
Graças a Deus, tenho constatado a repetição dessa experiência nestes últimos tempos. Tendo-me aposentado de um pastorado ativo, e podendo viajar por muitos lugares, por restar-me mais tempo, tenho encontrado pessoas, em vários lugares da Grã-Bretanha, que me vêm dizer que se converteram enquanto me ouviam pregando. De nada eu soubera antes desses episódios, mas eles tinham acontecido há muitos anos, no passado. Por exemplo, eu pregava no templo de certo pregador, há exatamente dezoito meses passados. Enquanto me apresentava à sua congregação, ele narrou em breves pinceladas a sua história espiritual, e, para minha total surpresa, fiquei sabendo que eu havia desempenhado um papel vital na mesma. Aquele homem fora um profissional muito bem qualificado, que deixara a sua profissão e se tornara o pastor daquela Igreja. Ele contou aos circunstantes como, em uma quente noite de verão, no mês de junho, ao andar sem rumo por uma rua de Londres, ouviu o som de cânticos que provinham da Capela de Westminster. Entrou e permaneceu ali até o fim da reunião. "Saí dali", declarou ele, "um novo homem, nascido de novo, regenerado". Antes daquela oportunidade ele fora completamente ignorante sobre tais coisas; e, na verdade, inclinara-se por desprezá-las e eliminá-las de suas cogitações. Ora, aquela era a primeira vez que eu ouvia falar de tais acontecimentos, embora tudo tivesse ocorrido em 1964. Porém, que importa isso? O importante é que, visto ser o Espírito aquele que realiza tal obra, trata-se de uma obra real, sólida; e ela sempre tende por manifestar-se.
Passo agora a firmar como meu décimo ponto que nenhum pecador chega realmente a "decidir-se em prol de Cristo". Esse vocábulo, "decidir-se", a mim sempre me pareceu bastante errado. Com freqüência tenho ouvido pessoas usarem expressões que me parecem perturbadoras, que me deixam muito infeliz. Geralmente usam-nas em sua ignorância, e com a melhor das intenções. Posso pensar em um idoso cavalheiro que costumava dizer o seguinte: "Meus amigos, eu me decidi ao lado de Cristo faz quarenta anos, e nunca me arrependi disso". Quão terrível é dizer, "Nunca me arrependi!" Mas esse é o tipo de declaração que fazem as pessoas que têm sido criadas no Evangelho debaixo desse ensinamento e desse método. Um pecador nunca "se decide" em favor de Cristo; o pecador "foge" para Cristo, em total desamparo e desespero, dizendo -
Infrator, à fonte corro,
Lava-me, Senhor, ou morro.
Ninguém vem verdadeiramente a Cristo, a menos que se atire nEle como seu único refúgio e esperança, seu único meio de escape das acusações da própria consciência e da condenação ante a santa lei de Deus. Nenhuma outra coisa é satisfatória. Se um homem qualquer disser que, tendo pensado sobre a questão e havendo considerado todos os lados envolvidos, terminou por decidir-se ao lado de Cristo, e se o fez sem qualquer emoção ou sentimento, não poderei aceitá-lo como homem que foi regenerado. Como um coitado que está se afogando não simplesmente "se decide" a pegar na corda que lhe é atirada, mas agarra-se a ela pois esta é sua única escapatória, assim também o pecador convicto não simplesmente "se decide" em favor de Cristo. Tal expressão é inteiramente imprópria.
Entretanto, uma vez mais temos de defrontar-nos com o argumento baseado em "resultados". Mas, "Veja o que acontece", dizem muitos. Ao que me parece, esse é um argumento que pode ser respondido de diversos modos. Um deles é que nós, protestantes que somos, não deveríamos lançar mão do argumento jesuítico de que o fim justifica os meios. No entanto, esse argumento sobre resultados eqüivale a isso, efetivamente. Mas, deveríamos aprofundar-nos mais, examinando os resultados e as reivindicações que são feitas. Qual porcentagem dessas "decisões" perdura? Já ouvi evangelistas dizerem que nunca esperam que se firme mais de uma décima parte dessas decisões. Eles afirmam isso abertamente. O que então exerceu influência sobre os restantes? E se alguém disser que só importam aqueles dez por cento, por representarem o resultado da operação do Espírito, então replicarei que isso teria acontecido mesmo na ausência de qualquer "convite para virem á frente".
Indo mais adiante, é imprescindível que saibamos fazer a distinção entre resultados imediatos e resultados remotos. Para fins de argumentação, vamos admitir que se verifique certo número de resultados imediatos. Apesar disso, teremos de levar em conta os efeitos e resultados remotos dessa maneira de proceder - o efeito sobre a vida da Igreja local, bem como sobre a vida das Igrejas em geral. A despeito de tudo quanto nos tem sido dito acerca de resultados fenomenais e espantosos, durante os últimos vinte anos, dificilmente poder-se-ia contestar que o nível geral de autêntica espiritualidade, na vida das nossas Igrejas, tem atravessado um seríssimo declínio. Ora, esse é o efeito remoto, o qual é diametralmente contrário àquilo que sempre aconteceu em tempos de reavivamento e despertamento espiritual.
Outrossim, nas reuniões de pastores e em conversa particular com muitos ministros, tenho averiguado que, de modo geral, os ministros acham que seus problemas aumentaram, e não que diminuíram, em anos recentes. Já mencionei o caso de ministros que nem ao menos têm sido convidados por certas Igrejas, por esse motivo. E já teci comentários sobre outros que são criticados pelos próprios membros de suas respectivas Igrejas porque não costumam fazer um "apelo" no fim de cada culto. Essa prática parece haver introduzido uma nova espécie de mentalidade, uma carnalidade que se expressa na forma de um doentio interesse pelos números. Isso também tem criado um desejo pelo que é emocionante, uma quase impaciência diante da mensagem, porquanto todos estão esperando pelo "convite", após a pregação, para que vejam os resultados. Ora, esse estado de coisas, por certo, é muito sério.
Nesta altura, vem participar do quadro geral um outro elemento. Conforme eu já dissera, exprime um fato aquela declaração de que os organizadores dessa espécie de atividade são capazes de predizer, com extraordinária precisão, o número de decisões e resultados que provavelmente conseguirão. Têm até mandado imprimir seus cálculos antes da campanha ter início, e geralmente não erram por grande margem em suas estimativas. Ora, isso é algo perfeitamente inconcebível em conexão com a obra do Espírito Santo. Ninguém sabe o que o Espírito Santo haverá de fazer. "O vento sopra onde quer Nada pode ser predito, nada pode ser antecipado. Os maiores pregadores e santos, com freqüência, têm tido cultos difíceis e estéreis quanto aos resultados numéricos, e têm deplorado esse fato. E mesmo em períodos de reavivamento, há dias e reuniões em que coisa alguma acontece, em absoluto; mas no dia seguinte, talvez, eis que ocorre um avassalador derramamento de poder. Por conseguinte, o próprio fato que se pode mais ou menos antecipar e predizer o que provavelmente sucederá, serve de indicação de que tal método não se molda ao que sempre caracterizou a obra do Espírito. Por outro lado, confio que tenha ficado claro que, em tudo quanto acabo de dizer, não estou pondo em dúvida os motivos ou a sinceridade daqueles que se utilizam desses métodos, e nem que não tenham havido conversões genuínas, pois preocupei-me tão somente em mostrar por quais razões eu mesmo não tenho empregado essa técnica.
Portanto, você perguntará, o que se deveria fazer? Eu mesmo situo a questão nestes termos. O apelo deve fazer parte integrante da própria Verdade, da própria mensagem. Enquanto você estiver proferindo um sermão, deveria estar fazendo constantes aplicações da mensagem, sobretudo, como é natural, na última fase, quando chegarem à aplicação final e ao clímax do sermão. Mas o apelo deve fazer parte da mensagem; deve ser assim, inevitavelmente. O sermão deve ter a capacidade de fazer os homens perceberem ser essa a única coisa que pode ser feita. O apelo deve estar implícito ao longo de todo o corpo do sermão, bem como em tudo quanto o pregador faz. E eu diria, sem qualquer hesitação, que um apelo distinto, separado e especial no fim do sermão, após certo intervalo, ou após um hino, só deveria ser feito se o pregador tiver plena consciência de alguma imposição avassaladora do Espírito de Deus para que ele assim faça. Se alguma vez eu sentir tal coisa, fá-la-ei; mas somente então. E mesmo num caso desses, a maneira pela qual o farei não será convidando as pessoas para que venham à frente. Simplesmente participarei aos presentes que me ponho à disposição para conversar com qualquer pessoa que queira entrevistar-me, no fim da reunião ou em qualquer outra oportunidade. De fato, acredito que o ministro sempre deveria anunciar, de alguma maneira ou forma, que ele está pronto para conversar com qualquer pessoa que queira conversar com ele a respeito de sua alma e de seu destino eterno. Isso pode ser dito por meio de um cartão posto em cada assento - assim tenho agido eu mesmo - embora você possa fazê-lo usando qualquer outro esquema. Faça-se disponível, deixe bem claro que está à disposição dos interessados, e assim você descobrirá que as pessoas que sentiram a convicção de pecado, virão falar com você porque se sentem infelizes. Não é infreqüente que elas receiam voltar para casa do mesmo jeito. Já vi casos de pessoas que, depois de estarem a meio caminho de casa, voltaram para conversar comigo, na igreja, por não poderem tolerar o senso de convicção de pecado e de infelicidade; a agonia delas era grande demais.
Ou então, se tiverem encontrado a salvação e agora se rejubilam nela, haverão de querer revelar-lhe o acontecido. Cada pessoa fará isso no seu próprio tempo; permita-lhe a liberdade de fazê-lo. Não procure forçar tais coisas. Essa é uma obra do Espírito Santo de Deus. A obra dEle é completa, e também é duradoura; e, por essas razões, não nos devemos impacientar e ansiar à cata de resultados. Não estou dizendo que essa ânsia seja desonesta, mas digo que ela é um erro. Precisamos aprender a confiar no Espírito, dependendo da Sua atuação infalível.
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1001 Referências Bíblicas, Bem à Mão
("1001 Handy Scripture References")
Adoração a Maria (deusa)
João 2:5; Êxo 20:3-6; Juízes 10:6; 1Sm 7:3-4; 12:10; 1Re 11:5; Jer 44:16-25
Adoração
João 4:24; Êxo 34:14; Sal 29:2; Mat 4:10; Flp 3:3; Sal 95:6; 22:27
Adultério
Êxo 20:14; Lev 20:10; Pro 6:32; Mat 5:27-28; 19:9; Mar 10:11-12; Gál 5:19-21
Adversidade
1Pe 5:8; Pro 24:10; Mat 5:25; Sal 31:7-9; Isa 54:17; Heb 13:6; Luc 18:7
Agnóstico
Oséias 4:1, 6; Atos 17:22-23; 1Jo 5; Isa 5:13; Jer 4:22; Pro 2:1-5; 1Co 1:21
Alegria
Nee 8:10; Sal 51:12; 126:5; João 15:11; 1Te 2:19-20; Sal 28:7; Flp 4:4
Amaldiçoar e Praguejar
Sal 10:7; 109:17-18; Pro 29:24; Rom 3:14; Tit 2:7-8; Heb 6:8; Mat 12:36-37
Amor
Mat 22:37-39; Êxo 20:6; Sal 31:23; 2Jo 1:5-6; 1Jo 4:19-20; Mat 5:44; Efé 5:25
Anjos
Heb 1:4; Sal 8:5; 68:17; Mat 25:41; 26:53; Mar 1:13; Apo 12:7-9
Anticristo
2Te 2:3-4; Dan 7:23-28; 8:23-25; Apo 13:1- 18; 14:9-11; 17:8-18; 19:19-20
Apostasia
2Te 2:3; Luc 8:13; 18:8; 2Tm 3:1-7; 1Tm 4:1-3; 2Pe 3:3-7; Apo 13:3-4
Armagedon
Apo 16:13-16; 19:17-21; Juízes 5:19-20; Zac 12:11-14; 14:2-3; Joel 3:9-16; Sofonias 3:8-9
Arrebatamento
1Co 15:51-52; 1Te 4:13-18; João 14:1-3; 11:23-25; 1Te 1:10; Cantares 2:8-10; Apo 4:1
Arrependimento
Atos 17:30-31; Luc 13:3; 2Co 7:9-10; Mat 3:8; Atos 26:20; Sal 51; Mar 9:13
Ateísmo
Sal 14:1; Gên 1:1; Rom 1:19-28; Sal 19:1-6; Sal 10:4; Efé 2:12; Job 22:17
Auto-negação, altruísmo
Luc 9:23; Tit 2:12; Rom 1:8-13; 15:1; Atos 20:24; Mar 8:35; Apo 12:11
Batismo
Mat 28:18-20; Atos 8:12-13, 37-38; Mat 3:13- 17; 9:18; 16:33; 1Co 1:13-17
Batismo do Espírito Santo
Mat 3:11-12; Atos 1:5; 1Co 12:13; Efé 4:5; Gál 3:27; Rom 6:3-4; Mat 20:22-23
Beber Álcool
Lev 10:9; Pro 20:1; 23:29-35; 31:4-7; Hab 2:15; Efé 5:18; Isa 5:11
Bíblia, Ensino, Doutrina
1João 2:27; Mat 7:29; 28:19-20; 1Tm 3:2; 2Tm 2:2; 1Sm 12:23; Deut 6:6-7
Bíblia, Estudar
2Tm 2:15; João 5:39; Atos 17:11; Isa 8:20; 2Tm 3:15-17; 1Pe 1:10-11; Oséias 4:6
Bíblia, Ler
Josué 1:8; 8:34-35; Nee 8:8; Job 23:12; Sal 119:130; Pro 2:1; Apo 1:3
Bíblia, Pregar
2Tm 4:2; Rom 10:14-15; Atos 8:35; 1Co 1:17-23; Mat 4:17; Sal 40:9; Isa 61:1-3
Ceia do Senhor
Mat 26:26-29; Mar 14:22-25; Luc 22:19-20; 1Co 10:21; 11:23-26; Deut 10:9-11; Deut 32:32-33
Céu
Mat 5:34; Isa 66:1; Col 3:2; Mat 6:20-21; Efé 3:15; 2Co 12:1-4; Apo 13:6
Cobiça
Êxo 20:17; Sal 119:36; Pro 28:16; Mar 7:21- 22; Luc 12:15; Col 3:5; Efé 5:3
Compaixão
Judas 1:22; 1Pe 3:8-9; Luc 15:20; Mat 14:14; Sal 78:38; 86:15; Lam 3:32
Confissão
Pro 28:13; 1Jo 1:9; Sal 32:5; 51:1-19; Mat 10:32-33; Rom 10:9; 14:11
Consciência
João 8:9; Atos 24:16; Rom 2:15-16; 1Co 8:12; Tit 1:15; 1Tm 4:2; Heb 9:14
Contentamento
Flp 4:11; 1Tm 6:6-8; Luc 3:14; Heb 13:5; Pro 23:17-18; Gên 33:9; Pro 27:23-27
Coragem
2Sam 10:12; Sal 27:14; 31:24; Flp 4:13; Josué 1:9; Deut 31:6; 2Crô 15:8
Crer
Tia 2:19; João 3:36; 5:24; Atos 16:30-31; Rom 4:5; 10:9-10; 1Jo 5:10-13
Criação por Deus, Criacionismo [em 6 dias literais], Não Evolucionismo
Gên 1:1; Col 1:16-18; João 1:1-3; Heb 1:1-3; Rom 1:19-20; Mar 10:6; 13:19
Culpa
Rom 1:20; 3:19, 23; Mat 11:28-29; 1Jo 1:9; Sal 32:5; Sal 51
Dinheiro
1Tm 6:10, 17; Luc 18:24; 16:11; Pro 11:4; Sal 37:16; 62:10
Disciplina-Correção por Deus
Apo 3:19; Heb 12:4-11; Deut 8:5; Pro 13:24; 19:18; 1Co 11:30-32; Sal 94:12
Dispensações
Efé 3:2; 1:10; Col 1:25; 1Co 9:17; 2Tm 2:15; Luc 16:16; Heb 8:8-13
Divindade de Jesus Cristo
1Jo 5:7; João 1:1-3, 14; 8:58; 10:30; Zac 12:10; Mat 1:23; Col 1:13-18
Divórcio
Mat 5:31-32; 19:3-9; Mar 10:1-12; Mal 2:16; Rom 7:1-3; Luc 16:18; 1Co 7:1-15
Dízimo
Gên 14:20; 28:22; Lev 27:30-32; Núm 18:21- 28; Deut 14:22; 2Co 9:7; Luc 6:38
Doença, enfermidade
2Co 12:7-10; Sal 103:3; Jer 17:14; Isa 58:1- 8; Tia 5:14-15; Êxo 23:25; Mat 25:36-46
Doutrina
2Tm 3:16; 4:2-3; Tit 1:9; 2:1; 1Tm 4:13; Pro 4:2; Isa 28:9-13
Envergonhado de Jesus
Mar 8:38; Rom 1:16; 10:11; Sal 25:2-3; Sal 119:6; 119:80; 2Tm 1:7-8
Espírito Santo
Efé 4:30; João 14:16-26; 15:26; 16:13; Rom 14:17; Heb 9:14; 2Co 1:22
Espíritos Imundos
Mar 5:12-13; Mat 8:16; Luc 8:26-35; Mar 9:18-22; Mat 9:32-33; 1Tm 4:1; Efé 6:12
Evangelho
1Co 15:1-4; Rom 1:16; 10:15; 1Co 1:17; Efé 6:15; Gál 1:8; 2Co 11:4
Expiação pelo Sangue
Lev 17:11; 1Jo 1:7; Atos 20:28; Heb 9:11- 22; Rom 5:8-9; Col 1:14; Apo 1:5
Falsos Profetas
Mat 7:15-20; 24:11, 24; 2Pe 2:1; 1Jo 4:1; Deut 18:20-22; Rom 16:17-18; Apo 19:20
Faltas, Falhas, Pecados
Tia 5:16; Gál 6:1-2; João 19:4-6; Mat 18:15- 17; Dan 6:4; Sal 19:12; Gên 41:9
Fé
Heb 11; Rom 10:17; 14:23; Luc 17:6; 2Co 5:7; Rom 4:5; Efé 2:8-9
Filhos
Mar 10:14; Sal 127:3-5; Pro 17:6; 31:28; Deut 1:39; Luc 2:52; Gên 1:28
Filhos, Responsabilidade dos
Efé 6:1-3; Êxo 20:12; Pro 1:10; 6:20; 23:22; 23:26; Col 3:20
Fornicação
Atos 15:20, 29; 1Co 6:13-20; 1Te 4:3; Col 3:5; Efé 5:3; 1Co 7:2; Apo 9:21
Frutos, frutificar, dar frutos
Pro 12:12; Sal 1:3; Mat 3:10; 7:16-20; Rom 7:4; Gál 5:22; Col 3:10
Fumar, Cigarro
1Co 10:31; 1Te 5:22; Pro 16:27; 2Co 6:17; Rom 14:21; 1Co 6:19-20; Rom 12:1
Fuxico, mexerico, intriga
1Tm 5:13; Mat 12:36-37; Tit 2:8; Col 4:6; Sal 64:1-10; Pro 16:27; Tia 3:1-18
Gentileza-bondade (Kindness)
Efé 2:7; Col 3:12; 2Pe 1:5-7; Efé 4:32; Pro 31:26; Sal 141:5; Rom 12:10
Gentileza (Gentleness)
Gál 5:22; 1Te 2:7; 2Tm 2:24; 2Co 10:1; Tit 3:2; Tia 3:17; Sal 18:35
Globalismo
Sofonias 3:8-9; Mat 13:40-42; Apo 13:3, 16-18; 12:9; 16:14; Miq 4:11-13; Pro 11:21
Graça
Gên 6:8; Sal 84:11; João 1:14; Atos 15:11; Rom 6:14-18; 11:5-6; Efé 2:8-9
Grande Tribulação
Apo 7:14; 6:1-19:21; Dan 9:27; Mat 24:15-21; Deut 4:30; Jer 30:7; 1Te 5:9
Heresia
1Co 11:19; Tit 3:10; Mat 7:15; Gál 5:20; 2Pe 2:1; Atos 20:29; Rom 16:17-18
Hipocrisia
Job 25:4-5; Mat 6:5, 16; 7:4-5; Mat 23; Mar 7:6; Job 13:16; 1Tm 4:2
Homossexualidade
Lev 18:22; 20:13; Rom 1:21-32; 1Co 6:9; Juízes 19:22-23; Gên 19:5-7; Deut 23:17
Honestidade
Rom 12:17; Atos 6:3; 2Co 8:21; Flp 4:8; 1Pe 2:12; Heb 13:18; 1Te 4:12
Humildade
Rom 12:3; Mat 18:3; Tia 4:6, 10; 1Pe 5:6; Col 3:12; Pro 15:33; 22:4
Idolatria
Lev 19:4; Sal 115:4-8; Eze 14:1-9; 1Co 10:14; Gál 5:19-21; 1Sm 15:23; Col 3:5
Inferno
Luc 16:23; Mat 5:22; Sal 9:17; 2Pe 2:4; Apo 20:13-15; Mar 9:42-48; Deut 32:22
Inimigos
Mat 5:43-44; Sal 18; Miq 7:8; Rom 12:20; 5:10; Tia 4:4; 1Co 15:26
Inspiração da Escritura
2Tm 3:16-17; 2Pe 1:19-21; Heb 4:12; 2Sam 23:2; Atos 28:25; 1Te 2:13; Luc 1:70
Ira
Efé 4:31; Tia 1:19-20; Pro 15:1; 16:32; Ecl 7:9; Sal 37:8; Col 3:8
Israel
Gên 32:28; Isa 46:13; 48:12; Rom 11:25-28; Isa 43:1-7; Atos 15:16-17; Isa 11:11-12
Jejum
Isa 58; Mat 6:16-18; Jonas 3:5-10; Luc 5:33- 35; 2Co 6:5; 2Co 11:27; Mat 17:21
Julgamento (Final), Trono Branco
Apo 20:11-15; Rom 2:16; Atos 17:31; Dan 7:9- 10; Ecl 12:14; Mat 12:36; 1Co 6:3
Julgar ou não julgar
Mat 7:1-5; João 7:24; 1Co 2:15; Mal 3:18; 1Te 5:21; 1Jo 4:1; Pro 21:3
Justiça Imputada
Rom 4:5-8; Sal 32:1-2; Miq 6:5 com Núm 23:21-24; 2Co 5:21; Rom 5:18-19; Flp 3:9
Justificação
Job 25:4; Atos 13:39; Rom 3:24-28; 5:1-9; 8:30; Gál 2:16; 1Co 6:11
Juventude, Jovens
Sal 119:9; Ecl 11:9; 12:1; Tit 2:4-8; Sal 148:12-13; 1Pe 5;5; Lam 3:27
Língua
Tia 3:1-18; Sal 39:1; 141:3; Pro 10:20; 18:21; 21:23; Mat 12:36-37
Línguas (Falar em línguas)
Gên 11:1-8; 1Co 13:1; 13:8; Atos 19:6; 2:4-12; I Cor 14; Mar 16:17
Longanimidade
2Pe 3:9; Êxo 34:6; Sal 86:15; Gál 5:22; Efé 4:1-2; 1Tm 1:16; 2Tm 4:2
Louvor
Heb 13:15; Deut 10:21; Sal 9:1-2; 35:18; 150; 1Pe 2:9; Apo 19:5
Luxúria, Lascívia
1Jo 2:16-17; Tia 1:14-15; Gál 5:16; Mat 5:28; Sal 81:12-13; Rom 7:7; 1Te 4:4-5;
Mansidão
Isa 11:4; 1Pe 3:4; 3:15; Sal 147:6; Tia 1:21; 3:13; Gál 5:22-23
Marca da Besta
Apo 13:16-18; 14:9-11; 15:2; 16:2; 19:20; 20:4; Lev 19:28
Mentir
Êxo 20:16; Núm 23:19; Mal 3:5; Pro 6:16-19; 19:5; Apo 2:2; 21:8
Misericórdia
Tit 3:5; Efé 2:4; Mat 5:7; Tia 3:17; Heb 4:16; Sal 136:1-26; 89:14
Missa
Gên 9:4; Lev 17:11-14; Atos 15:29; Sal 16:4; Deut 32:32-33; João 6:63; Heb 10:10-12
Missões
Luc 10:1-2; João 20:21; Mat 28:18-20; Rom 10:13-15; Atos 9:15; 13:2-3; Isa 61:1
Mordomia, fiel gerenciamento da propriedade de Deus
Luc 12:42; 16:1-12; 1Co 4:1-2; Mat 25:14-30; 18:23-34; Rom 14:11-12; 1Pe 4:10
Morte
Heb 9:27; Tia 1:15; Rom 6:23; Gên 2:17; Sal 23:4; Apo 21:4; 1Co 15:55
Música
Efé 5:19; Col 3:16; Sal 150; Apo 5:8-10; 1Crô 23:5; Sal 100:2; Sal 96:1-2
Nascimento de Novo
João 3:1-8; 1Pe 1:23; 2Co 5:17; Sal 22:30- 31; João 1:12-13; 1Jo 3:1-2; 5:4
Nascimento Virginal
Gên 3:15; Isa 7:14; Mat 1:22-25; Jer 31:22; Luc 1:34-35; Mat 2:11; Luc 1:26-27
Nova Jerusalém
João 14:1-3; Apo 21-22; Sal 46:4; 48:2; Heb 11:16; 12:22; Gál 4:26
Obediência
1Sm 15:22; Atos 5:29; Deut 5:29; 11:26-28; Tia 1:22; Sal 18:44; Luc 6:46
Obras
Tit 3:5; Efé 2:8-9; Rom 4:5; 11:6; Gál 2:16; 2Tm 1:9; Isa 64:6
Ódio
Deut 5:9; Sal 34:21; 97:10; 119:104; Pro 6:16- 19; 8:13; Apo 2:6
Oração
1Te 5:17; Luc 18:1-8; 1Tm 2:8; Mat 21:22; 2Crô 7:14; Efé 6:18; Sal 66:18
Orgulho
Pro 6:17; 8:13; 16:18-19; 29:23; Tia 4:6; 2Tm 3:2; Mar 7:21-23
Paciência
Rom 5:3-4; Tia 1:2-4; Sal 27:14; 37:7-10; 40:1; Gál 6:9; Pro 20:22
Palavra de Deus
Heb 4:12; Sal 119:89; Luc 4:4; 2Tm 3:16- 17; João 17:17; Pro 30:5; Sal 119:11
Parentes
Pro 22:6; Deut 11:19; Gên 18:19; Efé 6:4; Pro 29:17; 22:15; 29:15
Participar dos Cultos, Freqüência à Igreja
Heb 10:25; Atos 20:7; Mat 18:20; Judas 17-19; Sal 122:1; 27:4; 73:16-17
Paz
Isa 57:21; 1Te 5:3; Rom 3:17; 4:5; 5:1; 14:17; Flp 4:7
Pecado
1Jo 3:4; Rom 6:12-18; 7:7-25; 14:23; Gên 4:7; Efé 4:26; Tia 4:17
Pecadores
Rom 3:23; Gál 3:22; Ecl 7:20; Rom 5:8; Mat 9:13; Luc 18:13; 1Tm 1:15
Pena de Morte
Gên 9:6; Êxo 21:12; Lev 24:17; Núm 35:16- 21; Rom 13:1-5; Atos 25:11; Apo 13:10
Pensamentos
Gên 6:5; Sal 10:4; 94:11; Pro 16:3; Isa 55:8- 9; 2Co 10:5; Heb 4:12
Perdão
Sal 86:5; Mat 18:21-22; Mar 11:25-26; Luc 17:3-4; 23:34; Col 3:13; 1Jo 1:9
Perseguição
2Tm 3:12; Rom 12:14; Mat 5:44; João 15:20; 2Co 2:17-18; Tia 5:10-11; Jer 17:18
Pregação ao Ar Livre
Atos 20:20; Jer 11:6; Luc 10:10; 14:21-23; Heb 13:11-14; Atos 18:28; Luc 8:1-8
Preguiça
2Te 3:10-12; Pro 20:13; 24:30-24; 10:4-5; 28:19; Efé 4:28; Rom 12:11
Preocupar-se
João 14:1-3; Sal 37:1-8; Pro 24:19; João 14:27; Isa 26:3; Luc 12:22-31; Flp 4:6-7
Preservação das Escrituras
Sal 12:6-7; 119:89; 119:152; 119:160; Mat 24:35; 1Pe 1:23-25; Ecl 3:14
Providência de Deus
Flp 4:19; Mat 6:30-33; 2Co 9:8-10; Sal 23; 1Crô 29:12; Sal 78:19-22; 1Tm 5:8
Redenção
Sal 71:23; Job 19:25; Rom 3:24; 1Pe 1:18; Col 1:14; Gál 3:13; Rom 8:23
Regeneração
Tit 3:5; João 3:6-8; 1Jo 3:9; Gál 6:15; 2Co 5:17; Col 3:10; Eze 11:19
Reino Milenar
Apo 20:1-6; Dan 7:13-14; Isa 9:6-7; Atos 1:6-7; Dan 2:44; Isa 2:1-4; Apo 5:10
Ressurreição
Mat 28:6-7; Job 19:25-26; Apo 20:6; 1Co 15; João 5:28-29; Isa 26:17; Mat 22:23-30
Retidão, Justiça
Mat 5:6; Rom 4:4-8; 14:17; Efé 6:14; 1Pe 2:24; Rom 5:19; Pro 14:34
Roubar
Êxo 20:15; Lev 19:11; Efé 4:28; 1Co 6:9-10; 1Te 4:6; 1Pe 4:15; Jer 23:30
Sabedoria
Pro 3:13; 4:7; 8:11; Sal 111:10; Tia 1:5; Job 38:12-28; Mat 10:16
Sacrifício
Rom 12:1-3; Sal 107:22; 1Pe 2:5; Sal 51:17; Mar 12:33; Heb 13:15-16; 10:12
Salvação
Luc 19:10; 1Tm 1:15; Heb 7:25; Rom 10:9- 13; Efé 2:8-9; João 12:47; Atos 16:30-31
Santificação
João 17:17; 1Co 6:11; 1Te 4:4; 5:23; Heb 2:11; 10:10-14; 13:12
Satanás
Isa 14:12-15; Eze 28:13-19; 1Pe 5:8; Apo 12:9; 2Co 4:4; Tia 4:7; Apo 20:20
Segunda Vinda de Cristo
Apo 19:11-21; 1:7; 6:14-17; Judas 14; Mat 24:19-35; Atos 1:11; Tit 2:13
Segurança Eterna
João 10:28-29; 6:37; Rom 8:38-39; Heb 13:5; Efé 4:30; Flp 1:6; Sal 89:20-37
Sinais e Maravilhas
2Co 12:12; Heb 2:3-4; Mat 12:38-39; 1Co 1:22; 2Te 2:8-11; Apo 13:13-14; 2Co 11:13-15
Sofrimento
2Tm 3:12; Rom 8:18; 2Co 4:17; 1Pe 2:19- 21; 1Pe 4:13-19; Tia 5:10; Sal 119:71
Solidão
Heb 13:5; Isa 41:10; João 14:16-18; Sal 40:17; Rom 11:2-4; Sal 23:4; Mat 28:20
Sucesso
João 10:10; Josué 1:8; Pro 22:1; Sal 1:1-3; Deut 29:9; 3Jo 1:2; Ecl 7:14
Temor de Deus, Temer a Deus
Deut 5:29; Pro 15:16; Ecl 12:13; Rom 3:18; Sal 111:10; Jer 10:7; Apo 15:4
Temor dos Homens, Temer aos Homens
Pro 3:24-25; 29:25; Sal 118:6; 56:4; 3:6; Mat 10:28; Heb 13:6
Tentação
Pro 1:10; Tia 1:12-14; 1Co 10:13; Mat 26:41; 4:1-11; Heb 2:18; 4:15-16
Testemunhar
Atos 1:8; Rom 10:11; Pro 11:30; João 15:27; Mat 28:19-20; Atos 5:32; 13:31
Tolice, Insensatez, Loucura
Sal 69:5; 107:17; Pro 1:7; 22:15; 24:9; Mar 7:21-23; Rom 1:22
Tribunal de Julgamento Por Cristo
Rom 14:10; 2Co 5:10; João 5:22; 1Co 3:11- 15; 2Jo 1:8; 2Tm 4:8; Mat 10:42
Trindade
1Jo 5:7; Mat 28:19; 2Co 13:14; Mat 3:13- 17; Gên 1:26; 11:7; Rom 1:20
Velhos Tempos
Lev 19:32; Pro 16:31; Sal 71:9-18; 92:13-15; Efé 6:1-3; 1Tm 5:1-2; Isa 46:4
Vida Eterna
João 3:16; 5:24; 10:28; 11:26; Tit 1:2; 1Jo 5:11-13; Rom 6:23
Zelo
Tit 2:14; Apo 3:19; Rom 10:2; 2Co 7:11; 9:2; Gál 1:14; 2Re 10:16
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