BEM AVENTURANÇAS
BEM-AVENTURANÇAS - 1
“Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus” - Mt 5.3
Explicação
Humildade é difícil de definir ou explicar. Poucas virtudes cristãs são tão mal compreendidas como a humildade. Temos a tendência de comprar a humildade com timidez, personalidade ou expressão. Uma pessoa que se anula pode querer se considerar humilde, quando na realidade pode estar demonstrando uma forma sutil de orgulho: está pensando só em sim.
Definição de Webster (dicionário): “Modesto, que não se impõe”. Uma pessoa dinâmica, sadiamente agressiva como Paulo, era também humilde. A uma pessoa pode faltar dinamismo por lhe faltar humildade.
Outra definição de Webster: “posição sem destaque “. Uma posição social ou hierárquica baixa, necessariamente não tem nada que ver com humildade. Uma pessoa de elevada posição social pode humildemente usar sua posição para servir outros.
A humildade começa com uma atitude de coração e se expressa como uma honesta avaliação de quem eu sou diante de Deus em Cristo. A humildade me faz rejubilar com os dons que Deus me deu, assim que eu faço uso deles sem ficar com a glória para mim; me leva a me alegrar com os dons que outros receberam sem me sentir inferior ou superior, pelo simples fato de que meus dons são diferentes dos do outro (2 Co 3.4,5).
Uma pessoa humilde é de confiança porque reconhece sua incapacidade de realizar algo sem o poder de Deus. Ele não é acanhado - mas ativo, e nunca dá a impressão de que está se exaltando no processo.
Uma pessoa humilde muitas vezes transfere a honra para outros, mas também tem habilidade para receber louvores sem se embaraçar. Ele não duvida dos dons que Deus lhe deu, mas reconhece que são dons.
Termos gregos: “penês” e “ptochos”
Podemos compreender um pouco melhor o que é humildade se analisarmos as palavras gregas que descrevem o que é “humilde ou pobre de espírito”.
“penês” = termo usado para descrever uma pessoa pobre, mas que tem o suficiente para as necessidades básicas de
sobrevivência.
“ptochos”= termo usado para descrever uma pessoa pobre, mas que não tem absolutamente nada, completamente
desprovido de tudo, sem influência, sem prestígio e explorada pelos ricos.
Em Mt 5.3 onde Jesus diz: “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus”, ele usa a palavra “ptochos”. Com isso Jesus quer dizer: “Feliz é aquele que percebe estar desprovido de tudo diante de Deus, e que nada tem em si que é capaz de torná-lo aceitável diante de Deus. Devido a isso é levado a depositar toda a sua confiança e esperança na graça de Deus que se torna real para ele em Cristo Jesus.
O resultado ou conseqüência naquele que é “pobre” ou “humilde de espírito” é: está se colocando na condição de receber o reino de Deus. “Aquele que se humilhar, será exaltado” - Lucas 18.14. E em Tg 4. 6 diz: “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes”. Não é um mérito que nos torna aceitáveis diante de Deus, mas é uma atitude pela qual o pecador não opõe resistência à ação do Espírito Santo em sua vida. Isso quer dizer que a humildade é o primeiro passo rumo aos céus. A primeira vez que nos humilhamos diante de Deus foi quando recebemos Cristo como nosso Salvador e Senhor. Por isso, só quando nos humilhamos é que nos tornamos participantes do reino de Deus.
A importância da humildade
Humildade e mansidão são as duas virtudes básicas do caráter de Cristo - Mt 11.28-30.
Assim como o amor está ligado a cada um dos frutos do Espírito (Gl 5.22,23), da mesma forma cada traço do caráter de Cristo começa com humildade.
Toda bênção espiritual começa com humildade:
Para nascer de novo preciso me humilhar - Mt 18.3,4.
Para vencer o diabo preciso primeiro me humilhar diante de Deus - Tg 4.7-10
Todo jejum proveitoso deve começar com humildade - Esdras 8.21; Is 58.4.
O próprio Jesus foi declarado SENHOR porque se humilhou - Fp 2.5-11.
“Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” - Tg 4.6
2) Exemplos de Cristo:
Fp 2.5-9 - Jesus deu o maior exemplo de humildade.
João 17 - Na oração sacerdotal de Cristo:
Fez tudo em obediência ao Pai;
Deus toda glória ao Pai.
3) Exemplos de fieis
Centurião de Cafarnaum (Lc 7.1-10). O centurião reconheceu que Jesus poderia exercer autoridade na esfera espiritual, assim como ele exercia em humildade autoridade na esfera militar.
João Batista (Jo 1.19-28). Jesus o classificou como o maior dentre os nascidos de mulher. Mas João Batista não ficou com a glória para sai: “Aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar”(Mt 3.11).
Uma pessoa humilde é sincera consigo mesma. Conhece sua posição e não procura elevar-se. Orgulho
sempre se exalta. Satanás quis e quer ter autoridade igual a Deus.
Atitudes positivas em quem é humilde:
A pessoa humilde vive sempre consciente e agradecida de quem ela hoje é em Cristo diante de Deus - alguém que por si só nada tinha e nada era; agora em Cristo tudo é e tudo pode - Ef 1.3; Fp 4.13.
Rende graças a Deus quando leva a cabo uma obra.
Presta honras a quem o merece.
Para a pessoa humilde a reputação de Cristo é mais importante do que a dela.
A pessoa humilde encara seus defeitos físicos como provas de ser propriedade peculiar de Deus - Sl 139.14.
Atitudes negativas em que não é humilde:
Não assume seus erros. Vive culpando os outros.
Tem grande dificuldade para dizer: “Estou errado; me perdoa”.
Interrompe o outro enquanto o outro está expressando sua opinião, para dar a dele que julga ser sempre a melhor. Os planos e idéias dele são sempre melhores do que as dos outros.
Tem inveja dos outros que estão recebendo louvores.
Guarda ressentimentos contra Deus por suas deficiências físicas.
Vive sempre à espera de elogios e aplausos; e quando os recebe, encabula.
Espera que os outros o cumprimentem primeiro.
Quando é criticado, reage em ira.
Tem espírito crítico: Pv 13.10; Pv 29.23.
Sente alienação diante de Deus - Salmo 19.13:
Julga-se mais espiritual do que os outros e por isso com mais “cartaz” diante de Deus pelo simples fato de evitar certas comidas, não cortar cabelo, ou não ter certos vícios.
Auto exame :
Quantas vezes já disse: “Por favor, me perdoa; eu estava errado”?
Estou contente com os dons que Deus me deu?
Meus íntimos me consideram humilde?
Aceito tarefas que são difíceis porque desejo aprender a confiar em Deus, ou recuo logo por me julgar incapaz de realizá-la?
Vibro quando recebo notícias de quedas de outros cristãos ou sou capaz de “chorar com os que choram”?
Desejo o sucesso para todos os meus irmãos, mesmo que recebam mais louvor do que eu?
Bênçãos na vida de quem é humilde:
Passo básico para receber a Cristo como Salvador, bem como para continuar obedecendo a Cristo sempre.
Felicidade, descanso e paz. Por ser humilde, Deus o exaltará aprovando sua vida.
Terá atitudes maduras na compreensão de si mesmo do ponto de vista de Deus.
Será cada vez mais forte em seu íntimo o único propósito que Deus estabeleceu para o homem: glorificar a Deus por sua vida, por seus atos e por suas palavras.
A humildade é a virtude básica para compreender e praticar o princípio da autoridade.
O orgulho é a base da rebeldia.
A humildade é a base da obediência.
Passos básicos para me tornar humilde:
“Deus opera em vós tanto o querer como o realizar”(Fp 2.12). Deus também prometeu por meio do profeta Jeremias: “Nas suas mentes imprimirei as minhas leis, também sobre os seus corações as inscreverei, e eles serão o meu povo” - Jr 31.33.
De que maneira o Senhor “opera o querer” e “imprime as leis na mente e as inscreve no coração”? - É quando o Espírito Santo, nosso Mestre, por meio da Palavra de Deus, nos influencia a tomarmos os seguintes passos e decisões:
O E. Santo me convence primeiro do meu pecado e depois me convence do perdão e da redenção que há no sangue de Cristo. Deste modo renuncio ao diabo e toda forma de influência e orgulho satânico, e depois passo a adotar os princípios de vida de outro Senhor: JESUS CRISTO!!! Movido pela gratidão por ter-me redimido, passo a servi-lo e obedecê-lo.
Satisfazer diariamente as condições para viver cheio do E.Santo (At 1.8; 2.38; Ef 4.30-32; Ef 5.18-21).
Lembrar-me diariamente do significado do batismo com água: por arrependimento diário afogar o velho homem e ressuscitar para andar “em novidade de vida” (Rm 6.4).
Preparar-se para participar constantemente da Santa Ceia de maneira digna (1 Co 11.28).
Aplicando diariamente os princípios bíblicos para educar os filhos no temor do Senhor. O orgulho, a arrogância e o egoísmo se manifestam e se desenvolvem em repetidos atos de desobediência (Pv 22.15). Quando os pais, humildes e tementes a Deus, com o seu bom exemplo e palavras sábias, levam os seus filhos a obedecer aos princípios da Palavra de Deus desde pequenos, e a voltar atrás em atitudes erradas - esses pais estarão incutindo humildade na criança. Muitos adultos tem dificuldade para se humilhar e pedir perdão quando erram, porque não aprenderam a fazer isso desde pequenos (Pv 22.6).
Procurando tirar lições de cada fracasso da vida (Rm 8.28,29). - “Castiga a teu filho enquanto há esperança” (Pv 18.19), isto é, enquanto ainda aceita disciplina dos pais. Passada essa fase e o filho ainda não aprendeu a se humilhar, terá de aprendê-lo por meio der muito sofrimento, isto é, entrando em becos sem saída. Exemplos:
Filho pródigo: Lc 15.17;
Manassés: 2 Crônicas 33.10-13.
Povo de Israel: 2 Crônicas 7.13,14; Dt 8.2-5
.
O cristão que encarar todas as dificuldades da vida do ponto de vista de Deus, vai perceber que por trás de cada uma delas está a mão amorosa de Deus, desejando nos humilhar para poder nos exaltar: Rm 5.3,4; 1 Pe 5.5,6.
Meditar constantemente no amor de Deus revelado em Cristo. Clamar perlo sangue de Cristo.
Contemplar constantemente a glória do Senhor (12 Co 3.18).
Orar como Cristo orava - Mc 1.35.
Quando surgir um atrito com um irmão, fazer os devidos reparos “sem demora” - Mt 5.23-26.
Pedir a Deus temor ao seu nome - Pv 2.1-5.
Sempre que a paz de Cristo fugir de nosso coração (Cl 3.15), procurar restaurá-la com o auxílio do E.Santo - Pv 139.23,24.
Pelo exercício da disciplina na igreja (Mt 18.15; 1 Tm 5.20).
Dia a dia tomar nossa cruz (Lc 9.23), isto é, renunciar diariamente aos desejos carnais que entristecem o Espírito, para que assim Cristo possa viver através de nós. Quanto mais praticamos essa renúncia diária orientados pelo E. Santo, mais humildes nos tornaremos e mais felizes seremos.
BEM-AVENTURANÇAS - 2
“Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados” - Mt 5.4
Explicação:
O estudo sobre as bem-aventuranças pode ser chamado de “A verdadeira felicidade”, porque os princípios que Jesus apresentou são vividos por pessoas que rejeitaram totalmente o reino deste mundo e renderam suas vidas ao reino de Deus. Isso requer que os filhos do reino de Deus vivam por princípios diferentes dos da sociedade secular. Esta é a vida do ponto de vista divino. Isto está bem claro na segunda bem-aventurança: “Bem-aventurados os que choram porque serão consolados”.
Que contradição com os princípios do mundo! A sociedade faz tudo para que não choremos. Milhões são gastos diariamente em filmes, TV, programas, shows, livros e revistas para nos fazer rir e esquecer a miséria, problemas e pecado. Vivemos num mundo de prazer, onde os princípios básicos para uma vida realizada são: felicidade, alegria e divertimento. Porém, a felicidade verdadeira, do ponto de vista de Deus não é assim. Ela vem por meio do choro.
O que Jesus quis dizer ao proferir essa surpreendente frase? O que significa aqui “chorar”? Qual é o tipo de choro que abençoa?
O que essa afirmação não significa?
Chorar não quer dizer ficar triste, ter um semblante de piedade.
Chorar não é fazer uma cara de miserável ou pobre.
Esse choro também não é o choro pela perda de um ente querido.
Qual é então o choro que consola?
É uma qualidade espiritual desenvolvida a partir de uma visão de Deus e de si mesmo.
É ter um profundo senso de sua pecaminosidade.
A pessoa que chora no sentido que Jesus quer dar nesta bem-aventurança reconhece que a alegria e a felicidade não vem necessariamente através das circunstâncias ou situações. Lemos em Habacuque 3.17-19:
Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento, e as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação.
Enquanto o mundo procura produzir alegria, aqueles que estão comprometidos com o reino, reconhecem que a alegria vem como resultado de uma submissão total ao Rei e à sua vontade. Essa pessoa não precisa produzir nenhum fruto do Espírito, mas simplesmente submeter sua mente, vontade e emoções à obra do Espírito que produz essas qualidades nela. Não importa se o sol está brilhando ou não. Por isso, esse choro que traz consolo não é uma experiência triste.
Jesus disse que a pessoa que chora será confortada porque tem uma convicção forte de seu pecado. Isso a motiva a olhar para o Cordeiro que tira o pecado do mundo. A felicidade verdadeira vem desse fato. Lemos na carta aos Hebreus 1.9:
“Amaste a justiça e odiaste a iniquidade ; por isso Deus, o teu Deus te ungiu com o óleo da alegria como a nenhum dos teus companheiros.”
O verbo “chorar” usado por Jesus é o mais forte possível na língua grega. É usado para expressar o choro pelos mortos. É a mesma palavra usada quando Jacó ouviu que seu filho José fora morto. É aquela lamentação inconsolável como resultado como resultado da perda de um ente querido.
A bem-aventurança “os que choram” vem logo depois de “humildes de espírito”. Quando o homem vê a Deus em toda sua santidade, bem como a seu coração desenfreadamente corrupto, é constrangido a chorar. Quando avalia os seus pensamentos, seus feitos, suas palavras, suas reações e seus motivos - tudo o leva a chorar amargamente. Quando pergunta a si mesmo: “Por que reajo negativamente? Por que não consigo vencer aquele pecado e vício em minha vida? Por que sou orgulhoso, invejoso e ciumento? O que há em mim que me faz ficar defensivo, áspero e inseguro?
Ao fazer essas perguntas ele reconhece a sua natureza pervertida e chora. Quando reconhece o princípio do pecado operando em sua mente carnal e mortal, exclama com o apóstolo Paulo : “Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Rm 7.24)
A bênção não é somente para quem chora por sua própria condição, mas também para quem chora pela condição da raça humana, seu próximo e a sociedade em geral. Lemos de Jó:
“Porque este justo (Ló) pelo que via e ouvia quando habitava entre eles, atormentava a sua alma justa, cada dia, por causa das obras iníquas daqueles” - 2 Pedro 2.8.
Aquele que chora, quando lê os jornais de hoje, fica abismado com as crises mundiais, políticas e econômicas, sociais, morais e espirituais. É interessante que o mundo não encara as crises assim. No meio da guerra, da fome, da angústia, da tristeza, ,continua rindo e tentando ignorar a situação lastimável.
Se não fosse a promessa de Jesus, os filhos do Rei estariam perdidos em seu choro. Mas que promessa gloriosa: “Eles serão consolados. ”Isto não é somente uma promessa futura, quando Deus há de enxugar as lágrimas dos olhos na eternidade, mas é uma promessa para os dias atuais. O homem que realmente se arrepende dos seus pecados, que olha para o salvador e que chora: “miserável homem que eu sou”, também pode exclamar com alegria: “Graças a Deus pela vitória em Cristo Jesus, nosso Senhor”.
Sim, o choro pelo pecado traz alegria, consolo e paz, porque somos compelidos a buscar a Deus, o grande Consolador. Que alegria ter o pecado perdoado e ser confortado pelo amado Pai! Feliz é o homem que chora!
“Ao anoitecer pode vir o choro, mas
a alegria vem pela manhã - Sl 30.5.
Roy Hession, na introdução de seu livro “A senda do calvário”, escreve: “Para que Deus possa abençoá-lo através da leitura dessas páginas, você precisa vir a elas com uma fome profunda no seu coração. Precisa estar possuído de insatisfação quanto ao estado geral da igreja, e quanto a si mesmo em particular - especialmente quanto a si mesmo! Deve estar pronto a permitir que Deus comece a obra dele primeiramente em sua pessoa, e não em outra. \precisa, além disso, ser possuído de uma santa expectativa de que Deus pode satisfazer a sua necessidade e irá fazê-lo. Se é em qualquer sentido um líder cristão , a urgência do assunto se intensifica. A disposição de admitir sua necessidade e de ser abençoado determinará o grau de que Deus irá abençoar o povo a quem você ministra. Acima de tudo é preciso que compreenda a necessidade de ser o primeiro a se humilhar junto a cruz. Se uma nova sinceridade com respeito ao pecado se faz necessária entre o seu povo, precisa começar consigo mesmo. O povo de Nínive se arrependeu quando seu rei se levantou do trono, cobriu-se com um saco e se assentou nas cinzas como sinal de seu arrependimento. - Não aconteça, porém, que os leitores que não são líderes, sejam tentados a olhar para os que são líderes, e fiquem esperando por eles. Deus deseja começar com cada um de nós. Deus quer começar com VOCÊ!!!
Exemplos de Cristo:
Lucas 19.41-44: Jesus chora por Jerusalém, não porque ele (Jesus) estivesse sendo rejeitado, mas porque o povo não aceitou a salvação que Deus enviara.
Lucas 22.44: Jesus agonizou por causa do pecado da humanidade.
Exemplos de fieis:
Davi - quando confessou seu duplo pecado (adultério e homicídio):Salmo 51.1-4,16,17; 2 Sm 11.1-5.
Isaías - quando viu Deus numa visão, chorou. Foi então chamado para uma obra: Is 6.1-8.
c) O filho pródigo - quando voltou para a casa do seu pai: Lc 15.11-24.
d) Pedro - quando negou a Jesus pela terceira vez - Mt 26.29-75.
Atitudes positivas naqueles que choram:
Crescem em temor ao Senhor, pois “o temor do Senhor consiste em aborrecer o mal; a soberba, a arrogância, o mau caminho, e a boca perversa eu os aborreço” - Pv 8.13.
Por ter o temor do Senhor, cresce em sabedoria. Pv 9.10.
Por ter o temor do Senhor, prolonga os dias de vida. \Pv 10.27.
Os filhos sentem segurança quando vêem o temor do Senhor em seus pais - Pv 14.26.
Por ter o temor do Senhor facilmente não cai em laços de morte - Pv 14.27.
Por ter o temor do Senhor o mal não o visitará - Pv 19.23.
Por ter o temor do Senhor não será escravo de inveja - Pv 23.17.
Atitudes negativas nos que não aprenderam a chorar o pecado:
Falta de visão - não tem alvo definido em sua vida - Pv 29.18.
Insensível à gravidade do pecado.
Espírito frívolo, gosta de piadas picantes. Acha graça do pecado - Ef 5.4.
Orações sem resposta - Tg 4.2,3.
Auto-exame:
Gosto de filmes violentos e de sexo? O pecado me atrai?
Aguço os meus ouvidos quando alguém está contando uma piada picante?
Ao ver um irmão cair em pecado, me entristeço apenas pelo também me irrito com o irmão?
Vejo mais os pecados dos outros do que os meus próprios?
Bençãos na vida de quem chora o pecado:
Será consolado, isto é, terá em seu íntimo a verdadeira alegria e paz de Deus, mesmo em circunstâncias adversas.
Por ter uma atitude correta perante Deus para com o pecado, sua capacidade criativa florescerá na vida particular e na obra do Senhor.
Terá uma vida profunda de oração, vendo resultados sobrenaturais por meio da mesma.
Terá um coração compassivo e será sensível às necessidades espirituais, mentais e físicas dos outros.
Formará planos para efetivar essa ajuda aos outros em suas necessidades.
Passos e decisões para aprender a chorar o pecado:
Deus nos torna sensíveis ao pecado pela palavra: “A Palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração” - Hb 4.12.
Quando a Palavra de Deus inquieta o homem em seu pecado, o homem começa a buscar Deus.
Depois que o pecador se reconciliar com Deus por meio do perdão em Cristo, a palavra chave é obediência: “O Espírito Santo que Deus outorgou aos que lhe obedecem” - At 5.32
Pedir ao E. Santo para derramar um poderoso avivamento, a começar em mim. Avivamento nada mais é do que uma renovada visão da gravidade do pecado e uma renovadas visão da graça de Deus revelada e Cristo (Lc 11.9-13).
Dos pecados que o E. Santo me mostrar, não descansar até eliminá-los:
Confessando-os em sincera contrição diante de Deus;
Olhando para Cristo que, com seu sangue, expiou as culpas e nos libertou da escravidão ao pecado e ao diabo;
Fazendo as restituições necessárias como prova do meu arrependimento;
Decidindo não mais repeti-los, com a assistência do E. Santo.
Meditar bastante na paixão e morte de Cristo. Ao fazer isso verei claramente duas cousas:
A gravidade do meu pecado;
O grande amor de Cristo por mim.
Bem-aventuranças - 3
“Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra” - Mt 5. 5
Explicação:
As bem-aventuranças tratam de nossos relacionamentos: (a) com Deus; (b) com nossos semelhantes; © e com nossos direitos. Essa terceira bem-aventurança, a da mansidão, quer nos ensinar a termos atitudes e reações corretas para com as pessoas que Deus permite se envolverem de uma forma ou outra com nossos bens ou direitos.
Definição de mansidão:
Uma pessoa mansa é aquela que não reclama qualquer direito para si. Ela está disposta a submeter todos os seus bens e direitos pessoais a Deus e passa a considerar tudo o que tem como lhe tendo sido emprestado por Deus para o seu trabalho e glória (Larry Coy).
O processo de levar o crente a submeter todos os seus bens e direitos a Deus é descrito pelos mestres da Palavra de Deus com as mais diferentes palavras, como por exemplo:
Watchmann Nee fala muito em “quebrantamento”.
A Missão JOCUM: “Renúncia de direitos”
Larry Coy: “Como vencer a ira e a preocupação”.
O profeta Jeremias: “Amassar o barro” (Jr 118.1-11).
O apóstolo Paulo: “Palavra da cruz” (1 Co 1.18).
Jesus: “O morrer do grão de trigo” (João 12.24).
São diferentes maneiras de descrever o mesmo processo, mas os resultados são sempre iguais: descanso, paz, alegria, vida profunda com Deus, etc.
O que são nossos direitos? É tudo aquilo que Deus planejou e criou para o nosso bem estar espiritual, mental, emocional, físico e material. Por exemplo: Casamento (Gn 2.18); relacionamento sexual com o cônjuge (11 Co 7.4,5); comida ((Gn 1.29); vestimenta (Mt 6.31,32). Temos ainda a necessidade de sermos amados, respeitados, de possuir propriedade, de um nome honrado, de salário digno. A constituição brasileira garante ao cidadão o direito de ir e vir, de liberdade de culto, etc.
Por que Cristo pede a renúncia de todos os nossos direitos? Nosso problema é que, mesmo depois da queda do homem em pecado e depois de ter sido expulso do paraíso, continuamos desejando comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, isto é, continuamos a depositar nossa segurança e felicidade mais nas cousas criadas do que no Criador, que nos é amoroso em Cristo.
Eva “viu” | 1 João 2.16 | Nós desejamos
“Boa para se comer" “Concupiscência da carne” Sentir algo
“Agradável aos olhos” “Concupiscência dos olhos” | Ter algo
“Desejável para dar entendimento” | “Soberba da vida” Ser alguém
Por isso Jesus foi tão enfático: “TODO AQUELE QUE NÃO RENUNCIA A TUDO QUANTO TEM NÃO PODE SER MEU DISCÍPULO’ (Lucas 14.33).
Áreas que Deus pede que lhe entreguemos:
Deus nos deu muitas responsabilidades. Quando nos zangamos ou ficamos preocupados, estamos tentando controlar ou mudar algo que Deus nunca pretendeu que mudássemos ou controlássemos. Quando reagimos ou resistimos, nós negamos a Deus o direito de fazer o que ele deseja fazer; também temporariamente colocamos de lado o propósito que Ele queria realizar em nossa vida.
A ira ou ansiedade é sinal de que há um direito que Deus quer que eu ceda.
A seguir há uma lista de áreas ou direitos que Deus quer que eu ceda, pois temos a tendência de ficar irados ou preocupados quando alguém toca nelas. Permita que o seu coração seja um lugar em que o E. Santo opere. Em oração analise todas as áreas e ceda a Deus cada um dos direitos – sem esperar nada de volta.
1. Nossa vida - Lc 9.23,24. 8. Nossa saúde - 2 Co 12.7-10
2. Nossa família - Mt 10.37. 9. Nosso futuro - Mt 6.31-34
3. Nosso dinheiro - Mt 6.24,25 10. Nosso casamento - 1 Co 7.4,5.
4. Nossos bens - Jó 1.21. 11. Nossa reputação - Sl 23.3.
5. Nossos amigos - Mt 10.40. 12. Nossos filhos - Sl 127.3.
6. A música - Ef 5.19. 13. Nosso ministério - 1 Co 3.4-6.
Nossa roupa - 1 Pe 3.3,4. 14. Nossa aparência - Sl 139.14.
Se em alguma dessas áreas você vir que corre o risco de se ver privado desse direito, e começar a ficar agitado emocionalmente, é porque o teu coração está àquele direito. Deus está permitindo alguém tocar, porque Ele, com os seus olhos oniscientes, está percebendo que é um ídolo para você. E Deus quer ocupar o primeiro lugar no teu coração. Por isso Jesus disse: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me”. Significa seguir o seu exemplo de renúncia a todos os privilégios, ao emprego do tempo, aos prazeres mesquinhos, a fim de que outrem possa receber vida eterna.
“Enquanto cada igreja cristã não se submeter a esse tipo de renúncia, de morte, a vida verdadeira não brotará dela. Se os membros de uma congregação ou grupo cristão, por menor que seja, estiverem dispostos a morrer para os seus privilégios, esse grupo poderá abalar o mundo. Se cada crente que o compõe disser: Meu tempo não me pertence, nem o meu dinheiro, nem meus privilégios, nem minha família; estou nas mãos de Deus, do mesmo modo como Jesus estava quando toou a cruz, esta célula cristã convulsionará o mundo.” (Larry Christenson em: “Mente Renovada”).
Exemplos de Cristo:
Fp 2.5-9: Texto básico para a renúncia de direitos:
“A atitude de vocês deve ser semelhante àquela que foi mostrada por Jesus Cristo que, embora fosse Deus, não exigiu nem tampouco se apegou a seus direitos como Deus, mas pôs de lado seu imenso poder e sua glória ... Foi por causa disso que Deus o elevou até às alturas dos céus” (Novo Testamento Vivo).
Mt 8.20 - “O Folho do homem não tem onde reclinar a sua cabeça”.
1 Pedro 2.21-23: Jesus renunciou ao direito de ser respeitado.
Exemplos de fiéis:
Gn 22.1-19: Deus provou a Abraão. Abraão renunciou ao direito de ter seu único filho Isaque vivo com ele.
Atos 12.1-8: Pedro, na prisão, sabendo que no dia seguinte seria morto, dormia tranqüilamente. Renunciou ao direito de viver.
He 10.34: Os primeiros cristãos foram espoliados dos seus bens por causa de sua fé em Cristo, e não reclamaram.
Atitudes positivas em quem é manso:
Satisfação íntima - Sl 22.26.
Um princípio essencial para vencer a ira - Sl 37.8-11.
Tranqüilidade - Mt 11.28-30.
Um dos fatores básicos para ter sensibilidade em ouvira voz - Sl 25.9.
Velhice tranqüila - Salmo 92.12-15.
Qualidade essencial para ajudar a levantar os que caíram em pecado - Gálatas 6.1.
Qualidade essencial para podermos ensinar aos rebeldes - 2 Tm 2.23-25.
Atitudes negativas em quem não é manso:
Espírito obstinado e rebelde - 1 Sm 15.23.
Espírito de ansiedade - Fp 4.6.
Espírito irritado - Ef 4.30; Pv 14.17.
“INJUSTIÇA” !!! - Esta é a palavra mais falada e pensada por aqueles em quem falta à mansidão. Sempre vive a reclamar os seus direitos. Há uma fórmula que sempre devemos lembrar:
Meus direitos = Deveres do outro.
Meus deveres = Direitos do outro.
Há muita bênção quando pensamos sós em nossos deveres; mas frustração quando pensamos sós em nossos direitos.
AUTO-EXAME:
Quando alguém me maltrata, respondo procurando vingar-me ou respondo com mansidão?
Se alguma coisa de minha propriedade for usada sem minha permissão, e for danificada, como eu reajo: em ira ou calma?
Se alguém me acusa, reajo defensivamente, revidando, ou entrego o caso àquele que julga retamente?
Quem é responsável para punir as pessoas que me caluniam?
7) Bênçãos da mansidão:
Poder para viver sobrenaturalmente pela fé.
Capacidade para se aproximar das promessas de Deus.
Vitória sobre a ira e a preocupação.
A principal qualidade de uma esposa bonita - 1 Pe 3.3,4.
PASSOS PARA RENUNCIAR AOS DIREITOS E ASSIM ADQUIRIR MANSIDÃO
1. Entregar a vida Jesus Cristo.
Tendo por base nosso relacionamento com Deus por meio de Cristo, me lembrar de que Deus está envolvido em cada detalhe de minha vida para, por meio disso, aperfeiçoar o meu caráter (Rm 8.28,29; Lc 12.7). Baseados nessa verdade, nunca podem dizer quando qualquer coisa nos acontece: “nesse acontecimento Deus não está envolvido”. Está, sim!!!
Por isso, o passo seguinte é identificar todos os meus direitos que estão sendo negados e violados.
Se meu direito negado ou violado me irritou, encarar essa irritação como um sinal de que Deus está me pedindo de que eu entregue a ele esse direito a ele.
Renunciar ao diabo que me enganou, levando-me a depender daquele direito como fonte de segurança, de preenchimento de significado, e preenchimento de minha carência afetiva.
Em oração, transfira cada um dos direitos que estavam sendo negados, para Deus. Coloque todos os seus direitos sobre o altar. Depois curve sua cabeça e diga a Deus que você está dando tudo a Ele, que Ele pode fazer com os seus direitos como melhor lhe aprouver. Isto quer dizer que você não tem direito algum sobre os seus próprios planos, vontades, bens, amigos, opiniões, reputação, etc. Todos os seus direitos pertencem agora a Deus. Olha para Jesus na cruz. Ele fez assim.
Esperar que Deus teste essa entrega feita a Ele. Depois que cada direito tiver sido entregue a Deus, Ele permitirá que ocorram situações em que esses direitos nos serão negados. Essa experiência virá para ver se o direito foi realmente entregue. Se a ira ocorrer novamente, isso significa que tomei esse direito de volta. Será necessário entregar mais uma vez cada direito a Deus.
Tome o propósito de agradecer a Deus, aconteça o que acontecer. Esse propósito é uma prova de confiança na providência e soberania de Deus sobre minha vida.
Daqui por diante use a raiva como sistema de alarme. Quando a raiva surgir, diga logo: “Senhor, qual é o direito que queres que eu te entregue?”?
Descobrir a reação de Deus quando “perdemos” nossos direitos, pois os entregamos a Ele. Quando abrimos mão de um direito passamos a experimentar uma sensação de “perda” pessoal. É importante que a pessoa reconheça: “Deus está operando seu propósito em minha vida”. Isso aconteceu com Jó quando disse: “O Senhor o deu, e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor” - Jó 1.21.
Bem-aventuranças - 4
“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos” - Mt 5.6
Explicação:
Na primeira bem-aventurança (os humildes) aprendemos a reconhecer que, de nós mesmos, nada temos para nos justificar perante Deus. Na segunda (os que choram) aprendemos que esse choro é uma atitude de inconformismo para com para com o pecado ao nosso redor; aprendemos também a chorar amargamente quando percebemos o quanto Jesus teve que sofrer por causa dos nossos pecados. Na terceira (mansidão) aprendemos a visualizar quem nós somos e quem é Deus; aprendemos também a abrir mão de nossos bens e direitos, aos quais nos apegamos como tábua de salvação. Abrindo mão passamos a depender realmente de Deus.
Essas três bem-aventuranças nos preparam para a quarta: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos”. Essa bem-aventurança nos mostra a real causa de todos os nossos problemas: nossa condição de pecadores. Não são os outros a causa de nossos problemas, mas nossa natureza pecaminosa, e a nossa maneira errada de reagir aos acontecimentos que todos os dias nos cercam. A descoberta dessas verdades nos motiva a querermos uma vida espiritual num nível mais elevado. É isso que significa: “ter fome e sede de justiça”.
“Justiça”
A justiça a que Jesus está se referindo não é o desejo de que os outros nos tratem com justiça. Não é buscar os seus direitos na justiça dos homens. Disso aprende a abrir mão no estudo de mansidão. Mas essa justiça é o anseio e o desejo por retidão.
As pessoas a quem Jesus proferiu essas palavras pela primeira vez, sabiam por experiência o que é ter fome e sede físicas. Causa uma ansiedade muito grande. Quando as pessoas aprenderem a sentir anseio por justiça, isto é, por retidão, assim como sentem por pão e água quando estão com fome, Jesus promete: “serão fartos”.
Em outras palavras: ter fome e sede de justiça é o mesmo que dizer: ter ardente desejo por retidão. Esse desejo por retidão é despertado em nós de duas maneiras: 1. Pela gratidão do perdão; 2. Pela visão da retidão de Deus. Em cada pessoa existe um vazio com formato de Deus.
Enganos do diabo
A arma mais poderosa do diabo na vida do homem é o engano: “Satanás se transforma em anjo de luz” (2 Co 11.14). Visto que o engano é a ação dele em nossa mente, por isso o diabo nos faz pensar de maneira errada e assim deixarmos de ser abençoados por Deus:
Confunde a busca de felicidades com a busca de santidade. Temos que nos lembrar que a felicidade é um fruto ou conseqüência da santidade. Lemos em Hb 1.9: “Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade, por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo da alegria como a nenhum dos teus companheiros”.
Rouba a certeza da salvação: (2 Co 11.3). Depois que na mente do crente começou a embaralhar o plano da salvação, o diabo o engana a pensar que por meio da retidão poderá alcançar a salvação e assim a paz com Deus. Essa é a salvação por obras. Por isso é que podemos ver pessoas se esforçando no reino de Deus, não por gratidão pelo perdão e temor diante da santidade de Deus. Esforça-se por medo do castigo de Deus e medo do inferno. Pessoas assim acabam secando espiritualmente. É a justificação por obras em ação.
Confusão sobre o valor da bênção: Muitos vivem em busca de uma vida sem problemas. Daí o motivo porque muitos vivem reclamando das dificuldades e problemas. Quando uma dificuldade ou problema é resolvido, chama isso de bênção. Isso se assemelha a um cristianismo sem cruz.
Qual é o valor da bênção? A bênção não nos amadurece. Ela apenas nos prepara e nos fortalece para a luta. E é na luta que amadurecemos. Por isso o grande valor das lutas e problemas é que por meio deles somos amadurecidos em Cristo. Esse é o grande alvo de Deus para nós: sermos parecidos com Cristo. Rm 8.28,29.
O que buscas: vitória ou alívio?
Vitória - Implica em transformação, crescimento e amadurecimento em Cristo. Quem busca vitória considera cada
problema que está enfrentando como um instrumento de Deus para sua purificação e aperfeiçoamento.
Alívio - Buscar alívio é fugir do problema. É beber vinho com fel. Quando deram vinho com fel para Jesus (é uma
composição que age como anestésico), queriam dar a Jesus a oportunidade de sentir um alívio das dores.
Jesus recusou. No Getsêmani Jesus orou: “Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja
como eu quero, e, sim, como tu queres”.
Vitória - Quem busca vitória, se arrepende.
Alívio - Quem só busca alívio, sempre culpa os outros por seus sofrimentos. Quem pensa: “Só serei feliz quando
tal e tal problema se resolver”, não está buscando transformação e vitória. Só quer alívio. É egoísmo.
Vitória - Quem busca vitória pensa em santificar o nome de Deus, pensa mais na glória de Cristo, pensa não
envergonhar o nome de Deus - Is 62.6,7.
Alívio - Quem busca alívio só pensa na sua própria felicidade e prazer. Os outros que se danem.
O que mata em nós a fome e sede por justiça?
É a “impureza e acúmulo de maldade” conforme escreve Tiago 1.21: “Despojando-vos de toda impureza e acúmulo de maldade, acolhei com mansidão a palavra em vós implantada”.
Algumas impurezas e maldades que tiram o apetite espiritual:
Não separar um tempo considerável para estar a sós com Deus na Palavra e na oração.
Desobediência constante às verdades já reveladas pelo E. Santo. Nm 14.22,23.
Hipocrisia: aparentar uma cousa que no íntimo não somos. Por ex: pregar sem se preparar; não mencionar a origem das pregações; vida dupla - em casa e no púlpito.
Pecado de sexo por pensamentos, desejos, palavras ou atos: Mt 5.8; Pv 23.7; Pv 28.13.
Ressentimento - entristece o E. Santo - Ef 4.30,31; Hb 12.15.
Tocar no ungido de Deus - Sl 105.15; Mt 7.1,2. Míriam ficou leprosa e Mical estéril.
Orgulho: Ficar para si com a glória que pertence a Deus: Malaquias 2.1,2; também é sinal de orgulho o não aceitar correção: Pv 29.1; Pv 13.1.
Ciúme: por denominações ou ministérios (1 Sm 18.8-10).
Rebeldia - 1 Sm 15.23.
Temor de homens - Mt 10.28. Quem teme a Deus, não teme a homens. Temer aos homens é ter medo de se posicionar ao lado dos princípios de Deus com medo das conseqüências por parte dos homens. Ex: Medo de ser impopular - Mt 10.32.
Não satisfazer diariamente as condições para ser cheio do E. Santo - Ef 5.15-21.
Exemplos de Cristo:
Lc 2.49-52: “Não sabeis que me convinha estar na casa de meu Pai?”.
Jo 2.16,17: “O zelo de tua casa me consumirá”.
Jo 14.24,25: “Eu lhes fiz conhecer o teu nome e ainda o farei”.
Exemplos de fieis:
At 2.42-47 - “perseveravam na doutrina dos apóstolos...”
At 6.7 - “crescia a palavra de Deus e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos”.
At 11.1 - “os gentios recebiam a Palavra de Deus”.
At 12.24 - “a palavra de Deus crescia e se multiplicava”.
At 17.11 - “os de Bereia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda avidez”.
4) Atitudes positivas em quem tem fome e sede de justiça:
“Acha tempo” para se ocupar com a palavra e a oração.
Tem facilidade para deixar de lado tudo o que poderia interferir nos seus momentos de busca: TV, esportes.
Investe tempo e dinheiro nas cousas de Deus: livros, discos evangélicos, assistir conferências e seminários.
Atitudes negativas em quem não tem fome e sede de justiça:
Pessoa vazia. Sente muita solidão.
Vive sempre em busca de cousas terrenas para compensar a falta de cousas celestiais em seu interior.
Atitude de desinteresse espiritual.
Todas as suas energias espirituais, emocionais e até físicas são consumidas em planos e projetos q eu acabam com a volta de Cristo. Nada do que faz ou planeja fazer visa preparar a noiva para o encontro com o noivo.
Auto exame:
Manifesto o desejo de crescer espiritualmente?
Quando o E. Santo me mostra uma fraqueza, manifesto atitude complacente do tipo “todo mundo faz isso; por que não posso também?”
Busco justificativa para não dedicar um tempo considerável para me dedicar à palavra e a oração?
Digo que não tenho tempo para meditar e orar, mas gastei muitas horas vendo TV?
Bênçãos na vida de quem tem fome e sede de justiça:
Alegria crescente - Sl 1.2,3.
Espírito satisfeito.
Crescimento espiritual. Eles crêem na promessa: “serão fartos”, isto é, Deus mudará o interior da pessoa, dará vitória sobre fraquezas.
Aceitam como verdade as seguintes afirmações:
Não há segredo para sermos homens de Deus - é só começar a lutar contra o pecado.
Todos alcançam o nível de espiritualidade que querem ter.
Não temos um nível mais alto de espiritualidade porque não queremos pagar o preço.
Meditam constantemente nos seguintes textos: Ez 11.19,20; Jr 29.13,14; Fp 4.13; Gl 2.19,20.
Barreiras que nos impedem de crermos que “seremos fartos”
Incredulidade: assim como muitos tem forte tendência para duvidarem da proteção de Deus em todos os momentos da vida, assim também alimentam dúvidas de que “serão fartos”, isto é, de que alcançarão vitória sobre pecados e fraquezas.
Falta de perseverança: A santificação é um processo lento. Muitos querem solução rápida, e de preferência que não custe nada. Jesus disse: “toma a tua cruz e segue-me”.
Não vivem por fé, mas por emoção: As emoções do início da conversão passam, para que assim continuemos buscando a Deus por fé na Palavra. Muitos não entendem isso e logo desanimam.
Cegueira e orgulho: Muitos são cegos para “enxergar” a mão de Deus por trás das dificuldades para levá-los ao quebrantamento. Não encaram os problemas como o “amassar do barro” do Oleiro Celeste. E por causa do orgulho, não se humilham.
Traumas ainda não sarados: A amargura entristece o E. Santo e assim não conseguem perceber o amor de Deus. Precisa começar pelo perdão. Depois que o pecador alcançar vitória sobre a amargura, nasce uma luz de esperança em relação aos demais problemas.
Passos para desenvolver fome e sede de justiça e depois sermos fartos:
Receber Cristo como Senhor e Salvador.
Examinar a relação de pecados que tiram pela justiça de Deus.
Abrir a Bíblia com uma pergunta no coração: “Senhor, por que minha vida não funciona?” Deus vai revelar a causa e a solução.
Por decisão própria estabelecer e colocar em prática um plano sistemático de estudo da Palavra de Deus com um objetivo claro: interiorizar os princípios da Palavra de Deus.
Medita no exemplo de homens da Bíblia que venceram.
Meditar constantemente nas bênçãos que temos pela morte, ressurreição e ascensão de Cristo. Esses três acontecimentos são a melhor garantia de que “serei farto”, isto é, vitorioso sobre todos os meus pecados e fraquezas.
Bem-aventuranças - 5
“Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” - Mt 5.7
A palavra grega que melhor exprime o amor de Deus é “ágape”. É o tipo de amor que leva uma pessoa a se sacrificar pela outra, mesmo que a outra rejeite seu sacrifício. O amor “ágape”, por isso, está mais centralizado na nossa vontade dos que em nossas emoções.
Foi o amor “ágape” de Deus que levou Jesus a se fazer homem e morrer por nós; foi o amor “ágape” que levou Estevão a perdoar os que o apedrejaram. Uma faceta desse amor sacrificial é a “misericórdia”. Outras traduções para misericórdia podem ser: compaixão, amor terno. Por isso, misericórdia é a habilidade de se colocar “na pele” do outro. Habilidade para ver, sentir e pensar como o outro. É a habilidade de se colocar na situação do outro para poder se identificar totalmente com a experiência triste que o outro está vivendo. O sinônimo de misericórdia é “compaixão” formada de duas palavras latinas: “com” + “paixão” = “sofrer com”.
Em resumo, o que Jesus está querendo dizer nessa bem-aventurança é: “Feliz o homem que se coloca “na pele” de outra pessoa até que veja, pense e sinta como se fosse ela. É através desta identificação que ele poderá alcançá-la e ser misericordioso. O homem que assim procede será motivado a isso porque entende como Deus tem sido misericordioso em Jesus Cristo para com ele.
O povo grego considerava ser indigno para uma divindade se envolver com as condições desagradáveis de um ser humano. Os estóicos, que são uma espécie de seita entre os gregos, cultivavam a apatia (falta de sentimento). Pensavam que, se a situação de miséria do outro me comover, estarei me colocando debaixo do controle do outro. Isso é um conceito totalmente errado: a misericórdia é o controle de Deus sobre nossas emoções, motivações e ações para ajudar a quem estão em necessidade. Quando assim procedemos, estaremos demonstrando aos necessitados uma faceta do caráter de Deus.
Temos que tomar cuidado para não confundir misericórdia com “sentir pena” da outra pessoa. Quando sentimos “pena” da outra pessoa, estamos julgando Deus de injusto. Tipo: “Coitado do homem, não merecia isso”. Sempre se lembrar que Deus é senhor de todas as circunstâncias da vida dos seus filhos. Ele apenas permite que lhe ocorram situações pelas quais seu filho vai crescer. - Rm 8.28,29; 2 Co 12.7-10.
Texto clássico para “sentir pena” - Mt 16.21-23. Jesus havia predito que, ao ir a Jerusalém, seria preso, maltratado e morto pelos judeus. Quando Pedro ouviu isso, disse: “Tem compaixão de ti, Senhor, isso de modo algum te acontecerá”. Jesus disse a Pedro: “Arreda Satanás”. O diabo conseguiu falar através de Pedro, por causa de um falso sentimento de compaixão. O diabo se aproveitou disso para tentar demover Jesus da idéia de morrer voluntariamente na cruz.
Exemplos de Cristo:
“O Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” - Jo 1.14.
“Vendo ele (Jesus) as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não tem pastor” - Mt 9.36
“Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo - pela graça sois salvos.” Ef 2.4,5
Exemplos de fiéis:
“Apedrejavam a Estevão que ...ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado”- At 7.59,60.
2 Co 8.1- 4: os cristãos da Macedônia se compadeceram dos irmãos da Judeia que passavam fome.
Atitudes positivas ma vida de quem se torna misericordioso:
Tem facilidade para perdoar a quem o prejudicou, feriu ou rejeitou.
Tem facilidade para compreender o amor de Deus por ele.
Tem facilidade para comunicar o amor de Deus aos outros - Pv 19.22: “O que torna agradável o homem é a sua misericórdia”.
5) Atitudes negativas na vida de quem não é misericordioso:
Ira : “O iracundo levanta contendas, e o furioso multiplica as transgressões” - Pv 29.22.
Espírito ferido: “O espírito firme sustém o homem na sua doença, mas o espírito abatido, quem o pode suportar”? - Pv 18.14.
Raiz de amargura: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, atentando diligentemente porque ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe e, por meio dela, muitos sejam contaminados” - Hb 12.14,15.
Auto exame: (cada pessoa demonstra misericórdia de acordo com o seu dom ou ministério)
Quando Deus desperta misericórdia em mim por outro, faço algo por essa pessoa? - Tg 2.15,16.
Procuro servir as pessoas por pena ou por compaixão?
Meu orgulho às vezes me impede de mostrar compaixão?
Considero fraca a pessoa que mostra misericórdia?
Geralmente as mulheres são mais misericordiosas do que os homens?
Sinto-me culpado por me abster de mostrar misericórdia?
A miséria dos outros normalmente desperta em mim sentimentos de misericórdia?
Sou capaz de mostrar misericórdia por pessoas cujos problemas me irritam?
Como expresso misericórdia?
Faço do amor pelos outros o maior alvo de minha vida?
Estou cooperando com Deus para me tornar um instrumento do seu perfeito amor?
Bênçãos na vida de quem vai se tornando misericordioso.
Estará se tornando luz do mundo. Por causa dos seus atos de misericórdia, muitos darão glória a Deus. Mt 5.14 -16.
Estará se tornando sal da terra. O caráter de Deus estará se manifestando através deles e assim o nível moral da sociedade estará sendo purificado. O sal tem três utilidades: conserva, dá sabor e provoca sede - sede por uma vida mais santificada.
Estará se tornando “o bom perfume de Cristo” - 2 Co 3.14,15.
Alcançará misericórdia. Vai colher o que semeou - Gl 6.7-10.
Passos e decisões para me tornar misericordioso:
Aceitar Cristo como nosso Senhor e Salvador. Sem Cristo exerceremos misericórdia para nos sentirmos bem. Com Cristo procuraremos ser misericordiosos, mesmo que nos custe a vida.
Reconhecer diante de Deus que não sou misericordioso.
Em arrependimento diante de Deus, renunciar ao diabo que instilou em mim princípios e atitudes opostas à misericórdia: “Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros” - Fp 2.4.
Constantemente contemplar a misericórdia que Deus usou para comigo, agradecendo e louvando a Deus por isso.
Contemplar os atos de misericórdia praticados por Jesus e por outros fieis.
Pedir a Deus um coração misericordioso.
Praticar atos de misericórdia. No início serão pesados; mas com o passar do tempo se transformarão em alegria. Jesus prometeu: os misericordiosos alcançarão misericórdia.
Bem-aventuranças - 6
“Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus” - Mt 5.8
Explicação:
Deus não pede nada de ninguém que não faça parte também do seu ser. Ele diz: “Santos sereis, porque eu sou santo” (Lv 11.44). A redenção do pecado não somente nos garante o perdão, mas também a santificação, e desta maneira nos tornamos parecidos com Deus. Uma das conseqüências mais gloriosas da nossa salvação é que por causa dela nos tornamos co-participantes da NATUREZA DIVINA (2 Pe 1.4).
O atributo moral de Deus que é básico para todos os outros é a sua santidade. Por isso ele pede que sejamos limpos de coração. Por santidade nós entendemos separação de tudo que é pecaminoso. A santidade de Deus separa Deus das criaturas pecaminosas e exige pureza absoluta daqueles que desejam ter comunhão com Ele.
A palavra “limpo” era usada:
para roupas sujas que foram lavadas;
para trigo debulhada de toda palha;
para um exército depurado de soldado covarde, descontente e incapaz;
para o leite puro, sem ser diluído com água;
para o metal purificado de todas as impurezas.
Por isso Deus pede de nós santidade. O nome de Deus é chamado de santo e o seu trono é santo. Sua lei e seus propósitos são santos. Tudo o que Deus tocar, se torna santo. Ele chama o seu povo para ser uma nação santa, um sacerdócio santo, para viver numa terra santa, em uma cidade santa. Os santos anjos exaltam o Senhor por sua santidade. Eles não exclamam: “Deus é amor! Deus é amor! Deus é amor!”, mas sim, “Santo, Santo, Santo é Deus!”.
Deus deu sua lei, os 10 mandamentos, para imprimir em seu povo a importância de sua santidade, bem como a necessidade de nossa santidade. Tudo que Deus tocar, se torna santo. A maior revelação de Deus é Cristo. O Espírito Santo foi enviado pelo Pai para ensinar ao povo a respeito da pessoa de Cristo. A noiva que está sendo preparada para Jesus deve ser santa e sem defeito. Áreas da pureza: 1. Pureza de motivações; 2. Pureza moral; 3. Pureza de consciência.
(1) Pureza de motivações
A expressão de Jesus “limpos de coração” tem a ver com nossas motivações. “Do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias” (Mt 15.19). Para entendermos isso precisamos compreender que a vida do ser humano se desenvolve em 3 níveis:
- Nível descoberto: são nossos atos exteriores, visíveis a todos;
- Nível encoberto: são nossos desejos, pensamentos, invisíveis aos que estão à nossa volta.
- Abaixo da linha de fundo: NOSSAS MOTIVAÇÕES.
Motivações corretas geram pensamentos corretos, que por usa vez geram ações corretas. Motivações impuras geram pensamentos impuros, que por sua vez geram ações impuras.
O que é hipocrisia? É quando encobrimos motivações impuras com atos exteriores aparentemente puros. Orar e dar esmolas são atos em si puros. Mas Jesus disse: “Quando, pois, deres esmolas, não toques trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas para serem glorificados pelos homens” - Mt 6.2. Ou: “E, quando orardes, não seres como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens” - Mt 6.5.
Como descobrir se nossas motivações são corretas, se nossos corações são puros? Através de um “detetor de mentiras” podemos descobrir tudo. Em Mt 6.24 Jesus diz: “Não podeis servir a Deus e às riquezas. Por isso vos digo: Não andeis ansiosos pela vossa vida”. A ansiedade é um sintoma de que em alguma área de nossa vida Cristo não está sendo Senhor. Por isso, se um diácono perde o cargo e fica nervoso, seu nervosismo demonstra que a motivação para exercer aquele cargo era mais para satisfação pessoal e não para servir a Deus e aos irmãos.
(2) Pureza moral
Paulo resume o anseio o anseio do coração de Deus para o seu povo nas palavras: “Esta é à vontade de Deus”,
a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição ... porque Deus não nos chamou para a impureza, e, sim, em santificação” - 1 TS 4.3,7. Ser puro é discordar da inclinação pecaminosa de nossa carne, lutar contra essa inclinação, é alimentar constantemente esse desejo por santificação. A santificação é um processo diário: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me” (Lc 9.23).
(3) Pureza de consciência:
“Uma consciência limpa é a alegria interior e a paz de espírito que resultam de se ter acertado todos os erros pessoais com aqueles a quem se tenha ofendido”. Para saber o que precisa acertado, fazemos quatro perguntas:
Existe alguma coisa em meu passado que sempre que me lembro, eu preferia que nunca tivesse acontecido?
Você conhece pessoas que não gostam de você ? Será por causa de alguma ofensa que você tenha cometido contra elas?
Há alguém para quem eu tenha falhado como exemplo de cristão? (principalmente na área da moral)?
Haverá alguém cuja autoridade você deixou de respeitar?
Exemplos de Cristo:
“Quem dentre vós me convence de pecado?” - Jo 8.46.
“Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos” - Jo 15.13.
Exemplos bíblicos de pessoas fieis:
José no Egito: “Como, pois, cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus?” - Gn 39.9. Resposta de José diante da tentação da mulher de Potifar para adulterar com ela.
Palavras de Jesus a respeito de Natanael: “Eis um verdadeiro israelita em quem não há dolo” - Jo 1.47.
Paulo: “Me esforço por ter consciência pura diante de Deus e dos homens” - At 24.16.
Atitudes positivas do limpo de coração:
Domínio próprio espiritual, mental e físico.
Apreciação da vida do ponto de vista de Deus.
Atitudes negativas em quem não é limpo de coração:
Pensamentos impuros - Rm 1.28
Sensualidade - Jd 19.
Desejos incontroláveis - 1 TS 4.7,8.
Auto exame:
Esforço-me para me tornar santo como meu Pai dos céus?
Estou disposto a rejeitar pensamentos imorais assim que eu poderei apresentar corpo, alma e espírito puros a Deus?
Considero-me culpado de atos impuros, mesmo que ninguém os tenha visto?
Oriento-me pelos padrões de Deus para pureza?
Desejo me casar com alguém que tem elevados padrões morais?
Desejo ser um cônjuge com elevados padrões morais?
7) Bênçãos na vida de quem é limpo de coração:
“Verão a Deus”, isto é, terão mais íntima comunhão com Deus na Palavra e na oração: Jó 42.5; Sl 25.14.
“Verão a Deus” - face a face no céu
Passos e decisões para me tornar limpo de coração: Em geral não cremos que Deus tenha solução para nossos problemas de impureza: pensamentos íntimos, sexo e motivação. Essa descrença é um dos obstáculos à entrega total de nossa vida a Cristo. Mas Deus diz em Ez 36.26: “Porei em vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos”. De que maneira o Espírito Santo fará isso? Quando nos leva a tomar as seguintes decisões:
Entregar a vida Jesus Cristo.
Reconhecer: “Não sou puro de coração”.
Sabendo que “nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” quero agora que essa pureza se torne real no meu dia a dia. Para isso, por uma consciente decisão de minha vontade, me comprometer com Deus de buscar um padrão de absoluta pureza moral”. Posso tomar essa decisão crendo em Rm 6.14: “O pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei e, sim, da graça”.
Pedir ao E. Santo sondar o meu coração - Sl 139.23,24.
Meditar na Palavra de Deus, pois é por meio dela que o E.Santo se torna “EFICAZ PARA DISCERNIR PENSAMENTOS E PPPPROPÓSITOS DO CORAÇÃO” - Hb 4.12.
Crer no poder de Cristo em mim para me dar vitória sobre toda impureza do meu coração - Gl 2.19,20.
Ficar atento a cada ansiedade e fracasso em minha vida. Eles revelam falsas motivações. “Toda tribulação traz consigo uma mensagem do coração de Deus” (Alexander Maclaren).
Tão logo o E. Santo me convencer de pecado: me humilhar em arrependimento: crer no poder purificador do sangue de Cristo, e fazer as necessárias restituições.
Bem-aventuranças - 7
“Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus” - Mt 5.9
Explicação:
O que é ser um pacificador? Charles de Gaulle, ex-presidente da França, disse: “Enquanto houver fome no mundo, não haverá paz”. De Gaulle estava errado. A causa básica da falta de paz não é a fome, mas a presença do pecado no coração do homem. A fome, juntamente com a guerra, é conseqüência do pecado e da desobediência do homem. A ONU e outros organismos internacionais se esforçam para promover a paz, mas não logram êxito, pois o mundo rejeita o Príncipe da Paz - Jesus. A paz entre os homens começa com a paz entre os homens e Deus.
A palavra paz no hebraico é “shalom”. No grego é “eirene”. Essas palavras não significam “ausência de problemas”. Significam sim, segurança no meio dos problemas e da agitação do mundo em que vivemos. “Tomai toda armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau, e depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis” (Ef 6.13). Paulo escreveu: “Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos” (2 Co 4.8,9).
Características do pacificador
Desenvolveu os traços do caráter de Cristo descritos nas bem-aventuranças, especialmente humildade, mansidão, coração limpo e perdão.
Visto que aprendeu a basear suas convicções em princípios bíblicos, sabe ser justo.
Não foge dos problemas, nem deles reclama, mas discerne os propósitos de Deus em cada um deles.
Não é agressivo em sua maneira de tratar os outros, mesmo para com os que eventualmente o agridem. Isso é obra do E. Santo em seu coração. Essa transformação não é rápida: em algumas pessoas é mais lenta, enquanto que em outras é mais rápida.
O pacificador tem paz com Deus e a paz de Deus em seu coração, e por isso procura promover a paz dos homens com Deus e a paz dos homens entre si.
Para promover a paz entre os homens não pode ser egoísta
Para se tornar um pacificador:
Precisa aprender a controlar seus pensamentos e atitudes.
Deve aprender como e o que falar em cada situação.
Deve fazer morrer sua natureza terrena, bem como os desejos da carne.
Deve ter aprendido a perdoar, como a pedir perdão.
Deve estar prevenido e disposto a sofrer arranhões quando se empenhar em promover a paz em algum conflito.
Exemplos de Cristo:
Jo 14.27 - “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vô-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”.
Lc 2.14: “Glória a Deus nas maiores alturas e paz na terra entre os homens a quem ele quer bem”.
1 Pe 2.21-23: “Para isso mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos, o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca, pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje, quando maltratado não fazia ameaças, mas entregava-se aquele que julga retamente”.
Exemplo de fiéis:
José no Egito: Gn 455.5-8; Abraão - Gn 13.8,9; Paulo: 2 Co 5.18-20.
Atitudes positivas nos pacificadores:
Revelam amor cristão genuíno;
Alcançam paz interior;
Tornam-se transparentes;
Tem consciência livre de culpa;
Assumem responsabilidade integral por seus atos e pensamentos.
Atitudes negativas em quem não tem espírito pacificador:
Atitude crítica - Rm 2.1
Culpa - angústia interior: Rm 7.15,17.
Auto exame:
Considero-me um pacificador?
Sei controlar meus pensamentos e sentimentos numa situação que tem tudo para ser explosiva?
Sei como falar em meio a dificuldades?
Tomo a iniciativa para promover a paz entre as pessoas?
Bênçãos na vida de um pacificador:
“Será chamado filho de Deus” - isto é, será semelhante ao Pai. Do Pai a Bíblia diz: “Ele é o Deus de toda paz” (Hb 13.20).
“Felicidade” - pois Jesus disse: “Bem-aventurados os pacificadores...”
Passos e decisões para me tornar um pacificador:
Entregar minha vida ao senhorio de Cristo para ter a paz de Deus e a paz com Deus.
Renunciar ao diabo e a toda raiz de amargura. Submeter-me a um processo de cura interior.
Aprender a perdoar.
Aprendendo a perdoar
Compreendendo como a amargura se forma dentro de nós, ou seja, num processo de três estágios:
Sou agredido, rejeitado, injustiçado. Isso provoca dor, tão logo me atinge.
Como administrar essa dor? A primeira reação é “olho por olho”, ou engolir calado. Ambas as reações me prejudicam interiormente.
Quando deixo “o sol se por sobre minha ira” (Ef 4.27), a dor se transforma em ferida emocional, e daí Satanás encontra uma brecha para me amarrar (2 Co 2.10,11).
Compreendendo as conseqüências da amargura: (a) Físicas - Sl 32.3,4: enfermidades psicossomáticas: úlcera nervosa, batimentos cardíacos, falta de ar, desmaios, dores generalizadas no corpo, etc. (b) Conseqüências emocionais: choro, insônia, depressão, vontade de morrer, desespero: “Não agüento mais”!!! © Conseqüências espirituais: confusão espiritual - 1 Jo 2.11; entristece o E. Santo; barreira para vida de oração - Mc 11.25; Não recebe perdão do Pai - Mt 6.14,15; Dificuldade com Deus - Is 59.1,2.
Passos para perdoar:
Aceitar Cristo como senhor e Salvador. Sem Cristo não é possível - Gl 2.19,20.
Assumir a responsabilidade por nossa amargura - 1 Jo 3.15.
Renunciar ao diabo que nos instigou para a vingança - Tg 4.7-10.
Buscar na graça de Deus revelada em Cristo a força para crer no perdão de meus pecados, bem como a força para declarar nosso perdão aos que nos magoaram.
Declarar nosso perdão a todos que nos feriram. Fazer isso não por emoção, mas em obediência ao que Deus diz - Ef 4.31,32. Fazer isso mesmo que o ofensor não se arrependa. Jesus fez assim.
Esquecer, isto é, não ficar mais remoendo o que perdoou. Remoer reabre as feridas que ainda não estão bem cicatrizadas.
Orar pelas pessoas a quem perdoamos.
Buscar o perdão do ofensor, caso também tenhamos falhado para com ele.
Obs. 1. O perdão muitas vezes é difícil quando não compreendemos o propósito de Deus ao Ele permitir
que determinada ofensa me atingisse.
Não conseguiremos liberar o perdão sem antes nos arrependermos de nossa mágoa contra o
ofensor. A graça de Deus não flui num coração endurecido.
3. Quando abrimos mão do desejo de nos vingar, tudo fica mais fácil. Rm 12.19.
Bem-aventuranças - 8
“Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus” - Mt 5.10
Explicação: O que é sofrer por amor à justiça?
Para responder a essa pergunta, temos que entender as cinco causas básicas pelas quais os crentes sofrem:
Pelo simples fato de sermos pecadores - Depois que Adão e Eva caíram em pecado, Deus lhes disse: “Maldita é a terra por tua causa: em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida”. Para a mulher Deus disse: “Em meio de dores darás à luz filhos”. - Gn 3.16,17.
Sofremos por erros cometidos e agora temos que arcar com as conseqüências: “Não sofra ninguém como assassino, ou ladrão, ou malfeitor...” (1 Pe 4.15).
Sofremos no processo de purificação de nosso “eu” - “Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza” (Hb 12.11).
Muitos sofrem por uma boa causa terrena - Ex.: Tiradentes sofreu o martírio, pois estava empenhado em conseguir a independência do Brasil.
Sofrer por amor à justiça - é quando sofremos perseguição, desprezo por querermos viver de maneira correta e justa. Lemos em 2 Tm 3.12: “Todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos”.
Por que são perseguidos os que querem viver retamente?
Jesus disse: “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiaram a mim. Se vós fosseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário dele vos escolhi, por isso o mundo vos odeia. Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: Não é o servo maior do que o seu senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros; guardaram-se a minha palavra, também guardarão a vossa” João 15.18-20. Paulo escreveu: “Porque vos foi concedida à graça de padecerdes por Cristo, e não somente por crerdes nele” - Fp 1.29.
Além do mais temos que nos lembrar que “a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e, sim, contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestes” - Ef 6.12. - Por trás de toda perseguição está o diabo o qual, não podendo mais atacar Deus diretamente, procura atacá-lo perseguindo os filhos de Deus.
Os cristãos primitivos sofriam:
Na vida familiar: (Lc 12.51-53) - Todos eram descrentes antes de o evangelho ser pregado. Quando os apóstolos começaram a pregar o evangelho, às vezes só o marido se convertia, e outras vezes só a esposa, ou apenas os filhos. Os que se convertiam eram perseguidos pelos descrentes da própria família.
Na vida social: eram discriminados; não podiam participar de certas comemorações públicas.
Na vida profissional: perdiam os empregos.
Falsas acusações contra os cristãos:
“Os cristãos são uns canibais” - baseavam essa falsa acusação no fato de que os cristãos, na Santa Ceia, comerem o corpo e beberem o sangue de Cristo.
“Os cristãos praticam orgias sexuais” - concluíam isso da pregação cristã que exortava a todos a praticarem o amor “ágape” (amor sacrificial).
“Os cristãos são uns incendiários” - Concluíam isso das pregações cristãs de que o mundo vai terminar por fogo. Por isso quando Nero colocou fogo na cidade de Roma, o rei não teve dificuldade em jogar a culpa nos cristãos.
“Os cristãos dividem as famílias” - Muitos cônjuges descrentes não queriam mais viver com a parte crente. A culpa da separação foi lançada sobre a parte crente, quando na realidade foram os descrentes que decidiram romper o casamento. (1 Co 7.10-15).
Causa real da perseguição a Cristo e aos cristãos
Os judeus não suportavam a perfeição da presença de Jesus. Eles eram constantemente condenados por Jesus, o Justo. Não tinham coragem para enfrentar honestamente suas palavras e nem aceitar a avaliação que Ele fizera do próprio homem. Então o odiavam. Jesus mesmo, antes de sua morte, disse que da mesma forma como Ele era odiado, também os seus discípulos o seriam.
Nós podemos compreender os judeus pela nossa maneira de reagir quando alguém nos chama a atenção para uma área de nossa vida que está falha. Facilmente nos irritamos com a exortação. Também por isso os profetas foram perseguidos e mortos, pois Deus os levantava para denunciar os pecados.
É bem provável que você nunca tenha sofrido fisicamente por causa da justiça ou pelo nome de Cristo. Mas talvez já tenha sido perseguido de outras maneiras. Abaixo há algumas possíveis situações nas quais você pode ter sido perseguido. Identifique-as:
Ridicularizado na escola por ter dado o seu testemunho.
Rejeitado por seu grupo no trabalho ou na escola.
Mal interpretado por seus colegas por haver tomado certa atitude ou posição.
Perdeu o seu emprego em conseqüência do seu testemunho.
Insultado ou ameaçado na escola, em casa ou no emprego por causa de sua fé em Cristo.
Desprezado por querer ser honesto, sincero.
Tentado a abaixar o seu padrão moral para conformar-se ao grupo ou agradar outrem.
Esposa crente que ouve de seu marido descrente: “Escolhe: ou eu ou a igreja”.
Como enfrentar a perseguição?
Todo cristão deve se lembrar das palavras de Jesus: “Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem e vos perseguirem, e mentindo, disserem todo mal contra vós” - Mt 5.11.
Baseado nessas palavras e na história da igreja temos que entender que durante a vida toda seremos:
mal entendidos acusados falsamente objeto de mexericos reprovados
rejeitados condenados criticados defraudados
motivo de ressentimentos alvo de mentiras contrariados alvo de calúnias.
Como crente preciso determinar porque razão estas cousas acontecerão comigo.
Seja: 1) Porque a maior parte é verdade. As minhas atitudes, reações, palavras e ações justificam tal tratamento.
Ou:
Não é verdade: A minha consciência está limpa; tenho perdoado os outros, meu coração está puro e o
fruto do E.Santo está sendo manifestado através de mim.
Se as acusações e incompreensões são por causa de uma vida de justiça, tenha isso como um privilégio de
compartilhar do mesmo tipo de sofrimento que Cristo sofreu - porque ele não estava errado!!!
Exemplos de Cristo:
Mt 9.34 e 12.24: Jesus foi acusado de expulsar demônios pelo poder de Belzebu.
Lc 16.14 “Os fariseus, que eram avarentos, ouviam tudo isso e o ridicularizavam”.
Lc 23.63-65: Os soldados batiam e ridicularizavam Jesus.
Exemplos de fieis:
Dn 6: Daniel foi jogado na cova dos leões por se negar a deixar de orar ao Deus Criador.
Dn 3: Sadraque, Mesaque e Abed -Nego foram jogados na fornalha de fogo ardente por se negarem a adorar a estátua erguida em honra de Nabucodonosor.
Hb 11.33-38: relação de fiéis do Velho Testamento perseguidos por amor a justiça.
Atitudes positivas nos que sofrem por amor à justiça:
Ousadia no testemunho - recebem muita intrepidez para falar de Cristo: Êx 4.12; Mt 10.19.
Um galardão especial no céu.
Amor, coragem.
Atitudes negativas nos que não querem sofrer por amor à justiça:
Espírito de medo - 2 Tm 1.7; Mt 10.28.
Perda do poder da vontade - Rm 7.18.
Comprometimento - Gl 1.10; Mt 10.32,33.
Medo do próximo - 1 Jo 4.18.
Auto exame:
Quando estão falando mal de alguém ausente, procuro “falar a favor do mudo” ou faço coro com a turma para não me indispor?
Quando vejo um irmão em pecado, vou exortá-lo a sós ou prefiro me calar para não me incomodar?
Com receio de que gozem da minha cara fico quieto quando Jesus é atacado ou criticado?
Estou disposto a perder o meu emprego caso me pedirem para fazer algo que comprometa a minha consciência diante de Deus?
Bênçãos na vida de quem sofre por amor a justiça:
Galardão especial nos céus. - Mt 5.12.
Consegue discernir os problemas que os perseguidores tem.
Deus usa o perseguido para trazer convicção para a vida dos perseguidores.
Liberdade para cooperar com Deus pela maneira como Ele quer usar a vida do perseguido.
Alegria em poder ser confortado por Jesus como Paulo foi confortado:
Na noite seguinte, o Senhor, pondo-se ao lado dele, disse: coragem! Pois do modo porque deste testemunho a meu respeito em Jerusalém, assim importa que também o faças em Roma. - Atos 23.11.
Passos para me tornar um sofredor por amor a justiça:
Desenvolver humildade.
Aprender a chorar o pecado: meu e dos que estão ao meu redor.
Desenvolver mansidão - renúncia de direitos.
Ter fome e sede de justiça.
Tornar-me misericordioso.
Ter um coração limpo.
Tornar-me um pacificador.
Enfim, o que podemos ver é que Cristo seguiu uma ordem lógica ao ensinar as bem-aventuranças. Para ser capaz de sofrer por amor à justiça (sofrer até o martírio por causa do nome de Cristo), é necessário ter certa estrutura de caráter cristão, para não vacilar diante das perseguições.
Quando diariamente carregamos nossa cruz, permitindo que nosso “eu” seja destronado e a pessoa e obra de Cristo ser entronizada, ser o centro de nossa vida, seremos capazes de fazer o que Estevão fez no dia em que foi morto por apedrejamento: teve forças e graça suficiente para interceder por aqueles que o apedrejavam. Este é o sentido das palavras de Paulo: “Vos foi concedida à graça de padecerdes por Cristo, e não somente de crerdes nele” (Fp 1.29).
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