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TRISTE FIM DO CULTO À MARIA

Triste Fim do Culto à Maria

 

Introdução

    No meu último ano do curso de Letras, na UNIP de Santos (SP), na RuaRangel Pestana, nas aulas de Literatura, estudava a obra Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, um dos marcos do Pré-Modernismo no Brasil, cujo tema central do livro é o nacionalismo ― absurdo, porém honesto ― de Policarpo Quaresma (mais conhecido como Major Quaresma), e também aquele nacionalismo que se torna perigoso quando manipulado por mãos férreas, como as do Marechal Floriano Peixoto e a Revolta Armada. Lançado em 1911, a obra é uma predição sobre os regimes autoritários que ganhariam corpo a partir de 1930: a fito de engrandecer a pátria, só um governo forte, ou mesmo a tirania.

           Foi no discorrer acerca do Triste Fim de Policarpo Quaresma que uma professora minha ― doutora da USP ― estreou-se a acusar os crentes de “regime autoritário”, incutindo nas mentes das pessoas uma revolta desenfreada contra Maria ― mãe do Salvador Jesus. A doutora tachou os crentes de “tiranos”, uma vez que, ensinando desta forma, são contra a doutrina católica e demonstram “extrema severidade ou rigor dum poder de persuasão exercido sobre os leigos”. Incriminou-me, portanto, pois também faço parte deste povo – tirado do mundo e odiado por levar a Palavra da verdade: “Dei-lhes a Tua Palavra, e o mundo os aborreceu, porque não são do mundo, assim como Eu não sou do mundo” (Jo 17.14).

          Não concordei quando ela expôs essa opinião. Lembrei-me que Paulo disputava as Escrituras com os “sábios deste mundo” (At 17.17), que, de fato, nada sabiam, mas eram verdadeiros vangloriosos (1Co 2.6-8); visto que a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus (1Co 3.19). Levantei do meu lugar e disse: “Sinceramente, discordo da senhora, professora. Conforme salienta, penso que seja cristã; porém, como cristã que professa ser, deve aceitar a Bíblia como regra de fé em sua totalidade, pois disse o Senhor Jesus: “Quem me rejeitar a Mim, e não receber as Minhas palavras, já tem quem o julgue; a Palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia” (Jo 12.48). E em que lugar está escrito nas Escrituras para prestarmos culto ou ter Maria acima de outras pessoas? Prove para mim na Palavra de Deus! As heresias em torno de Maria foram implementadas aos poucos no Cristianismo pela Igreja Católica, por exemplo: no ano 431, foi instituído o culto a Maria e proclamaram-na como “mãe de Deus”; em 819, festejaram pela primeira vez a “assunção de Maria”; no ano 1125, vieram à baila as primeiras idéias da imaculada conceição e da impecabilidade de Maria; em 1854, criou-se o dogma que Maria nunca pecou; e, em 1950, a “assunção de Maria” aos Céus, em corpo e alma, transformou-se em dogma. A Palavra do Senhor expressa, em Romanos 1.25, que os homens mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente (Rm 1.25). O Todo-Poderoso não divide a Sua glória com ninguém (Is 48.11). É isto, no entanto, que vejo na senhora: alienismo da genuína fé cristã! Não podemos ir além do que está escrito na Bíblia Sagrada (1Co 4.6). Todas essas heresias foram acrescentadas na Igreja por homens alienados de Deus. Não fazem parte da doutrina do Santo Evangelho de Nosso Senhor. Portanto, a Bíblia diz: “Se alguém ensina alguma outra doutrina, e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, é soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras...” (1Tm 6.3,4). Provérbios 30.6 revela que nada podemos acrescentar às Palavras de Deus. Prepararei uma apostila sobre Maria, e se chamará Triste Fim do Culto à Maria. Revelarei, dentro das Escrituras, as verdades acerca de Maria.” Ela ficou sem-graça, calou-se totalmente. Disse que apuraria o dossiê sobre Maria.

            Ao cabo de 12 dias, levei-lha este estudo: Triste Fim do Culto à Maria. Recebeu esse nome porque estudávamos a obra de Lima Barreto ― “Triste Fim de Policarpo Quaresma” ― o estopim para feitura do estudo em apreço. A sala recebeu o dossiê com euforia; por fim, todos xerocaram. Perguntei depois à professora se havia gostado; por conseguinte, apurou-o historicamente e testificou que realmente, após haver pesquisado outros tratados, reconheceu que Triste Fim do Culto à Mariaestá certo.

 

 

1. As aberrantes heresias em volta de Maria nas obras católicas

 

         As Glórias de Maria. O maior compêndio de devoção, com títulos gloriosos do culto a Maria, está expresso no livro Glórias de Maria, impresso pela editora Santuário, da autoria de Afonso Maria de Liguori, canonizado pelo Papa, e traduzido para mais de 80 línguas. Esta obra, totalmente apoiada pelo Vaticano, confere títulos e glórias à Maria que só o Senhor e Salvador Jesus Cristo pode receber (Is 42.8; Is 48.11). Confronte as declarações abaixo com estas passagens da Bíblia, e veja o absurdo que são: Mateus 28.18; Filipenses 2.9-11; 1João 2.1; Atos 4.12; João 14.13,14; Mateus 4.10; Colossenses 3.4; Apocalipse 17.14; 1Timóteo 2.5; João 14.6; 15.3; 1Timóteo 2.6. Por conseguinte, o Catolicismo é praticante do pecado demariolatria. Entre os milhares de heresias, o livro diz: “Maria, sim, sois onipotente... ‘Todo poder lhe é dado no céu e na terra’; portanto, ao império de Maria todos estão sujeitos – até o próprio Deus... e assim... colocou Deus toda Igreja... sob o império de Maria” (p. 152). “Nossa única advogada no céu, a única que no verdadeiro sentido da palavra é amante solícita de nossa salvação” (p. 162). “Nossa salvação será mais rápida, se chamarmos por Maria, do que se chamarmos por Jesus” (p. 208). “A santa Igreja ordena o culto peculiar a Maria” (p. 130). “Muitas coisas... são pedidas a Deus, mas não são recebidas; são pedidas a Maria e são obtidas”, porque “Ela... é também Rainha do Inferno e Senhora dos demônios” (pp. 123,127).¹  “Maria é nossa vida... Maria, obtendo por meio de sua intercessão a graça aos pecadores, deste modo lhes dá vida... Ela está constituída medianeira de paz entre os homens e os pecadores. Os pecadores só por intercessão de Maria recebem perdão. Cai e perece só quem não recorre a Maria” (pp. 74,76,84).²

           O Catecismo Católico. O Catecismo Católico aprova o culto e a veneração (sinônimo de adoração) a Maria: “A piedade da Igreja para com a Santíssima Virgem é intrínseca ao culto cristão... A Santíssima Virgem ‘é legitimamente honrada com um culto especial pela Igreja’. Com efeito, desde remotíssimos tempos a bem-aventurada Virgem é venerada sob o título ‘Mãe de Deus’ sob cuja proteção os fiéis se refugiam em todos os seus perigos e necessidades... Este culto... embora seja inteiramente singular, difere essencialmente do culto de adoração que se presta ao Verbo encarnado e igualmente ao Pai e ao Espírito Santo, mas a favorece poderosamente” (Catecismo da Igreja Católica, § 971).³

            A virgindade perpétua de Maria. A Igreja Romana apregoa a virgindade perpétua de Maria: “Maria sempre virgem: Esta é a doutrina tradicional da Igreja Católica. No entanto, a grande maioria das Igrejas Protestantes afirma que Maria não guardou a sua virgindade e teve outros filhos além de Jesus” (A Igreja Católica e os Protestantes, p. 88).

         A impecabilidade de Maria. Para o Catolicismo, Maria foi concebida sem pecado: “Daí não admira que nos Santos Padres [Papas] prevalece o costume de chamar a Mãe de Deus de toda santa, imune de toda mancha de pecado, como que plasmada pelo Espírito Santo e formada nova criatura” (Compêndio Vaticano II, p. 105). ⁴

 

 2. A Bíblia Responde

            O nosso manual de consulta e julgamento para todas as declarações acima, é a Santa Palavra de Deus. Ela é Livro de Deus (Is 34.16), a Palavra de Deus (Mc 7.13), inspirada pelo Espírito Santo (2Tm 3.16). Jesus disse que a Bíblia é a verdade (Jo 17.17) que não pode ser anulada (Jo 10.35), e ela julgar-nos-á (Jo 12.48). Por isso, é “a espada do Espírito” (Ef 6.17) e não podemos ir além do que n’Ela está escrito (1Co 4.6; Dt 4.2).

 

3. Desmascarando os Dogmas Católicos

 Por Johny Mange

3. Desmascarando os Dogmas Católicos

 

              a) Nenhuma criatura deve ser adorada, a não ser Deus: Pai, Filho e Espírito Santo (Ap 5.11-13; Zc 14.17; 1Tm 6.16; Ap 4.9).

 

             b) O culto à criatura é rejeitado por Deus. E mais: Não existem três tipos de adoração ― latria, dulia e hiperdulia ― nas Escrituras. O Catolicismo Romano lança mão de três palavras gregas para sustentar sua prestação de culto: latria ― adoração a Deus, dulia ― adoração aos santos canonizados, incluindo honra e glória aos santos em busca da mediação deles diante do Altíssimo; e hiperdulia ― adoração à Maria. A palavra dulia, que significa escravidão, aparece como servidão na Almeida Revista e Corrigida (Rm 8.15,21; Gl 4.24; 5.1; Hb 2.15). O termo hiperdulia sequer aparece no Novo Testamento e nem mesmo nos dicionários e léxicos gregos. O prefixo hiper- traz a idéia de superioridade; é o mesmo que super-, no latim, sendo, na língua grega, prefixo do grau comparativo de superioridade. Logo, hiperdulia, seria uma superservidão.⁵ Todavia, embora a Igreja de Roma arranje tais artifícios e desenvolva os três graus de adoração, tudo isso não passa de uma maneira camuflada de negar a adoração exclusiva ao Todo-Poderoso, visto que não existem graus de adoração na Palavra do Senhor. A adoração é única e exclusiva ao único e verdadeiro Deus, e ponto final (At 10.25,26; Cl 2.18; Ap 19.10; 22.8,9; Lc 11.27,28; 1Cr 16.27-33; 29.11-13; Jd v.25).

 

            c) Devemos orar diretamente a Deus-Pai (Mt 6.6-13; Lc 10.21; Ef 3.14) em nome de Jesus (Jo 16.23,24; 14.14). Ou, então, diretamente a Jesus (At 7.59,60; 1Co 1.2; 2Co 12.8; Ap 22.20). Decerto, ao nosso lado, o Espírito Santo intercederá por nós, para que os nossos rogos sejam respondidos sem impedimento algum (Rm 8.26,27).

 

             d) A idolatria é fortemente condenada na Santa Bíblia e acarreta perdição eterna aos que a praticam (Is 45.20; Ap 21.8; 22.15; Dt 5.7-10). Tudo o que toma o lugar de Deus no coração do homem é idolatria e transforma-se em “deus” (Cl 3.5; Mc 12.29-32; Is 45.5; 46.6). Quem glorifica e exalta a quem não tem direito é um idólatra: servindo a outro “deus” (Is 42.8; 45.21; 1Tm 1.17).

 

           e) Jesus é o Deus criador, juntamente com o Pai e o Espírito Santo (Gn 1.26 compare com Jo 1.1-3; Jó 33.4; Cl 1.15,16). Cristo é eterno (Mq 5.2). Assim, Ele é o Pai de Maria pela sua natureza divina; e mais antigo do que ela (Jo 17.5,24; Hb 13.8). Ao tomar a forma humana (Jo 1.14), era chamado de Filho (Mt 1.25; Mc 3.31-35). Portanto, “mãe de Deus” é um termo impróprio. Ela não é mãe de Deus. Mãe ― indubitavelmente ― é primeiro do que o filho, logo, será Maria anterior a Deus? Logo, a Bíblia a revela como “mãe de Jesus” ― quando se fez homem (Jo 2.1,3; At 1.14). Em suma, como homem Jesus teve mãe (Jo 2.3) e nunca teve pai. Como Deus ele teve Pai (Jo 3.16) e nunca teve mãe.

 

             f) Maria não é imaculada, porque todos foram encerrados debaixo da desobediência e do pecado (Rm 11.32; 3.23; Ec 7.20; Sl 14.2,3). Ela até ofereceu um casal de pombinhos pelo preço de seu pecado, como ordenara a Lei de Moisés (Lc 2.24 comp. Lv 12.2,6,8). Também declarou que Deus era o seu Salvador (Lc 1.46,47). Quem precisa de Salvador? ― Só os pecadores! A mãe de Jesus não foi concebida sem pecado, pois todos nascem com o pecado original por causa da transgressão de Adão (Sl 51.5; Rm 5.12; 3.10-18). Só Jesus nasceu sem pecado (Hb 7.26; Is 53.9), porque foi gerado pelo Espírito Santo de Deus no ventre de Maria (Mt 1.20; Lc 1.35; Sl 2.7). Veja, ele não foi gerado por Maria...

 

          g) Maria deu à luz outros filhos após, por obra e graça do Espírito, conceber Jesus. Os filhos eram e são bênçãos de Deus (Sl 127.3; 128). Deus preparou a união física entre o homem e a mulher (Gn 2.18-25). José não “conheceu”, quer dizer, não copulou ou teve relações com Maria até Jesus nascer (cf. Mt 1.25). Cristo foi o primogênito (primeiro filho) dela (Lc 2.7); caso fosse o único, chamar-se-ia unigênito (único filho) como Cristo é chamado por Deus-Pai (Jo 3.16) – por ter vindo d’Ele (Jo 16.26,27). Todo contexto corrobora tal asserção, pois a Bíblia declara os filhos e filhas de Maria ― os irmãos de Jesus (Mc 6.3; Mt 13.55-57; Jo 7.5; At 1.14; Gl 1.19; Mt 12-46-50; 1Co 9.5; Mt 12.46-50). Esses irmãos não eram os discípulos de Jesus; a Palavra os diferencia (Jo 2.12). Também não eram “primos” de Jesus como salienta o Catolicismo Romano. No hebraico e no aramaico (idiomas do Antigo Testamento) não existiam graus de parentesco – vemos Ló, sobrinho de Abraão (Gn 12.5), outrora ser chamado de irmão (Gn 14.16). Agora, quando são revelados os irmãos e as irmãs de Jesus, trata-se de escritura do Novo Testamento, cujo foi escrito em grego ― em que são perfeitamente definidos os graus de parentesco. O grego usa aldefós para irmão, aldefê para irmã, anepsiós para primo e suggenis para prima. O Senhor Jesus tinha aldefós e aldefês ― irmãos e irmãs (Mt 13.55,56; Mc 6.3); Maria tinha suggenis – uma prima (o mesmo que parenta) chamada Isabel (Lc 1.36); Marcos é suggenis (primo) de Barnabé (Cl 4.10), Tiago é aldefós ― irmão do Senhor (Gl 1.19), Andrônico, Júnias e Herodião eram parentes do apóstolo Paulo (Rm 16.7,11). / Outra falsidade do Catolicismo Romano é dizer que esses “irmãos de Jesus” eram, com efeito, seus primos; ou seja, filhos de uma tia d’Ele – chamada Maria – mulher de Cleofas. E para fazer-nos crer nisso, citam João 19.25. Porém, na comparação de Marcos 15.40,41 e Mateus 27.55,56, é provado que a tia de Jesus não é a Maria de Cleofas (este também chamado de Alfeu), mas Salomé, a mãe dos filhos de Zebedeu: Tiago e João (cf. Mt 4.21; 10.2; Mc 1.19; 3.17; 10.35; Lc 5.10) e irmã de Maria, mãe de Jesus. Existe uma distinção entre os irmãos de Jesus com Tiago e João (cf. At 1.13,14). Tiago e João (filhos de Zebedeu e Salomé) foram orar com Pedro (At 1.13), em companhia de outro Tiago, o filho de Alfeu (Cleofas), seguidos por Maria com os irmãos de Jesus (At 1.14). Como acompanhariam a si mesmos? Tem como?! É aberração acreditar que Maria andava com uma ninhada de sobrinhos pra cima e pra baixo... Maria teve outros filhos, e ponto final.

 

            h) Maria não é “nossa senhora”. No âmbito espiritual, no que diz respeito à Divindade, ninguém pode ser posto como Senhor. Senhor ou senhora pode ser uma forma de tratamento e respeito entre nós, os homens. Quando nos referimos ao céu de luz ― onde estão os justos no paraíso ― este termo é rechaçado como idólatra e condenatório à danação eterna! (Js 24.14; 1 Co 8.4-6; Ap 21.8). A Bíblia diz: “Só o SENHOR é Deus! Só o SENHOR é Deus!” (1Rs 18.39). “O, Senhor nosso Deus, é o único Senhor” (Dt 6.4). “O Senhor é Deus, nenhum outro há senão Ele” (Dt 4.35; cf. Is 44.6,8).

 

          i) Maria não é a “Rainha da Paz”, “Rainha do Céu”, “Mãe Rainha”, etc. Os pagãos: caldeus, cananeus, fenícios, tinham uma deusa por nome de Astarote (Jz 2.13; 10.6; 1Sm 7.3,4; 12.10; 31.10). Eles prestavam cultos a ela, chamando-a de “rainha dos céus” (Jr 7.18; 44.19); entretanto, o Senhor os amaldiçoou por tal ato (Jr 44.27). Por conseguinte, fica provado que o Catolicismo foi contaminado e imitou o paganismo com tais títulos honoríficos a Maria. Só Jesus é o “Rei dos reis e Senhor dos senhores” (Ap 17.14).

 

          j) Maria não é a nossa mãe. Ela foi a “mãe de Jesus” no período que esteve como homem (Jo 2.3; At 1.14); mesmo assim, Jesus nunca a chamou de mãe, nem de senhora; todavia, sempre disse “mulher” (Jo 2.4; 19.25), o mesmo tratamento que dava a outras, como exemplo: a cananeia (Mt 15.28), a samaritana (Jo 4.7,21), a Maria de Betânia (Lc 7.44; Jo 12.3). Deus é o nosso Pai (2Co 1.2; 6.18; 1Tm 1.2) e de todos aqueles que também aceitarem Jesus (Lc 12.8,9; Jo 1.12,13) renunciando o mundo e o pecado (Mt 16.24,25) e seguindo os mandamentos da Palavra (1Jo 5.2; Jo 14.21). Agora, não somos órfãos de mãe. Quem falou que não temos uma mãe? Certamente essa mãe não é Maria. Quem assim acredita é um pobre coitado; essa crença é vã e não está em nenhuma folha da Bíblia. E ai daquele que acrescentar ou tirar algo das Escrituras (cf. Ap 22.18,19), seguindo tradições que são preceitos de homens (Mt 15.9).  A nossa mãe é a “nova Jerusalém” (Gl 4.26) – a santa cidade celestial, a cidade de Deus, feita por Deus com ruas e muros de pedras preciosas, onde há o rio e a Árvore da Vida, com a iluminação do próprio Senhor (cf. Gl 4.26; Ap 21.9-27; 22.1-5; Hb 11.10).

 

            k) Maria não é mediadora. Ela não intercede por ninguém. O único intercessor entre Deus e os homens é Jesus (1Tm 2.5; Jo 10.9; Hb 7.25; At 4.12). Só por Jesus nossas orações chegam ao Pai (Jo 14.6). Outros mediadores são ídolos e viram “deuses” (Is 44.17,18), e a Bíblia diz que eles nada são (1 Co 8.4; Jr 2.11). Aqui da terra, temos a intercessão do Espírito Santo (Rm 8.26,27). Caso Maria, hoje, na terra, fosse intercessora, tomaria o lugar do Espírito de Deus (Is 40.18). A própria Maria disse: “Fazei tudo que ele [Jesus] vos mandar” (Jo 2.5). E o que Jesus mandou? – Orar em nome d’Ele (Jo 14.13,14) que, do céu, o Pai ouvirá. Só Deus ― Pai, Filho e Espírito Santo ― é onipotente (tem todo poder), onisciente (conhece tudo) e onipresente (está em todos os lugares); logo, ouve atentamente e responde a todos os seus servos, do globo terrestre, de uma vez só (cf. Gn 17.1; Sl 139; Jr 23.23,24). Se os milhões de rezas e petições, feitas por mais de um bilhão de católicos em todo o mundo, são ouvidas todas em uma mesma hora, ou os católicos transformaram Maria em deusa ― com onipotência, onisciência e onipresença ― ou, então, estão em uma fila interminável na qual cada um espera a vez de seu pedido ser respondido. Por isso, que só Jesus é mediador entre Deus e os homens (1Tm 2.5; Is 45.6; 46.9). O resto é um “barco furado”.

 

            l) As rezas e petições a Maria são abominações a Deus porque as oferecem a quem não tem direito (Is 42.8; Jo 16.23). Nem os apóstolos nem os discípulos conheceram a reza de Ave-Maria, pois surgiu no ano 1311. O mesmo se dá com o terço, cuja criação data o ano de 1090, e, nos cinco mistérios, nele, rezam-se 50 ave-marias, 5 glórias ao Pai e 5 pais-nossos. A Escritura condena as rezas (Mt 6.7). Oração é diálogo com Deus; é expor tudo que sentimos, com as nossas palavras brotadas dum coração apequenado (Jr 33.3; Sl 42.2; Sl 119.108). Os católicos, pelo terço, honram mais a criatura (Maria = 50X) do que o Criador (Jesus =10X). Veja Romanos 1.25. O terço deve ser queimado ou quebrado (Dt 7.5,25). Só Jesus é Mediador, respondedor de nossos rogos! (1Tm 2.5; Jo 14.6; 10.9; Mt 21.22).

 

           m) Maria não é cheia de graça. Ela foi “agraciada” (Lc 1.28) e “achou graça diante de Deus” (Lc 1.30). Quando, nas Bíblias católicas, encontramos, em Lucas 1.28, que Maria foi cheia de graça, trata-se de um erro de tradução baseado na Vulgata (Bíblia em latim); porém, esse erro foi corrigido pela moderna Bíblia católica, tradução New American Bible ⁶, por “favorecida” ― retirando-se a frase “cheia de graça”, reconhecendo, de fato, que Maria não o é. E, mesmo que Maria fosse cheia de graça, seria a condição dela naquele momento, e, não, sempre ― isto é ― por toda a vida. Ainda seria entre as mulheres e nunca acima das mulheres (Lc 1.28). Só Jesus é “cheio de graça” (Jo 1.14; Lc 2.40). A graça veio com Ele (Jo 1.17), foi manifesta aos homens (Tt 2.11) e todo o povo de Deus é abençoado por ela (Rm 3.24). Jesus é o Mediador (1 Tm 2.5; At 4.12) de cuja graça é emanada (At 4.33; 11.23; Rm 5.2,15,21; 2Co 8.9). Todos os que guardarem a Santa Escritura serão agraciados e bem-aventurados quanto Maria (Lc 11.27,28).

 

            n) Maria, a mãe de Jesus, nunca trocou sua identidade na Bíblia. Nos quatro Evangelhos ela sempre é a mesma Maria (Mt 2.11; Mc 6.3; Lc 1.27,38; Jo 19.25).

A última referência é em Atos dos Apóstolos, não obstante, continua sendo chamada de Maria ― mãe de Jesus, quando homem (At 1.14). Ela não é as senhoras das Dores, das Graças, do Rosário de Pompeia, Aparecida, da Boa Viagem, de Lourdes, de Fátima, da Abadia, das Cabeças, etc. Quem troca de identidade ― conforme nos orienta a Bíblia ― é Satanás, onde sendo um só ser, possui vários nomes conforme suas operações: “leão” (1Pd 5.8), “dragão” (Is 27.1), “Abadom” ou “Apoliom” (Ap 9.11), “Inimigo” (Lc 10.19), "serpente” (Ap 20.2), “Belial” (2Co 6.15), “Belzebu” (Lc 11.15), “Diabo” (Ap 12.10), “príncipe" (Mt 12.24), etc. Satã transforma-se em anjo, trocando sua identidade, ávido de enganar os seres humanos (2Co 11.14,15). Decerto, isso nunca aconteceu com Maria, pois era uma “serva do Senhor” (Lc 1.50), detentora do Espírito Santo (Lc 1.35), que é o Espírito da verdade (Jo 16.13). Como ela poderia mentir?

 

           o) Maria não foi assunta ao céu num corpo de glória. No Antigo Testamento, Elias (2Rs 2.11) e Enoque (Hb 11.5) foram arrebatados vivos ao céu para não provarem a morte. No Novo Testamento, Jesus é as “primícias dos que dormem” (1Co 15.20) ― o único que subiu ao céu em um corpo glorificado! Depois d’Ele, ninguém mais subiu (Jo 3.13). A assunção de Maria é uma mentira (cf. Jo 3.13). Ela está no paraíso celestial consciente de sua felicidade pessoal (2Co 5.6-8; Fp 1.21-23). Quando o Senhor Jesus voltar, ela fará parte da Primeira Ressurreição, e aí, sim, subirá ao céu num corpo glorificado (1Ts 4.13-17; 1Co 15.51-54). Nem os discípulos nem os apóstolos conheceram a “ascensão de Maria”, pois os vestígios desta doutrina começaram no século IX, em meados de 819; porém, oficializou-se em 1950, pelo Papa Pio XII ­― e ai daquele que acreditar em tradições de homens (Cl 2.22), abandonando a verdade da Palavra de Deus (Dt 4.2). A própria Igreja Católica reconhece que a assunção de Maria não tem respaldo bíblico: “Não precisamos imaginar o corpo de Maria subindo ao céu rodeado de anjos. Não precisamos, porque ninguém nunca disse como foi a assunção. (...) A Bíblia não diz que Maria subiu ao céu em corpo e alma, mas diz muitas outras coisas dela”. ⁷ A ascensão de Maria é “outro evangelho”; portanto, é ensino maldito (Gl 1.8,9).

 

            p) A Palavra de Deus desmascara as aparições de Maria. A Mãe de Jesus (quando homem) está no paraíso com Deus (2Co 5.6-8; 2Tm 2.11). Existe um abismo entre lá e cá que impede a comunicação com os vivos (Lc 16.26). Também, mesmo assim, quem morreu em Cristo, não sente vontade de aparecer aqui (Sl 16.11; Fp 1.23). A Bíblia rechaça a necromancia ― comunicação com os mortos (Is 8.19,20). Caso viesse, pregaria as verdades da Bíblia sobre si, como estão escritas aqui. Quem aparece são os demônios: espíritos de mentira (1Rs 22.21,22) e espíritos enganadores (1 Tm 4.1). Satanás transforma-se em anjo de luz para enganar os moradores da terra (2Co 11.14,15). Essas aparições tiram a simplicidade do Evangelho e pregam coisas, a respeito dela, que a Escritura rejeita, tais como: rezas, novenas, virgindade perpétua, coroação de nossa senhora, etc.; logo, são enganos (2 Co 11.3,4). E mais: mesmo que um anjo do céu pregue outro evangelho, deve ser amaldiçoado e rejeitado (cf. Gl 1.8,9).

 

          q) Os milagres atribuídos à Maria não possuem fundamento bíblico. Todas as dádivas descem somente de Deus (Tg 1.17). O Espírito Santo é a fonte emanante de poder (Jo 7.38,39). Se qualquer milagre levar-nos a prestar culto à criatura ― ele não pertence a Deus (Dt 13.1-3). O Diabo faz “falsos sinais” para enganar as pessoas e fazerem-nas servir ídolos, que posteriormente viram “deuses” ao tomar o primeiro lugar de Deus nas vidas (Mc 13.22; 2 Ts 2.9-12; Ap 13.13). Sendo assim, devemos “provar os espíritos” (1 Jo 4.1) confrontando-os com os ensinos das Escrituras. A Bíblia diz: “ Pedem a um pedaço de pau que revele o futuro e fazem perguntas a uma coluna de madeira. Eles me abandonaram. Como uma mulher que se torna prostituta, eles me abandonaram e se entregaram a deuses pagãos” (Os 4.12 ― NTLH).

 

 

4. Uma palavra...

            Está enganado quem pensa que odiamos Maria. Ela apenas participa com a Igreja de Cristo das promessas divinas e foi considerada uma serva escolhida entre muitas outras mulheres à luz ao Salvador do mundo. ⁸ A Bíblia admoesta-nos a seguir o exemplo de Maria e de outras santas mulheres que esparavam as promessas de Deus (1Pd 3.5; 1Tm 2.10). Os católicos praticam o pecado de mariolatria – veneração, adoração e culto a Maria (Rm 1.23-25); porém, na Santa Escritura, o culto deve ser exclusivo ao Senhor (Mt 4.10; Lc 4.8; Ex 20.1-5; Dt 6.13-15; Jo 4.23,24). Contudo, depois da leitura desta obra, creia no poder da Palavra, liberte-se desses dogmas e aceite a Jesus (Lc 12.8,9). Se Maria vivesse aqui, ela falaria a mesma coisa para você!

 

 

Conclusão

             Você pode se arrepender? Ore assim:

― Senhor Deus, eu estava enganado. Transmiti a tua glória a ídolos. Perdoa-me por ter-me ajoelhado diante de Maria. Agora entendo que não devo adorá-la, mas posso imitar sua fé e disponibilidade em obedecer-te.

             Só tu és meu Pai. Transforma a minha vida. Em nome de Jesus,

                                                     Amém. 

 

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