CREMOS NA DOUTRINA BÍBLICA
Cremos na inspiração divina e plena das Escrituras Sagradas, tanto o Antigo quanto o Novo Testamento; destarte, são dotadas de infalibilidade, inerrância, autoridade e veracidade sobre a vida do cristão e todo aspecto doutrinário (2Tm 3.16; 2Pd 1.20,21; Jo 17.17; 10.35; Lc 4.4; Is 34.16).
Cremos na Trindade Divina, pela qual se entende que existe um só Deus (Dt 6.4; 1Sm 2.2; Is 45.5); porém, este mesmo Deus, pela Sua unidade composta, subsiste eternamente em Três Pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo (Mt 28.19; 2Co 13.13; At 10.38; 1Pd 1.2; Jd vv. 20,21; 1Jo 5.7; Gn 1.26).
1– Cremos no Pai, a Primeira Pessoa da Divindade – às vezes chamado de Deus – o qual é o Supremo Ser por excelência, misericordioso, sublime e criador de todas as coisas (Sl 104.1; 115.3; 100.5; Is 50.17; Ne 9.6);
2– Cremos no Filho, a Segunda Pessoa Divina – que deixou a Seu Trono de Glória e se encarnou no ventre de Maria (quando virgem), por obra e graça do Espírito Santo (Lc 1.35; Mt 1.18-20; 1Tm 3.16; Fp 2.6-8), para viver nesta terra com duas naturezas, sendo 100% homem (Jo 19.5; 1.14; 1Jo 4.2,3; 1Tm 2.5) e 100% Deus (1Jo 5.20; Cl 2.9; Jo 1.1; Mt 1.23). Todavia, padeceu a morte de cruz pelas nossas iniquidades, a efetuar eterna redenção, mediante a obra sacrossanta da expiação, assegurando-nos a salvação (Fp 2.8; Rm 5.16-19; 4.24,25; Hb 2.9,10); ressuscitou corporalmente dentre os mortos (Lc 24.3,36-43; Jo 2.19-21) e ascendeu ao céu, onde está assentado à destra do Pai (At 1.9-11; 7.56). Contudo, deixou-nos a promessa de Seu Glorioso Retorno nas nuvens (At 1.11; Jo 14.18);
3– Cremos no Espírito Santo, a Terceira Pessoa da Deidade – o Santo Consolador enviado por Jesus e pelo Pai (Jo 14.16,17), o qual é uma Pessoa (At 10.19,20; Is 11.2; Ef 4.30; 1Co 2.11) e Deus pleno e absoluto (At 5.3,4; 2Co 3.17,18). Ele é a Fonte Dimanante de todo o poder celestial concedido à Igreja de Cristo na terra (Jo 7.38,39; Ef 2.21,22) e por Seu poder efetuará o Arrebatamento e a Primeira Ressurreição (1Co 15.52; Rm 8.11).
4– Cremos na Santíssima Trindade categoricamente como exposta nas Escrituras e corroborada no Credo de Atanásio.
Cremos na existência e na universalidade do pecado – que é a transgressão, a inconformidade com a Lei Divina, e a principal causa de males entre os povos e nações (Rm 3.9; 6.23; Tg 1.15; 1Jo 1.8). Estes, porém, carregam a natureza adâmica e estão distanciados de Deus pelos efeitos trágicos da iniquidade. Apenas o sangue de Jesus Cristo pode purificar o ser humano do pecado (1Jo 1.7; Ap 22.14).
PARÁGRAFO ÚNICO: Cremos na realidade do pecado original, isto é, a transgressão de Adão está sobre o homem desde o nascimento (Sl 51.5; Rm 3.10-18, 23).
Cremos no dom gratuito de Deus – a vida eterna (Rm 6.23), que é dado ao homem pela aceitação de Jesus Cristo como o único e suficiente Senhor e Salvador (Rm 10.9,10; Jo 1.12). O aceitamento ao Salvador deve ser enquanto o homem tem vida (Is 55.6; Hb 9.27). A salvação lhe é outorgada através da morte vicária e expiatória do Filho do Eterno Deus (2Co 5.15). Nisto, o sangue de Cristo purificar-lhe-á, dando-lhe a salvação (Jo 5.24); não obstante, o homem conservá-la-á mediante a obediência aos mandamentos divinos da Bíblia Sagrada (Hb 5.9; Jo 14.20,21; 1Jo 5.3; Mt 24.13).
PARÁGRAFO ÚNICO: Na doutrina da justificação pela graça mediante a fé (Rm 4.3-9; 5.1-11; Hc 2.4; Gl 3.11,21-25), a qual revela a abolição dos mandamentos cerimoniais da Lei de Moisés, como a guarda de dias, meses ou anos; também o abolimento da proibição da ingestão de certos tipos de alimentos (Cl 2.14-17; Gl 4.9-11; 1Tm 4.1-5; Rm 10.4), exceto a carne sufocada, o sangue e quaisquer tipos de bebidas alcoólicas (At 15.29; Ef 5.18; 1Co 3.16,17). Outrossim, salienta que a obra do Gólgota é o sacrifício vicário, redentor e expiatório; portanto, incontestavelmente, o único meio de salvação (1Tm 2.4-6; Tt 3.4-6; Rm 3.20). A salvação perfeita e gloriosa nos é concedida por meio da fé na morte e na ressurreição do Cristo de Deus (Rm 4.25; 1Co 15.16-23), e não por obras, caridade ou quaisquer outros meios (Ef 2.8,9). Os cristãos fiéis fazem boas obras porque são salvos, e não para serem salvos (Ef 2.10). Porém, existe a “obediência da fé” (Rm 16.26), isto é, a santificação é o recurso para permanecermos limpos diante da impiedade e retermos a salvação (Hb 12.14).
Cremos na atualidade de todos os dons descritos nas Sagradas Escrituras, pois são conferidos pelo Espírito Santo para a total confirmação da “maior glória” que tem a Sua dispensação; igualmente para edificação do Corpo de Cristo e para conclamação dos pecadores aos pés de Jesus, uma vez que, por meio dos dons, crerão no imensurável poder do Altíssimo (2Co 3.8; Jo 14.12; 1Co 12.8-10,28; Ef 4.11; Rm 12.7,8; Hb 2.4; 1Co 14.26; Mt 2.11; Jó 33.15,16; At 11.5; 2.39).
1– Cremos no Batismo no Espírito Santo (Lc 3.16), que é a outorga sobrenatural do poder de Deus, com a evidência inicial e física de falar línguas estranhas (At 2.4; 10.44-46; 19.5,6), a tantos quantos Deus – Nosso Senhor – chamou à Sua graça (At 2.39), cujo capacita, concede ímpeto e unção ao crente para o serviço sagrado da proclamação do Evangelho de Cristo em quaisquer lugares, até os confins da terra (At 1.8).
2– Cremos na sã doutrina pentecostal: Jesus cura (Mc 16.17,18), salva (Jo 10.9), batiza no Espírito Santo (Mt 3.11; At 2.39) e, em breve, voltará (Jo 14.1-3).
3– Cremos que os crentes devem aplicar-se, ininterruptamente, à oração (Ef 6.18; Mc 14.38; Tg 5.16; 1Ts 5.17), ao jejum (Mt 17.21; Ed 8.21-23; Mt 9.14,15) e à leitura das Sagradas Escrituras (Jo 5.39; Js 1.8), donde obterão uma vida consagrada (Rm 12.1). Somando isso ao Batismo no Espírito Santo, estarão preparados e revestidos para a Seara do Mestre (Tt 3.1; 1Co 15.58; Ef 6.15).
Cremos no estabelecimento da Igreja de Deus – o Corpo de Cristo na terra (Ef 3.10,21; 5.23,32; 1Co 12.12,13,27). A obra primordial desta é a proclamação do Evangelho (Mc 16.15) para o arrependimento das gentes (Lc 24.47), os quais serão possibilitados, por meio deste, de chegarem a Cristo (Tg 4.8; Mt 11.28-30). Consequentemente, a Noiva do Cordeiro possui duas ordenanças concedidas pelo Senhor:
1– O batismo ministrado por imersão do corpo inteiro de uma só vez nas águas, o qual é um sinal público de arrependimento e de admissão do novo crente ao Corpo de Cristo – a Igreja, efetuado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, em águas correntes, em pessoas adultas, arrependidas e cônscias de seus atos (Mt 28.19; Rm 6.1-4; Mc 16.16);
2– A Ceia do Senhor – mistério divino da comunhão do corpo e do sangue de Cristo (1Co 10.16). Por esse ato, dando e recebendo o pão e o vinho, é revelada a totalidade da salvação – o fortalecimento da fé e do amor, a inspiração da obediência e o sustento da esperança na Ventura Eterna. A Ceia do Senhor assinala o estabelecimento de uma Nova Aliança, no sangue remidor do Cristo de Deus (Mt 26.26-28). Ela possui duas mensagens: memorial: relembra a morte de Cristo, e profética: anuncia a Sua vinda (1Co 11.23-34).
Cremos, consoante exposto nas Escrituras Sagradas, na existência dos anjos, que são criaturas e mensageiros de Deus (Cl 1.16; Hb 1.14), seres celestiais (Jó 38.7; Lc 22.43), imortais (Lc 20.36), assexuados (Lc 20.34,35), poderosos (Sl 103.20) e numerosos (Hb 12.22; Ap 5.11). Todavia, não devem ser adorados nem invocados (Ap 22.8,9; Jo 14.13).
1– Cremos que o Anjo de Deus, percebido pelas características descritas abaixo (por vezes chamado “Anjo do Senhor” – Gn 16.7; 21.17, “Meu Anjo” – Ex 32.34, ou “Anjo da Presença do Senhor” – Is 63.9), não é um dos anjos criados; entretanto, uma teofania – manifestação temporariamente visível de Deus. Esse Anjo era teofânico, e representava a Segunda Pessoa da Trindade Divina – o próprio Cristo antes de encarnar-se, pois, em tais aparições, era chamado de “Deus” (Gn 32.24,30 comp. 48.16), aceitava adoração (Js 5.14,15) e podia perdoar e reter pecados (Ex 23.20-23). Não há mais registro da manifestação desse Anjo no Novo Testamento, pois o “Verbo se fez carne e habitou entre
2– Cremos, conforme a Santa Escritura, na existência de Satanás, o antigo querubim da guarda (Ez 28.14), cujo foi precipitado dos Céus por almejar tomar o lugar do TodoPoderoso (Is 14.12-15; Ez 28.14-16), transformando-se no arqui-inimigo de Deus e dos homens, autor da perdição, do mal, do pecado e das trevas (1Pd 5.8). Ele é o Diabo, que perturba a Obra de Deus (1Ts 2.18), controla as forças deste mundo (Jo 12.31), opõe-se ao Evangelho (Mc 13.19), domina, cega, engana, destrói (2Co 4.4; Lc 22.31,32; Jo 10.10; 1Tm 3.7), aflige e tenta os santos do Senhor (1Ts 3.5). Durante a Grande Tribulação será lançado da esfera celeste, onde hoje é seu quartel-general (Ef 2.2), à Terra (Ap 12.7-9); durante o Milênio será aprisionado no abismo (Ap 20.1-3), sendo solto por um curto período, que ainda culminará numa breve rebelião (Ap 20.7-9), e depois de mil anos será lançado no Lago de Fogo, onde de dia e de noite será atormentado para todo o sempre (Ap 20.10). Desta maneira, mediante a condenação no Abismo Eterno do Adversário e seus agentes (Mt 25.41,46; Lc 8.31) – o mal será expurgado definitivamente (Is 24.21,22).
3– Cremos na existência dos demônios, que são os espíritos malignos (At 19.15,16) e imundos (Mc 5.9); imateriais e invisíveis, possuidores da natureza idêntica à do Diabo, dos quais é príncipe e delegante de ordens (Mt 12.24; Ef 6.12). Os demônios podem habitar nos corpos dos incrédulos (Lc 4.41; Mc 3.10,11,15) e são agentes e emissários da atividade destruidora de Satanás no mundo (1Tm 4.1; Ap 12.9). Eles são inumeráveis (Mc 5.9; Ap 12.4). Tais espíritos malignos devem ser expulsos em nome de Jesus (Mc 16.17), por crentes consagrados na oração e no jejum (Mc 9.29).
Cremos na seguinte constituição do homem: espírito, alma e corpo (1Ts 5.23; Hb 4.12)
1– Espírito: está dentro do corpo e possui imaterialidade e invisibilidade (Zc 12.1; Tg 2.26), cujo é imortal (1Pd 3.4). Portanto, é a sede dos relacionamentos com Deus (Jo 4.23,24) e da consciência (Rm 2.15,16);
2– Alma: entidade imortal, imaterial e invisível habitável dentro do corpo humano (Mt 10.28; Sl 42.6). Logo, é a sede do intelecto (Sl 139.14; Pv 19.2), dos sentimentos (Sl 86.4; 88.3) e das volições (Jó 23.13; Dt 12.20; Ec 2.24);
3– Corpo: feito do pó da terra pelos dedos de Deus (Gn 2.7; 3.19), possuidor de cinco sentidos: visão, audição, olfato, paladar e tato (Sl 115.4-8), cujo tem a função primária de templo do Espírito Santo no salvo, o qual, um dia, levantar-se-á para a ressurreição (Gn 2.7; 1Co 15.50; 3.16; Jo 11.24).
PARÁGRAFO ÚNICO: A alma e o espírito são inseparáveis, visto que o espírito está entretecido na própria textura da alma. Eles são fundidos e caldeados numa só substância (Gn 2.7), os quais, ainda distintos (cada qual em sua função), são inseparáveis, formando o "homem interior" (Rm 7.22). Todavia, é impossível as almas e espíritos de pessoas mortas entrarem em contacto com os vivos, isto é necromancia, condenada terminantemente pela Palavra de Deus (Dt 18.10-13; Lc 16.26).
Cremos na tríplice santificação: espírito, alma e corpo (1Ts 5.23), abrangedora de “toda a maneira de viver” (1Pd 1.15), e seguimo-la não como “costume”, por conseguinte, professamo-la como “doutrina”, pois quem a desprezar não rejeita ao homem, mas, sim, a Deus (1Ts 4.8). É uma obra posicional (Lv 20.7), progressiva (Ap 22.11) e essencial à preservação da salvação (Hb 12.14), a qual abrilhanta o cristão como testemunha de Cristo ante uma geração perversa e pecadora (Mt 5.16), porquanto o separa das obras mundanas e expõe-no como “separado”, “consagrado” e “apartado” de todos os lançamentos diabólicos que aspiram tirar a comunhão dele com Deus (Tt 2.12-14): seja interiormente, seja no falar, seja no andar, seja no vestir, seja no pensar, seja no agir, seja nos meios de comunicação,
Cremos no Céu como lugar de felicidade, paz, harmonia e descanso para todos os salvos em Cristo (2Co 5.1,2,8; Fl 1.23; Ap 14.13).
1– Cremos que os mortos salvos, por ora, estão no Estado Intermediário. Ou seja, após a morte, a alma e o espírito do cristão fiel vão para o Paraíso (Lc 23.43; 2Co 5.8), cujo se localiza onde está Jesus: no Céu (Fl 1.23 comp. 1Pd 3.22). O que dorme é o corpo (Mt 27.52; Ef 5.13), pois a alma e o espírito estarão conscientes em louvor e adoração ao Senhor (Sl 149.5; 16.11; Ap 5.9-14); porém, aguardam a ordem do Mestre para voltarem aos respectivos corpos por ocasião da Primeira Ressurreição (2Ts 4.14-18; Rm 8.11), daí, estes transformar-se-ão em corpos celestes, imortais, espirituais e gloriosos (1Co 15.40,43,44,51-54) e adentrarão à Nova Jerusalém num santo cortejo, onde habitarão para sempre com o Nosso Senhor Jesus Cristo (Hb 12.22,23; Ap 21.16-27; 19.7-9).
2– Cremos que a Nova Jerusalém, que é a Pátria, o Santuário eterno e celeste, descerá do Céu e continuará por toda a eternidade. Será a habitação dos santos remidos de todas as eras, que servirão a Deus eternamente (Ap 21.2,3). Sua glória e majestade, e as bênçãos indizíveis – resultantes do Estado Eterno, dentre as quais: a cidade não precisa nem do Sol nem da Lua, para lhe darem claridade, pois ela será suprida pela glória de Deus; o rio da água da vida, claro como cristal, que sai do trono do Senhor, nela fluirá; é construída com materiais de grande valor: diamantes, esmeraldas, safira, ametista e outras pedras preciosas; as ruas são feitas de ouro; há um muro de jaspe; as portas são pérolas; há uma praça principal em cuja está plantada a Árvore da Vida, estão descritas detalhadamente no Apocalipse cap. 21 e cap. 22.1-5. Arquitetada e construída pelo próprio Deus, pela qual ansiavam os patriarcas e os santos do Antigo Testamento, encontra-se nos Céus, onde está à espera dos remidos que atenderam ao chamado divino do Evangelho de Cristo (Hb 11.10,13; Jo 14.1-3).
Cremos na doutrina da punição eterna – o inferno: o fogo eterno, o abismo, as trevas exteriores. Os que morreram no pecado, por enquanto, se encontram perfeitamente vivos no Estado Intermediário. Isto é, por não aceitarem Jesus, suas almas e espíritos, que são imortais, estão no Hades ou Sheol – o mundo subterrâneo e invisível dos mortos: lugar medonho, ignífero (que contém, produz ou lança fogo), cheio de dores, de padecimentos, de suplícios, onde são atormentados; e, além do mais, são perturbados pela consciência: os horrores de seus atos e a rejeição a Jesus Cristo - o único Senhor e Salvador (Pv 15.24; Sl 9.17; Lc 16.23-28), enquanto seus corpos ficam no pó da terra, num profundo sono, aguardando o ressurgimento (Dn 12.2). Deste modo, ressuscitados, com toda a constituição concedida por Deus: espírito, alma e corpo, passarão pelo Juízo Final e serão lançados no Lago de Fogo – o inferno propriamente dito (Ap 20.11-14; Mc 9.42-50). Tal tormento será eterno, ou seja, interminável, inacabável, para todo o sempre, infindo (Ap 20.10; Mt
Cremos na Segunda Vinda de Cristo (Jo 14.1-3; Tg 5.7,8; 1Jo 2.28). Por conseguinte, ela se divide em duas fases distintas:
1– A primeira: o Arrebatamento da Igreja, em que os santos desaparecerão subitamente e obterão a transformação num abrir e fechar de olhos, em dia e hora desconhecidos (1Ts 4.16-18; 1Co 15.51,52; Lc 17.24; Mt 25.13). Este ab-rupto desaparecimento livra a Igreja de passar pela Grande Tribulação e ser participante do governo do Anticristo (1Ts 1.10; 5.7; Ap 3.10; 2Ts 2.6-8), pois, nesse ínterim, gozando a glorificação, estará recendo os galardões eternos no Tribunal de Cristo, devido aos seus feitos em favor da causa de Cristo na terra (2Co 5.10; Ap 22.12); seguidamente, a Igreja glorificada e galardoada apossar-se-á de toda a Sua herança como Noiva do Senhor Jesus, e Ele a possuirá numa perfeita e indissolúvel união, chamada Bodas do Cordeiro (Ap 19.7-9);
2– A segunda: Jesus vem, visivelmente (Ap 1.7), após os setes anos imperiais do Anticristo (Dn 9.27; 7.25; Ap 11.2,3), com a Sua Igreja glorificada (Cl 3.4), para estabelecer o Milênio (Ap 20.6), destruir os Seus inimigos, lançar o Anticristo e o Falso Profeta no Lago de Fogo (Ap 19.20) e ordenar a amarra de Satanás por mil anos (Ap 20.1,2).
Cremos na ressurreição da carne (Jo 5.28,29; Dn 12.2; Is 26.19); esta dividir-se-á em duas: a Primeira Ressurreição – a da vida (Jo 5.29a), e a Segunda Ressurreição – a da condenação (Jo 5.29b).
I– A Primeira Ressurreição abrange:
1– Cristo, as primícias dos milhares que serão ressurrectos (1Co 15.20,23; Ap 1.18; Cl 1.18);
2– Todos os santos redimidos, no momento do Arrebatamento da Igreja (1Ts 4.16; 1Co
3– As duas testemunhas, durante a Grande Tribulação (Ap 11.11);
4– Os santos martirizados durante a Grande Tribulação (judeus e gentios), que ressurgirão antes do Milênio (Ap 20.4-6); e
5– Todos os crentes do Milênio, após o seu término, ressuscitarão (ou serão transformados) às vésperas do Trono Branco, uma vez que, no Juízo Final, o Livro da Vida, em cujo há os nomes de todos os salvos (Fp 4.3; Ap 3.5; Ex 32.32), também será aberto; por conseguinte, subentende-se que, nesse mesmo instante, ocorra a transformação dos fiéis que morreram ou permaneceram vivos durante o Milênio (Ap 20.12,13; Dt 29.29).
II– A Segunda Ressurreição: Para todos aqueles que se levantarem no Juízo do Grande Trono Branco, que dantes suas almas e espíritos estavam no Hades, os quais, com corpos de desprezo e vergonha eternos, serão amarrados de pés e mãos e lançados eternamente para a danação e o suplício no Lago de Fogo, com pranto e ranger de dentes (Ap 20.11-15; Dn 12.2; Mt 22.13; Mt 25.46; Mc 9.43-49).
Cremos que, na terra, haverá um tempo de aflição, angústia, perseguição, agonia, sofrimento e juízo como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de existir, chamado de Grande Tribulação (Dn 12.1; Mt 24.21). Iniciar-se-á após o Arrebatamento da Igreja (2Ts 2.7,8). Alguns fatos pertinentes:
1– A Grande Tribulação abrange a Septuagésima Semana de Daniel, que, por ser profética, durará 7 anos (Dn 9.27). O termo original traduzido por semana, em Daniel 9.27, é literalmente setenário, isto é, sete anos;
2– Dividir-se-á em dois períodos: Primeiros três anos e meio - serão ocupados pelo governo do Anticristo; últimos três anos e meio: denotará enfaticamente a Grande Tribulação, em que haverá o aumento na intensidade dos tormentos da ira do Todo-Poderoso (Dn 9.27; 11);
3– A santa ira do Altíssimo manifestar-se-á em 3 séries de 7 juízos: A abertura dos 7 selos (Ap 6.1-17; 8.1), o soar das 7 trombetas (Ap 8.2-13; cap. 9 e cap. 11.15-19) e o derramamento das 7 taças da ira de Deus (Ap cap. 15 e cap. 16).O mundo sofrerá o impacto dos juízos de Deus, pois até as potências dos Céus serão abaladas (Mt 24.29). Em um dos juízos, a morte desaparecerá por um tempo (Ap 9.6);
4– O Anticristo será o grande governador mundial (1Jo 2.18; Ap 13.1-10). Já o Falso Profeta, o grande líder religioso que erguerá uma religião prestadora de culto ao Anticristo (Ap 13.11-16; 2Ts 2.3,4). O Falso Profeta fará sinais e prodígios da parte do Maligno, que induzirão as pessoas a receberem o sinal da Besta e adorarem o Anticristo (Ap 13.13; 2Ts
5– Nos últimos três anos e meio será lançada a marca da Besta – com a qual serão identificados os adeptos do Anticristo. Será uma marca visível e literal: na testa ou na mão direita. Apenas por ela as pessoas poderão comprar, vender, negociar, etc. (Ap 13.16-18). Os que se submeterem a tal sinal cairão sob a ira de Deus e serão condenados ao Lago de fogo
6– A Grande Tribulação faz parte do programa divino na história, e ela tem duas finalidades bem específicas: tratar com Israel (Jr 30.7) e com a humanidade ímpia e perversa, a saber, os gentios (Jr 25.32,33);
7– A Igreja do Senhor Jesus não passará pela Grande Tribulação (1Ts 1.10; Lc 21.35,36; Ap 3.10), visto que, antes disso, será arrebatada, isto é, "levada embora pela força do Espírito do Alto"; trasladada (1Ts 4.16,17; 1Co 15.51,52). Nesse ínterim, Seus santos estarão no Céu a receber os galardões, a caso de participarem das Bodas do Cordeiro (Ap 19.7-9). No fim da Grande Tribulação, Ela voltará com Jesus Cristo a fim de pôr termo no império do mal (Ap 19.7-14).
PARÁGRAFO ÚNICO: Cremos nos Santos da Tribulação. Estes são aqueles que, na Grande Tribulação, se converterão e serão martirizados por razão de sua fé (Ap 20.4; 6.9-11). Nesse período, Jesus concederá mais uma oportunidade de salvação a todos aqueles que não foram arrebatados; no entanto, terão de negar a adorar o Anticristo e a receber o sinal da Besta (Ap 13.14-17). Não só os crentes rebeldes que ficaram no Arrebatamento e os desviados poderão reconciliar-se com Cristo, porém todos os seres humanos – judeus e gentios – terão oportunidade de salvação, contanto que invoquem o Nome do Senhor (At 2.20,21; Jl 2.32). Receber a salvação será algo muito difícil, porquanto os poderes do Inimigo estarão multiplicados e atuando em proporções jamais imaginadas (Ap 12.12,17), as torturas hão de ser atrozes, uma vez que serão dias "de aflição tal e qual nunca houve desde o princípio da criação, que Deus criou, até agora, nem jamais haverá" (Mc 13.19), nos quais muitos "cairão pela espada, e pelo fogo, e pelo cativeiro, e pelo roubo" (Dn 11.33). Todavia, apesar disso, "uma multidão, a qual ninguém poderá contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, estarão diante do trono e perante o Cordeiro" (Ap 7.9), que "saíram vitoriosos da Besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome" (Ap 15.2), por terem sido "mortos por amor à Palavra de Deus e por do testemunho que deram" (Ap 6.9), "trajando vestes brancas e com palmas nas mãos" (Ap 7.9), "vieram da Grande Tribulação, pois lavaram as suas vestiduras e as branquearam no sangue do Cordeiro" (Ap 7.14, Almeida Corrigida e Fiel, Almeida Revista e Atualizada). Atentemos para algumas peculiaridades:
1– A salvação nesse tempo será pelo sangue de Jesus. O sacrifício vicário, propiciatório, expiatório, redentor e justificador do Senhor Jesus tem efeitos eternos! (Ap 5.9,10; Hb 9.22; 10.12-14; Mt 26.28). Os que se converterem na Grande Tribulação serão salvos porque "lavaram as suas vestiduras e as embranqueceram no sangue do Cordeiro" (Ap 7.14). Quer dizer, aqueles que, nesse tempo, se arrependerem de seus pecados e se converterem – serão salvos pelo sangue do Senhor Jesus: a causa eterna de salvação (Ap 7.14; Hb 9.13-15), mas terão de pagar com a própria vida para manterem a sua salvação eterna (Ap 20.4); de fato, pagar com a própria vida há de ser o efeito que a salvação resultará na vida humana (Ap 6.9-11). Do contrário, terão de render-se à recepção do sinal da Besta e serem condenados eternamente ao Lago de Fogo e Enxofre (Ap 14.9-11);
2– Mesmo encerrada a Dispensação da Graça, haverá oportunidade de salvação durante a Grande Tribulação. Isso será possível inclusive sem a presença direta do Espírito Santo na Terra (2Ts 2.7,8), já que o ministério do Santo Espírito voltará a ser idêntico àquele que possuía no Antigo Testamento. Por ser Onipresente, o Espírito de Deus continuará a operar na pregação durante a Tribulação (Sl 139.7-10). A diferença é que Sua atuação ocorrerá sobre a pessoa, e não na pessoa (como faz hoje). Além do quê, haverá o trabalho das 2 testemunhas, que terão poder e profetizarão para as nações (Ap 11.1-13): a profecia é um dom do Espírito Santo (1Co 12.10; 2Pd 1.20,21), e Ele é a fonte de poder (Rm 15.19). Terá a pregação por parte dos 144 mil judeus "selados" pelo Senhor; o "selo" do Novo Testamento é o Espírito do Senhor (Ap 7.4-8; 14.1-5; Ef 1.13). Um anjo há de proclamar o Evangelho (que é o poder de salvação - Rm 1.16) "aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo" (Ap 14.6). E mais: Presume-se que haverá divulgação do Evangelho de Cristo por pessoas que participaram das igrejas, contudo perderam a oportunidade do Arrebatamento; igualmente muitos desviados serão despertados e buscarão reconciliação com Cristo (Dn 11.35; Mt 24.14).
3– Não pregamos isso para que os descrentes vivam no pecado e esperem chegar a Grande Tribulação para se converterem. "Eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação" (2Co 6.2). O Senhor almeja que as almas se arrependam neste exato momento, e não esperem pela Grande Tribulação - período de maior angústia, perseguição e dor da história humana, em que os ímpios serão obrigados a reconhecer quão terrível é cair nas mãos do Todo-Poderoso (Ap 6.15-17). Entretanto, não se poder negar a verdade da oportunidade que Jesus dará aos que ficarem no Arrebatamento; não se deve negar os Santos da Tribulação (Ap 17.6). Quem assim o faz, protela a esperança de vida eterna aos milhões que ficarem, e receberá a condenação do suplício eterno por querer impedir a obra da salvação (Mt 23.13). Logo: "Se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do Livro da Vida, e da Cidade Santa, e das coisas que estão escritas neste livro" (Ap 22.19).
Cremos no Milênio (também chamado de Quiliasmo): Reino literal e visível de Cristo sobre todo o mundo em poder e grande glória, com duração de mil anos, o qual há de ser o foco de toda a criação. O Milênio será instaurado na Terra logo após o Arrebatamento da Igreja e do término da Grande Tribulação (Ap 20.1-7). Tal objetivo é revelar a Soberania de Jesus como o Messias de Israel e de todas as nações. Será um de período de paz universal (Is 11.1-12), de bênçãos (Is 35), de regeneração (Jr 31.31-34), de retidão e justiça (Mq 4.1-4), do restabelecimento do trono davídico (2Sm 7.11-16; 1Cr 17.10-14), do reino justo e santo de Jesus – o Cristo, da proclamação da Palavra do Senhor (Is 2.1-3).
Cremos no Juízo do Grande Trono Branco (Ap 20.11-15). Jesus será o Supremo Juiz, tendo como assistente a Sua Igreja glorificada (At 17.31; Jo Jo 5.22,27; 1Co 6.2,3). Há de ser o julgamento final e universal de todos os pecadores impenitentes, cujos, desde a fundação do mundo, porfiaram em seus pecados e rebeliões contra o Senhor; logo, não tiveram parte na Primeira Ressurreição. Com efeito, instaurar-se-á após o Milênio. O Juízo Final é a sentença judicial dos mortos – termo que aparece quatro vezes em Apocalipse 20.11-15. Portanto, ressurgirão na Segunda Ressurreição, que é a ressurgência da condenação (Jo 5.29b). Igualmente, os anjos caídos serão convocados (Jd v.6; 2Pd 2.4), a fito de receberem o seu castigo. Em suma, serão condenados e lançados no Lago de Fogo, onde sofrerão eternamente.
PARÁGRAFO ÚNICO: Os que morrerem salvos durante o Milênio, consoante exposto no Art. 13 §1 alínea V, ressuscitarão antes do Grande Trono Branco; todavia, não para comparecerem diante do Justo Juiz na qualidade de réus (Jo 5.22-29). Entende-se que esta pode ser uma das causas da abertura do Livro da Vida (Ap 20.12). Em resumo, subentende-se que, nesse mesmo instante, ocorra a transformação dos fiéis que morreram ou permanecerem vivos durante o Milênio; por consequência, os tais se ajuntarão à Igreja glorificada, que há de dar assistência ao Senhor Jesus no Juízo Final (1Co 6.2,3).
Cremos que, após o Juízo Final, estabelecer-se-á o Estado Eterno, instaurado nos Novos Céus e Terra, nos quais a Santa Cidade: a Nova Jerusalém ser-lhe-á interligada (Ap 21.2,3), onde os santos remidos gozarão as glórias, as bem-aventuranças, as dádivas e as venturas sempiternas e indizíveis, as quais o Pai Eterno preparou para os Seus filhos antes dos tempos dos séculos (Ap 21.1-5; Is 66.22; 1Co 2.9).
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